Re: Problema Republica Tcheca

2001-07-19 Por tôpico Bruno Leite


-Mensagem original-
De: Bruno Leite [EMAIL PROTECTED]
Para: [EMAIL PROTECTED] [EMAIL PROTECTED]
Data: Quinta-feira, 19 de Julho de 2001 01:47
Assunto: Re: Problema Republica Tcheca



-Mensagem original-
De: Bruno Leite [EMAIL PROTECTED]
Para: [EMAIL PROTECTED] [EMAIL PROTECTED]
Data: Quinta-feira, 19 de Julho de 2001 00:46
Assunto: Re: Problema Republica Tcheca


Oi Henrique

Vamos definir a função g:N-N, mais natural e mais fácil de se lidar, da
seguinte forma:
g(n)=k pra todo inteiro com n =2^k*l , onde k eh um numero natural e l eh
impar. veja que ela é quase igual a função f, só diferindo nos ímpares
(f(impar)=1 e g(impar)=0).

Agora vamos calcular os valores iniciais de g e dispo-los de uma forma
diferente.

Considere a árvore abaixo:

g(2)
g(3) g(4)
g(5) g(6)   g(7)g(8)
g(9) g(10) g(11) g(12) g(13) g(14) g(15) g(16)

Cada linha tem 2^(n-1) elementos. Vamos dizer que g(2) é pai de g(3) e
g(4),
assim como g(5) é pai de g(9) e g(10) e g(8) é pai de g(15) e g(16). de
modo
geral, g(n) é pai de g(2n-1) e g(2n).

Substituindo pelos valores de g:

1
0   2
01 03
0 1 0 2 0 1 0 4

É fácil ver e provar que se g(n)=k, então os filhos de g(n) valem 0 e k+1.
A
partir daí vc sabe dizer quanto dá a soma de cada linha?

Não vou terminar o problema por preguiça e porque tenho certeza que agora
não falta muito, até porque é fácil relacionar as somas de f com as de
g...

Não sei se eu fui claro, então vou dar uma consertada.

A soma da i-esima linha da arvore da função g é 2^(i-1) (indução)

Então a soma das linas da arvore até a linha k é 1+2+4+...+2^(k-1)=2^k -1

Se fizéssemos a arvore de f em vez de g, todos os zeros virariam uns. Então
a soma até a linha k é
2^k + 2^(k-1) - 1, pois há 2^(k-1) zeros até a linha k ( vamos lembrar que
f(1) não está na árvore, mas é um zero que se converte em um, e deve ser
contado)


Isso mostra que f(1)+f(2)+...+f(2^k)=2^k + 2^(k-1) - 1
Em particular, f(1)+f(2)+...+f(2^16)=2^16 + 2^15 - 1=98303

Logo sabemos que o n do problema está entre 2^16 e 2^17. Agora só falta
somar o começo da linha 17 até dar 123456.

Agora não é difícil terminar.


Estou vendo **agora** que tem outro modo de se fazer este problema: fixe n.
Quantos k, de 1  a n, satisfazem
f(k)=1? e f(k)=2? Seja h_i o número de inteiros de 1 a n com f(k)=i. Então

f(1)+...+f(n)=h_1 + 2h_2 + 3h_3 +... ( a soma é infinita, mas a partir de
um
ponto os termos sao todos nulos)

Com essa formula em mente podemos achar por tentativa  e erro o valor de n
pedido. Vou fazer as contas com mais cuidado no papel, mas acredito que
isso
está certinho.

Fui pensar e descobri que esse método acima não é bom. O primero jeito que
eu sugeri está correto.

Há um terceiro modo. Seja g a função definida lá no começo do email. Sabemos
que, para n par,
soma(g(k),k=1...n)=[n/2]+[n/4]+[n/8]+[n/16]+...=n/2+[n/4]+[n/8]+[n/16]+...

Então,
soma(f(k),k=1...n)=n/2+n/2+[n/4]+[n/8]+[n/16]+...=n+[n/4]+[n/8]+[n/16]+...

Agora sim, com esta fórmula certamente achamos o n pedido.

