Corrigindo!! Pi/2 > 1!! O único ponto fixo de f(x) = cosx está em (0, 1)!!

Artur Costa Steiner

Em 16/12/2012, às 08:30, Bernardo Freitas Paulo da Costa 
<bernardo...@gmail.com> escreveu:

> Timeout !
> 
> 2012/12/9 Artur Costa Steiner <steinerar...@gmail.com>:
>> Problemas interesantes.
>> 
>> Mostre  que n찾o existem fun챌천es diferenci찼veis de R em R tais que, 
>> para todo real x, tenhamos
>> 
>> a) f(f(x)) = e^(-x)
> 
> Derive (já que as funções são diferenciáveis) e veja que f'(f(x)) *
> f'(x) = - e^(-x) != 0. Portanto, f'(x) != 0, e pelo teorema do valor
> intermediário para derivadas (Darboux), o sinal de f' é constante. Mas
> assim, f é ou estritamente crescente, ou estritamente decrescente,
> logo... f(f(x)) é sempre crescente. Mas e^(-x) não é crescente,
> absurdo.
> 
>> b) f(fx)) = 1 - x^3
> 
> Derive, etc, etc, temos que f'(0) = 0 ou f'(f(0)) = 0, mas também que
> f'(f(x)) * f'(x) != 0 se x != 0, logo a única possibilidade é f'(0) =
> 0. Assim, o sinal de f' é constante nos reais positivos e negativos.
> Como a gente já viu no caso anterior, não pode ser monótona. Assim,
> temos ou f crescente e depois decrescente, ou o contrário. Mas isso
> quer dizer que 0 é um extremo local, e f é limitada superiormente ou
> inferiormente (respectivamente). Logo, f(f(x)) não pode ser
> sobrejetiva, como é o caso de 1 - x^3.
> 
>> c) f(fx)) = cos(x)
> 
> Bom, essa é difícil, se continuarmos com apenas as mesmas idéias, mas
> ainda dá. Derive, e, como antes, f será monótona em cada um dos
> intervalos I_k = [k pi, (k+1) pi). Agora, separe os casos possíveis
> para f(0) e o crescimento de f entre 0 e pi. Vamos obter uma
> contradição achando uns pontos tais que | f(f(x)) | > 1, a partir de
> f(f(0)) = 1 e as condições de monotonicidade.
> 
> Note, primeiro, que f(0) não pode ser de valor absoluto maior do que
> 1. Como f(f(x)) = cos(x), isso quer dizer que f(f(pi/2)) = 0, logo,
> aplicando f dos dois lados, f(0) = f(f( f(pi/2) )) = cos(f(pi/2)).
> Note também que f(0) != 0, já que senão teríamos f(f(0)) = 0, e não 1
> = cos(0).
> 
> Suponha, para começar, que f é crescente entre 0 e pi. Temos 2 casos:
> 
> a) 0 < f(0) <= 1. Numa vizinhança "positiva" do 0, temos que f é
> crescente, e como f(0) < 1 < pi, f(f(x)) também será crescente.
> Absurdo.
> 
> b) -1 <= f(0) < 0. Note que f(f(x)) é decrescente entre 0 e pi, logo
> f(pi) <= 0, caso contrário teríamos f o f crescente no "final" do
> intervalo [0, pi). Seja a = f(0). Temos 1 = f(f(0)) = f(a). Mas f(1) <
> 0 pelo que acabamos de ver, e por outro lado -pi/2 < -1 < a < 0, logo
> 0 < cos(-1) < f(f(a)) < 1 já que f o f = cos é crescente entre -pi e
> 0. Absurdo: f(1) < 0 < f(1) = f(f(a)).
> 
> O raciocínio é similar para f decrescente entre 0 e pi:
> 
> a) 0 < f(0) <= 1. Temos f(0) entre 0 e 1, logo como f é decrescente
> f(1) <= f(f(0)) = 1 < f(0) <= 1, absurdo.
> 
> b) -1 <= f(0) < 0. Para que f o f seja decrescente em [0, pi), devemos
> ter f crescente entre f(pi) e f(0), e portanto até o zero. Mas f(f(0))
> = 1, e f(0) < 1, logo f não pode ser contínua em 0. Absurdo outra vez.
> 
> -- 
> Bernardo Freitas Paulo da Costa
> 
> =========================================================================
> Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
> http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
> =========================================================================

=========================================================================
Instru��es para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
=========================================================================

Responder a