Saudações a todos(as),

Meu nome é Lucio Uberdan, sou diretor de projetos da Associação do trabalho
e Economia Solidária – ATES e ativista dos movimentos de Economia Solidária
e Software Livre na região sul do RS.

Aproveitando o email de apresentação do Everton Rodrigues acerca do Cgibr,
acrescento que mesmo a ATES não tendo cadastrado-se em tempo hábil para
votar nas eleições do Cgibr, temos nós articulado nossas relações no apoio
ao Everton para composição do comitê pelo 3 setor (carta de
apoio<http://ates-ong.blogspot.com/2007/09/carta-de-apoio-everton-rodrigues.html>
).

Acreditamos na ATES que o mundo do trabalho altera-se continuamente. Na
produção a geografia da fábrica altera-se e expandi-se de forma dramática:
corporações globalizadas, unidades produtivas compactas, trabalho alienado,
uma produção crescente fruto de poucos trabalhadores operando grandes
máquinas, desemprego formal e ampliação da informalidade. Por um lado
amplia-se o saque aos recursos naturais (com o sub-trabalho e trabalho
escravo principalmente no chamado 3º mundo), de outro, fruto da grande
produção e necessária conquista de consumidores (mercados), crianças em
sinaleiras vendendo chocolates tornam-se estratégicas e importantes para a
necessária comercialização e reprodução do capital daquela grande
corporação.

Muitos são os motivos presentes na atualização do modelo de produção
capitalista frente a tensão Capital x Trabalho na contemporaneidade, mas é
inegável que a tecnologia cumpriu e cumpre um papel estratégico nesse
cenário: facilitando a extração de matéria prima; aumentando a produção;
ganho de mercados; subordinação do trabalho. Tanto na produção como na
financeirização, a tecnologia vem tendo um papel central nas alterações
curso, até então sendo mais conivente com o Capital, proporcionando a este
(de certa forma), as condições necessárias para a manutenção de suas altas
taxas de lucro.

Por essa tese aqui descrita de forma muito simplificada, a ATES vem
construindo ações políticas de interação das novas tecnologias de informação
e comunicação com a Economia Solidária, a autogestão e as fábricas
recuperadas, contribuindo assim no apoio das TICs ao "Trabalho". Nesta
perspectiva, encontramos no Everton frente a seu histórico de luta nos
movimentos de tecnologias livres e democratização da comunicação, um
parceiro dedicado e qualificado para a constituição de ações que visão
interferir no peso desproporcional da tensão (balança) Capital x Trabalho a
favor dos trabalhadores, a favor de quem executa o trabalho e produz as
riquezas hoje ainda apropriadas quase em sua integralidade.

Um abraço,
*
Lucio Uberdan
Militante dos Movimentos de Economia Solidária e Software Livre
Diretor da ATES - Associação do Trabalho e Economia Solidária - Pelotas/RS
*
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