Re:[obm-l] Problema do Kuratowski
Oi, Paulo (e quem mais estiver interessado): Achei uma solução pra esse problema aqui: http://www.mctague.org/carl/fun/kuratowski/kuratowski.pdf Umconjunto que gera 14 conjuntos distintos é: (0,1) união (1,2) união [Q inter (3,4)] união {5}. E uma generalização aqui: http://www.math.ucsb.edu/~dsherman/14-sets.pdf Enfim, achei isso bem legal e vou dar uma estudada mais a fundo quando tiver tempo. Obrigado pela dica. []s, Claudio.
Re:[obm-l] Problema do Kuratowski
Oi, Paulo: Imagino que o que você queira é gerar, a partir de A_1 = A, por sucessivas aplicações de F ou C, uma sequência de conjuntos A_1, A_2, ..., tal que: i)A_(n+1) = F(A_n) ou A_(n+1) = C(A_n) e ii)a família {A_1, A_2, ...} tenha a maior cardinalidade possível. Eu acho que a maior cardinalidade possível é 8. Minha explicação segue abaixo. Como, para todo X, F(F(X)) = F(X)e C(C(X)) = X, a única chance de obtermos um conjunto "inédito" é aplicandoalternadamente C e F. Por exemplo, se A_1 = A = União(n em Z) [2n-1,2n], então F(A) = A. Assim, fazemos: A_2 =C(A_1) = C(A) = União(n em Z) (2n,2n+1) == A_3 = F(A_2) = F(C(A)) = União(n em Z) [2n,2n+1] == A_4 = C(A_3) = C(F(C(A))) = União(n em Z) (2n-1,2n) == A_5 = F(A_4) = F(C(F(C(A)) = União(n em Z) [2n-1,2n] = A_1. Logo, a partir de A obtivemos uma família de cardinalidade 4. Começando comqualquer A contido em R se, em algum ponto, aplicarmos F e depois C, obteremos C(F(A)), um subconjunto aberto de R, o qual se expressa de maneira única como uma reunião no máximo enumerável de intervalos abertos dois a dois disjuntos. Se os fechos desses intervalos forem disjuntos dois a dois, então cairemos numa situação como a do exemplo acima. Logo, a idéia é adiar ao máximo a aparição de um aberto cujo fecho seja uma união deintervalos fechados (degenerados ou não)disjuntos dois a dois. Por exemplo, se tivermos: A_1 = (a,b) união (b,c), com a b c, então: A_2 = F(A_1) = [a,c] A_3= C(A_2) = (-inf,a) união (c,+inf) A_4 = F(A_3) = (-inf,a] união [c,+inf) A_5 = C(A_4) = (a,c) A_6 = F(A_5) = [a,c] = A_2 == obtivemos uma família de cardinalidade 5. Esse exemplo mostra que se algum A_kfor uma reunião de intervalos abertos cujos fechos não são disjuntos, teremos A_(k+1) = F(A_k) = união de intervalos fechados disjuntos (cada dois intervalos abertos cujos fechos se intersectam se fundirão num único intervalo fechado contendo ambos e, possivelemnte, mais outros intervalos abertos). A partir desse ponto, o primeiro exemplo mostra que geraremos apenas mais três conjuntos inéditos - A_(k+2), A_(k+3) e A_(k+4). Teremos necessariamente A_(k+5) = A_(k+1). A seguir, partimos de A, uma união de intervalos abertos cujos fechos não sejam disjuntos e tentamos obter o maior número possível de termos anteriores a A na sequência. Por exemplo, quem seria o antecessor de A = (-1,0) união (0,1)? Como este conjunto é aberto, só pode ter sido obtido como complementar de algum conjunto B. Naturalmente, B = (-inf,-1] união {0} união [1,+inf). B é o fecho de algum C, por exemplo, C = (-inf,-1) união {0} união (1,+inf). Finalmente, C é o complementar de D = [-1,0) união (0,1]. Não podemos voltar mais, pois D não é fechado