Em 14/10/2006, às 10:43, Ada Lemos escreveu:


Gostaria, uma hora destas, de conhecer o que vc Olival tem a dizer do Cristovam como governador,

Isso é apenas a minha opinião, embasada por alguns fatos públicos e outros dos quais somente tenho indícios. Há um pequeno livro circulando pela UnB, de um desses profs. ou ex-profs. um pouco "excêntricos" q, curiosamente, traz farta documentação de tudo aquilo q este Senhor Senador fez (ou deixou de fazer) pela UnB e pelo DF. Não o tenho aqui, tampouco memorizei o nome do autor, mas acredito q com seus contatos vc poderia facilmente obtê-lo (foi distribuído recentemente pela UnB).

Minha "ojeriza" pelo ex-candidato vem de sua pose de salvador do mundo e defensor dos fracos e oprimidos, normalmente acompanhada de textos magníficos, mas de uma natureza muito mais "marqueteira". Basta ver o debate em q ele e os d+ candidatos participaram no 1o turno para perceber a serviço de quem está a sua caneta e a sua oratória (e não acredito q seja exatamente da educação). Sinceramente, acho q o Senador Cristovan Buarque está no mesmo barco do Diogo Mainardi e do Jabor. Peço desculpas pela asco ético q tão associação causa a estômagos mais sensíveis, mas, novamente, é apenas a minha opinião.

Se vc acha q muito avançou com o Senador e o SL, tente acessar com um browser livre o Centro de Desenvolvimento Sustentável da UnB, do qual ele é o Patrono. Se conseguir, busque em seus textos qual o modelo de inclusão digital q ele defende (em especial qual empresa cujos produtos ele admira - "por uma deformação pessoal" - ele anseia incluir em tudo o q for digital).

Se ele é tão ardoroso defensor da educação como forma de mudança, me surprende q a gestão dele como reitor da UnB não seja exatamente lembrada como a fase mais brilhante da Universidade. Basta perguntar a quem foi aluno ou funcionário nesta época.

Mais algo? Tem o achatamento salarial da polícia civil. Lembra das greves intermináveis e de como ele perdeu o voto desta categoria? Falo a polícia civil pq foi uma categoria mais atuante, mas lembro de diversos problemas com diversas categorias (inclusive professores). O mesmo discurso de valorizar o servidor público q o PT tinha, com a mesma execução do PSDB (detonando a categoria).

Teve o programa saúde em casa, uma boa idéia, mas q deu um bypass em algumas legislações na hora de ser implementado, contratando médicos terceirizados, sem vínculo com o DF, a peso de ouro. Pergunte aos médicos daquela época o q acham do Cristovam. Eu conheço vários e até o momento a unanimidade (contra ele) é curiosa.

E aquelas obras sem fim implementadas em pleno horário de rush por toda Brasília? De onde veio aquilo? O nosso atual vice-governador ficou muito satisfeito, uma vez q suas empreiteiras tiveram obras de sobra às custas do DF, mas até hoje não se explicou nem a necessidade nem a conveniência delas. Mas, o q é causar transtorno a toda uma população q trabalha qdo vc pode beneficiar alguns amigos bem posicionados, né?

Ficou algo de bom? Acredito q sim: o Bolsa Escola, q efetivamente cobrava contrapartidas de seus participantes, certamente conduzindo diversas famílias a um futuro melhor. Infelizmente, este programa foi posteriormente desvirtuado pelos seus então companheiros de partido.

Tbém achei o Paz no Trânsito fantástico a princípio. Mas, infelizmente, ainda na gestão CB os "pardais" forma transformados em meros caça-níqueis, ao invés de servirem ao seu propósito de melhorar o trânsito no DF.

Agora, a parte mais "pessoal", aquilo q me faz ter mais "ojeriza" do referido Senador, está diretamente vinculado não a ele, mas a um dos seus homens de confiança. E, assim como ele defende q o Lula era o "chefe da quadrilha", não posso acreditar q deslizes éticos dos homens de confiança do CB não reflitam em sua pessoa. Qdo o secretário de educação deste Senador (enquanto este ocupou o governo do DF) da UnB, determinado "compadre" de seu filho fez vestibular para economia em certa faculdade particular do DF (um lugar muito mais ou menos, ainda por cima à época - década de 90), mas foi parar no bacharelado de economia da UnB (não sei a graduação, mas a pós era nota 6 na avaliação da CAPPES - notas 6 e 7 são consideradas nível internacional, sendo 7 a máxima). Em teoria, isso ocorreu via aqueles processos seletivos adicionais sem vestibular q eles abrem volta e meia, com critérios q só Deus sabe quais são. O "compadre" pode ter sido selecionado por realmente atender estes critérios, mas o fato dele ser de classe média alta (tendo plenas possibilidades de custear um curso de economia no Ceub), ter formação em escolas particulares mais do q suficiente para fornecer base para estudar para um vestibular, ser jovem (estava na idade certa do curso), e não ser exatamente uma sumidade em economia (embora depois tenha se revelado um excelente empresário - AFAIK), me faz imaginar se o critério q mais pesou em sua seleção não foi a amizade com o filho do reitor. Pode não ser nada, pode não ser nada, mas se for alguma coisa, é tudo. Como conheço as partes envolvidas, desconfiou mais do "tudo".

Essa, cara Ada, são algumas razões q me fazem evitar desperdiçar meu voto ou minha confiança com o referido Senador.

briguinha qualquer, foi briga feia, dificílima.Depois, qd ele foi pro Senado, fui conversando com ele sobre SL e muita coisa mudou em termos de entendimento dele a respeito do assunto, inclusive ele apoia o Parlamento Livre, o COMSOLI que é tudo e tal em SL, seus fundamentos, etc.

Vc viu a lista de parlamentares q participava da Frensoft? Qtos deles viajaram ano passado com patrocínio da MS, ainda na gestão de Severino, o Breve e q Há de Voltar como Suplente? É só verificar . . . Apoio por apoio o SL tem muitos os quais poderia muito bem passar sem.

Entrementes, não saberia como falar sobre o mesmo assunto com o SENADOR Roriz.

Sinceramente? Acho q não adiante nem tentar . . . :-)

Políticos na década de 90 em diante (ou bem antes disso, mas não acompanhava tanto então) são tratados cada vez mais como MARCAS. Tudo se limita a "branding" e "product placement".

Roriz tem seu nicho. Cristovam outro. No fim do dia ambos estarão tranqüilamente no cafezinho do Senado, batendo papo e contando piadas sobre a rivalidade entre seus eleitores, q compraram essa estória de q eles são arquinimigos e coisa e tal.

That's all,

olival.junior_______________________________________________
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