Re: [obm-l] IME-95

2002-12-28 Por tôpico Nicolau C. Saldanha
On Fri, Dec 27, 2002 at 06:12:27PM -0300, João Gilberto Ponciano Pereira wrote:
 
6 esferas identicas de raio R encontram-se posicionadas
  no espaço de tal forma que cada uma delas seja tangente a exatamente 4
  esferas.Desta forma,determine a aresta do cubo que tangencie todas as
  esferas.
 
 Não é óbvio se esta é a única configuração que satisfaz o enunciado;
 aliás eu nem tenho certeza se é ou não. Tenho a impressão de que nenhuma
 das soluções publicadas considerou esta questão.
 
 Só complementando a resposta do Nicolau, a configuração das esferas é única.
 Pelo enunciado, podemos concluir que se E1(esfera 1) e E2 não são tangentes,
 E3, E4, E5, E6 são tangentes a ambas. Como todas tem o mesmo raio,
 conclui-se que C3(centro de E3)...C6 pertencem um plano de simetria. Podemos
 fazer isso para os outros 2 pares restantes. Daí não é difícil provar que os
 3 planos são ortogonais entre si, e que a configuração é única. 

Acho que você tem razão...

 Aceitando que as seis esferas ocupem as posições descritas, existem
 pelo menos oito cubos que tangenciam as seis esferas: os oito cubos
 têm as arestas paralelas aos eixos e vértices e escreverei
 ([x1,x2],[y1,y2],[z1,z2]) para denotar o cubo de vértices
 (x1,y1,z1), (x1,y1,z2), (x1,y2,z1), (x1,y2,z2),
 (x2,y1,z1), (x2,y1,z2), (x2,y2,z1), (x2,y2,z2).
 
 Os oito cubos são
 ([-c-R,c+R],[-c-R,c+R],[-c-R,c+R]) com aresta (2+2 sqrt(2))R
 (este parece ser o cubo encontrado nas outras soluções)
 ([-c-R,c-R],[-c-R,c-R],[-c-R,c-R])
 ([-c-R,c-R],[-c-R,c-R],[-c+R,c+R])
 ([-c-R,c-R],[-c+R,c+R],[-c-R,c-R])
 ([-c-R,c-R],[-c+R,c+R],[-c+R,c+R])
 ([-c+R,c+R],[-c-R,c-R],[-c-R,c-R])
 ([-c+R,c+R],[-c-R,c-R],[-c+R,c+R])
 ([-c+R,c+R],[-c+R,c+R],[-c-R,c-R])
 ([-c+R,c+R],[-c+R,c+R],[-c+R,c+R]) todos com aresta 2 sqrt(2) R
 ([-c+R,c-R],[-c+R,c-R],[-c+R,c-R]) com aresta (- 2 + 2 sqrt(2)) R

...mas aqui há um erro besta, são 10 e não 8...
 
 Note que não foi dito se as tangências eram internas ou externas.
 Também não é óbvio se existe algum outro cubo satisfazendo o enunciado
 (possivelmente com as arestas não paralelas aos eixos) mas eu suspeito
 que não.

... e nesta outra parte eu me enganei na suspeita. Existem outros
cubos sim. Uma forma de construir um tal cubo é tomar planos da forma
x+y+z = const. para serem um par de faces paralelas... preciso pensar
um pouco mais para decidir quantos e quais cubos serve.

[]s, N.
=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
O administrador desta lista é [EMAIL PROTECTED]
=



[obm-l] Troca de e-mail

2002-12-28 Por tôpico Helder Oliveira de Castro
Tudo certo, pessoal?
Só estou avisando que troquei de e-mail (sabe como é, para quem quiser madar alguma mensagem particular). Aproveito para ressaltar queminha dúvida sobre a posição dos cubos (e do Nicolau também) já foi respondida, de forma então acho que ficaremos com aquelas três soluções mesmo.
Abraços,
 Helder.Busca Yahoo! 
O melhor lugar para encontrar tudo o que você procura na Internet

Re: [obm-l] Teorema de Silvester

2002-12-28 Por tôpico Eduardo Fischer
Basta tomarmos os N conjuntos unitários e os pares ( que serão três no
mínimo ), sendo maior que N a soma. Acho que é isso.
Fischer

- Original Message -
From: Paulo Santa Rita [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Friday, December 27, 2002 1:51 AM
Subject: Re: [obm-l] Teorema de Silvester


 Ola Jose Francisco e demais
 colegas desta lista ... OBM-L,

 Oi Francisco ! Obrigado pela correcao gramatical : doravante estarei mais
 atento.

