Alguém sabe comentar a quantas andam o Condomínio Digital que seria no Comércio, e o Porto Digital?

Será que seriam nomes diferentes para a mesma coisa, que agora se transformou neste(a) TecnoVia?

Na paralela tem universidades? Só sei de um campus da católica em Pituaçũ, o resto é Faculdade...

[]'s

Mauricio

On 9/13/06, Leandro Nunes <[EMAIL PROTECTED]> wrote:
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Bahia Invest
Salvador, v.04
junho de 2006
TecnoVia Parque Tecnológico: Um caminho para o adensamento das Cadeias de
Inovação na Bahia

*Rafael Lucchesi*
Emerson Casali***

Um Parque tecnológico (também chamado de parque científico ou de pesquisa)
pode ser definido como um espaço urbano destinado a abrigar empresas
inovadoras em interação com universidades e institutos de pesquisa. Seu
principal objetivo é gerar empregos altamente qualificados, reter talentos
científicos e tecnológicos e promover a transformação de conhecimento em
riqueza. Outros benefícios tipicamente associados à implantação de um parque
tecnológico incluem:

• intensificação da atividade de P&D no sistema local de inovação;
• aumento da competitividade das empresas locais;
• difusão da cultura do empreendedorismo de base tecnológica;
• fortalecimento das redes cooperativas de pesquisa;
• criação de uma imagem positiva da região em níveis nacional e
internacional.

Com tamanhos benefícios aparentes, não surpreende que esse modelo esteja
sendo rapidamente difundido no Brasil e no mundo. Existem mais de 700
experiências de parques no mundo. No Brasil, a Associação Nacional de
Entidades Promotoras de Empreendimentos de Tecnologias Avançadas registrou
recentemente 14 parques tecnológicos em projeto, 13 em implantação e 15 em
operação. Esses números indicam o quanto o país está sensibilizado para a
importância de espaços de alta tecnologia como vetores de desenvolvimento
regional, particularmente quando se considera que até a virada do século
contava-se apenas com dois parques tecnológicos em território nacional. Este
artigo apresenta, de forma resumida, a estratégia de implantação do que pode
se tornar um dos cinco principais pólos de alta tecnologia do país nos
próximos dez anos.
TecnoVia – Parque Tecnológico

A Bahia tem se destacado recentemente no cenário nacional pela sua
capacidade de atrair investimentos estratégicos. São exemplos recentes dessa
política a atração de grandes conglomerados empresariais nas áreas de papel
e celulose, automobilística e de turismo. O TecnoVia representa um passo
adicional nessa estratégia de desenvolvimento exógeno, na medida em que
facilita a atração de empreendimentos de alta tecnologia, criando
oportunidades de fixação local de trabalhadores do conhecimento, com alta
qualificação profissional. Com esse empreendimento, poderão ser
multiplicadas experiências de atração de centros internacionais de pesquisa,
como foi o caso da instalação do centro de design da Ford em Camaçari, que
conta com mais de 600 engenheiros e designers, e dos laboratórios de
pesquisa de empresas como Mars e Michelin. Esse ciclo virtuoso de geração de
riqueza calcada no conhecimento científico deve ajudar a consolidar a
vocação de Salvador como uma cidade de serviços de alto valor agregado,
sustentando a expansão do sistema de pós-graduação estadual e inserindo a
cidade no mapa dos centros mundiais de desenvolvimento tecnológico.
Concepção Geral

O TecnoVia será um "habitat de inovação" diferenciado, capaz de oferecer
infra-estrutura de ponta, visibilidade nacional e qualidade de vida como
atrativos para a implantação de empreendimentos de base tecnológica na
Avenida Luiz Viana Filho (Paralela, a altura do antigo parque aquático Wet´n
Wild). Trata-se de um projeto de alto padrão urbanístico situado em uma zona
de valorização crescente na cidade de Salvador, projetado para acomodar
empresas intensivas em conhecimento de classe mundial, prioritariamente nas
áreas de Biotecnologia, Energia e Tecnologia da Informação e Comunicação.
Para a primeira fase, a Prefeitura Municipal de Salvador foi autorizada pela
Câmara Municipal, em 2005, a doar um terreno de 150 mil m² no valor estimado
de R$15 milhões. Além disso, foram obtidos recursos federais de R$15,4
milhões para estudos e projetos (já concluídos) e início das obras do
TecnoVia ainda em 2006. Estão previstos outros R$ 90 milhões de
investimentos do Estado e da Federação nos próximos três anos.

