Faltou contabilizar o volume da cueca!
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Vale a pena a reflexão.
Um abraço à todos.
Alexandre Franco
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Segundo Roberto Jefferson, o mensalão do PT era transportado em
malas.
Primeira questão: você transportaria uma alta quantia de dinheiro em
uma
mala enorme, com todo o ar de coisa suspeita? Numa discreta valise
de
executivo, talvez.
Uma destas valises mede 40cm de largura por 35cm de comprimento,
tendo em
torno de 5cm de fundura. Uma nota de 50 ou 100 reais tem 12cm X 6cm,
logo
uma valise comportaria com segurança quatorze maços de quinhentas
notas o
que equivale a sete mil notas.
Ainda, segundo Roberto Jefferson, o mensalão era de trinta mil
reais, o que
em notas de cem daria um pacote de trezentas notas de cem.
Levando-se em conta que esse dinheiro não poderia ser depositado em
conta
corrente, o jeito era levar pra casa e ir gastando. Você já tentou
trocar
uma nota de cem? Bem, trocar trezentas notas de cem não deve ser
fácil ,
mesmo para um deputado. Então vamos supor que o mensalão fosse pago
em notas
de cinqüenta.
Jefferson disse que a bancada do PP, que é composta de 53 deputados,
e a do
PL, com 55, recebiam o mensalão de 30 mil reais. O que dá um total
de 108
mensalistas, recebendo a quantia de três milhões, duzentos e
quarenta mil
reais por mês, o que em notas de 50 equivale a 64.880 notas, que
seriam
então transportadas em nove malas, já que cada mala carrega sete mil
notas.
As malas iriam então com trezentos e cinqüenta mil reais, ou seja
dez
deputados e 1/6 de um. Como não existe alguém 1/6 corrupto, vamos
assumir
dez malas, para juntar numa mais vazia os pedaços de corruptos que
sobram.
Ainda segundo Jefferson, o pagamento aos dirigentes de partidos era
feito
numa sala ao lado da sala do Chefe da Casa Civil, em pleno Palácio
de
Governo, por Delúbio Soares, que não ocupava cargo nenhum no mesmo
Governo.
Delúbio levaria todo os meses dez malas para dentro do Palácio, para
entregar a dirigentes de partidos. Tudo isso discretamente, sem
chamar a
atenção de ninguém.
Delúbio só tem duas mãos. Também não seria muito simples entrar no
Palácio
com alguns carregadores ou com um daqueles carrinhos de aeroporto,
logo, ele
poderia transportar - no máximo- duas malas, o que já seria muito
suspeito.
Alguém anda por aí com uma mala de executivo em cada uma das mãos,
sem que
ninguém repare? Delúbio teria de entrar então, discretamente. Com
uma mala
de cada vez. O que daria dez viagens num mesmo dia. Impossível
passar
desapercebido.
Então, vamos imaginar que os deputados aceitassem receber em dias
diferentes. Quão generoso deve ser o que ficou com a última remessa.
Mas, vamos em frente. Seriam dez visitas ao Palácio por mês, sempre
se
encontrando com os dirigentes do PL e do PP. Tudo isso, no maior
sigilo.
A semana tem cinco dias úteis, o que obrigaria Delúbio a ir
diariamente ao
Planalto por duas semanas consecutivas, todos os meses do ano, sem
levantar
suspeitas. Mas, como se sabe que a semana de Brasília tem apenas
três dias,
isso se estenderia por mais uma semana,.Três semanas no mês, o
tesoureiro do
PT, que não tinha cargo no Governo, entrando com uma mala e
encontrando-se
com dirigentes de partidos da base aliada, que também deviam portar
malas.
Claro! Se o cara entra na sala delubiana sem mala e sai com uma , é
um mico
de proporções assustadoras. Além do que, esta operação implicaria na
compra
de dez malas iguais por mês, a um custo de aproximadamente mil reais
cada
uma. Um terço de mensalão, só em mala.
E de onde viria tanto dinheiro? Segundo Karina Sommagio das empresas
de
Marcos Valério, um corruptor tão ingênuo que deixa seu Office-boy,
que deve
ganhar menos de quinhentas pratas ao mês, sacar em dinheiro das
contas da
empresa um milhão de reais e vir tranquilão, com três valises, ou
uma grande
mala pelas ruas de Belo Horizonte, uma cidade sem nenhuma violência
e com os
Office-boys mais honestos do mundo, pois, embora trabalhem para
corruptores
de deputados, jamais pensaram em sacanear seus patrões e fugir com a
grana
direto pro Aeroporto da Pampulha, morrendo de rir do babaca do
patrão que
não pode nem dar queixa à polícia.
Senhores, essa história tem mais furos do que queijo suíço e só há
uma
explicação para a imprensa não ter parado para fazer essa conta:
jornalistas
não sabem matemática. Por isso, prestaram vestibular para
Comunicação
Social.
Viva a Engenharia!
Esse texto que esta circulando relaxa um pouco esse festival de
denuncia e desapontamento que assola o país.
João Climaco
joao climaco [EMAIL PROTECTED]
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