fonte: http://info.abril.com.br/aberto/infonews/082007/01082007-20.shl

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5 destaques do Debian 4.0 Quarta-feira, 01 de agosto de 2007 - 15h00

[image: DEBIAN 4.0: facilidade de instalar novos programas baseada numa
coleção imbatível de quase 19 mil pacotes /]DEBIAN 4.0: facilidade de
instalar novos programas baseada numa coleção imbatível de quase 19 mil
pacotes

Distribuição é feita sob medida para servidores e usuários avançados de
desktop.

O Debian é conhecido por ser uma distribuição do Linux para quem conhece do
riscado. Completíssima, incorpora milhares de aplicativos. Outro ponto de
referência do Debian é que ele representa a matriz com base na qual foi
construído o Ubuntu, a distribuição do Linux de maior sucesso no desktop.
Recentemente, saiu o Debian 4.0, codinome etch, baseado no kernel 2.6 do
Linux. INFO analisou o produto e mostra aqui alguns de seus pontos de
destaque.

*INSTALAÇÃO*

A primeira referência é a instalação. O processo é similar ao de boa parte
das distribuições atuais, porém apresenta passos que podem criar dúvidas
para usuários menos experientes. Mas o Debian não é indicado para esse tipo
de usuário. No INFOLAB, instalamos o Debian usando o caminho-padrão, em modo
caractere. Seríamos capazes de jurar que o Debian 4.0 não tem instalação
gráfi ca. Depois, por acaso, descobrimos na web que ela existe. Mas como não
a vimos? Porque é secreta. Quando se insere o DVD de instalação, vem a
seguinte mensagem, em inglês: "Pressione F1 para ajuda, ou Enter para
inicializar". Quem vai adivinhar que é preciso digitar, bem aí, a senha
expertgui para abrir o instalador em modo gráfico?

*INTERFACE*

Em nossa instalação, o Debian assumiu automaticamente a interface Gnome, a
mesma do Ubuntu. Quem conhece essa distribuição sul-africana sente-se em
casa ao olhar o Debian pela primeira vez. Mas há diferenças, a começar por
um item bem simples: não há um comando de desligar o sistema ao alcance de
um clique. Para sair, é preciso acionar o comando Desktop > Desligar.
Diferentemente do Ubuntu, que é sucesso no desktop, o Debian tem fôlego para
ser usado em máquinas de mesa ou em servidores. Por isso, seu menu
Aplicações traz um item Debian, com dezenas de programas. Há casos de mais
de um aplicativo para a mesma função. Por exemplo, são dois browsers. Um é o
Epiphany, da interface Gnome. O outro é o Iceweasel, bem parecido com o
Firefox e também fundamentado no Mozilla. O Ubuntu eliminou essas
duplicidades e conquistou a simpatia dos usuários menos técnicos.

*SUPERCOLEÇÃO*

Num aspecto o Debian é imbatível: ele tem a maior coleção de software livre
numa distribuição Linux. O site Debian.org informa que o sistema inclui
exatos 18 733 pacotes (programas). Para ter o produto completo, é preciso
baixar as imagens ISO de 21 CDs, ou três DVDs (baixamos somente o DVD 1).
Para instalar um pacote, é necessário recorrer ao gerenciador Synaptic. Os
downloads podem ser feitos em: www.info.abril.com.br/download/2532.shtml.

*SERVIDORES*

Entre os pacotes incluídos na vasta coleção do Debian, muitos correspondem a
aplicações para servidores: para internet, rede local, bancos de dados,
linguagens. Basta usar o Synaptic e instalá-los. Nessa hora, é possível que
se queira instalar um pacote e o gerenciador peça o CD 13 ou o DVD 3. Para
usuários avançados, o Debian parece mais adequado que o Ubuntu. Neste, os
pacotes não estão presentes porque se supõe que o usuário comum não vai
precisar deles. No Debian, estão todos lá.

*DESKTOP*

Pelo menos até a versão 6.0, o Ubuntu, assim que instalado, não tocava
arquivos MP3. O Debian 4.0 toca. E mais: quem quiser tocar áudio e vídeo nos
padrões do Windows Media, os codecs e players estão lá no imenso repositório
de aplicativos. Obviamente, é preciso saber identificá-los e instalá-los.
Pela oferta de pacotes, é fácil concluir que o Debian representa uma boa
opção para o usuário avançado de desktop ou para o gerente de sistemas. Há
ainda algumas limitações em suporte a hardware. Quem tem, por exemplo, um
monitor widescreen, não consegue ajustar o Debian para esse tipo de tela.

 Carlos Machado, edição de junho de 2007

-- 
Cleyton Santana de Sousa
"A mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho
original"

(Albert Einstein)

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