Seja z(n)=n+[n/4]+[n/8]+[n/16]+...
Fazendo umas continhas, vemos que z(82308)=123457

Logo
soma(f(k),k=1...82308)=123457=soma(f(k),k=1...82307)+f(82308)=soma(f(k),k=1.
..82307)+f(82308)=

soma(f(k),k=1...82307)+2

Logo soma(f(k),k=1...82307)=123455 e n=82307

Espero que não esteja errado pois mandar um quarto email para consertar as
coisas já é muita vergonha...

Bruno


Bruno Leite
[EMAIL PROTECTED]
[EMAIL PROTECTED]
http://www.ime.usp.br/~brleite



Bruno Leite
[EMAIL PROTECTED]
[EMAIL PROTECTED]
http://www.ime.usp.br/~brleite

PS Aliás toda a lista de Olimpíadas ao redor do mundo é interessante.
Gostaria de saber se alguém sabe fazer o 72.

-Mensagem original-
De: Henrique Lima [EMAIL PROTECTED]
Para: [EMAIL PROTECTED] [EMAIL PROTECTED]
Data: Quinta-feira, 19 de Julho de 2001 00:07
Assunto: Problema Republica Tcheca


 gostaria de ajuda nesse problema

Uma função f:N-N é tal q f(n)=1 se n eh ímpar e f(n)=k pra todo inteiro
par
n =2^k*l , onde k eh um numero natural e l eh impar. determine o maior
natural n para o qual:
  f(1)+f(2)+...+f(n)=123456

valeuz

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Re: Como provar que E=1/2(mv^2)?

2001-07-19 Por tôpico Jose Paulo Carneiro

Ha uma maneira de fazer que nao tenho tempo de explicar aqui agora.
A ideia eh usar graficos e usar que a area debaixo de um certo grafico (que
serah um triangulo)
eh metade da base pela altura. No fim de semana eu faco.
JP

- Original Message -
From: Daniel [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Wednesday, July 18, 2001 9:53 PM
Subject: Re: Como provar que E=1/2(mv^2)?


Bem Gustavo, pessoalmente não conheço nem uma forma de
demonstrar a energia cinética de um corpo com física do ens. médio. Você
pode comprovar que a fórmula é verdadeira pelo uso da análise dimensional.
Pelo que sei 1/2(mv2) é um caso particular da teoria da relatividade
restrita, quando as velocidades são muito pequenas em comparação com a
velocidade da luz, mas isso escapa ao ens. médio infelizmente.
Quanto aos melhores livros para o ens. médio indico a coleção
Tópicos de Fisíca, editora saraiva, autor Ricardo Helou Doca. É um pouco
cara mais possui excelente teoria e exercícios.

Daniel






Re: Como provar que E=1/2(mv^2)?

2001-07-19 Por tôpico Bruno Woltzenlogel Paleo

  Pelo que sei 1/2(mv2) é um caso particular da teoria da relatividade
  restrita, quando as velocidades são muito pequenas em comparação com a
  velocidade da luz, mas isso escapa ao ens. médio infelizmente.

Eu acho que dá pra aprender relatividade restrita tranquilamente com a
matematica do ensino médio. Ainda mais para pessoas que já estão acostumadas
a estudar para todas as olimpíadas...

É claro que, quanto mais avançada for a sua matemática, mais elegante e
simples vai ficar a relatividade restrita (e qualquer outra teoria fisica),
mas a matematica do ensino medio não impede que se deduzam os fenomenos
preditos pela relatividade restrita.

Até mais...

Bruno




Re: Como provar que E=1/2(mv^2)?

2001-07-19 Por tôpico Bruno Woltzenlogel Paleo

 Ha uma maneira de fazer que nao tenho tempo de explicar aqui agora.
 A ideia eh usar graficos e usar que a area debaixo de um certo grafico
(que
 serah um triangulo)
 eh metade da base pela altura. No fim de semana eu faco.

