Re: [PSL-Brasil] Sobre petição FLISOL2015 sem Ubuntu

2015-03-17 Por tôpico Ramon Venson

Galera,

Em qualquer lugar que estejamos, sempre existirá aquele tem formas mais 
agressivas (e não acho que isso seja necessariamente ruim) de se 
manifestar do que outros. Na minha humilde opinião, essa pluralidade de 
discursos tem mais é que ser celebrada, pois só tem a fortalecer o 
movimento. Acredito que todos que assinam essa lista provavelmente 
querem e se importam a mesma coisa: o futuro do Software Livre.


Não importa se alguns querem isso pra ontem ou se preferem um avanço 
mais lento e programado. Ficar aqui discutindo e tentando cercear o 
estilo de cada um só fortalece um lado. E não é o do movimento do 
Software Livre.


Um abraço,
Ramon Venson

On 17-03-2015 22:03, fabianne balvedi wrote:

quando foi a última vez que você conversou comigo amigavelmente?
pois é. Digo que você mudou porque você nunca tinha se comportado
dessa maneira comigo antes. Nem teus textos tinham esse nível de
agressividade tão exposto. Agora tá pensando até que é meu chefe,
pedindo relatório do que eu tenho ou não tenho feito. Vai fazer essa
pergunta para os teus subordinados.

mas o que eu mudei no teu ponto de vista? no que exatamente eu
fiquei mais frouxa? porque que eu lembre, sempre usei gmail nessa
lista, então não dá pra dizer que mudei. Também nunca tive perfil
pessoal no facebook, e continuo não tendo. Então neste quesito também
não dá para dizer que eu mudei. Mas... minhas máquinas ainda tinham
partição windows quando entrei no movimento. Agora não tenho mais
nenhuma máquina com windows... é, acho que nisso aí eu mudei
um pouco. No início, minhas produções profissionais e artísiticas
ainda necessitavam de muitos softwares proprietários. Agora, na
minha última produção, usei quase tudo software livre. É, aí também
acho que mudei mais um pouco. Meu celular antes tinha uma imitação
xinguelingue do iOS, agora é FirefoxOS. Puxa Anahuac, você tem razão,
eu mudei mesmo, me perdoe.

e se pensar nas pessoas antes de pensar no software é ser frouxa,
sou frouxa mesmo, assumida e feliz da vida. Sempre achei os laços
bem mais interessantes que os nós. Nisso eu não mudei muito... ;-)

saludos,

.f4bs
.
.


2015-03-17 20:52 GMT-03:00 anah...@anahuac.eu 
mailto:anah...@anahuac.eu:



Olá Fabs,

bem, quem semeia vento, colhe tempestade.

E quem não semeia, não colhe nada.


eu já fui amiga do Anahuac,

Puxa :-(
Até agora eu ainda te considerava amiga. Não mais?

sempre achei ele um cara
divertidíssimo, super do bem, com uma cabeça privilegiada.
Mas sei lá que bicho mordeu ele que resolveu virar bully
e ativar o modo conflito de vez em seus textos e discussões.


Não há bicho, nem bullying.
Você é que ficou frouxa, acomodada, lenta e se deixou acomodar.
Mas você não está só, tem mais gente no mesmo barco.

Eu continuo exatamente o mesmo cara, divertidíssimo, super do bem.
Só discordo da cabeça privilegiada por trauma do bullying que
recebi na infância, quando me chamavam de cabeção.


não acho certo ficarem atacando a pessoa dele, mas com
certeza ele ficou queimado com muita gente por conta do
modo como tem agido ultimamente.

Não fui eu quem me queimei. Eu mantenho a mesma postura, a mesma
ênfase e a mesa raiz na defesa dos ideais do Software Livre.
Tenho dito isso milhares de vezes: quem mudou foram vocês!

Acredito que seja como
o Paulo falou, muitas pessoas até compartilham das mesmas
críticas contra a Canonical e o SO que ela mantém, mas
divergem fortemente na maneira como são feitas por ele.


A maneira que eu critico a Canonical é a mesma que um dia você
criticou a Microsoft.
Na verdade é da mesma forma que a maioria da velha guarda
criticava o Software não livre.

Mas a maioria da velha guarda ou está velha demais, ou cansada
de mais, ou longe demais, ou frouxa demais...


eu acho o texto da carta bem agressivo, e mesmo que
seja somente agressivo contra a Canonical e seu SO,
não acredito nesse tipo de abordagem para se resolver
um problema como este.


Eu nunca fui o Anahuac paz e amor, desde o Complexo de Formiga
até o JeguePanel.
Sempre fui contundente e não pretendo mudar meu modo de expor as
ideias porque você não concorda.

Mas a pergunta que não quer calar é: o que você, Fabs, está
fazendo para ajudar a evitar a instalação de software não livre no
FLISOL?


saludos,

Libres!


.fabs


Anahuac

.
.




