Onde há um único argumento neste desnecessario alerta de "cuidado" ,
oposto sem objetividade, apelando para o postulado
de princípio ao inferir arbitrariamente uma ilação de "verdade absoluta"
saída do nada?
 
 
A _inteligência_ das pessoas exige que se tome conhecimento das leis
para discuti-las, quando elas são pertinentes aos assuntos tratados,
 e provérbios não são leis.
 
 
Não está em discussão, neste assunto, que concerne à saúde pública,
a tergiversação oposta sob um alerta quanto a "verdades absolutas",
visto que não há apologia de verdade absoluta alguma,
mas a demonstração do uso desse provérbio dentro
das UTIs SUS, em evidente confronto com o Art. 121 do Código Penal e
os Artigos 196 e 37 da Constituição Federal.
 
 
Falta argumento, e sobra tergiversação demonstrada
na rápida "observação" que se pretende, pela ausência
de fundamentação, ela sim, "dona da verdade".
 
CG Coimbra
OAB 11352
 
 
----- Original Message -----
From: Luiz
Sent: Tuesday, April 26, 2005 4:37 PM
Subject: Re: [juristantum] _COLOQUE SUA CARTEIRA NA ALTURA DA BOCA_: HOMICÍDIOS NA UTI

Cuidado!!!!!
Vamos nos lembrar que não existe verdade absoluta, mesmo que alguns sites a preguem.
Calil
----- Original Message -----
Sent: Monday, April 25, 2005 11:45 PM
Subject: [juristantum] _COLOQUE SUA CARTEIRA NA ALTURA DA BOCA_: HOMICÍDIOS NA UTI

A prática homicida do "provérbio"
_"COLOQUE SUA CARTEIRA NA ALTURA DA BOCA"_,
quando referente à saúde pública, 
confronta os  Arts. 196 e 37 da CF e o Art. 121 do Código Penal,
e tem muitos defensores "voluntários e desinteressados"
no Brasil.

****
HOMICÍDIOS NA UTI
Zero Hora - 05.04.2005
p. 19

"O que imaginávamos impossível está acontecendo aqui mesmo,
em nossa cidade: estão matando nas UTIs"


CLÁUDIO BRITO

Jornalista, promotor de Justiça aposentado


Chocante. Terrível. Assustador. É o mínimo a dizer, depois da confissão de médicos que praticam a eutanásia em Porto Alegre.  Contaram aos repórteres Andrei Netto e Humberto Trezzi, de Zero Hora, quais são os critérios usados por eles na hora de sustar o tratamento de quem agoniza.


Confessaram homicídios com a clareza que jamais vi em mais de 20 anos no Tribunal do Júri. Nunca um réu foi tão direto quanto o médico que admitiu ter dado, algumas vezes, um "empurrãozinho na natureza". Nunca um matador tão frio chegou a ser réu, o que lamento.


Outro diz dormir tranqüilo, informando que se 10 colegas seus forem perguntados, 10 responderão que sim, aprovam e praticam a abreviação da morte nas Unidades de Tratamento Intensivo ou nas casas dos pacientes. E nem se fale em limitação de tratamento ou ajuda pela retirada parcial de medicamentos ou procedimentos típicos do atendimento por intensivistas. Os entrevistados contam em detalhes o que fazem para matar.


Um descreve a mistura de morfina ao soro, em conta-gotas, para levar o doente à morte no cumprimento de um roteiro macabro, que vai da sonolência  ao coma e à parada respiratória. Outros casos resolveram omitindo socorro a pessoas com parada cardíaca.


Todos devemos temer um mal que nos ponha inconscientes ou distantes de familiares, pois, na ambulância, no corredor do hospital, ou na UTI, integraremos uma lista de seres descartáveis, nem que seja para justificar o pensamento de um desses profissionais ouvidos pelo jornal, que aceita jurar como Hipócrates, mas professa outros credos, escusando-se com a alegação de que leis e códigos de ética são ultrapassados pela realidade.  Talvez tenha razão: não há lei e direito que resistam a uma realidade de vilania e desprezo, desenhada justamente por aqueles que, vestidos como anjos, são demônios da morte e deveriam lutar pela vida.


Se me tiram a esperança nos hospitais, volto meu clamor à Polícia Judiciária, ao Ministério Público e à Justiça, para que cumpram o dever de apurar os crimes revelados. Os órgãos controladores da profissão, como Amrigs, Cremers e Sindicato Médico imagino tomarão as mesmas providências, para acabar com a desfaçatez de quem primeiro diz ter matado 20 ou 30 vezes, telefonando depois ao repórter para uma correção: talvez tenham sido 10 ou 11 casos. Esclareço que tenho posição favorável ao direito de alguém
escolher morrer sem sofrimento, desde que induvidosa a manifestação de vontade e apenas por meio da suspensão de medidas terapêuticas. Nunca matando, mas deixando morrer. Por deliberação antecipada do paciente, jamais por decisão do médico assistente. E, em qualquer caso, de acordo com a lei. Só com a lei, que nenhum médico substitui. O que imaginávamos impossível está acontecendo aqui mesmo, em nossa cidade: estão matando nas UTIs.

***
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