On Saturday 15 October 2005 04:21, Douglas A. Augusto wrote: > No dia 15/10/2005 às 00:53, > > "Cláudio E. Elicker" <[EMAIL PROTECTED]> escreveu: > > Como sempre, se mostra só o que interessa. > > > > E o total de mortes violentas? Diminuiu ou não? > > O relatório é sobre mortes por *armas de fogo*. Qual a diferença em ser > violenta ou não? > Mortes violentas seriam mortes provocadas. Por armas ou métodos de qualquer tipo. Exclua acidentes de trânsito e outras situações onde não há intenção dolosa, se quiser. Concordo que o termo não é claro e pode não estar bem empregado, mas acho que me fiz entender.
> > E quanto a armas brancas, tacapes, envenenamento, músicas do Lulu Santos, > > mensagens OT, e a todos os outros métodos já produzidos pela infinita > > criatividade humana? > > O que isso tem a ver? Sem ironia, por favor. > Porque não é só com armas de fogo que se mata. Simples assim. > > Por exemplo, na tabela 3 mostra que armas de fogo são a principal causa > > de morte de jovens em 2003. Mas não há tabela equivalente com dados de > > 2004. Em relação a 2004 mostram números apenas sobre armas de fogo, sem > > comparar com outras causas. > > Isso é uma crítica periféria, esta tabela é supérflua. Por haver o > comparativo com outras causas de óbito além armas de fogo, talvez nem > todas estivessem atualizadas para 2004. De qualquer forma, pode-se > aproximar a redução considerando-se o índice de 8,2% (3234) de vidas > poupadas --obviamente não se teria o subtotal por idade, o que é > irrelevante para a conclusão. > Não considero supérflua. A separação por idades é irrelevante, mas o comparativo com outras causas é fundamental. Esse é o ponto. Essas vidas não foram tiradas por armas de fogo. Mas nada no relatório mostra que não foram tiradas por outro meio. > > A pesquisa afirma que havendo menos armas de fogo vai dimimuir o número > > de mortes por armas de fogo. Não acredito, mas não estou questionando > > isso. O que quero saber é se diminui o total de mortes, o que, estúpida > > ou malevolamente, não é mostrado. > > A pesquisa é sobre os índices de mortes por armas de fogo. Naturalmente > não incluirá o impacto no índice Dow Jones e coisas afins. > Discordo. Tem de relacionar com outras causas. A pesquisa faz isso para 2003, mas justamente para 2004 se omite. Vejo 3 possibilidades: 1) Suponha só por um instante que o número de mortes por outras causas violentas aumentou os mesmos 8,2% ou mais. Isso iria contra a tese da relação arma de fogo/violência. Se os dados existem e não são apresentados, não seria má-fé? 2) Suponha agora que o número de mortes por outras causas violentas diminuiu ou aumentou menos de 8,2%. Isso iria a favor da tese da relação arma de fogo/violência. Se eles tem os dados e não mostram, não seria burrice? 3) Eles não tem esses dados. Continuo afirmando que deveriam ter. Nesse caso deve ser apenas simples incompetência. > > Se matarem a tijoladas os autores dessa pesquisa não vai aparecer na > > estatística, e vão poder dizer que o número de mortes por arma de fogo > > está diminuindo. > > O Estatuto não abrange a proibição/barreira ao comércio de tijolos, > portanto não faz sentido relacioná-lo na pesquisa. > > Enquanto há evidências (embora possa ser questionado a magnitude do > impacto, principalmente o que tange a relação causa-e-efeito) a favor do > desarmamento, o time do NÃO prefere seguir no discurso a base de > achismo, criticando uma pesquisa deste calibre por coisas do tipo "ah, > mas não computaram a morte por tijoladas". Chega a ser cômico. É cômico mesmo. Uma pesquisa "deste calibre" deveria apresentar os dados totais, incluindo mortes por tijoladas (sem ironias). Até mesmo por que poderiam ir a favor da tese do desarmamento. Assim como está só serve para os achismos do NÃO e para o bem embasado discurso do SIM (com ironia agora). Volto à pergunta inicial. que não foi respondida: E o total de mortes violentas? Diminuiu ou não? Cláudio -- "There are three kinds of lies: Lies, Damn Lies, and Statistics."