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Re: [PSL-Brasil] Recomendação oficial por um FLISOL sem Ubuntu

2015-03-24 Por tôpico Ramon Venson
/Ainda é bom comentar que não há nada de spyware, porque são dados 
anonimizados pelos servidores do Ubuntu para a Amazon/


Por curiosidade: quem garante?

Ramon Venson

On 24-03-2015 13:22, Cláudio Sampaio wrote:

Oi, esse relato está equivocado. Comento:

2015-03-24 11:03 GMT-03:00 anah...@anahuac.eu 
mailto:anah...@anahuac.eu:


(...)
Eis que na sua versão 12.04 descobre-se que a Canonical está
coletando dados do seu desktop e enviando-os para seus servidores,
sem que você saiba que isso está acontecendo. Você não foi
consultado. Não apareceu uma telinha perguntando se você aceitava.
Não houve nenhuma interação comigo, contigo, nem com ninguém. A
Canonical decidiu, de forma unilateral, silenciosa e no melhor
estilo Microsoft de fazer as coisas, ativar um recursos de invasão
de privacidade não autorizada. Lindo não é?


A busca da Amazon no Dash surgiu durante uma versão alpha do Ubuntu. 
Foram os usuários que testavam a distribuição que viram isso aparecer 
e como veio de um update pra outro, ficou controverso. Mas quando a 
Canonical lançou a versão 12.04 final, esta saiu até com um aviso 
legal e a possibilidade de desligar a busca nas configurações, ainda 
que o default fosse estar ligado.


Ainda é bom comentar que não há nada de spyware, porque são dados 
anonimizados pelos servidores do Ubuntu para a Amazon (apesar de um 
bug desse código que no início se conectava direto à Amazon, 
permitindo que ela tivesse acesso ao IP - mas não à identidade - do 
usuário que fazia tal busca).


Muitos outros softwares livres também enviam dados de diversos tipos 
para a nuvem, sem avisar ou deixar muito claro, principalmente dados 
de uso mas não somente eles. Nunca entendi por que tanto bafafá por 
causa disso.


Engraçada que na avalanche de acusações contra a Canonical por causa 
disso teve até quem dissesse que o código da loja da Amazon era 
proprietário, sem nem verificar. Só importava acusar a Canonical, 
independente de ser verdade ou não.


Deixemos isso claro: uma das maiores empresas de Software Livre do
mundo, que baseia seus negócios no respeito aos usuários, na
transparência, no compartilhamento de código decidiu fazer o
oposto do que prega. E sem combinar nada com ninguém.


Alguma empresa de software livre combina com seus usuários os 
recursos que vai programar antes de os liberar? Não conheço nenhuma 
que faça isso. Por que eles teriam que adicionar esse empecilho 
burocrático?


(...)
Pode-se argumentar que empresas como Cara de Livro (facebook) e
Óculos (google) fazem o mesmo em uma escala muto maior, (...)


Google vem de googol (um número muito grande), não de goggles 
(óculos)...


Se a Canonical me desse a opção de ativar ou não a tal pesquisa de
dados no meu desktop eu certamente não teria ativado. Essa opção
tinha que ter vindo desabilitada, (...)


Na 15.04 virá. Aí dá pra voltar a recomendar Ubuntu ou não?


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Cláudio Patola Sampaio
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Re: [PSL-Brasil] Investir em empresa de software livre

2015-10-26 Por tôpico Ramon Venson
Nenhuma empresa vai ser cem por cento comprometida com o movimento do 
software livre pelo simples fato que são empresas. O lucro vai vir 
sempre acima de qualquer custo. O problema é saber se investir no "menos 
pior" é melhor que não investir.


A propósito, já tentou conseguir um email riseup (https://riseup.net)? 
Foi o que eu fiz quando estava tentando me libertar do gmail. Hoje, já 
consegui criar um servidor com owncloud e email privado.


On 26-10-2015 12:43, Jorge wrote:

2015-10-25 20:06 GMT-02:00 Tiago Rocha :

A Redhat é uma empresa de SL?
O que uma empresa precisa para ser considerada uma "empresa de SL"?

Eu quis dizer uma empresa que contribua muito mais para o software
livre do que para o software proprietário.  Dois exemplos: a princípio
eu acho que a Google não se encaixa (apesar de ser muito menos ruim do
que Microsoft e Apple), pois apesar de ajudar bastante o software
livre, ela também escreve muito código proprietário, e ainda estimula
(com o Chrome OS) um modelo de SaaS que tem propagado mais o software
proprietário do que o software livre.  Mas a Red Hat se encaixa.

