On 4/16/07, Ricardo L. A. Banffy <[EMAIL PROTECTED]> wrote:
Glauber Machado Rodrigues (Ananda) wrote:
> Se eu te "avanço tecnologicamente" não te deixo livre para dominar
> este avanço até o limite do teu conhecimento, e te proíbo coletar
> conhecimentos a respeito deste avanço e outras melhorias que vão além
> dos meus interesses de mercado, eu realmente te "avancei
> tecnolocicamente" ou eu te tornei um dependente meu?

Indo mais fundo, você entende o instruction-set do processador que seu
computador usa? Você entende como funciona um processador? Entende como
funcionam os transistores? Sabe a diferença entre PNP e NPN?

Entendo tudo isso. Aprendi com o tanembaum, o mesmo professor do
Linus. Se tu for no ##debian-br vai encontrar dois kilos de gente que
já montou processadores. Ou seja a coisa é complicada, mas é o dia a
dia de alguém. E essa pessoa se importa com a liberdade que ela tem
sobre essas coisas do dia a dia.


Há níveis de entendimento.

Se eu ensinar alguém a programar com o eToys em Windows estarei
ensinando menos?

Estará. Pois se ensinasse perl ou elisp e ela tivesse dúvidas de como
uma coisa era implementada, ela poderia ler o fonte. E acredite as
pessoas leem os fontes. O Emacs torna isso muito fácil com a speedbar.


Eu prefiro SL, mas há coisas mais importantes do que ele.

> Pois se eu te ensino a fazer uma horta com uma enchada, e você não tem
> liberdade sobre a enchada, você depende de mim para fazer qualquer
> alteração que melhore a enchada, que tipo de "avanço tecnológico" eu
> propiciei para você? Eu não apenas te tornei meu dependente?

Você sempre pode aprender os princípios de como funciona a enxada e
fazer uma só sua.

Se você vai dizer que depois eu vou fazer X, depois Y e depois
software livre, então o avanço só é possível com o software livre.


Eu me criei em um mundo praticamente sem software livre. Mas eu aprendi
a escrever compiladores, a projetar circuitos impressos e chips usando
software proprietário e isso não me fez nem um pouco menos capaz. Acho
até uma pena que eu nunca tenha projetado chips para pagar as contas -
era bem divertido.

Mas que se originou livre. Nasceu livre. Aí veio a carta do Bill Gates
botando medo na galera e todo mundo se fechou. Mas a coisa ta voltando
pra onde veio.


Eu comecei hackeando o DOS 3.3 do Apple II. Posso te dizer que dá pra
aprender muito sobre computadores mesmo quando o software deles é

Interessante, você acumulou todo esse conhecimento e o que mais? Parou
aí? Melhorou o Dos? Fez um patch, adicionou uma funcionalidade, passou
a comercializar o DOS?

O próprio DOS não precisou de uma licença proprietária para existir,
virou proprietário depois de pronto.

proprietário. É só querer. Software livre não é a bala de prata que vai
transformar uma geração de programadores medianos em uma geração de
Donald Knuths.

Tudo bem, vamos falar de liberdade?


Exageros e radicalismos, facilmente demolíveis em debates públicos, não
nos fazem nenhum bem.

Você acha que o avanço pode acontecer sem liberdade?


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A ignorância é um mecanismo que capacita um tomate a saber de tudo.


          "Que os fontes estejam com você..."

Glauber Machado Rodrigues
PSL-MA

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