O grafico da velocidade em função do tempo num movimento uniformemente
acelerado será um trapezio (um triangulo se voce assumir velocidade inicial
0 para facilitar) e voce terá duas equações:

1) v = v0  +  a.t
2) s - s0 = (v + v0).t / 2

Isolando o tempo na primeira equação e substituindo na segunda, obtem-se a
equação:

3a)  v^2 = (v0)^2 + 2.a.(s-s0)

Multiplicando por m/2:

3b)  (mv^2)/2  =   [m(v0)^2]/2  +  F . (s-s0)

Agora é só uma questão de olhar pra equação e dar nomes aos termos que
apareceram: Energia Cinetica e Trabalho da força F.
Talvez não seja uma questão de provar a expressão para energia cinetica, mas
sim de simplesmente dar um nome a essa expressão matemática.
Experimentalmente tem-se verificado que uma certa coisa tem se conservado
em todos os experimentos feitos até hoje. Deu-se então o nome de energia
para essa coisa. Nas diversas teorias que explicam esses experimentos,
essa coisa aparece como uma soma de vários termos, que receberam nomes
como: Energia Cinética, Potencial, de massa de repouso...
Essa é a minha atual ideia a respeito do conceito de energia, que com
certeza é bastante pessoal.

Até mais...

PS: Quão Off-topic é discutir energia cinética na lista da OBM?

Bruno Woltzenlogel Paleo





Re: sokoban

2001-07-19 Por tôpico Paulo Santa Rita

Ola Pessoal,

Para efeitos de contraditorio e para que o colega Niski, que propos a 
questao, nao se sinta desistimulado em sua louvavel pretensao de formalizar 
o jogo de sokoban, e importante que se registre que o interesse em encontrar 
um algoritmo para o jogo nao esta, a principio, preocupado com aspectos 
operacionais ...

Para a Tecnologia e a para a Pratica as questoes de tempo, eficiencia e 
eficacia sao fundamentais e irremediaveis, isto e, em qualquer projeto e 
fundamental provar que ele, alem de bom e correto, seja tambem viavel nas 
dimensoes do tempo ( vamos gastar um tempo bem finito para realiza-lo ? ) 
e das financas ( Ha dinheiro suficiente pra realiza-lo ? )

Nao me parece que estes aspectos operacionais sejam relevantes  em um estudo 
teorico. Sao, sim, nesta dimensao pura e teorica, aspectos de somenos 
importancia ... Hoje nos sabemos, pela teoria Teoria da Relatividade Geral, 
que podemos causar efeitos temporais sensacionais, tais como aqueles 
expressos no paradoxo do gemeos. Nao ha ainda tecnologia para implementa-los 
: significa que devemos abandonar tais estudos simplesmente porque eles sao 
, atualmente, operacionalmente irrealizaveis ? Evidentemente que nao ! E o 
imaginario dos homens que cria a praxis do futuro, assim dizia Gaston 
Bachelar !

Se o algoritmo do jogo sokoban que viermos a achar seja de natureza 
exponencial ( cresce muito rapido ) ou polinomial ( cresce mais lentamente ) 
e irrelevante, na dimensao de discussao teorica em que nos encontramos. E 
inclusive irrelevante se vamos ou nao achar um algoritmo ... O investimento 
da inteligencia em investigar e por si so compensador e louvavel, 
independente dos resultados praticos que dai promanem !

Por outro lado, e evidentemente falso e TALVEZ uma demonstracao de pura 
prepotencia avaliarmos que qualquer outra(s) mente(s) diferente da nossa nao 
possa encontrar algo melhor do que aquilo que conseguimos fazer e que ja 
conhecemos : Se aquilo que eu conheco e consigo fazer e so forca bruta DEVO 
CONCLUIR que MUITO PROVAVELMENTE alguma outra inteligencia podera e devera 
encontrar algo melhor que isso ... Nao o contrario : Pois e isso que a 
historia da ciencia vem demonstrando acontecer ao longo dos seculos !

Considere o seguinte problema :

Existe um algoritmo que recebe uma equacao diofantina generica e devolve 
sim, caso ela tenha uma solucao no anel dos inteiros, ou nao, no caso 
contrario ?

