[obm-l] Re: [obm-l] O que é o princípio da indução finita?

2002-12-31 Por tôpico larryp



O princípio da indução finita é um dos axiomas de 
Peano, os quais definem o conjunto dos números naturais.

Ele diz o seguinte:
Seja N o conjunto dos números naturais (inteiros 
positivos)
Seja X um subconjunto de N com as seguintes 
propriedades:
a) 1 pertence a X, e
b) se n pertence a X então n+1 pertence a 
X
Neste caso, X = N.

Existe uma formulação que talvez seja mais 
apropriada para a resolução de problemas:
Seja P(x) uma proposição relativa ao número natural 
x.
a) Se P(1) for verdadeira, e
b) Se supondo P(n) verdadeira, pudermos provar que 
P(n+1) é verdadeira
Então, P(n) será verdadeira para cada número 
natural n.

O exemplo mais manjado é o seguinte:

Prove que 1 + 2 + 3 + ... + n = n(n+1)/2, para todo 
natural n.

Caso Base: 
n =1 == 1= 
1*(1+1)/2 == a fórmula vale para n = 1

Hipótese de Indução: 
A fórmula vale para o natural n, ou 
seja:
1 + 2+ ... + n = n(n+1)/2

O caso n+1:
Somando (n+1) aos dois membros da fórmula para n, 
teremos:
1 + 2 + ... + n+ (n+1) = n(n+1)/2 
+ (n+1) = (n+1)(n/2 + 1) = (n+1)(n+2)/2

Ou seja, dado que a fórmula vale para n, foi 
possível provar que ela vale para n+1.

Pelo princípio da indução finita, a fórmula vale 
para todo natural n.



 



  - Original Message - 
  From: 
  [EMAIL PROTECTED] 
  
  To: [EMAIL PROTECTED] 
  Sent: Tuesday, December 31, 2002 3:56 
  AM
  Subject: [obm-l] O que é o princípio da 
  indução finita?
  Alguém poderia me 
  explicar o que é o princípio da indução finita, pois estava vendo a prova do ITA 
  e em vários anos sempre caia uma questão ou outra que exigia o 
  conhecimento deste tópico. Se alguém tiver algumas questões no computador e 
  pudesse copiar e colar no corpo do e-mail para eu entender bem o conceito eu 
  ficaria agradecido. 


[obm-l] OBM

2002-12-31 Por tôpico Faelccmm
Pessoal, vcs podem me informar se uma pessoa com curso superior pode participar de olimpíadas de matemática como a brasileira e/ou a internacional? Que torneios de matemática uma pessoa com esse perfil pode estar participando?
Ps: Mesmo que o curso de formação não seje matemática. 


[obm-l] Re: [obm-l] OBM

2002-12-31 Por tôpico luizhenriquerick


-- Mensagem original --

Pessoal, vcs podem me informar se uma pessoa com curso superior pode 
participar de olimpíadas de matemática como a brasileira e/ou a 
internacional? Que torneios de matemática uma pessoa com esse perfil pode

estar participando?
Ps: Mesmo que o curso de formação não seje matemática. 


-


  Olá amigo , entra no site da OBM , que deve ter esse tipo de informação
lá .
  Se não me engano , existe uma olimpíada universitária , mais não sei como
funciona .

  
 |-=Rick-C.R.B.=- |
 |ICQ 124805654   |
 |e-mail [EMAIL PROTECTED]  |
  


--
Use o melhor sistema de busca da Internet
Radar UOL - http://www.radaruol.com.br



=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
O administrador desta lista é [EMAIL PROTECTED]
=



[obm-l] Re: [obm-l] Triângulos-continuação

2002-12-31 Por tôpico luizhenriquerick


-- Mensagem original --


Olá,

As demonstrações aqui apresentadas do Teorema de que, dado um triângulo
ABC,
este é isósceles se, e só se, suas bissetrizes são iguais não foram totalmente
completas. Isto é, foi demonstrado que, se um triângulo é isósceles, então
suas bissetrizes BD e CE são iguais. Agora, falta demonstrar a recíproca,
ainda não provada:


===


OBS: Anexei uma figura para melhor visualização .

Olá  Eduardo , ai vai uma possível demonstração ;

Se BD e CE são iguais e sabendo que o ponto de encontro das bissetrizes
- incentro - é o centro da circunferência inscrita , temos ;

BI = IC , pois
EC = BD
EC - r = BD - r

Então o triângulo IBC é isósceles .

