2015-03-26 1:46 GMT-03:00 Alexandre Oliva lxol...@fsfla.org:
pois até o momento só tenho lido argumentos baseados em achismos :-P
Lamentavelmente, o achismo é todo seu. Estou fazendo o possível para
não me ofender com as suas sugestões infundadas de falta de
envolvimento, experiência e participação, mas... por favor vê se dá um
jeito aí, porque... tá difícil ;-)
me perdoe, Oliva, de coração, pois acho que você interpretou mal o que
eu chamo de achismos. O achismo é a falta de dados analisados
cientificamente para comprovar uma tese, e não tem nada a ver com
falta de engajamento.
Bem, você tem toda razão que minha experiência individual com
instalações de software para terceiros não chega a ser estatisticamente
significante para qualquer estudo científico, menos ainda considerando
só aquelas instalações que geraram algum feedback, mas mesmo assim, há
todo um histórico que não pode ser inteiramente desqualificado como mero
achismo. Suas afirmações anteriores eram bastante claras no sentido de
sugerir que eu nunca houvesse participado das atividades sobre as quais
teci considerações, o que é bastante distante da realidade.
Minhas experiências pessoais confirmam o que escrevi: pessoas bem
orientadas podem até se distanciar, mas as que voltam, tendem a voltar
conscientes e alinhadas com a atitude que precisamos para fortalecer o
movimento. Por outro lado, baseado nas experiências de terceiros que
observo com MUITA frequência, pessoas mal orientadas podem até voltar em
maior número, mas tendem a voltar com a atitude que nos atrapalha, salvo
raríssimas exceções que não são suficientes para compensar o dano.
Ainda que minha experiência pessoal conte relativamente pouco, essa
experiência de terceiros traz resultados gritantes que explicam muito do
que está dando errado no movimento, o que só faz corroborar as
considerações e recomendações que fiz no texto.
Como você mesma escreveu, exemplo É educação, e precisamos dar o bom
exemplo, mais do que aumentar o número daqueles que conhecem
superficialmente o movimento, mas não o suficiente para agir da forma
necessária nos momentos críticos.
desculpe se te fiz sentir ofendido.
Como escrevi, não chegou a tanto (porque me esforcei para isso :-), mas
agradeço pela preocupação.
então aproveitando a deixa, vocẽs já consideraram ter uma terceira página
de distros lá no site da FSF?
Suponho que você se refira ao site do projeto GNU, onde fica a página
das distros recomendadas pelo projeto GNU.
Isso me coloca a dois passos de distância do site, pois meu vínculo é
com FSFLA, uma organização independente da FSF, que por sua vez apoia o
projeto GNU, mas não o controla.
O líder do projeto GNU, que em última instância decide o que o projeto
publica em suas páginas (e muito mais), é o mesmo Richard Stallman que
conhecemos.
Uma em que vocês colocassem as distros que
não atendem a FSDG GNU, mas tem muito potencial para atender? Porque
acho injusto para com as distribuições que estão trilhando o caminho para
serem livres estarem na mesma página que outras que não estão nem aí.
Não tenho conhecimento de que o projeto Debian tenha planos para
eliminar o non-free. Pelo contrário, nas discussões que acompanhei a
respeito dos blobs, ficou bem claro para mim que o projeto está bastante
dividido a respeito, e a decisão de mover blobs para non-free, ao
contrário de corroborar a trilha que você sugere, me pareceu resultado
de um artifício técnico para cumprir as próprias regras sobre o que vai
onde, proposto por uma minoria do Debian que valoriza liberdade e
usuários (entendendo que liberdade faz bem aos usuários), e aproveitado
para fazer de conta que foi um avanço. Como main e non-free ambos fazem
parte do Debian, pouco mudou em termos de Debian e sua trajetória, ainda
que haja algumas vantagens em termos de usar main com menores riscos de
ter software privativo instalado à revelia.
Diante dessa preocupação minoritária, ante uma insistência da maioria em
preservar todo um corpo de Software não-Livre, Debian fica bem atrás do
Fedora, em que o consenso é de aceitação de um corpo muitíssimo menor de
Software não-Livre. Mesmo assim, é uma posição firme e frontalmente
contraditória à do Movimento Software Livre e do GNU, então não me
parece que valha a pena mexer na página do jeito que está. A menção às
incompatibilidades de cada uma das distros mais populares já é um
destaque que permite a diferenciação para alguém suficientemente
interessado nos detalhes.
Infelizmente, não compartilho seu otimismo quanto ao Debian :-(
--
Alexandre Oliva, freedom fighterhttp://FSFLA.org/~lxoliva/
You must be the change you wish to see in the world. -- Gandhi
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