Um Matematico Russo provou que nao existe um tal algoritmo. Significa, 
portanto, que jamais existira um programa de computador que implemente este 
algoritmo, em tempo polinomial ou nao, qualquer que seja a linguagem.

Nao devemos, portanto, nunca mais estudar  quaisquer equacoes diofantinas 
... Ah, eu ia esquecendo ... Nem toda  Matematica  cabe no copinho da teoria 
de computacao ...

Um abraco
Paulo Santa Rita
5,1337,19072001
















From: Fábio Dias Moreira [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Subject: Re: sokoban
Date: Thu, 19 Jul 2001 01:38:23 -0300

-BEGIN PGP SIGNED MESSAGE-
Hash: SHA1

Em Qua 18 Jul 2001 09:40, Paulo Santa Rita escreveu:
  [snip]
 
  DIAGRAMA DE UMA ESTRATEGIA
 
  Uma estrategia pode ser descrita assim ( vou imaginar duas caixas e um
  motor )
 
  [snip]
 
  Evidentemente que o problema ainda esta longe de ser resolvido, mas ja
  temos alguns instrumentos matematicos que podem descreve-los. Nao sei se
  sao os melhores, mas e um comeco. E entao, eu dei o passe : voce agora 
faz
  o gol ?

Vou adicionar aqui que, provavelmente, qualquer algoritmo que resolve um 
jogo
de Sokoban não deve ser muito melhor que força bruta. O site [URL:
http://web.cs.ualberta.ca/~joe/Preprints/Sokoban/paper.html] prova que é
possível simular uma máquina de Turing com o jogo de Sokoban. Em 
particular,
é possível implementar um problema NP-completo.

Como os problemas NP-completos levam tempo exponencial (pelo menos com os
melhores algoritmos conhecidos), resolver um jogo de Sokoban também deve
levar tempo exponencial (a não ser que vcs encontrem um algoritmo esperto o
bastante, o que implica num algoritmo melhor para resolver problemas
NP-completos). Em particular, se vcs encontrarem um algoritmo que rode em
tempo polinomial, vcs podem se considerar donos de um milhão de dólares :)
[URL: http://www.claymath.org/prizeproblems/statement.htm] [URL:
http://www.claymath.org/prizeproblems/pvsnp.htm].

[]s,

- -
  Fabio Dias ([EMAIL PROTECTED], ICQ# 31136103)
   RPG em Revista: A sua revista virtual de RPG!
 http://www.rpgemrevista.f2s.com/ 
-BEGIN PGP SIGNATURE-
Version: GnuPG v1.0.6 (GNU/Linux)
Comment: For info see http://www.gnupg.org

iD8DBQE7VmRJW7XDIUgHE2YRAgsMAKCVdHh7zL6x3Sim9BDe3NfSoM77wgCdGrpq
3B/ekH7e1ltTA05a7Ma66nA=
=Yz4k
-END PGP SIGNATURE-


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Re: Como provar que E=1/2(mv^2)?

2001-07-19 Por tôpico Bruno Woltzenlogel Paleo

 O que precisa ser verificado experimentalmente ou demonstrado
 (a partir das leis de Newton ou algum outro conjunto de leis
 tomadas como 'axiomas') é que existe conservação de energia.
 Para que isso faça sentido é preciso definir outras formas de energia
 (por exemplo, a energia potencial de um campo gravitacional)

Eu até acho que o principio da conservação de energia não pode ser
desprovado.
Sempre que algum fenomeno parece contrariar a conservação, nós inventamos,
definimos, uma nova forma de energia:
Quando um corpo cai, partindo do repouso, sua energia cinetica está
aumentando, não está sendo conservada. Então nós pegamos e inventamos a
energia potencial gravitacional para restaurar o nosso principio... e
assim por diante.