e, portanto, não é fecho de ninguém. D é o complementar de C, o que não adiciona nenhum conjunto inédito. Logo, a sequência começa com D. Chamando este D de A_1, teremos: A_1 = [-1,0) união (0,1] A_2 = C(A_1) = (-inf,-1) união {0} união (1,+inf). A_3 = F(A_2) = (-inf,-1] união {0} união [1,+inf) A_4 = C(A_3) = (-1,0) união (0,1) A_5 = F(A_4) = [-1,1] A_6= C(A_5) = (-inf,-1) união (1,+inf) A_7 = F(A_6) = (-inf,-1] união [1,+inf) A_8 = C(A_7) = (-1,1) A_9 = F(A_8) = [-1,1] = A_5 == cardinalidade = 8. []s, Claudio. De: [EMAIL PROTECTED] Para: obm-l@mat.puc-rio.br Cópia: Data: Sat, 02 Apr 2005 19:10:51 + Assunto: [obm-l] Problema do Kuratowski Ola Pessoal, O problema abaixo e interessante e foi descoberto pelo Kuratowski : Seja A contido em R ( numeros reais ) um conjunto. Representaremos por F(A) o fecho de A e por C(A) o complemento de A. EXIBA um A tal que a sucessiva aplicacao composta de F's e C's fornece a quantidade maxima de conjunto dois a dois distintos. SUGESTAO : Como claramente F(F(A)) e C(C(A)) retornan, entao parta de F(C(A)) e C(F(A)). Use entao A e sua fronteira, fr(A), e mostre que mesmo assim as reiteradas aplicacoes retornam, vale dizer, sao periodicas. Depois estude os sucessivos tipos topologicos de A. O problema nao e dificil ( a sugestao acima e baseada na minha ideia ) mas eu nao consegui encontra uma solucao elegante e sintetica. Um Abraco a Todos ! Paulo Santa Rita 7,1609,020405 _ Chegou o que faltava: MSN Acesso Grátis. Instale Já! http://www.msn.com.br/discador = Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html =
Re:[obm-l] Problema do Kuratowski
Oi Claudio e demais colegas desta lista ... OBM-L, A maior cardinalidade possivel e 14. Voce nao precisa seguir uma sequencia, pode seguir por dois ou mais bracos a partir de A. Mas eu estou mais interessado em uma solucao inteligente, nao bracal. Eu nao consegui encontra-la uma tal solucao. Um Abraco Paulo Santa Rita 7,2144,020405 From: claudio.buffara [EMAIL PROTECTED] Reply-To: obm-l@mat.puc-rio.br To: obm-l obm-l@mat.puc-rio.br Subject: Re:[obm-l] Problema do Kuratowski Date: Sat, 2 Apr 2005 18:35:55 -0300 Oi, Paulo: Imagino que o que você queira é gerar, a partir de A_1 = A, por sucessivas aplicações de F ou C, uma sequência de conjuntos A_1, A_2, ..., tal que: i) A_(n+1) = F(A_n) ou A_(n+1) = C(A_n) e ii) a família {A_1, A_2, ...} tenha a maior cardinalidade possível. Eu acho que a maior cardinalidade possível é 8. Minha explicação segue abaixo. Como, para todo X, F(F(X)) = F(X) e C(C(X)) = X, a única chance de obtermos um conjunto inédito é aplicando alternadamente C e F. Por exemplo, se A_1 = A = União(n em Z) [2n-1,2n], então F(A) = A. Assim, fazemos: A_2 = C(A_1) = C(A) = União(n em Z) (2n,2n+1) == A_3 = F(A_2) = F(C(A)) = União(n em Z) [2n,2n+1] == A_4 = C(A_3) = C(F(C(A))) = União(n em Z) (2n-1,2n) == A_5 = F(A_4) = F(C(F(C(A)) = União(n em Z) [2n-1,2n] = A_1. Logo, a partir de A obtivemos uma família de cardinalidade 4. Começando com qualquer A contido em R se, em algum ponto, aplicarmos F e depois C, obteremos C(F(A)), um subconjunto aberto de R, o qual se expressa de maneira única como uma reunião no máximo enumerável de intervalos abertos dois