Primeiro a Java. Agora, a Sun Microsystems ataca com a tecnologia Jini. A id�ia � agilizar o acesso das empresas ao com�rcio eletr�nico
por Maria Fabriani
Ningu�m precisa instalar um chip na cabe�a para se comunicar com os amigos todas as vezes que resolver sentar numa mesa de bar para tomar um chope no final do expediente. Voc� simplesmente chega ao bar, pega uma cadeira, senta e conversa. � essa a filosofia da tecnologia Jini", explica o engenheiro de sistemas Bruno Souza, especialista em Java e coordenador de projetos do Java Enterprise Team (JET) da Sun Microsystems, no Brasil.
O conceito, de t�o simples, parece complicado de ser assimilado por companhias acostumadas a lidar com instala��es e desinstala��es de drivers para que aparelhos de ra�zes distintas "falem" uns com os outros. No mundo Jini, basta que um notebook, uma c�mera Web ou uma impressora, por exemplo, sejam "Jini Enable" ou que carreguem um pequeno decodificador Jini, do tamanho de um cart�o PCM-CIA.
A filosofia da Sun � confirmada por Geoffrey Baehr, Chief Network Officer da Sun Corporation, que defende o emprego do novo conceito nas empresas. "A rede est� onde a pessoa se encontra. Os vendedores da Sun n�o t�m mais baias de trabalho. Cada um chega � empresa, vai at� uma sala comum, conecta o notebook � rede e baixa as informa��es de que precisa para aquele dia de trabalho", exemplifica.
Baehr � um dos respons�veis em prever o futuro da tecnologia - cargo ingrato para quem respira as reviravoltas que a Internet vem dando nas empresas de tecnologia nos �ltimos anos. Ele afirma que as empresas pensam pequeno em rela��o ao potencial da Web. "O usu�rio m�dio deve ter acesso � Rede a partir de qualquer aparelho, seja um telefone celular, uma agenda eletr�nica ou um PDA".
Baehr considera burrice se fixar em consumidores, sejam eles finais ou corporativos, que utilizem apenas computadores como meio de intera��o com a Internet. O motivo, segundo ele, � o crescimento dos chamados "gadgets" eletr�nicos com acesso � Web.
Servi�o de qualidade
Juntamente com a revolu��o do
hardware, Baehr defende mudan�as na forma de se encararem os aplicativos. "Ningu�m est� mais interessado na beleza do TCP/IP. Os usu�rios j� come�am a perceber a Web como um servi�o que precisa funcionar o tempo todo, como o fornecimento de eletricidade".
Engana-se quem pensa que para isso virar realidade � preciso desenvolver novas vers�es dos browsers, mais simples e virtualmente invis�veis. Baehr � categ�rico ao afirmar que a interface j� n�o � t�o importante assim. "O que interessa � a qualidade dos servi�os prestados, a confian�a entre fornecedor e comprador e a efici�ncia dos mecanismos de cobran�a", diz.
"N�o importa ter uma home page bonita. O que realmente conta � a capacidade de a empresa atender aos pedidos dos clientes e parceiros e, mais importante, manter uma troca de informa��es constante com eles".
O ponto de vista do especialista se baseia em estimativas bem-conhecidas para quem lida com com�rcio eletr�nico: o verdadeiro fil� mignon do e-commerce est� nas vendas entre empresas. � a� que a tecnologia Jini entra com for�a. Baehr explica que a solu��o simplifica a montagem r�pida de uma rede com os itens essenciais dos mandamentos do com�rcio eletr�nico, como escala de produ��o, confian�a e efici�ncia.