ELIZABETH KOSLOVA wrote:

> Para concluir, o grande erro no VLS como já falei no texto anterior é
> que ele não é nem um lançador comercial nem um programa completo de
> míssil balístico, se quando a aeronáutica tivesse desistido do míssil
> e com coragem rompido a cultura de projeto para criar um foguete com
> vocação comercial teríamos então um vetor com chances de sucesso no
> mercado internacional, da forma como esta na minha opniao, pôr mais
> que se diga ao contrario ele não é viável comercialmente, mas como já
> falei tem um grande mérito, ele simplesmente existe, com este governo
> que temos no pais.

Uma dúvida. Se para lançamento comercial o melhor é usar combustível
líquido, para mísseis balístico, qual é o melhor sistema? Qual deles tem
a melhor condição de manutenção a longo prazo se for este o requisito
importante de um míssil balístico que deve ficar armazenado por grandes
períodos?
O VLS talvez seja uma forma de adquirir tecnologia de mísseis balísticos
sem chamar atenção.

Um exemplo das voltas que um programa de míssil pode dar é a propulsão
ramjet.
Os EUA usaram um míssil ar-ar de longo alcance com sistema ramjet na
guerra do Golfo de 1991, mas não divulgaram pois não queriam a
proliferação da tecnologia. Os acertos foram computados para outros
mísseis conhecidos. O míssil também não era necessário ao F-22 pois
tiraria sua furtividade se tivesse que irradiar com um radar potente
para aduirir alvos a longa distância. O substituto do Phoenix usaria a
mesma tecnologia e foi cancelado pelo mesmo motivo.
O míssil era bem rústico e a propulsão ramjet também melhoraria em muito
a manobrabilidade.

Outra tecnologia que eu acho que os EUA não gostariam de ver
proliferando é o de mísseis guiados por fibra ótica. Os mísseis
anti-tanque convencionais atuais não são ameaça séria aos seus tanques
pois as plataformas de lançamentos talvez nem consigam sobreviver e
chegar próximas para disparo. Um helicóptero anti-tanque ou um carro
blindado não seriam ameaças pois muito provavelmente haveria
superioridade aérea e os He e veículos seriam destruídos e estariam em
pequeno número. Porém, um míssil de pequeno RCS, disparado fora da linha
de visada, que ataca por cima e que é disparado até a dezenas de
kilômetros e em quantidade relativamente grande devido ao preço é uma
ameaça que teriam muita dificuldade em contrapor. Eles não gostariam de
dar o exemplo. Uma tecnologia ou míssil de um pais de 3o mundo só
chamaria atenção depois de ser usada com êxito.

O que gostaria de dizer é que existem outras variáveis além dos fatores
econômicos. Muitos outros que não teriamos acesso.

Fábio Morais Castro

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