 A prova do Kelly e a que o Claudio reproduziu abaixo, inclusive com
notacao
 semelhante. E necessario corrigir apenas :

 1) E necessario impor que N - o numero de pontos - seja tal que N  2,
 pois se nao houver esta caracteristica o conjunto dos (P,QR) sera vazio.

 2) Nunca e necessario re-nomear os pontos. O Kelly usa Q como pe da
 perpendicularao tracada por P e P1 como o ponto mais proximo de Q.

 3) Nao e correto supor que ha apenas um par com distancia minima : pode
 haver mais de um !

 A dualidade que se observa neste caso e uma consequencia das coordenadas
 homogeneas.

 A generalizacao do Conway e a seguinte :

 Seja X um conjunto con N elementos (N2) e sejam A1, A2, ...,Am
subconjuntos
 proprios de X tais que todo par de elementos de X esta contido em
 precisamente um dos Ai. Entao M = N.

 Eu posso REPRODUZIR A PROVA do Conway, mas talvez seja interessante o
 pessoal tentar descobrir a prova simples que ele achou.

 Um Abraco
 Paulo Santa Rita
 5,0145,271202

 From: Cláudio \(Prática\) [EMAIL PROTECTED]
 Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
 To: [EMAIL PROTECTED]
 Subject: Re: [obm-l] Teorema de Silvester
 Date: Thu, 26 Dec 2002 20:30:52 -0200
 
 Uma solução para este problema (não deve ser a de Conway, pois é bem mais
 longa do que uma linha) usa o conceito de distância de ponto a reta e
chega
 a uma contradição:
 
 Dado o conjunto C dos N pontos, considere o conjunto de todos os pares
( 
 P
 , QR ) de ponto (P) e reta (QR) que não contém o ponto (P, Q e R
 pertencentes a C).
 
 Este conjunto não é vazio, pois nem todos os pontos de C pertencem a uma
 mesma reta.
 
 Tome o par cuja distância do respectivo ponto à respectiva reta é a menor
 possível - digamos ( P , QR ). Então QR será a reta desejada.
 
 Seja P1 o pé da perpendicular à QR traçada a partir de P. Se houver um
 terceiro ponto do conjunto C na reta QR então pelo menos dois destes
 pontos estarão de um mesmo lado de P1.
 
 Re-nomeando os pontos, se necessário, chame de Q o ponto mais próximo de P1
 (Q pode até coincidir com P1) e R o outro ponto situado do mesmo lado que Q
 em relação a P1.
 
 Neste caso, o par ( Q , PR ) será tal que a distância de Q a PR será menor
 do que a distância de P a QR (faça o desenho), o que contradiz a escolha
 inicial do par ( P , QR ).Ola Jose Francisco e demais
 colegas desta lista ... OBM-L,
 
 
 Curiosidade: Existe também o resultado dual:
 Se dispusermos de N (N2) retas em um plano tais que nem todas passam por 
 um
 mesmo ponto, então existirá um ponto deste plano no qual incidirão
 exatamente duas retas.
 
 Um abraço,
 Claudio.
 
 - Original Message -
 From: Jose Francisco Guimaraes Costa [EMAIL PROTECTED]
 To: [EMAIL PROTECTED]
 Sent: Thursday, December 26, 2002 8:50 PM
 Subject: [obm-l] Teorema de Silvester
 
 
 Santa Rita,
 
 Não nos mate de curiosidade.
 
 Qual a demonstração de Conway?
 
 E, se não forem necessários muitos bits para descrevê-la - acho que não
 serão, já que uma demonstração divinamente elegante tem que ser
 necessariamente breve - também a de Kelly.
 
 JF
 
 PS: Uma pequena e humilde contribuição para a elegância vernácula: onde 
 está
 Se dispormos N ( N  2 ) pontos... deveria estar Se dispusermos N (N2)
 pontos...
 
 JF (aluno destacado do Mestre Aurélio Buarque de Holanda - a est
ória do
 destacado certamente seria considerada off topic pelo N)
 
 - Original Message -
 From: Paulo Santa Rita [EMAIL PROTECTED]
 To: [EMAIL PROTECTED]
 Sent: Wednesday, December 25, 2002 2:53 PM
 Subject: [obm-l] Um livro Mararavilhoso !
 
 
   Ola Pessoal,
  
   Ha pouco tempo atras eu ganhei um livro e - apos estuda-lo - cheguei a
 (...)
  
