"Mas nós, aqui nesta lista, deveríamos ser os reagentes, ou seja, exatamente aqueles que agem não por puro prazer, mas por aquilo é certo."
As pessoas cada vez menos sabem "o que é certo"... é o "problema" da pluralidade. Omar Em 2 de outubro de 2014 11:53, <anah...@anahuac.eu> escreveu: > > Uma vez vi uma entrevista com uma odontóloga, tratando sobre o problema da > "banguelisse" no Brasil. Em um determinado momento a jornalista pergunta se o > fator preço não pesava no problema da escovação, afinal de contas material de > higiene bucal costuma ser caro. A resposta foi esta: > > - O único material de higiene bucal realmente eficiente é a escova de > dentes. Até mesmo a pasta de dentes é absolutamente dispensável. Considerando > que uma escova de dentes das mais baratas custa em torno de R$ 6,00 e que > deve ser trocada a cada três meses, o custo seria de R$ 2,00 por mês. Então o > problema não é o dinheiro, mas a educação doméstica que não cria o hábito de > escovar os dentes 3 vezes ao dia. > > Mas Anahuac, o que tem esse papo odontológico haver com esta discussão? > > É que o problema dos atuais pseudo-ativistas do extinto movimento do Software > Livre não é financeiro. É um misto de cansaço, senilidade, complacência e > falta de impeto hacker. Então qualquer desculpa serve para se entregar ao > lado negro da força. É como se falar sobre Software Livre, traduzir Software > Livre ou codificar Software Livre isenta-se o uso do Software Livre. Então > como eu uso muito, posso usar Gmail de boa! Ou se eu falo muito sobre > Software Livre, então posso usar o Facebook para alcançar mais pessoas. E, > esse raciocínio é simplesmente errado em si mesmo: não se pode abrir mão da > liberdade para tentar conquistá-la, simplesmente não funciona. > > Porque não funciona? Porque a complacência é um artifício psicológico, em > geral coletivo, que tende ao que é mais fácil, confortável e prazeroso, em > contraponto ao que é certo. Então, assim, explicasse porque a maioria não se > importa com o Software Livre e nem mesmo com o que é certo. Mas nós, aqui > nesta lista, deveríamos ser os reagentes, ou seja, exatamente aqueles que > agem não por puro prazer, mas por aquilo é certo. > > Voltando ao exemplo do servidor de e-mail, é verdade que o combate ao Spam é > ingrato e inglório. É verdade, também, que ter à disposição o poder > computacional e humano do Google para combatê-lo é algo extremamente > desejável, mas me lembro de uma época, não muito distante, onde aprender M4 > para poder configurar o sendmail era muito, mas muito mais legal! > > Não me interprete mal. Não acho que as coisas tem que ser difíceis para serem > legais. Sou muito favorável às tendências de amigabilidade e usabilidade. > Estou apenas apontando que se nós que somos os nerds, hackaers, ativistas > cibernéticos começamos a colocar o conforto acima da ética, ao ponto de > usarmos serviços devassos na rede, então estamos condenados. > > Que tal reagirmos? No caso do e-mail, o jeito mais fácil é contratando uma > conta de e-mail > > > > > > ----- Mensagem original ----- >> De: go...@riseup.net >> Para: "PSL-Brasil" <psl-brasil@listas.softwarelivre.org> >> Enviadas: Quinta-feira, 2 de outubro de 2014 11:27:45 >> Assunto: Re: [PSL-Brasil] Para Bárbara, Software Livre com amor >> >> Heitor, >> >> Se você for um militante social contra o capitalismo, o riseup oferece >> conta para você :) >> >> O espaço é bem curto, mas você pode usar pastas locais para evitar >> encher sua caixa de entrada. >> >> www.riseup.net >> >> Se essa não for sua opção, juntar pessoas e dividir o custo operacional >> é uma boa opção também. >> >> Atenciosamente, >> >> On 2014-10-02 09:38, Heitor Faria wrote: >> > Anahuac, >> > >> > Como facilitarmos e custearmos