"Vicente Aguiar" <[EMAIL PROTECTED]> writes:

> Seguem abaixo, dois textos escritos pelo Prof. Thomaz Wood Jr. da FGV
> de São Paulo na Carta Capital sobre:

para variar tem erros de pessoas que estao fora da comunidade:

ele se refere a "comunidade Linux". ele quer dizer a comunidade em
geral, desenvolvedores do kernel, gnome, kde, distribuições, eu voce,
etc ou 'apenas' os desenvolvedores do kernel linux (em oposição ao hurd,
freebsd, etc)?

dai ele fala "que, segundo estimativas, reúne cerca de 40 mil experts"
40.000!? pelo numero eu suponho que ele estaja falando da comunidade
como um todo. (mas eu gostaria de citações sobre essas estimativas)

"Richard Stallman, um pesquisador do MIT, insurgiu-se contra o big
business". o problema de RMS foi com o software proprietário, não com
negócios.

"coube ao jovem finlandês, no início dos anos 90, materializar o sonho".
porque o que foi feito antes não era material? (compilador gnu, bsds,
etc)

"No trabalho apresentado em um congresso científico recente, em Montreal,
o francês Michel Ferrary e Pascal Vida discutiu os bastidores da
comunidade Linux" de novo, que comunidade linux (exatamente)?

"Seu trabalho [...] comandada por um "déspota benevolente" (o
próprio Linus)." ah, ele está falando do desenvolvimento do kernel do
linux. bom, até onde eu sei o desenvolvimento do kernel nao envolve
40.000 pessoas.

"A hierarquia foi substituída por um sistema meritocrático". todo mundo
aqui sabe que a meritocrácia é importante em desenvolvimento de SL, mas
essa idéia de que qualquer um pode fazer qualquer coisa é infantil.
existe hierarquia sim! vá tentar modificar a árvore do Morton para voce
ver :-)

"Não há recompensa financeira". sim, existe recompensa financeira. tem
desenvolvedores que são _pagos_ para trabalhar no kernel do linux, no
gnome, ou em outros projetos. Linus, por exemplo, ficou bilhonario
_devido_ ao linux. eu entendo que ele quer dizer que muitos fazem isso
porque querem, e isso é legal. o problema de condensar isso em 4
palavras é que não reflete a verdade da coisa. ele poderia usar as 223
palavras da introduçao para, no lugar de falar sobre a viagem dele para
a finlandia, contribuir para que o artigo tivesse mais substancia. um
artigo que não é 100% correto mas não é 100% errado. é tão leve que até
voa :-)

Abraços,

Pedro Kroger


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