O TecnoVia tem como objetivo promover o desenvolvimento tecnológico e social
da região em que está sendo instalado, através de três eixos: a "Via
Inovação", uma estratégia de atração e fixação de empresas de base
tecnológica nas áreas temáticas prioritárias; a "Via Tecnologia", um
complexo de serviços e escritórios de apoio tecnológico; e a "Via Ciência",
um programa de criação de centros universitários de pesquisa cooperada. A
meta da primeira fase é ter implantadas no Parque, pelo menos, seis grandes
empresas de inovação de classe mundial nos próximos três anos. No entorno
dessas "empresas-âncora", pequenas e médias empresas tendem a se aglomerar
em cadeias locais de inovação de alto valor agregado. Para dar apoio a esse
sistema empresarial, a sede da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação
(SECTI) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB) devem
ser transferidas para o TecnoVia desde o seu início. Da mesma forma, serão
criados postos avançados de outras instituições de apoio, tanto na esfera
governamental, quanto na empresarial e acadêmica. Estão diretamente
engajados na primeira etapa de planejamento do empreendimento a Prefeitura
Municipal de Salvador – PMS, a Federação das Indústrias do Estado da Bahia,
através do Instituto Euvaldo Lodi – FIEB/IEL, o Serviço de Apoio às Micro e
Pequenas Empresas - SEBRAE–BA e as universidades e institutos de pesquisa
locais, com o apoio da Financiadora de Estudos e Projetos – FINEP e do
Ministério de Ciência e Tecnologia – MCT.

Sobre o papel estratégico da localização na Avenida Paralela para o
desenvolvimento científico-tecnológico da cidade, deve-se mencionar que esse
é um dos principais eixos de expansão urbana de Salvador. Construída na
década de 1970 para conectar o centro ao Aeroporto Internacional, a Paralela
tornou-se o foco de atração de diversos investimentos residenciais,
comerciais e educacionais de alto padrão. A Cidade do Salvador, cercada por
mar, tem na direção nordeste o seu principal vetor de crescimento.
Historicamente, o centro da cidade tem se deslocado nesta direção na medida
em que a malha urbana se desenvolve. O novo centro da cidade, portanto,
tende a se estabelecer entre a área já consolidada e a zona de expansão,
justamente onde se encontra o TecnoVia. Esta centralidade, que se
consolidará nos próximos 20 anos, proporciona ao local escolhido as
seguintes vantagens:

• distância de apenas 5 km do aeroporto internacional;
• proximidade a universidades e centros de P&D da Paralela;
• acessibilidade a vários pontos da cidade;
• sistema viário expresso;
• disponibilidade de redes de infra-estrutura de alta tecnologia.
Estruturas Iniciais

A Fase 1, a ser inaugurada no primeiro semestre de 2008, deverá contar com
os seguintes elementos básicos:

• Tecnocentro: um complexo de 12 mil m2, destinado a abrigar as instituições
de apoio, como a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI) e a
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB), além de
incubadoras, centros de pesquisa cooperada e estrutura de serviços e lazer;
• Condomínio Digital: um espaço multi-usuário para concentração de empresas
de Tecnologia de Informação com infra-estrutura compartilhada;
• Virtuarium: uma estrutura esférica de projeção de conteúdos midiáticos em
360º com alta definição de som e imagem. Além de atender a fins de
popularização da ciência junto a jovens baianos em idade escolar, o
equipamento poderá ser também utilizado para apresentações institucionais do
TecnoVia para investidores. O Virtuarium será ainda uma arena de
experimentação e desenvolvimento de conteúdos digitais para indústrias
criativas.
• Prédios Empresariais: investidores imobiliários serão atraídos para
incorporar estruturas comerciais de alto padrão arquitetônico, tendo como
inquilinos as empresas-âncora e as pequenas e médias empresas de base
tecnológica que deverão se instalar no empreendimento nos próximos cinco
anos. Também serão atraídos investidores em estruturas de apoio, como
hotelaria, alimentação e lazer.
Áreas Tecnológicas Prioritárias

Conquanto não se pretenda excluir oportunidades de desenvolvimento de
projetos inovadores em outras áreas, escolheu-se priorizar três focos de
atração de empresas e projetos para o Parque Tecnológico, quais sejam:
biotecnologia, energia e tecnologias de informação e comunicação. Estas são
as áreas tecnológicas em que o Estado da Bahia tem maior vocação, por conta
da própria história de formação das suas bases acadêmica e empresarial.
Ademais, estas áreas são freqüentemente apontadas como "portadoras de
futuro", como tecnologias que abrirão novos mercados e criarão novas
oportunidades de desenvolvimento econômico no cenário internacional.

