Minha humilde opinião sobre o Gilberto Gil:
http://liberdadenafronteira.blogspot.com/2008/06/banda-larga-cordel-e-cultura-livre.html

A questão é: como virar esse jogo? Pregando a subversão, repito, não parece
o melhor caminho... E alegando que os artistas são escravos das gravadoras,
muito menos.

Omar as táticas de subversão, algumas vezes, são as únicas armas que forçam
as mudanças em leis ou costumes em uma sociedade. As vezes, elas não são as
únicas, mas são eficientes de alguma forma. Se você assistir ao "Good Copy
Bad Copy", documentário sobre distribuição de materiais culturais e remixes,
você verá a fala de um dos caras do The Pirate Bay. Ele diz algo como "vejo
no The Pirate Bay uma organização de desobediência civil que visa forçar
mudanças nas leis de copyright e direito autoral no mundo".

É uma subvesão, é um enfrentamento direto ao sistema. E, como já comentei
antes, para o bem ou para o mal - me permitam ser um tanto maniqueísta
apenas dessa vez? - esse julgamento terá algum resultado que será sentido
pela comunidade de cultura livre, seja ela copyleft ou anti-copyright.

Se tomamos atitudes muito legalistas acerca do copyright, acabamos
estagnados e estagnando as coisas - principalmente quando infligi-lo é algo
tão banal quanto é hoje. Eu penso assim, podemos forçar essa mudança.


2009/2/25 Omar Kaminski <o...@kaminski.com>

> Ao meu ver mais uma vez a famigerada inversão de valores ataca novamente.
>
> Filipe, se você fosse um artista e vivesse do seu trabalho, gostaria que
> suas músicas fossem "compartilhadas" em P2P (e a vendagem dos seus cds
> caísse dramaticamente)?
>
> Se sim, ótimo. Você (ainda) é parte de uma minoria.
>
> A questão é: como virar esse jogo? Pregando a subversão, repito, não parece
> o melhor caminho... E alegando que os artistas são escravos das gravadoras,
> muito menos.
>
> Só uma pergunta: por que Gilberto Gil não "compartilha" suas músicas de
> graça na Internet?? Por que ele (e tantos outros) continua vinculado a uma
> grande gravadora? Decerto porque ele quer, oras. Ou seja, ao que parece os
> grandes artistas, ou artistas já consagrados, preferem continuar vinculados
> a grandes gravadoras. Por falta de dinheiro para virar o jogo é que não é.
>
> Se alguém conseguir resolver esses dilemas, teremos avançado na questão. Se
> não, vamos continuar andando em círculos.
>
> Omar
>
>
> ----- Original Message ----- From: Filipe Saraiva
> To: Projeto Software Livre BRASIL
> Sent: Wednesday, February 25, 2009 18:12
> Subject: Re: [PSL-Brasil] Campanha em apoio ao The Pirate Bay
>
>
>
> Se alguém pular o muro de casa para desfrutar da minha piscina
> (metaforicamente - eu moro em um apartamento), vai sair de lá
> escoltado pelos simpáticos PMs do Estado de São Paulo.
>
> Eu ainda não entendo qual a lógica de comparações assim...
>
>
> 2009/2/25 Ricardo Bánffy <rban...@gmail.com>
>
> 2009/2/25 aracele lima <aracelel...@yahoo.com.br>:
>
>  Não é tão simples assim. Acho que o caminho para mudar essa forma de
>> mercado
>> não é a abstenção. Nos abstendo de comprar um produto como um cd, por
>> exemplo, acabamos por nos abster também de exigir o direito de acesso aos
>> bens culturais.
>>
>
>
> Mas de onde você tirou a idéia de que eu tenho algum direito de
> desfrutar de um trabalho artístico sem a permissão do seu dono?
>
> Se alguém pular o muro de casa para desfrutar da minha piscina
> (metaforicamente - eu moro em um apartamento), vai sair de lá
> escoltado pelos simpáticos PMs do Estado de São Paulo.
>
> Não se tem um direito apenas porque se quer tê-lo. Não se pode violar
> leis apenas porque elas são inconvenientes. Desobediência civil é uma
> coisa muito mais séria do que isso - e banalizá-la dessa forma não
> ajuda ninguém.
>
>
>  Outra coisa, é preciso lembrar que nem todos têm acesso a internet como
>> você
>> e de que também nem todos preferem ouvir músicas através dela.
>>
>
>
> A distorção aqui está na noção de que a vontade de se ter alguma coisa
> traz o direito a ela.
>
> A palavra final sobre o destino de uma obra é do seu criador e de mais
> ninguém. Ou de quem quer que seja aquele para quem o artista vendeu
> esses direitos.
>
> Quanto à cabeça-dura das gravadoras e estúdios, não é por burrice. O
> que elas querem é alguma forma de "imposto sobre largura de banda" a
> ser distribuído entre elas. E o download indiscriminado só fortalece a
> tese delas de que isso é necessário.
>
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Filipe Saraiva
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Bacharelando em Ciências da Computação
Universidade Federal do Piauí

Diretor de Inclusão Digital
Executiva Nacional dos Estudantes de Computação - ENEC

Projeto Software Livre - Piauí - PSL-PI
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