As coisas começam a ficar estranhas e interessantes na teoria da
relatividade, já que todas essas energias, definidas simplesmente para
facilitar alguns calculos (através da conservação de uma certa quantidade
associada a um sistema), passam, por E=mc^2, a ter uma influência mais ativa
no sistema. As energias potenciais (antes meros artificios) passam a ter
peso, são atraidas gravitacionalmente. Mas isso exige que descubramos uma
resposta para  a seguinte pergunta: Onde estao localizadas essas energias
potenciais? O que nos leva a necessidade de um conceito de densidade de
energia...
(Estou fortemente desconfiado que o conceito de densidade de energia é
inconsistente com qualquer teoria que trate a força gravitacional como uma
força comum, como na teoria newtoniana ou como a força eletrostatica.
Sendo assim, o conceito de densidade de energia exigiria uma nova teoria de
gravitação, como a relatividade geral com seu espaço-tempo curvo...
Mas eu ainda não estudei relatividade o suficiente...)

Até mais...

Bruno Woltzenlogel Paleo




Re: O próximo número é ...

2001-07-19 Por tôpico Bruno Leite

Na minha opinião, qualquer número que você colocar serve. Esse tipo de
questão não é muito preciso.

Mesmo se fosse 2,4,6,8,10,...qual o próximo termo? Poderia ser 12 ou
raiz(77)  ou qualquer coisa!

Tenho certeza que, dados uns termos iniciais de uma sequência, pode-se
arrumar umas 3 ou 4  regras distintas que nos forneçam 3 ou quatro
respotas com alguma lógica.

Por exemplo, poderíamos completar 2,4,6,8,10 como

2,4,6,8,10,10,8,6,4,2,2,4,6,8,10,10,8,6,4,2...
ou
2,4,6,8,10,20,40,60,80,100,200,400,600,800,1000...
ou
2,4,6,8,10,4,6,8,10,12,6,8,10,12,14...
ou sei lá...

Ainda poderíamos fazer interpolação polinomial com os dados!

Todas essas têm um certo padrão.

Bruno Leite
[EMAIL PROTECTED]
[EMAIL PROTECTED]
http://www.ime.usp.br/~brleite


-Mensagem original-
De: [EMAIL PROTECTED] [EMAIL PROTECTED]
Para: [EMAIL PROTECTED] [EMAIL PROTECTED]
Data: Quinta-feira, 19 de Julho de 2001 15:50
Assunto: O próximo número é ...


   Olá a todos,
   Será que alguém pode me ajudar com essa ?
Tem-se a seguinte seqüência: 80, 84, 72, 27. Sabe-se que os termos dessa
seqüência não foram postos ao acaso e, portanto, há uma regra que indica o
próximo termo da progressão. Sabendo-se que esta regra se baseia em
conceitos
aritméticos, diga qual o próximo termo dessa seqüência.
a-) 97
b-) 81
c-) -81
d-) -97
e-) 91
   Obrigado pela atenção. Abraços,
 Raul










Re: Como provar que E=1/2(mv^2)?

2001-07-19 Por tôpico Bruno Woltzenlogel Paleo

 Quando estudei estas coisas, tive uma impressao semelhante ... me parecia
 que tudo era uma questao de convencao. Existia alguma coisa que
resolveram
 chamar de energia cinetica e se expressava matematicamente ( era
 quantificada ) pela equacao mv^2/2. Mas, afinal, o que energia cinetica ?
Eu
 sabia calcular a quantidade de energia cinetica, mas achava que tambem
 deveria ser capaz de ver intelectual essa substancia se manifestanto nos
 fenomenos. Situacao semelhante ocorre com o momento linear : mv.

Legal saber que eu também não fui o único a ter essas impressões.
Comecei a estudar física a cinco anos atrás no ensino médio e desde então
vivo numa contínua guerra tentando construir para mim mesmo um conceito
mais real, mais físico, de energia.
A atual batalha em que me encontro é a do paradoxo da densidade de energia
que descrevi no outro e-mail.

O momentum linear sempre foi mais natural para mim...

 Leibniz argumentava que o verdadeiro efeito de uma forca era a variacao da
 forca viva ( igual a Mv^2), enquanto Newton achava que o verdadeiro
efeito
 da forca se media pela variacao da quantidade de movimento ( mv ).

O que eles queriam dizer com verdadeiro efeito?