   Como exemplo cito o TEOREMA DE SILVESTER :
  
   Se dispormos N ( N  2 ) pontos em um plano de forma que eles nao
 estejam
 em
   uma mesma reta, entao havera uma reta que contera EXATAMENTE dois
deles.
  
   OU SEJA :
  
   Nao e possivel dispor N pontos ( nao alinhados )em um plano de forma
que
 que
   toda reta que passe por dois deles passe tambem por um terceiro.
  
   A prova que o Kelly da e simplesmente divina ( digna, portanto, de
estar
 n'O
   LIVRO do Erdos ), mas o Conway fez uma generalizacao e provou esta
   generalizacao em ... 1 linha ! Nao ha palavras para descrever tamanha
 beleza
   !
  
   Esse livro e realmente uma sinfonia e so mesmo Beethoven poderia fazer
 algo
   melhor.
  
   Um Grande Abraco a Todos !
   Paulo Santa Rita
   4,1651,251202
 
 
 =
 Instruções para entrar na lista, sair da lista e 

Re: [obm-l] Teorema de Silvester

2002-12-28 Por tôpico Paulo Santa Rita
Ola Dudu e demais colegas
desta lista ... OBM-L,

E ai Dudu ? Tudo Legal ?
Fico contente em ver voce participar da lista !

Leia com mais atencao o Teorema do Conway. Nao e o que voce esta pensando 
...

A1, A2, A3, ..., Am sao subconjuntos proprios quaisquer tais que qualquer 
conbinacao de dois elementos de X esta PRECISAMENTE em um
dos Ai. O Conway comeca a prova dele assim :

Se a pertence a X, seja Ra o numero de subconjuntos Ai, i em
{1,2,...,m }, tal que a pertence a Ai. Claramente 2 = Ra  m ...

Um Abraco
Paulo Santa Rita
7,1425,281202






From: Eduardo Fischer [EMAIL PROTECTED]
Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Subject: Re: [obm-l] Teorema de Silvester
Date: Sat, 28 Dec 2002 12:56:05 -0200

Basta tomarmos os N conjuntos unitários e os pares ( que serão três no
mínimo ), sendo maior que N a soma. Acho que é isso.
Fischer

- Original Message -
From: Paulo Santa Rita [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Friday, December 27, 2002 1:51 AM
Subject: Re: [obm-l] Teorema de Silvester


 Ola Jose Francisco e demais
 colegas desta lista ... OBM-L,

 Oi Francisco ! Obrigado pela correcao gramatical : doravante estarei 
mais
 atento.

 A prova do Kelly e a que o Claudio reproduziu abaixo, inclusive com
notacao
 semelhante. E necessario corrigir apenas :

 1) E necessario impor que N - o numero de pontos - seja tal que N  2,
 pois se nao houver esta caracteristica o conjunto dos (P,QR) sera vazio.

 2) Nunca e necessario re-nomear os pontos. O Kelly usa Q como pe da
 perpendicularao tracada por P e P1 como o ponto mais proximo de Q.

 3) Nao e correto supor que ha apenas um par com distancia minima : pode
 haver mais de um !

 A dualidade que se observa neste caso e uma consequencia das coordenadas
 homogeneas.

 A generalizacao do Conway e a seguinte :

 Seja X um conjunto con N elementos (N2) e sejam A1, A2, ...,Am
subconjuntos
 proprios de X tais que todo par de elementos de X esta contido em
 precisamente um dos Ai. Entao M = N.

 Eu posso REPRODUZIR A PROVA do Conway, mas talvez seja interessante o
 pessoal tentar descobrir a prova simples que ele achou.

 Um Abraco
 Paulo Santa Rita
 5,0145,271202

 From: Cláudio \(Prática\) [EMAIL PROTECTED]
 Reply-To: [EMAIL PROTECTED]
 To: [EMAIL PROTECTED]
 Subject: Re: [obm-l] Teorema de Silvester
 Date: Thu, 26 Dec 2002 20:30:52 -0200
 
 Uma solução para este problema (não deve ser a de Conway, pois é bem 
mais
 longa do que uma linha) usa o conceito de distância de ponto a reta e
chega
 a uma contradição:
 
 Dado o conjunto C dos N pontos, considere o conjunto de todos os 
pares
(
 P
 , QR ) de ponto (P) e reta (QR) que não contém o ponto (P, Q e R
 pertencentes a C).
 
