Title: Grupos.com.br
Prezados colegas,
Lendo o JORNAL O SUL do RIO GRANDE DO SUL, na página 04 do dia 07 de
dezembro de 2005, observei uma declaração que pelos termos utilizados me
deixaram um pouco indignado pela forma como tal notícia é dirigida à classe
dos advogados. A nota consta na íntegra da seguinte maneira
"A ACREFI - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO, FINANCIAMENTO E
INVESTIMENTO alertou aos compradores de carros financiados para que não
caiam na conversa de advogados que prometem baixar os juros de
financiamentos para 1% ao mês. Segundo o diretor institucional da entidade,
Marco Aragão, o dispositivo constitucional que tabelava os juros em 1% ao
mês foi revogado. Segundo ele, desde 2004 os consumidores que entram na
justiça com ações revisionais não estão tendo seu pleito atendido. O
dirigente ressaltou que no ano passado, o Tribunal do RS, julgou mais de 36
mil ações deste tipo. Aragão confirmou que a ACREFI denunciou ao MINISTÉRIO
PÚBLICO ESTADUAL e à OAB-RS advogados que prometem aos seus clientes a
redução dos juros dos financiamentos. Segundo ele, os consumidores devem
ficar atentos a este tipo de situação, pois ao deixar de pagar as prestações
durante a tramitação do processo, a dívida vai se acumulando e pode ficar
maior do que o próprio bem e tornar-se impagável, acarretando no lançamento
do nome do devedor em cadastros como SERASA E SPC".
Não sei qual é o pensamento dos nobres colegas, mas acredito que publicar
uma declaração, utilizando termos do tipo "NÃO CAIAM NA CONVERSA DE
ADVOGADOS" me parece no mínimo repugnante, remetendo a população,
pontualmente o consumidor, a imagem de que nós advogados somos
"conversadores". Que na verdade, não estamos exercendo a nossa profissão e
sim "passando a conversa" na sociedade como um todo. Como poderá a
sociedade gerar parâmetros de qual é o advogado que "passa a conversa" o não
"passa a conversa"? Me parece que o intuito de tal declaração, não possui
nem o caráter pedagógico, mas sim o caráter de formatar uma imagem mais
distorcida do profissional advogado, procurando desta forma desistimular o
consumidor brasileiro em procurar a defesa dos seus direitos. A declaração
além de não rogar melhor sorte, trata a classe como um todo de maneira
pejorativa.
Realizando uma pesquisa junto ao site da ACREFI, constatei que não consta
nenhum MARCO ARAGÃO como membro e nem como diretor institucional conforme
divulgado nesta mesma nota.
Gostaria de poder compartilhar da opinião dos nobres colegas acerca do
exposto.
Abrçs
Heron
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