 Em sintese : o sentimento que voce expressa eu ( e acredito que muitos
 outros ) o conheco muito bem. Digamos que so vim entender  sentir  o
que
 vem a ser energia apos ler os artigos que mencionei e acompanhar
detidamente
 as experiencias de joule que provam que calor e energia. Esse chavao (
calor
 e energia ) e errado. O que joule mostrou e que o calor medido pode ser
 associado a grandeza mv^2/2.

Esse assunto de Joule me lembrou de uma situação que deve se repetir em
outras escolas de ensino médio:
O professor de física definir Temperatura como sendo o grau de agitação
térmica da substancia.
Qual a utilidade de uma definição não-operacional (que não ensina a medir)
como essa?
Existem maneiras simplificadas de mostrar a relação da temperatura com a
energia cinética média das particulas. Por que os professores não as
mostram? Preguiça ou alguma crença na incapacidade de aprendizado dos
alunos?
Essa definição de temperatura é comparavel àquela de alguns professores de
matematica definirem a reta como um circulo de raio infinito...

Até o futuro.

Bruno Woltzenlogel Paleo




Re: Como provar que E=1/2(mv^2)?

2001-07-19 Por tôpico Marcos José dos Santos

E aí Bruno, também penso sobre estas questões. Já que somos muito
matemáticos fica muito complicado aceitarmos tais propriedades.

Uma pessoa que discutiu muito para explicar o que é energia foi Feynman.
Talvez vc encontre algo na net.


Ats,
Marcos Eike

- Original Message -
From: Bruno Woltzenlogel Paleo [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Cc: [EMAIL PROTECTED]; [EMAIL PROTECTED]
Sent: Thursday, July 19, 2001 5:14 PM
Subject: Re: Como provar que E=1/2(mv^2)?


  Quando estudei estas coisas, tive uma impressao semelhante ... me
parecia
  que tudo era uma questao de convencao. Existia alguma coisa que
 resolveram
  chamar de energia cinetica e se expressava matematicamente ( era
  quantificada ) pela equacao mv^2/2. Mas, afinal, o que energia cinetica
?
 Eu
  sabia calcular a quantidade de energia cinetica, mas achava que tambem
  deveria ser capaz de ver intelectual essa substancia se manifestanto
nos
  fenomenos. Situacao semelhante ocorre com o momento linear : mv.

 Legal saber que eu também não fui o único a ter essas impressões.
 Comecei a estudar física a cinco anos atrás no ensino médio e desde então
 vivo numa contínua guerra tentando construir para mim mesmo um conceito
 mais real, mais físico, de energia.
 A atual batalha em que me encontro é a do paradoxo da densidade de energia
 que descrevi no outro e-mail.

 O momentum linear sempre foi mais natural para mim...

  Leibniz argumentava que o verdadeiro efeito de uma forca era a variacao
da
  forca viva ( igual a Mv^2), enquanto Newton achava que o verdadeiro
 efeito
  da forca se media pela variacao da quantidade de movimento ( mv ).

 O que eles queriam dizer com verdadeiro efeito?

  Em sintese : o sentimento que voce expressa eu ( e acredito que muitos
  outros ) o conheco muito bem. Digamos que so vim entender  sentir  o
 que
  vem a ser energia apos ler os artigos que mencionei e acompanhar
 detidamente
  as experiencias de joule que provam que calor e energia. Esse chavao (
 calor
  e energia ) e errado. O que joule mostrou e que o calor medido pode ser
  associado a grandeza mv^2/2.

 Esse assunto de Joule me lembrou de uma situação que deve se repetir em
 outras escolas de ensino médio:
 O professor de física definir Temperatura como sendo o grau de agitação
 térmica da substancia.
 Qual a utilidade de uma definição não-operacional (que não ensina a
medir)
 como essa?
 Existem maneiras simplificadas de mostrar a relação da temperatura com a
 energia cinética média das particulas. Por que os professores não as
 mostram? Preguiça ou alguma crença na incapacidade de aprendizado dos
 alunos?
 Essa definição de temperatura é comparavel àquela de alguns professores de
 matematica definirem a reta como um circulo de raio infinito...

 Até o futuro.

 Bruno Woltzenlogel Paleo