o acesso aos anceios de liberdade? >> > Penso que o maior aprisionamento hoje seja o email. Tentei durante >> > algum >> > tempo utilizar uma solução livre administrada por mim, um Postfix >> > (salvo >> > engano) + Squiremail / RoundCube. Mas a quantidade de spam era surreal, >> > e >> > acabei me rendendo ao Gmail. >> > O próprio Expresso penso que conte com filtros de spam que não são >> > livres. >> > Escolhi o tema email pois você é o papa do negócio. Mas podemos começar >> > por >> > outro ponto. >> > >> > Abraços, >> > >> > 2014-10-02 8:45 GMT-03:00 <anah...@anahuac.eu>: >> > >> >> >> >> Enquanto isso... >> >> >> >> Nem um único comentário dos apolíticos, apartidários, amorais, >> >> aéticos, >> >> areligiosos e apolarizados sobre o artigo que trata sobre Software >> >> Livre! >> >> >> >> >> >> >> >> ----- Mensagem original ----- >> >> > De: anah...@anahuac.eu >> >> > Para: "PSL-Brasil" <psl-brasil@listas.softwarelivre.org> >> >> > Enviadas: Quarta-feira, 1 de outubro de 2014 18:57:57 >> >> > Assunto: [PSL-Brasil] Para Bárbara, Software Livre com amor >> >> > >> >> > >> >> > Mais um artigo em http://www.anahuac.eu >> >> > >> >> > Longo! >> >> > >> >> > --------------------------------------- >> >> > >> >> > Querida amiga, você pediu por uma resposta. Ela é longa e bem >> >> intencionada. A >> >> > faço pública porque suas dúvidas e receios são também de outros. >> >> > >> >> > Na Campus Party Brasil de 2014 tive o prazer de te conhecer, Bárbara >> >> Tostes. >> >> > Naquele, então, estavas na equipe de curadores do eixo temático do >> >> Software >> >> > Livre e te mostrastes uma pessoa muito sagaz, empreendedora, cheia de >> >> > inciativa e especialmente criativa. Assumistes para si a interação com >> >> > os >> >> > participantes do evento pelas redes sociais. Com nítidas habilidades >> >> > gráficas estava claro que esse, era também, teu trabalho, ou seja, >> >> fizestes >> >> > das artes gráficas teu meio de vida e aplicavas nela todo o sentido >> >> crítico >> >> > do seu curso de jornalismo. >> >> > >> >> > Teu entusiasmo e personalidade me remeteram imediatamente aos primeiros >> >> > ativistas de Software Livre que inundaram as primeiras edições do FISL e >> >> > Latinoware. Então antes de mais nada, aqui há meu respeito e admiração >> >> pelo >> >> > seu trabalho e ativismo. Em segundo, um tremendo carinho por ser, você, >> >> uma >> >> > convicta e verdadeira ativista do Software Livre. E por fim, e mais >> >> > importante, minha extrema preocupação pela sua absoluta inocência por >> >> > não >> >> > conseguir discernir Software Livre de OSI. >> >> > >> >> > Como tenho dito em outros artigos, OSI e Software Livre não são a mesma >> >> > coisa. Na verdade suas convergências são muito menores que suas >> >> diferenças. >> >> > Enquanto um trata de filosofia, ética, moral e liberdade, o outro trata >> >> de >> >> > mercados, finanças, técnicas e modelos de negócio. Então misturar as >> >> > duas >> >> > coisas não poderia terminar bem. Você, Bárbara é apenas mais uma vítima, >> >> > dessa mistura. E a culpa é minha. Não só minha, mas de toda a comunidade >> >> de >> >> > Software Livre que deliberadamente se deixou encantar pelos argumentos >> >> > mercantilistas da OSI a uns 10 anos atrás. >> >> > >> >> > Li seu artigo “como é difícil ser livre!”, externando sua inocência e >> >> > perplexidade frente aos novos argumentos levantados pelos ativistas do >> >> > movimento Software Livre, que estão tentando corrigir o erro histórico >> >> > de >> >> > ter misturado o mercantilismo OSI com a filosofia GNU. Eu incluído e >> >> citado. >> >> > >> >> > Já no primeiro parágrafo você deixa claro que não percebeu a mistura >> >> > homogênea que foi feita com o propósito de destituir