Nas áreas de biotecnologia e saúde, o estado da Bahia mostra-se atrativo
para investimentos nas áreas de genômica, desenvolvimento de novas drogas,
prospecção de biodiversidade com pesquisa de extratos vegetais,
desenvolvimento de vacinas, kits diagnósticos e testes clínicos,
considerando a base científica instalada nestas especialidades,
particularmente na Universidade Federal da Bahia e na Fiocruz-Ba. Na área de
energia, estudos preliminares apontam para duas áreas de interesse primário,
conforme as vocações naturais da Bahia: energias renováveis não
convencionais (sistemas fotovoltaicos, termo-solar, eólicos e biomassa /
biodiesel) e energias convencionais (sistemas de gás natural e campos
maduros de petróleo). Como fatores de atração neste setor, a Bahia conta com
a maior produção nacional de mamona e de diversas oleaginosas que se
constituem em rotas viáveis para o biodiesel. Além disso, tem a maior
concentração nacional de campos maduros de petróleo, cujas reservas estão
estimadas em cerca de U$45 bilhões (considerando o barril a U$56). A
recuperação deste petróleo depende de tecnologias alternativas de extração,
e há considerável interesse no setor por parte de pequenas e médias empresas
de todo o mundo, além da própria Petrobras. Por fim, na área de TIC,
destaca-se a vocação de Salvador como potencial centro de desenvolvimento de
software "offshore" e produtor de conteúdos midiáticos para as Indústrias
Criativas e do Turismo. Tendo o maior PIB do setor de informática da região,
a Bahia se apresenta como forte candidata a abrigar esses recursos.

Em síntese, pode-se dizer que a estratégia de implementação do TecnoVia está
em sintonia tanto com as tendências dos grandes movimentos internacionais de
desenvolvimento tecnológico quanto com as competências localmente instaladas
em sua base científica.
Perspectivas

Mais do que um projeto local de atração de investimentos, o TecnoVia pode
ser posicionado como elemento estruturante do desenvolvimento
científico-tecnológico para todo o Estado da Bahia. Conforme sugerido em sua
logomarca, o projeto pode ser enxergado como uma árvore cujos frutos e
sementes devem se espalhar por todo o sistema regional de inovação,
fortalecendo as relações intra e inter-organizacionais nas esferas
acadêmica, governamental e empresarial. Como resultado desse adensamento do
sistema, espera-se poder estreitar as relações entre instituições de
pesquisa, universidades, agentes governamentais de fomento e empresas
intensivas em conhecimento. Integradas, essas três esferas tendem a
fortalecer a competitividade sistêmica das empresas locais, na medida em que
se estabelece uma cultura de incorporação de novas tecnologias a processos e
produtos.

No futuro, o conceito do TecnoVia pode ser transladado para outras regiões
do estado. Postos avançados do Parque podem ser criados nos principais
municípios, aumentando a escala e o escopo dos serviços prestados pelo
núcleo central que ora se implanta na Avenida Paralela. Essa "rede de
desenvolvimento tecnológico" pode compartilhar custos, informações e o
prestígio de que deverá desfrutar a marca TecnoVia, facilitando a
desconcentração do sistema de inovação em nível estadual.

Assim, ao atrair empresas e projetos inovadores, promover a interação
universidade-empresa e fortalecer a cultura da inovação, o TecnoVia
apresenta-se como um importante instrumento de política de desenvolvimento
tecnológico. Estando outros 41 projetos de parques tecnológicos em andamento
no país, urge avançar com a consolidação do empreendimento baiano, sob pena
de ver aumentada a concorrência nacional por recursos financeiros e atração
de empresas de base tecnológica.


*Secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação da Bahia
( [EMAIL PROTECTED]) <[EMAIL PROTECTED]>

**Chefe de gabinete da SECTI
([EMAIL PROTECTED] ).<[EMAIL PROTECTED]>SECTI –
Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação da Bahia: Av. Tancredo
Neves, 450 – Ed. Suarez Trade, 23o Andar – Caminho das Árvores – Tel. 71
3116-5810


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                                   São Francisco de Assis

Leandro Nunes dos Santos
Bacharelando em Ciência da Computação - UFBA
Membro do DACOMP - www.dacomp.im.ufba.br
Membro do Projeto Software Livre Bahia - www.psl-ba.softwarelivre.org
Membro da ENEC - www.enec.org.br

III Festival de Software Livre da Bahia
24, 25 e 26 de agosto de 2006
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Mauricio B. C. Vieira
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