 Este conjunto não é vazio, pois nem todos os pontos de C pertencem a 
uma
 mesma reta.
 
 Tome o par cuja distância do respectivo ponto à respectiva reta é a 
menor
 possível - digamos ( P , QR ). Então QR será a reta desejada.
 
 Seja P1 o pé da perpendicular à QR traçada a partir de P. Se houver um
 terceiro ponto do conjunto C na reta QR então pelo menos dois destes
 pontos estarão de um mesmo lado de P1.
 
 Re-nomeando os pontos, se necessário, chame de Q o ponto mais próximo 
de P1
 (Q pode até coincidir com P1) e R o outro ponto situado do mesmo lado 
que Q
 em relação a P1.
 
 Neste caso, o par ( Q , PR ) será tal que a distância de Q a PR será 
menor
 do que a distância de P a QR (faça o desenho), o que contradiz a 
escolha
 inicial do par ( P , QR ).Ola Jose Francisco e demais
 colegas desta lista ... OBM-L,

 
 Curiosidade: Existe também o resultado dual:
 Se dispusermos de N (N2) retas em um plano tais que nem todas passam 
por
 um
 mesmo ponto, então existirá um ponto deste plano no qual incidirão
 exatamente duas retas.
 
 Um abraço,
 Claudio.
 
 - Original Message -
 From: Jose Francisco Guimaraes Costa [EMAIL PROTECTED]
 To: [EMAIL PROTECTED]
 Sent: Thursday, December 26, 2002 8:50 PM
 Subject: [obm-l] Teorema de Silvester
 
 
 Santa Rita,
 
 Não nos mate de curiosidade.
 
 Qual a demonstração de Conway?
 
 E, se não forem necessários muitos bits para descrevê-la - acho que não
 serão, já que uma demonstração divinamente elegante tem que ser
 necessariamente breve - também a de Kelly.
 
 JF
 
 PS: Uma pequena e humilde contribuição para a elegância vernácula: onde
 está
 Se dispormos N ( N  2 ) pontos... deveria estar Se dispusermos N 
(N2)
 pontos...
 
 JF (aluno destacado do Mestre Aurélio Buarque de Holanda - a est
ória do
 destacado certamente seria considerada off topic pelo N)
 
 - Original Message -
 From: Paulo Santa Rita [EMAIL PROTECTED]
 To: [EMAIL PROTECTED]
 Sent: Wednesday, December 25, 2002 2:53 PM
 Subject: [obm-l] Um livro Mararavilhoso !
 
 
   Ola Pessoal,
  
   Ha pouco tempo atras eu ganhei um livro e - apos estuda-lo - cheguei 
a
 (...)
  
   Como exemplo cito o TEOREMA DE SILVESTER :
  
   Se dispormos N ( N  2 ) pontos em um plano de forma que eles nao
 estejam
 em
   uma mesma reta, entao havera uma reta que 

Re: [obm-l] Re:

2002-12-28 Por tôpico Cláudio \(Prática\)
Caro Domingos Jr.:

Tentei trabalhar com a sua idéia dos subconjuntos de {1,2,...,n} contendo n,
mas não consegui estabelecer uma relação de recorrência usável entre T(n) e
T(n+1).

Dado um subconjunto X de {1,2,..,n} com k elementos e com soma S (portanto,
média = S/k), minha idéia foi passar de X para X U {n+1}, com soma S + n + 1
( e média (S+n+1)/(k+1) ) e ver quais destes novos subconjuntos têm média
inteira. O problema é que X U {n+1} pode ter média inteira sem que X o
tenha. Resultado: eu caí numa série de equações de congruência mod k e mod
k+1 e a álgebra ficou medonha

No entanto, um ataque direto (sobre o valor de P(n)) funcionou e, de quebra,
ainda produziu uma fórmula fechada para P(n), a partir da qual ficou fácil
provar que P(n) - n é sempre par.

P(n) = no. de subconjuntos de {1,2,..,n} com média inteira.

Seja X um subconjunto de {1,2,...,n} com k elementos.

Se X tem média inteira, então a soma S dos elementos de X é divisível por k.

Valor mínimo de S = 1 + 2 + ... + k = k(k+1)/2

Valor máximo de S = (n-k+1) + (n-k+2) + ... + n = k(n-k) + k(k+1)/2

Assim, temos que:  k(k+1)/2  =  S  =  k(n-k) + k(k+1)/2, ou seja,

(k+1)/2  =  S/k  =  n - k + (k+1)/2

Consideremos dois casos - k par e k ímpar:

CASO 1:  k par  ==  k = 2p com p inteiro positivo:

(2p+1)/2  =  p + 1/2  =  S/k  =  n - 2p + (2p+1)/2  =  n - p + 1/2

S/k é inteiro  ==  S/k pertence a {p+1, p+2, ..., n-p}, ou seja,

S/k pode assumir  n - 2p = n - k  valores distintos.