Agora observamos que os ângulos ICB e IBC são iguais .
Como os segmentos CE e BD são bissetrizes , os ângulos ACI = ICB = IBC =
ABI .

Dae ficamos com os ângulos ;
   ACI + ICB = CIB + ABI   ou então ; ângulo ABC = ângulo ACB

 Provando que o triângulo ABC é ISÓSCELES.

Abraço .

Rick




  
 |-=Rick-C.R.B.=- |
 |ICQ 124805654   |
 |e-mail [EMAIL PROTECTED]  |
  


--
Use o melhor sistema de busca da Internet
Radar UOL - http://www.radaruol.com.br





attachment: Tri_inc.gif

Re: [obm-l] CONSTRUCAO COMPUTACIONAL DE POLIGONO.

2002-12-31 Por tôpico Wagner
Oi para todos!

Para resolver os problemas como o sugerido pelo Cláudio (um polígono que vai
se fechando),
tente forçar o programa a sair pelo corredor formado.
Por exemplo, se você considerar que para que um ponto seja válido, além de
não cruzar
com nenhuma aresta ele deva permitir que a próxima aresta possa ter um
tamanho mínimo
definido antes do começo da construção (de preferência um valor grande ou
infinito).
Isso restringe as possibilidades de polígonos a serem construídos, mas não
consigui imaginar
uma solução melhor.


André T.



- Original Message -
From: Cláudio (Prática) [EMAIL PROTECTED]
To: [EMAIL PROTECTED]
Sent: Monday, December 30, 2002 2:28 PM
Subject: Re: [obm-l] CONSTRUCAO COMPUTACIONAL DE POLIGONO.


 Caro Carlos:

 Acho que isso pode ajudar:

 Considere a aresta que liga os pontos (a,b) e (c,d) e a aresta que liga os
 pontos (e,f) e (g,h).
 Pergunta: qual a condição para que as duas arestas se interceptem?

 Vamos supor que (a,b)  (c,d) e (e,f)  (g,h), caso contrário não
haveria
 uma aresta, mas sim um único ponto.

 O segmento que liga (a,b) a (c,d) tem equação paramétrica:
 x = a + (c-a)*t
 y = b + (d-b)*t
 0 = t = 1

 O segmento que liga (e,f) a (g,h) tem equação paramétrica:
 x = e + (g-e)*u
 y = f + (h-f)*u
 0 = u = 1

 Se existe interseção, então, o sistema de equações seguinte tem uma
solução
 (t,u) com 0 = t,u = 1:
 a + (c-a)*t = e + (g-e)*u
 b + (d-b)*t = f + (h-f)*u

 Rearranjando:
 (c-a)*t  +  (e-g)*u  =  e-a
 (d-b)*t  +  (f-h)*u  =  f-b

 Agora, faça:
 D = (c-a)*(f-h) - (d-b)*(e-g)
 Dt = (e-a)*(f-h) - (f-b)*(e-g)
 Du = (c-a)*(f-b) - (d-b)*(e-a)

 CASO 1: D = 0.
 Neste caso, as duas arestas são paralelas ou encontram-se sobre uma mesma
 reta suporte.
 De qualquer forma, haverá interseção se e somente se pelo menos um dos
 pontos (e,f) ou (g,h) pertencer ao segmento que liga (a,b) a (c,d).

 Se (e,f) pertencer ao segmento, então, existe t ( 0 = t = 1 ) tal que:
 e-a = t*(c-a)
 f-b = t*(d-b)

 Se a = c, então o segmento é vertical e necessariamente b  d.
 Se a  e, então (e,f) não pertence ao segmento.
 Se a = e, então considere t = (f-b)/(d-b).
 Se 0 = t = 1, então (e,f) pertence ao segmento.

 Se b = d, então o segmento é horizontal e necessariamente a  c.
 Se b  f, então (e,f) não pertence ao segmento.
 Se b = f, então considere t = (e-a)/(c-a)
 Se 0 = t = 1, então (e,f) pertence ao segmento.

 Uma análise idêntica determina se (g,h) pertence ao segmento que liga
(a,b)
 a (c,d).
 Supondo que (a,b) e (c,d) sejam pontos distintos, teremos que a  c ou d

 b.