a dois disjuntos. Se os fechos desses intervalos forem disjuntos dois a dois, então cairemos numa situação como a do exemplo acima. Logo, a idéia é adiar ao máximo a aparição de um aberto cujo fecho seja uma união de intervalos fechados (degenerados ou não) disjuntos dois a dois. Por exemplo, se tivermos: A_1 = (a,b) união (b,c), com a b c, então: A_2 = F(A_1) = [a,c] A_3 = C(A_2) = (-inf,a) união (c,+inf) A_4 = F(A_3) = (-inf,a] união [c,+inf) A_5 = C(A_4) = (a,c) A_6 = F(A_5) = [a,c] = A_2 == obtivemos uma família de cardinalidade 5. Esse exemplo mostra que se algum A_k for uma reunião de intervalos abertos cujos fechos não são disjuntos, teremos A_(k+1) = F(A_k) = união de intervalos fechados disjuntos (cada dois intervalos abertos cujos fechos se intersectam se fundirão num único intervalo fechado contendo ambos e, possivelemnte, mais outros intervalos abertos). A partir desse ponto, o primeiro exemplo mostra que geraremos apenas mais três conjuntos inéditos - A_(k+2), A_(k+3) e A_(k+4). Teremos necessariamente A_(k+5) = A_(k+1). A seguir, partimos de A, uma união de intervalos abertos cujos fechos não sejam disjuntos e tentamos obter o maior número possível de termos anteriores a A na sequência. Por exemplo, quem seria o antecessor de A = (-1,0) união (0,1)? Como este conjunto é aberto, só pode ter sido obtido como complementar de algum conjunto B. Naturalmente, B = (-inf,-1] união {0} união [1,+inf). B é o fecho de algum C, por exemplo, C = (-inf,-1) união {0} união (1,+inf). Finalmente, C é o complementar de D = [-1,0) união (0,1]. Não podemos voltar mais, pois D não é fechado e, portanto, não é fecho de ninguém. D é o complementar de C, o que não adiciona nenhum conjunto inédito. Logo, a sequência começa com D. Chamando este D de A_1, teremos: A_1 = [-1,0) união (0,1] A_2 = C(A_1) = (-inf,-1) união {0} união (1,+inf). A_3 = F(A_2) = (-inf,-1] união {0} união [1,+inf) A_4 = C(A_3) = (-1,0) união (0,1) A_5 = F(A_4) = [-1,1] A_6 = C(A_5) = (-inf,-1) união (1,+inf) A_7 = F(A_6) = (-inf,-1] união [1,+inf) A_8 = C(A_7) = (-1,1) A_9 = F(A_8) = [-1,1] = A_5 == cardinalidade = 8. []s, Claudio. De:[EMAIL PROTECTED] Para:obm-l@mat.puc-rio.br Cópia: Data:Sat, 02 Apr 2005 19:10:51 + Assunto:[obm-l] Problema do Kuratowski Ola Pessoal, O problema abaixo e interessante e foi descoberto pelo Kuratowski : Seja A contido em R ( numeros reais ) um conjunto. Representaremos por F(A) o fecho de A e por C(A) o complemento de A. EXIBA um A tal que a sucessiva aplicacao composta de F's e C's fornece a quantidade maxima de conjunto dois a dois distintos. SUGESTAO : Como claramente F(F(A)) e C(C(A)) retornan, entao parta de F(C(A)) e C(F(A)). Use entao A e sua fronteira, fr(A), e mostre que mesmo assim as reiteradas aplicacoes retornam, vale dizer, sao periodicas. Depois estude os sucessivos tipos topologicos de A. O problema nao e dificil ( a sugestao acima e baseada na minha ideia ) mas eu nao consegui encontra uma solucao elegante e sintetica. Um Abraco a Todos ! Paulo Santa Rita 7,1609,020405 _ Chegou o que faltava: MSN Acesso Grátis. Instale Já! http://www.msn.com.br/discador = Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em http