o conteúdo >> >> filosófico >> >> > do projeto GNU, quando fala nas Distribuições Linux. Permita-me te dizer >> >> que >> >> > essa não é uma verdade. O Movimento Software Livre não usa um sistema >> >> Linux, >> >> > não desenvolve um sistema Linux e não mantém um sistema Linux. O sistema >> >> é >> >> > GNU. O kernel pode ser Linux ou não. Mas o sistema como um todo é GNU. >> >> Veja, >> >> > no dia em que o kernel Hurd estiver usável e for feita uma distribuição >> >> > usando-o, vamos chamá-la de distribuição Hurd? Pouco provável. Quer dois >> >> > exemplos proprietários? Android e MacOS, usam kerneis livres. O primeiro >> >> > Linux, o Segundo BSD. Não vejo ninguém chamando o MacOS de Distribuição >> >> BSD. >> >> > Nem o Android de distro Linux. A lista de exemplos é imensa: Gnome ou >> >> KDE? >> >> > Coloque o kernel no seu devido lugar: é apenas mais um componente do >> >> sistema >> >> > GNU. >> >> > >> >> > A marca Linux ganhou espaço na mídia e o consciente coletivo das massas, >> >> > porque ele destitui o fator ideológico do nome do sistema operacional ao >> >> > remover o GNU. Inclusive o Linus Torvalds tem um papel fundamental nesse >> >> > processo por não dar a devida importância à liberdade. Como ele mesmo >> >> > declara, ele “faz livre porque é divertido, o resto é bobagem”. Veja, o >> >> > mesmo acontece com o termo “hacker”, que como todos nós sabemos, é algo >> >> > bacana, legal, inteligente e excitante, mas que na mão da mídia marrom, >> >> se >> >> > transformou em sinônimo de crime, ilícito, desajustado, terrorista… >> >> > >> >> > Então se você defende a liberdade essencial, aquela que transforma a >> >> vida, >> >> > não use mais “Linux” para definir o nome de nenhum sistema operacional >> >> > Livre. O Linux é um excelente projeto de Software Livre, coordenado por >> >> um >> >> > gênio que só olha par seu próprio umbigo. E nada mais. >> >> > >> >> > E você, Bárbara tem toda a razão quando diz que ser livre é muito >> >> difícil. >> >> > Guerras mundiais fora travadas em seu nome. Hoje o controle planetário >> >> pela >> >> > disseminação e uso das redes sociais devassas tem tudo haver com a >> >> > manutenção ou perda das mais elementares liberdades individuais. Você >> >> > não >> >> > precisa ter algo a esconder para ter direito a privacidade. Até porque, >> >> > pense bem, se for assim, todos os que manifestarem interesse em tê-la >> >> serão >> >> > alvos da curiosidade daqueles que não a querem permitir. Some à >> >> complexidade >> >> > natural do tema, toda a pressão de marketing e ideologias do livre >> >> mercado, >> >> > e teremos as reações mais absurdas, onde se justifica a perda da >> >> liberdade >> >> > em nome de tê-la! >> >> > >> >> > Confuso? Vou explicar, mas leia com calma os dois próximos parágrafos. >> >> > >> >> > Por volta de 2004 a comunidade de Software Livre no Brasil estava >> >> > completamente convencida de que a liberdade tecnológica era o caminho >> >> certo. >> >> > O grande desafio era como fazer o GNU e sua filosofia chegar até as >> >> pessoas. >> >> > A FSF, com o Stallman e Alexandre Oliva à frente, bradavam que o >> >> > objetivo >> >> > não era a a massificação, mas o entendimento, o convencimento. Qualidade >> >> > sobre quantidade, pois de nada adiantaria criar uma massa de usuários de >> >> > tecnologias livres se eles não soubessem o que estavam usando. A >> >> ignorância >> >> > dos usuários seria o elo fraco que permitiria o a apropriação dos meios >> >> > pelos poderosos, como sempre. E em contraponto estavam a Linux >> >> > International, capitaneada pelo querido Maddog e Linus, e a OSI com seu >> >> > maior expoente, Eric Raymon, que diziam exatamente o contrário: era >> >> > necessário massificar o uso e a