 CASO 2: D  0.
 Neste caso, a solução do sistema é:  t = Dt / D ; u = Du / D  e existirá
 interseção se e somente se 0 =  t = 1 e 0 = u = 1.


 Imagine agora que existam N pontos (Xi,Yi)  i = 1, 2, ... , N.


 Dado (X1,Y1), considere (X2,Y2).

 Se (X2,Y2) = (X1,Y1) então não há aresta = o programa terá que escolher
um
 novo segundo ponto.

 Se (X2,Y2)  (X1,Y1) então conside (X3,Y3).
 Aplique a análise do CASO 1 acima, para ver se (X3,Y3) pertence à aresta
que
 liga (X1,Y1) e (X2,Y2).
 Em caso afirmativo, o programa terá que escolher um novo terceiro ponto.

 Para k = 4, 5, , N-1, adote o seguinte algoritmo (chamando de P(k) o
 ponto de coordenadas (Xk,Yk) ):

 Se P(k-1) não pertence à aresta que liga P(k-3) e P(k-2), então considere
 P(k).
 Aplique a análise do CASO 1 acima, para ver se P(k) pertence à aresta que
 liga P(k-2) e P(k-1).
 Em caso afirmativo, o programa terá que escolher um novo k-ésimo ponto.

 Se P(k) não pertence à aresta que liga P(k-2) e P(k-1), então:
 Para j = 1, ...,k-3, aplique a análise completa acima para ver se P(k)
 pertence à aresta que liga P(j) e P(j+1).
 Em caso afirmativo, o programa terá que escolher um novo k-ésimo ponto.

 Finalmente, faça P(N) = P(1).

 Acho que este algoritmo resolve o seu problema.

 Naturalmente, em caso de interseção a escolha do novo ponto deve obedecer
a
 quaisquer restrições que você tiver em mente. Observe, no entanto, que
 apesar de ser sempre possível escolher um novo ponto que não pertença a
 nenhuma das arestas já exitentes, um dado algoritmo de escolha pode não
ser
 capaz de achar um tal ponto e, portanto, o programa como um todo (escolha
+
 teste de interseção) pode entrar num loop infinito.

 Por exemplo, imagine que o programa escolhe, sucessivamente, os pontos:
 ( 0 , 0 ), ( 1 , 0 ), ( 0 , 1 ), ( 0 , 0.001 ) e ( 0.998 , 0.001 ).
 Neste caso, o programa está praticamente preso dentro do triângulo formado
 pela origem e pelos pontos (1,0) e (0,1), e a única via de escape é um
 corredor de largura 0.001 junto ao eixo dos X.

 Elaborar um algoritmo que não leve a este tipo de situação me parece um
 problema bem mais difícil do que elaborar o teste de interseção.

 Um abraço,
 Claudio Buffara.

 - Original Message -
 From: Carlos Maçaranduba [EMAIL PROTECTED]
 To: [EMAIL PROTECTED]
 Sent: Sunday, December 29, 2002 10:43 PM
 Subject: [obm-l] CONSTRUCAO COMPUTACIONAL DE POLIGONO.


 Saudações ao pessoal da lista, quem poder ajudar
 

[obm-l] Re: [obm-l] Triângulos-continuação

2002-12-31 Por tôpico larryp



A demonstração da 
volta (no triângulo ABC, sejam BD e CE bissetrizes dos ângulos ABC e ACB, 
respectivamente; se BD = CE então ABC é isosceles) sai por meio do uso de dois 
teoremas:

1. A bissetriz de um ângulo divide o lado oposto a 
este ângulo em partes proporcionais aos outros dois lados; e
2. Lei dos cossenos.

No triângulo ABC, temos: BC = a, AC = b, AB = c, BD 
= CE = x.

Usando o teorema (1), teremos:
D divide AC em partes proporcionais a AB e BC, ou 
seja:
AD = b*c/(a+c) CD = 
a*b/(a+c)

E divide AB em partes proporcionais a AC e BC, ou 
seja:
AE = b*c/(a+b) BE = 
a*c/(a+b)

Agora o passo mais importante da 
demonstração:
Aplicamos a lei dos cossenos aos triângulos AEC e 
BEC, mas ao invés de usar os ângulos ACE e BCE (que seriam a escolha óbvia, já 
queque são iguais, pois CE é bissetriz) usamos os ângulos AEC e BEC, que 
sâo suplementares: cos(AEC) = -cos(BEC) = M.

