Acho q está havendo um claro caso de erro no alvo das reclamações acerca do caso do bloqueio do YouTube. No geral, estou lendo muito "som e fúria" especificamente contra aquela q, em teoria, teria causado a comoção, mas não estou vendo o significado disso. Como, ao final, percebi q meu texto ficou longo, vou logo reproduzir no início a conclusão do mesmo:

** Se alguém realmente acha q em um país democrático e livre uma pessoa (não importa quem seja) buscar defender direitos q acredita ter (nem sempre se tem razão) é algo injusto, me desculpem os q professam isso, mas aí estamos a um passo da Ditadura.

No entanto, se a questão aqui é q a decisão do juiz foi infeliz e desvinculada com a realidade das coisas, aí já temos uma base para discussão muito mais prolífica e apoiada nos fatos. **

Agora, volto ao texto em si:

Nas últimas mensagens observei um sem número de adjetivos pouco amigáveis a uma personagem pública ("personagem" pq a "pessoa" por trás daquilo já foi há muito diluída pelos esforços da mídia, sendo impossível para quem não tenha travado conhecimento com a pessoa saber quem realmente é a figura), mas pouca gente realmente questionando o mérito da questão. Ou méritos.

Primeiro: não é natural q uma figura (mesmo pública) tenha direito a recorrer à justiça caso tenha considerado q um direito seu foi violado? Seja a Daniella Cicarelli, seja o namorado à época (não sei se ainda é o mesmo), recorrer aos tribunais não é algo natural no tal "Estado de Direito"? Aliás, sobre o namorado, pouca gente aqui considera q ele tem mais à perder do q ela. Sua posição profissional não era exatamente de um "zé mané" e suas atividades certamente não obtém o benefício da exposição q, por bem ou por mal, acabam por alavancar carreiras de apresentadores de televisão.

Segundo: já vi não sei qtas msgs aqui dizendo q eles tinham de ser processados por "atentado ao pudor" e coisas similares. Ora, quem assistiu ao famoso vídeo percebe claramente q a fase dos "amassos" na areia da praia estão na média do q vc vê (ou faz) em diversas praias "da moda" do litoral tupiniquim. Quem nunca viu, me desculpe, mas precisa trocar os óculos ou começar a usar correção.

Depois, na hora em q a coisa começa a esquentar, o casal se move para um local mais discreto, longe dos populares e *dentro* da água. Local público? Sim, mas longe de ser um show aberto na cara de todo mundo. Inclusive, para quem não está ciente, a gravação foi feita com teleobjetiva (ou algo similar, não sei se é este o termo qdo são câmeras de vídeo). O paparazzi estava a algumas centenas de metros, não exatamente ao lado do casal.

NA MINHA HUMILDE OPINIÃO, quem aqui nunca fez sexo em um local "perigoso", sob o risco de ser pego no ato, deve ter levado uma juventude muito monótona ou nunca teve chance para tanto. E isso não tem nada a ver com a capacidade de arcar com os custos de um quarto de motel, se é q alguém aqui me entende . . . ;-)

Assim, acho q a questão aqui não é uma pessoa buscar na justiça um direito q acredita ter. O problema está na decisão do juiz q pode ter sido tomada sem levar em conta a realidade de um mundo conectado 24h por dia, totalmente descentralizado (qtos adolescentes não devem ter uma cópia do vídeo em seus HDs agora?), enfim, um mundo diferente daquele em q se recolhiam as revistas q estavam à disposição na banca (ou as fitas VHS à venda) e passava-se uma borracha sobre quaisquer indiscrições passadas.

Agora, alguém aqui sabe o nome do juiz? Alguém aqui já xingou a mãe dele? Já questionaram se ele fez isso "para se promover" (afinal, foi uma decisão polêmica com conseqüências desproporcionais à situação q a originou)? Já levantaram o histórico do ilustre operador do Direito? É mais produtivo ficar xingando a Cicarelli ou descobrir quem é o tal juiz e enviar e-mails de protesto para a figura (acho q em uma msg foi passado o e-mail do sujeito), esclarecendo o tamanho da confusão q ele arrumou?

Aliás, ficar sem acesso direto ao YouTube é *realmente* tão prejudicial assim à população brasileira ou somente à pequena elite q tem computadores e usa a banda larga? São tantas pessoas assim? Eu realmente não gostei de ficar sem acesso ao site, mas admito q boa parte da utilidade dele para mim se traduz em puro lazer. Não q eu ache q isso seja justo, apenas acredito q é preciso colocar as coisas em perspectiva, para poder demonstrar corretamente o impacto da decisão.

Eu, infelizmente, só poderia dizer q fiquei triste com a decisão judicial pq não pude assistir ao último episódio de Chad Vader, night- shift manager, mas acredito q isso está longe de representar uma perda tão gde para mim. De repente posso até aproveitar esse tempo para ler um livro, assistir um DVD, atualizar meu blog, etc. O mundo não acaba pq o YouTube não funciona.

Repetindo a linha de abertura:

Se alguém realmente acha q em um país democrático e livre uma pessoa buscar defender direitos q acredita ter (nem sempre se tem razão) é algo injusto, me desculpem os q professam isso, mas aí estamos a um passo da Ditadura.

No entanto, se a questão aqui é q a decisão do juiz foi infeliz e desvinculada com a realidade das coisas, aí já temos uma base para discussão muito mais prolífica.

Feliz Ano Novo para Todos,

olival.junior_______________________________________________
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