adoção a qualquer custo, em especial >> >> pelas >> >> > empresas que são o motor da sociedade capitalista ocidental. Uma vez que >> >> a >> >> > massa estivesse usando não seria nem necessário mais falar em liberdade, >> >> > afinal, eles já estariam livres, certo? Dez anos depois, já podemos >> >> concluir >> >> > quem tinha razão. >> >> > >> >> > O Linux é sem dúvida um dos maiores e mais importantes projetos de >> >> Software >> >> > Livre, usado em 9 de cada 10 distribuições GNU. Portanto é um programa >> >> > crítico que não deveria ser “infectado” por software não livre de forma >> >> > alguma! Mas o argumento de que a massificação faria a diferença foi tão >> >> > contundente que, como comunidade, como grupo social organizado, >> >> permitirmos >> >> > a inserção de código fechado nele, proprietário mesmo. Permitimos que >> >> nossa >> >> > liberdade fosse cerceada, na busca por garanti-la e massificá-la. Faz >> >> algum >> >> > sentido isso? Então agora a liberdade de escolha, aquela que você >> >> menciona, >> >> > está entre escolher qual será sua distribuição GNU não livre. Que >> >> armadilha! >> >> > >> >> > Deveríamos ter reagido! Deveríamos ter dito: ei! Nada disso! Os >> >> fabricantes >> >> > de hardware que se ajustem, que abram seus drivers e façam maquinas >> >> > compatíveis ou não compraremos seus equipamentos! Mas não fizemos isso. >> >> > Porque não? Acreditávamos que se entregássemos os anéis, não perderíamos >> >> os >> >> > dedos. E com a massificação do Software Livre – que agora nem é tão >> >> > livre >> >> > assim – estaríamos levando o melhor para as pessoas. Erramos feio. E >> >> estamos >> >> > cometendo o mesmo erro com a adoção massiva das redes sociais devassas. >> >> > Ativistas de Software Livre se lambuzando! Amanhã pagaremos o preço! >> >> > >> >> > O Ubuntu surgiu como sendo a prova material de que era possível ter um >> >> modelo >> >> > de negócio que respeita-se os conceitos filosóficos do Software Livre. >> >> > Um >> >> > distribuição GNU, jovem, com alto investimento financeiro, com estrutura >> >> > profissional, com aquele jeito de empresa web, bom acabamento e um apelo >> >> > intangível da inocência africana! Era quase como um ato de boa fé! Eu >> >> mesmo >> >> > embarquei nessa em 2005 e fui usuário e disseminador do Ubuntu até >> >> novembro >> >> > de 2012. Cheguei até a fazer um bordão com o significado, para provocar >> >> os >> >> > amigos do Debian: “Ubuntu é uma palavra africana que significa Debian >> >> > bem >> >> > feito”. Provocação pura! Assim ajudei a disseminar o Ubuntu e a >> >> massificar o >> >> > uso de “Linux”, como todos os demais ativistas de Software Livre! Estava >> >> > militando no movimento social mais justo e revolucionário de que tenho >> >> > notícia! Isso sem falar no meu uso do Gmail. >> >> > >> >> > O que aconteceu em outubro de 2012 foi uma das maiores traições à >> >> comunidade >> >> > de Software Livre mundial. Os detalhes e suas consequências estão >> >> descritas >> >> > no artigo “Microsoftização da Canonical“, mas em resumo, eles inseriram >> >> um >> >> > spyware no ambiente gráfico padrão sem avisar nada a ninguém! E como se >> >> não >> >> > bastasse a violação total de confiança, quando foram confrontados com os >> >> > fatos, recorreram a argumentação mercadológica de que “todos estão >> >> fazendo >> >> > isso, então não é nada grave demais. Vocês, os radicais, estão fazendo >> >> uma >> >> > tempestade em um copo d’água”. Desde então, minha confiança na Canonical >> >> e >> >> > no Ubuntu foi reduzida a zero. Como confiar que essa é a única armadilha >> >> > plantada sem conhecimento de ninguém? Afinal de contas as empresas de TI >> >> são >> >> > repletas de ações anti éticas, amorais e