Em AEC: AC^2 = AE^2 + CE^2 - 
2*AE*CE*cos(AEC)

Em BEC: BC^2 = BE^2 + CE^2 - 
2*BE*CE*cos(BEC)

Ou seja,

b^2 = [b*c/(a+b)]^2 + x^2 - 
2*x*b*c/(a+b)*M

a^2 = [a*c/(a+b)]^2 + x^2+ 
2*x*a*c/(a+b)*M

Agora, M não tem nada a ver com o que queremos 
provar. Assim, a idéia é fazer M desaparecer. Para isso, multiplicamos a 
primeira equação por a, a segunda por b:

a*b^2 = a*[b*c/(a+b)]^2 + a*x^2 - 
2*x*a*b*c/(a+b)*M

b*a^2 = b*[a*c/(a+b)]^2 + b*x^2+ 
2*x*a*b*c/(a+b)*M

E somamos as duas equações:

a*b*(a+b)= a*b*c^2/(a+b) + (a+b)*x^2

Dividindo por a+b:

a*b = a*b*c^2/(a+b)^2 + x^2

Resolvendo para x^2:

x^2 = a*b*[ 1 - c^2/(a+b)^2 ]

De maneira inteiramente análoga, usando os triângulos ADB e BDC (sem 
esquecer que BD = EC = x), obtemos:

x^2 = a*c*[ 1 - b^2/(a+c)^2 ]

Ou seja,

b - b*c^2/(a+b)^2 = c - b^2*c/(a+c)^2 ==

b - c = b*c*[ c/(a+b)^2 - b/(a+c)^2 ]

Suponhamos agora que b  c. Então, por esta 
última expressão, teremos que ter, necessariamente:

c/(a+b)^2  b/(a+c)^2.

No entanto b  c ==a+b  a+c 
== (a+b)^2  (a+c)^2 == 1/(a+c)^2  1/(a+b)^2 == b/(a+c)^2 
 c/(a+b)^2 == CONTRADIÇÃO

Analogamente, se supusermos que b  c também 
cairemos em contradição.

A única conclusão possível é que b = c, ou seja, AB 
= AC e ABC é isosceles.

- Original Message - 

  From: 
  Eduardo Estrada 
  To: Olimpíada Matemática 
  Sent: Tuesday, December 31, 2002 12:11 
  AM
  Subject: [obm-l] 
  Triângulos-continuação
  
  Olá,
  Asdemonstrações aqui apresentadas do Teorema de que, dado um 
  triângulo ABC, este é isósceles se, e só se, suas bissetrizes são iguais não 
  foram totalmente completas. Isto é, foi demonstrado que, se um triângulo é 
  isósceles, então suas bissetrizes BD e CE são iguais. Agora,falta 
  demonstrar a recíproca, ainda nãoprovada:
  1) Tomem-se os triângulos ABD e AEC (adotando o mesmo esquema);
  2) BD = CE (hip.);
  3) BÂD = CÂE (comum);
  4) A partir daqui, não consegui enxergar mais muita coisa e queria também 
  ajuda, lembrando que, na verdade, temos que concluir que AB = AC;
  Obrigado,
  Eduardo
  
  
  Busca Yahoo! O melhor 
  lugar para encontrar tudo o que você procura na 
Internet


[obm-l] Re: [obm-l] Re: [obm-l] Triângulos-continuação

2002-12-31 Por tôpico luizhenriquerick


==
 Eu não forcei nada , acho que minha demostração é válida.
 Sempre aprendi que o circuncentro tóca todos os lados do triângulo .
 Ou não ?
 Já que você tem dus bissetrizes , o ponto de encontro das duas , só pode
ser o ponto de encontro da terceira .
 Não sei se me entendeu ,mais acho minha solução é válida , não é cheia
de conta igual a sua , mais não vejo problema algum em faze-la.
 Você disse que nem em todos os triângulos o circulo inscrito tengencia
todos os lados ? Desconheço isso .
 Na demostração , eu entendi que partindo do fato de que tenho duas bissetrizes
IGUAIS , provar que os lados são iguais .

 == =

  
 |-=Rick-C.R.B.=- |
 |ICQ 124805654   |
 |e-mail [EMAIL PROTECTED]  |
  


--
Use o melhor sistema de busca da Internet
Radar UOL - http://www.radaruol.com.br



=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
O administrador desta lista é [EMAIL PROTECTED]
=