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Celepar vende software para outros estados

Curitiba, 4 de Julho de 2006 - O projeto de desenvolvimento e implantação de sistemas de código aberto nos órgãos da administração pública direta e indireta do Paraná foi muito além das expectativas. Iniciado em 2003, gerou produtos e subprodutos que atraem estados como São Paulo e Sergipe e empresas e bancos como a Caixa Econômica Federal. A Celepar até exporta para a Venezuela.

Denominado Expresso e contendo correio eletrônico, agenda, catálogo e gerenciador de fluxos de trabalho, o produto da estatal foi desenvolvido a partir de um programa E-Grouper usado em Munique, na Alemanha, para 2 mil caixas postais. Em São Paulo, está sendo adaptado para 780 mil contas.

No Paraná, o projeto de software livre economizou R$ 127,3 milhões, segundo informa o presidente da Celepar - Informática do Paraná, Marcos Mazoni. Mais da metade desse valor, R$ 78,5 milhões, é creditada ao seu uso no Programa Paraná Digital, da Secretaria da Educação, que está sendo implantado em todas as escolas estaduais e que administra 102 mil contas de professores que antes acumulavam custos de 12 dólares cada uma.

Outra atração é o Xoops, um software para desenvolvimento de portais com mais mil modelos devidamente testados.

O grande teste da Celepar, no entanto, está só começando. Nesta semana será concluído o processo de migração, iniciado em janeiro, de todas as informações do banco de dados do Detran e das 120 Ciretrans existentes no Paraná, o que envolve 3,5 milhões de condutores e 800 mil processos. Toda a nova legislação para a retirada da carteira de habilitação, com obrigatoriedade de cursos de direção defensiva, vai ser administrada pelo software livre. Segundo Marcos Mazoni, a opção por sistemas de código aberto pode transformar o Estado, no curto e médio prazos, num fornecedor e fomentador de negócios viáveis em torno do software livre. "O lucro com o modelo livre é apropriado por empresas locais, desenvolvendo a economia nacional. É real e concreto o impacto que tudo isso pode causar na distribuição de renda, na geração de empregos, e no equilíbrio comercial", afirma Mazoni.

Entre os números da economia que o Estado obteve até agora com os programas de código aberto estão R$ 483,5 mil com o desenvolvimento de sistema de monitoramento de média e pequena plataforma; R$ 25 milhões com os sistemas Expresso (correio eletrônico, agenda, catálogo e gerenciador de fluxos de trabalho), segurança (Firewall) e servidores de autenticação (Proxy); R$ 15,6 milhões com as migrações das estações de trabalho para plataformas livres; R$ 6,2 milhões com o desenvolvimento de plataforma de desenvolvimento de sistemas próprios; R$ 1,3 milhão nos telecentros Paranavegar e R$ 260 mil em aplicativos de monitoramento de redes. "O objetivo é evitar que o governo, que administra os bens públicos, fique em condição frágil, como ocorre quando contrata serviços e produtos de informática junto a empresas que mantêm todas as informações sob seu controle. Há também questões estratégicas relacionadas à segurança das informações", diz o presidente da Celepar.

Para ele, os benefícios econômicos são superiores à economia obtida com o licenciamento de software. (Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 1)(Norberto Staviski)
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