mercadológicas que “todas >> >> fazem”. >> >> > Na Canonical não podemos mais confiar. E mais uma vez, a comunidade >> >> Software >> >> > Livre em vez de se indignar, reclamar e deixar claro que não admitiria >> >> > tamanha traição, fez o oposto: se fez de cega, surda e louca. Deu de >> >> ombros, >> >> > creditou mais uma paranoia à FSF e Stallman e continuou usando e >> >> > disseminando o spyware disfarçado de Software Livre, como se estivessem >> >> no >> >> > maravilhoso mundo de Alice! >> >> > >> >> > Perceba que seu desejo é que as pessoas, prefeituras, bancos e demais >> >> usem >> >> > Software Livre. Então nada de Ubuntu, pois ele vem com um kernel cheio >> >> > de >> >> > componentes não livres e com spyware. Nada mais parecido com o Windows! >> >> > Tanto que o amigo Júlio Neves o batizou de “Linux 8″! Mas alguns pseudo >> >> > ativistas, inebriados pelo mercantilismo conseguem a proeza de deformar >> >> > tanto a lógica livre, que tem propagado que usar Ubuntu é o mesmo que >> >> usar >> >> > Debian! Um absurdo completo! E se fosse um desqualificado a ter feito >> >> > tal >> >> > afirmação, ainda vá lá! Mas estamos falando de gente da própria >> >> comunidade >> >> > Debian! >> >> > >> >> > Mas nem tudo está perdido, pois parte da comunidade Software Livre >> >> percebeu o >> >> > engodo: não podemos mais pautar a liberdade tecnológica pelo dueto da >> >> > massificação e mercantilização. Lentamente os sistemas operacionais >> >> > estão >> >> > perdendo a importância, sendo trocados por serviços e aplicativos na >> >> nuvem. >> >> > Inclusive os computadores, o hardware mesmo. Hoje se troca de celular, >> >> > tablet ou notebook sem maiores traumas, afinal de contas os arquivos e >> >> > aplicações podem ser restaurados com alguns cliques. E são esses os >> >> grandes >> >> > serviços que representam a maior opressão às liberdades que tanto >> >> > defendemos. Google, Instagram, Facebook, Dropbox, Skype, Netflix e mais >> >> um >> >> > monte de aplicações proprietárias tem se apropriado das tecnologias >> >> livres, >> >> > das falhas em nossas licenças, e especialmente da complacência da >> >> comunidade >> >> > e dos movimentos, para repensar seus modelos de negócio da forma mais >> >> > lucrativa para eles usando nossos meios de produção, ideias e trabalho >> >> > colaborativo. Nenhuma preocupação com liberdades ou direitos, apenas >> >> > massificação e lucros! >> >> > >> >> > Então, Bárbara, se você queria muito que as pessoas, prefeituras, >> >> > bancos, >> >> > negócios e demais usassem “Linux”, pode relaxar: 90% dos smartphones do >> >> > mundo usam Android. Seu maior desejo já é realidade. Sabendo disso, se >> >> > pergunte como essa massificação no uso aumentou a autonomia, segurança >> >> > ou >> >> > liberdade das pessoas? Até onde consigo perceber, ao usar Andoid de >> >> fábrica, >> >> > as pessoas estão carregando consigo sistemas de monitoramento em tempo >> >> real. >> >> > Ao adicionar suas contas do Google e permitindo, automaticamente, que a >> >> mega >> >> > corporação dos USA monitore cada movimento, ligação, mensagem, foto, >> >> desejo, >> >> > ideia ou sonho, elas estão sendo mais livres? Mas pode ser ainda mais >> >> > sinistro: estudo de caso feito pelo Facebook com 700 mil pessoas provou >> >> que >> >> > eles são capazes, também, de influenciar diretamente o rumos e >> >> expectativas >> >> > dos usuários! Não estão apenas monitorando, classificando, perfilando e >> >> > categorizando. Estão gerando tendências artificialmente. >> >> > >> >> > Sua insegurança é causada pelo choque de contrapor liberdade como algo >> >> que >> >> > não pode ser conseguida sem um modelo de negócios que gere receita para >> >> > pagar as contas. Essa é a grande