ahhh, antes que alguém me processe, "vai lá nego vai" é uma expressão açoriana
aonde se entenderia, sai daqui querido. nego=querido.
Temos que nos cuidar agora né..., azeredo azedo e mercadante, muda tudo no
quartel de abrantes.
----- Original Message -----
From: Jean Sestrem
To: Projeto Software Livre BRASIL
Sent: Thursday, July 10, 2008 8:22 AM
Subject: Re: [PSL-Brasil] Senador Azeredo conseguiu convencer Senador
Mercadante a aderir ao movimento pela vigilância na internet?
À anos trabalhamos dioturnamente em função da liberdade, da cyber-democracia,
da construção por um mundo mais livre, construindo conceitos e valores. Nunca
promovemos crimes, sempre buscamos mostrar que é possível, conviver e crescer
em rede sem desrespeitar direitos privados, públicos, civis ou de qualquer
natureza.
Mas um iluminado vem, e como se nada existisse, derruba tudo. Que motivação
teremos? Quem nos move? Temos liderança de respeitabilidade? Pra que tanto
esforço?
Resta sonhar num veto do Lula? Mercadante... telefone pra ti la no
gabinete..., sai do plenário e vai atender nego vai....
----- Original Message -----
From: Edgard Piccino
To: Projeto Software Livre BRASIL
Sent: Thursday, July 10, 2008 7:34 AM
Subject: Re: [PSL-Brasil] Senador Azeredo conseguiu convencer Senador
Mercadante a aderir ao movimento pela vigilância na internet?
Realmente o prosicionamento do Senador Mercadante foi lastimável. Proferiu
um discurso emotivo baseado na pedofilia, para afirmar retoricamente que "o
Congresso não irá se omitir e irá legislar sobre os crimes hediondos que se
praticam todos os dias na rede", ou algo que o valha. Os aplausos ao seu
discurso foram puxados pelos parlamentares mais conservadores.
Imediatamente me lembrou a tática retórica do Bush, que utilizou o 11 de
setembro como motivo para reduzir direitos civis, Me lembrou também as
justificativas pa os estados de exceção (eufemismo para ditadura), que sempre
apontam uma grade ameaça à ordem social como o motivo para instaurar a
vigilância e redução da privacidade, afim de protejer os cidadãos.
Pobre da sociedade de não tem capacidade de barrar estas investidas
autoritárias através do debate democrático. Pobre da sociedade em que a
democracia é falar e não ouvir.
Abs,
Edgard
2008/7/10 Heber Maia <[EMAIL PROTECTED]>:
O Senador Aloísio Mercadante está sendo enganado ou está querendo nos
enganar?
Foi realmente deprimente. Assisti a cena. O Senador parecia um
protagonista de dramalhão mexicano. Argumentos concretos e convincentes ele não
apresentou nenhum. Recorreu ao uso de um discurso que apela para o
emocionalismo sem tocar nas questões centrais das implicações da proposta de
vigilância da internet.
Será que o Senador está sendo mal assessorado ou intencionado?
Se a motivação for um problema de assessoria ainda existe chance e
devemos agir imediatamente. Porém, se for um "desvio de intencionalidade"
devemos nos preparar para chorar pois vem aí mais um melodrama. A diferença é
que, ao contrário das historinhas melosas dos nossos vizinhos latinos, este não
trará somente alienação mas estará colocando em jogo a nossa liberdade.
É hora de se mexer pois daqui a pouco pode ser tarde demais.
No caminho com Maiakóvski
(Eduardo Alves da Costa)
"[...]
Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem;
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.
[...]"
[]s
Heber
Everton Rodrigues escreveu:
Senador Azeredo conseguiu convencer Senador Mercadante a aderir ao
movimento pela vigilância na internet?
Como tínhamos definido, fizemos uma ação durante o I Fórum
Latino-Americano de Inclusão Digital - F.I.D., acontece hoje, dia 9 de julho,
na Câmara Federal dos Deputados. Essa iniciativa tem como objetivo fortalecer a
nossa opinião a respeito do projeto, nos alinhando com o texto do abaixo
assinado online (http://www.petitiononline.com/veto2008/petition.html).
Interessante que essa petição reuniu 10 mil assinaturas de usuários da rede
mundial de computadores em apenas 3 dias.
Quando confirmamos que o Senador Aloísio Mercadante estaria mesmo na
mesa de abertura, decidimos que a faixa com a frase: "Pelo veto ao projeto de
cibercrimes - Em defesa da liberdade e do progresso do conhecimento na Internet
Brasileira" seria aberta durante sua fala. De fato, esticamos a faixa durante a
sua fala. De início notei que ele nem nos olhava. Tudo bem.
Mas, na finalização da sua fala, o nosso grande Senador Mercadante
defende o projeto como um grande avanço para a sociedade. Ele se utilizou de um
artíficio que está já ta ficando banal. A idéia de ganhar apoio ao projeto de
controle da internet com o discurso da pedofilia.