CASO 2: k ímpar  ==  k = 2p - 1 com p inteiro positivo:

((2p-1)+1)/2  =  p  =  S/k  =  n - (2p-1) + ((2p-1)+1)/2  =  n - p + 1

S/k é inteiro  ==  S/k pertence a {p, p+1, ..., n-p+1}

S/k pode assumir  n - 2p + 2 = n - k + 1 valores distintos.

Assim:
P(n)  =  SOMATÓRIO ( no. de subconjuntos com k elementos e média inteira )
  1 = k = n

P(n)  =  SOMATÓRIO (n - k)   +   SOMATÓRIO (n - k + 1)
  1 = k = n1 = k = n
  k par  k ímpar

P(n)  =  SOMATÓRIO (n - k)   +   SOMATÓRIO ( 1 )
  1 = k = n1 = k = n
k ímpar

P(n)  =  n^2  -  n(n+1)/2  +  [ (n+1)/2 ]

**
*P(n)  =  n(n-1)/2  +  [ (n+1)/2 ] *
**
onde [x] = maior inteiro menor ou igual a x.


Agora, voltamos ao problema original. De posse da fórmula para P(n),
obtemos:

P(n) - n  =  n(n-3)/2  +  [ (n+1)/2 ]

n é par  ==  n = 2m com m inteiro positivo  ==
P(n) - n  =  m(2m-3) + m  =  2m^2 - 3m + m  =  2m(m-1)  =  Par

n é ímpar  ==  n = 2m-1 com m inteiro positivo  ==
P(n) - n  =  (2m-1)(m-2) + m  =  2m^2 - 3m + 2 + m  =  2(m^2 - m + 1)  =
Par

Um abraço,
Claudio Buffara.

- Original Message -
From: Domingos Jr. [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Thursday, December 26, 2002 9:18 PM
Subject: Re: [obm-l] Re:


 Seja P(n) o numero de subconjuntos de 1,2,...,n com média inteira.
 Prove que P(n)-n é sempre par.


um esboço, gostaria de receber comentários:

seja T(i) o número de subconjuntos de {1, 2, ... i}, contendo i e com média
inteira.

seja A(i) a seguinte proposição:
A(i) : P(i) - i é par e T(i+1) é ímpar

P(1) = 1
P(1) - 1 = 0, que é par
T(2) = 1, que é ímpar, logo A(1) vale.

suponha que A(i) é válido para todo 1 = i  k
não é muito difícil perceber que P(i+1) = P(i) + T(i+1), pois todo
subconjunto de {1, 2, ... i} é subconjunto de {1, 2, ... i, i + 1} e a média
permanece inalterada.
Os subconjuntos do segundo que não são subconjuntos do primeiro devem
necessariamente conter i+1 e por tanto são contados por T(i+1).

P(i+1) - (i+1) = P(i) - i + T(i+1) - 1
P(i) - i é par (hip. da indução)
o que implica P(i+1) - (i+1) par se provarmos que T(i+1) é ímpar.

Existe uma relação entre T(i) e T(i+1), podemos vê-la da seguinte maneira:
um subconjunto de {1, 2, ... i} contendo i pode nos ajudar a formar um
subconjunto de {1, 2, ... , i, i + 1} contendo i + 1.

A idéia é simples, subtraindo 1 de um dos elementos e somando-o a i. O
cuidado que deve-se tomar é que para não subtrair de um elemento de forma a
repetir um elemento, por exemplo { 1, 3, 5 } - { 1, 3 - 1, 5 + 1 }, mas {1,
2, 3} não pode ser levado em outro conjunto de 3 elementos contendo 4!

Acho q a demonstração pode sair mostrando um mapeamento que saia dos
subconjuntos de T(i) e leve-os aos subconjuntos de T(i+1) esse mapa pode ser
parcial, considerando apenas uma espécie simples de trabalhar e deixando
apenas alguns casos patológicos de fora...

Assumindo a conjectura acima (não deve ser difícil provar, mas estou sem
muito tempo...) pelo princípio da indução, vale para todo n = 1, P(n) - n é
par.

[ ]'s

=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
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