mentira do sistema capitalista, onde o >> >> > objetivo maior é ganhar dinheiro e não fazer as coisas do jeito certo. A >> >> > concepção de que o objetivo maior é ganhar a vida antes de educar, ser >> >> > educado, respeitar e ser respeitado é o que afoga a todos no mar de lama >> >> do >> >> > consumismo. Como somos impelidos a nos classificar em sociedade, >> >> terminamos >> >> > fazendo isso pelo consumo. Onde quem consome mais é melhor. Não se >> >> destaca >> >> > quem respeita mais, ou quem ama mais, ou quem mais luta pelas minorias, >> >> ou >> >> > quem, de fato, dedica a vida a defender a liberdade. A capacidade de >> >> acúmulo >> >> > e consumo passou a definir quem se destaca. Antepor qualquer valor >> >> > moral, >> >> > ético ou até mesmo religioso a isso, te desqualifica em vez de te >> >> destacar. >> >> > >> >> > Eu não estou me contrapondo a ganhar dinheiro. Não estou propondo viver >> >> de >> >> > luz, nem nenhuma outra baboseira (me desculpem os bobos) desse tipo. Eu >> >> vivo >> >> > de Software Livre! Ganho a vida da mesma forma que você e dos demais 95% >> >> dos >> >> > humanos: vendendo minha força de trabalho. Viver de Software Livre é >> >> igual a >> >> > viver de qualquer outro tipo de Software. É como plantar orgânico ou >> >> > transgênico. Plantar é plantar oras! Mas o que se planta e como se >> >> planta, >> >> > definira certamente o que se colhe. Eu planto Software Livre, sem >> >> > agrotóxico, sem semente transgênica e sem atravessador. Quem me ensinou >> >> foi >> >> > o Stallman. >> >> > >> >> > Concordo muito contigo quando dizes “que não podemos ser livres assim, >> >> que >> >> > não podemos mostrar a liberdade que temos (ou não temos), sem exemplos”. >> >> > Nós, os ativistas de Software Livre devemos dar o exemplo do que é ser >> >> livre >> >> > tecnologicamente, e devemos defender essa liberdade. Devemos não fazer >> >> > concessões, não sermos coniventes, não sermos acomodados ou >> >> > complacentes, >> >> > além de não nos deixar levar pelas ondas mercadológicas. Como ativistas, >> >> > devemos nos recusar a usar ferramentas proprietárias e devassas como >> >> > Facebook e Gmail. Devemos refutar com veemência o Ubuntu pela sua >> >> traição. >> >> > Não devemos assinar o NetFlix. Devemos retomar o curso da defesa do >> >> Software >> >> > Livre e seus símbolos: FSF, GNU e Stallman. Olhar para trás, identificar >> >> o >> >> > erro e corrigi-lo, como bons hackers que somos! >> >> > >> >> > Um dia, muitos optaram por se libertar do Windows! E isso foi muito além >> >> de >> >> > apenas não usar Software Proprietário. Fomos criticos contumazes de seu >> >> > modelo de negócio, dos seus ardis mercadológicos e de se seus anseios >> >> > monopolistas. O que difere as empresas que citei antes da Microsoft? Foi >> >> a >> >> > promessa de que uma nova ordem estava se estabelecendo e que nós >> >> > faríamos >> >> > parte dela. Uma nova ordem tecnológica que levaria liberdade, segurança >> >> > e >> >> > autonomia ao usuário. Então, uma vez empoderado, nós, os humanos >> >> conectados, >> >> > seríamos mais fortes e poderíamos usar esse poder para transformar o >> >> Mundo >> >> > em um lugar melhor, mais justo, mais limpo, mais fraterno. Eu sonhei >> >> > isso >> >> > contigo e com muitos outros. >> >> > >> >> > Mas a realidade é bem diferente. Ingênuos, fomos usados, fomos corroídos >> >> por >> >> > dentro pelo movimento contra-revolucionário chamado OSI. Esse movimento >> >> > infiltrou o mercantilismo e a complacência com o Software Proprietário, >> >> sob >> >> > o argumento da massificação de seu uso, e promoveu o “Linux” sobre o >> >> “GNU”, >> >> > os modelos negociais sobre as comunidades de usuários, o ganha-pão sobre >> >> o >> >> > voluntariado, o Maddog sobre o Stallman, e como eles mesmo dizem, não >> >> veem >> >> > mal algum em usar as redes sociais e serviços on-line privativos. Hora >> >> > de >> >> > reagir! >> >> > >> >> > Então minha amiga. Concordamos que ser livre não é fácil. Será que >> >> > concordaremos mais ainda? >> >> > >> >> > Saudações Livres! >> >> > >> >> > >> >> > >> >> > -- >> >> > Anahuac de Paula Gil >> >> > >> >> > Anahuac - http://www.anahuac.eu >> >> > KyaHosting - http://www.kyahosting.com >> >> > suaNUvem - http://www.suanuvem.com >> >> > DiasporaBR - http://diasporabr.com.br >> >> > OpenLDAP - http://www.openldap.com.br >> >> > Twitter: @anahuacpg >> >> > Diaspora: anah...@diasporabr.com.br >> >> > Jabber/XMPP: anah...@diasporabr.com.br >> >> > _______________________________________________ >> >> > psl-brasil mailing list >> >> > psl-brasil@listas.softwarelivre.org >> >> > http://listas.softwarelivre.org/cgi-bin/mailman/listinfo/psl-brasil >> >> > Regras da lista: >> >> > http://wiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil >> >> > SAIR DA LISTA ou trocar a senha: >> >> > http://listas.softwarelivre.org/mailman/options/psl-brasil >> >> >> >> -- >> >> Anahuac de Paula Gil >> >> >> >> Anahuac - http://www.anahuac.eu >> >> KyaHosting - http://www.kyahosting.com >> >> suaNUvem - http://www.suanuvem.com >> >> DiasporaBR - http://diasporabr.com.br >> >> OpenLDAP - http://www.openldap.com.br >> >> Twitter: @anahuacpg >> >> Diaspora: anah...@diasporabr.com.br >> >> Jabber/XMPP: anah...@diasporabr.com.br >> >> _______________________________________________ >> >> psl-brasil mailing list >> >> psl-brasil@listas.softwarelivre.org >> >> http://listas.softwarelivre.org/cgi-bin/mailman/listinfo/psl-brasil >> >> Regras da lista: >> >> http://wiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil >> >> SAIR DA LISTA ou trocar a senha: >> >> http://listas.softwarelivre.org/mailman/options/psl-brasil >> >> >> > >> > >> > >> > _______________________________________________ >> > psl-brasil mailing list >> > psl-brasil@listas.softwarelivre.org >> > http://listas.softwarelivre.org/cgi-bin/mailman/listinfo/psl-brasil >> > Regras da lista: >> > http://wiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil >> > SAIR DA LISTA ou trocar a senha: >> > http://listas.softwarelivre.org/mailman/options/psl-brasil >> _______________________________________________ >> psl-brasil mailing list >> psl-brasil@listas.softwarelivre.org >> http://listas.softwarelivre.org/cgi-bin/mailman/listinfo/psl-brasil >> Regras da lista: >> http://wiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil >> SAIR DA LISTA ou trocar a senha: >> http://listas.softwarelivre.org/mailman/options/psl-brasil > > -- > Anahuac de Paula Gil > > Anahuac - http://www.anahuac.eu > KyaHosting - http://www.kyahosting.com > suaNUvem - http://www.suanuvem.com > DiasporaBR - http://diasporabr.com.br > OpenLDAP - http://www.openldap.com.br > Twitter: @anahuacpg > Diaspora: anah...@diasporabr.com.br > Jabber/XMPP: anah...@diasporabr.com.br > _______________________________________________ > psl-brasil mailing list > psl-brasil@listas.softwarelivre.org > http://listas.softwarelivre.org/cgi-bin/mailman/listinfo/psl-brasil > Regras da lista: > http://wiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil > SAIR DA LISTA ou trocar a senha: > http://listas.softwarelivre.org/mailman/options/psl-brasil _______________________________________________ psl-brasil mailing list psl-brasil@listas.softwarelivre.org http://listas.softwarelivre.org/cgi-bin/mailman/listinfo/psl-brasil Regras da lista: http://wiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil SAIR DA LISTA ou trocar a senha: http://listas.softwarelivre.org/mailman/options/psl-brasil