Mercadante começou dizendo: "quero falar sobre a faixa que os amigos
estão nos mostrando ao lado. E apontou o dedo para nós que estávamos esticando
a faixa". Ele disse que a faixa não fazia sentido, porque, veto é depois do
projeto ser aprovado, e como vetar algo que nem foi a votação? Tentei explicar
que o veto era na verdade da sociedade civil. Quis dizer que nós estávamos
vetando esse projeto do jeito como está.
Dai ele diz: "Por favor deixa eu falar, e depois você fala, porque
senão não é democracia". Depois de sua fala ele foi embora. Tinha outras
tarefas para fazer. Mas, então, pensei. Democracia no Congresso Nacional é: os
senadores falam e nós escutamos, e quando nós falamos eles não estão lá para
ouvir. Acho que vou mandar um áudio em formato .
Isso, reforça a idéia de que o Congresso Nacional está muito distante
do povo brasileiro, e, por isso, muitas vezes fazem projeto sem qualquer debate
com a sociedade, apenas como fruto de acordos de interesses constrõem
aberrações como este projeto.
Continuando o discurso Mercadante diz: "Temos que combater os crimes
digitais. Temos que prender corruptores de crianças e grupos que se organizam
para cometerem crimes contra nossas criaças. Temos que prender esses sujeitos
da escória da sociedade". Só faltou chorar. Faltou bem pouco. Nesse momento
lembrei da estratégia que Joerge W Bush que utilizou o atentado de 11 de
setembro para justificar a invasão de países que supostamente apoiam
terroristas, além de retirar as liberdades civis.
Com isso finalizou e foi embora.
Tenho uma filha de 10 anos, e sei que vigiar a internet não irá
resolver o problema. Combater a pedofilia envolve muitos temas, como por
exemplo a educação das crianças para o acesso a conteúdos e uso da tecnologia.
As nossas leis já identicam pedófilos como criminosos, e não é preciso de uma
nova lei para isso. O debate de fundo é que estão usando a pedofilia, que é um
tema que envolve as pessoas emocionalmente e, então, essas pessoas emocionadas
com a idéia de exploração de criaças não percebem que as liberdades individuais
estão em risco com esse projeto.
A fala do Senador e Ministro Hélio Costa foi de prestação de contas dos
feitos do Governo Federal na área. Falou do Gesac, dos projetos de inclusão
digital do governo. Do programa commputador para todos. Disse que no ano
passado foi vendido 10 milhões de computadores no Brasil, e que essa é a média
de consumo de televisores por ano.
Mas nada disse sobre o tal projeto de controle da internet. Nem olhou
para a nossa faixa, e quando gritei pedindo sua opinião, ele me olhou como se
eu fosse transparente. Nenhuma novidade.
No painel I - A inclusão digital e as ações dos organismos
multilaterais, que o moderador foi HADIL DA ROCHA VIANNA, que é chefe do
Departamento de Temas Científicos e Tecnológicos do Ministério das Relações
Exterior, pensei que eu poderia falar, já que se tratava de um fórum. Em fóruns
tem que ter um momento de debate. Então, Hadil disse que cada palestrante teria
15min e se sobresse tempo abriria ao debate. Ele não controlou o tempo de
ninguém. No meio da atividade uma moça começou a nos entregar um papeis que é o
nosso meio de mandar nossas questões. Sem direito a voz. Só por escrito.
Aí lembrei. No congresso o debate é assim mesmo. Os palestrantes falam
até cansar e o restante dos participantes escrevem suas questões e enviam para
o coordenador da mesa, que lê se tiver tempo e se concordar se o que está
escrito não vai gerar muitos problemas.
Então, agi com seguinte estratégia. Escrevi uma pergunta com duas
cópias. Como se fosse uma email com cópia. E encaminhei para o coordenador da
mesa e para quem eu queria saber a opinião, que era VALERIA JORDAN,
coordenadora de Informação da e-LAC (Cepal).
No momento que entreguei o bilhetinho, Hadil disse: acho que não vai
dar tempo. Respondi então que a idéia de fórum ficaria prejudicada.
Ele disse: pois é, estamos com pouco tempo, mas vou tentar.
Dai ele se dirigiu para a Valéria que ja sabia da pegunta. Discutiram
por um tempo e então, encaminharam que iria ser lida a questão.
A pergunta foi a seguinte: VALERIA JORDAN. Na sua apresentação
conseguiste desenvolver de forma brilhante a idéia de que as Tics são
fundamentais para o desenvolvimento. Como a senhora bem sabe a internet e o
software livre são fundamentais para a inclusão digital. Por isso, sem internet
e sem software livre não existe inclusão digital. Já que a internet é
estruturante da inclusão digital, gostaria de conhecer a sua opinião a respeito
da idéia de analisar todos os dados que trafegam na rede com a justificativa de
combater crimes digitais.
Na sua reposta ela disse que: o assunto era complexo. Muito complexo.
Ela disse que antes de tudo é preciso pensar as ferramentas para desenvolver
melhor esse combate a crimes na internet. Disse que os países que se propõem a
vigiar a internet tem alcançado pouco o seus objetivos. Ela ainda disse que a
internet não algo separado da sociedade, e sim um reflexo da sociedade que
temos. E que é preciso ter muito cuidado para não fortalecer a idéia de um
grande big brother.
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Everton Rodrigues
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