Eu não sei se a Red Hat é 100% aprovada pela FSF, mas certamente é uma
empresa que contribui muito para o software livre.  O fato de ela
restringir a cópia do RHEL usando marca registrada e contratos (isso é
permitido pela GPL) não invalida o grande bem que ela faz.  Pois o
código gerado por ela é aproveitado por toda a comunidade, inclusive
Ubuntu, Debian e também as distribuições aprovadas pela FSF.  E
inclusive eles absorveram o próprio Centos, e pagam o salário de
alguns desenvolvedores Centos, para que até o empacotamento específico
do RHEL seja disponível gratuitamente através do Centos.  Se não
fossem as contribuições da Red Hat e outras empresas, o software livre
seria muito menos viável, e muito menos gente conseguiria adotá-lo.

O sacrifício que fazemos pelo software livre tem limites.  Se um
aplicativo livre dá conta do recado, então eu o escolho, mesmo que ele
seja mais lento ou um pouco mais difícil de usar.  Mas se não há
aplicativo livre que dê conta de determinada tarefa, e essa tarefa é
importante, eu prefiro usar temporariamente um aplicativo proprietário
do que prejudicar significativamente a minha vida.  Inclusive, se a
nossa vida for significativamente prejudicada por uma adesão purista
ao software livre, isso passaria a imagem de que software livre é
atraso de vida, e o movimento ficaria extremamente reduzido.

Analogia: quem mais ajuda a natureza são as pessoas que promovem e
adotam soluções realistas, levando em conta a viabilidade e
sustentabilidade de curto, médio e longo prazo.  Agora aqueles
eco-chatos que exigem soluções inviáveis, como a agricultura orgânica
(que extrapola muito o objetivo de racionalizar os herbicidas, pois os
proíbe completamente, mesmo aqueles que podem ser usados em
quantidades seguras, e ainda proíbe até o adubo artificial, e por isso
produz muito menos do que a agricultura normal) fazem é prejudicar o
movimento.

É preciso um mínimo de preocupação com a viabilidade.  Não defendo o
pragmatismo completo, pois o software livre tem importantes aspectos
morais que vão muito além do puro pragmatismo técnico/econômico.  Mas
é preciso criar um movimento viável.  É improdutivo criar um movimento
cujo resultado as pessoas não conseguem usar.  Tecnologia tem o
objetivo de resolver problemas e não criá-los.

A Red Hat provavelmente é a empresa que mais contribui código livre, e
ela infelizmente tem um faturamento 60 vezes menor que a Microsoft.
Se nós não apoiarmos nem a Red Hat, por considerá-la impura, fica
difícil convencer a sociedade que o software livre é viável.
Desenvolvedor não vive de luz e dinheiro não cresce em árvore.

Eu acabei de mandar email para a Red Hat e para a comunidade Ubuntu
sobre investimento em reais.

Sobre o Gmail: agora eu estou usando a infertace web do Gmail porque
no meu trabalho o IMAP externo é bloqueado.  Eu preferia usar o
Evolution.  Mas o Gmail pelo menos usa protocolos abertos e facilita a
migração para outros serviços de email, então o Gmail não chega a
aprisionar à Google tanto quanto o Windows aprisiona à Microsoft.  De
todo modo, se eu descobrisse um provedor de email de qualidade, viável
e livre, eu migraria.

@Rodrigo Robles
/Investir/ para mim seria investir dinheiro de maneira fácil e
anônima.  Eu não queria avaliar detalhadamente uma empresa para
decidir virar sócio dela.



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Re: [PSL-Brasil] Palestra de Stallman indica contradição do Movimento Brasileiro de Software Livre

2016-02-22 Por tôpico Ramon Venson
Se isso não foi pra parecer engraçado, é no mínimo uma tremenda falta de 
escrúpulos.


Ramon Venson

On 22-02-2016 23:58, Alessandro Silva wrote:


Não é primeiro de abril, mas percebo que há um movimento para 
desqualificar a luta pelo #softwarelivre em repúdio a posição do Anahuac.


http://br-linux.org/2016/01/quem-diria-palestra-de-richard-stallman-descrita-como-contraponto-a-ativistas-braseileiros.html


Agora, estão falando que até o Stallman acha que Open Source e 
Software Livre são a mesma coisa.


Embora não concorde com alguns posicionamentos do Anahuac, é 
impressionante como tem gente falando bobagens por aí.


Espero ansiosamente o audio/video da palestra da Suécia. #nuncaaparecerá

---
ALESSANDRO SILVA
Administrador de Sistemas Linux
RHCE | LPIC-3 Core | LPIC-3 Security | Zabbix Certified Specialist
http://alessandrosilva.info



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Re: [PSL-Brasil] Unimecafy: um conto GNU

2016-01-26 Por tôpico Ramon Venson

É de autoria própria, Anahuac?
Demais.

Ramon Venson

On 26-01-2016 14:45, anah...@anahuac.eu wrote:

Unimecafy: um conto GNU

Ricardo era uma criança especial. Ele percebia as coisas de uma forma diferente. Nem 
todos entendiam o que ele dizia e ele, quase nunca, entendia o que os demais queriam 
dizer. - Como é isso de "querer dizer"? Por que não dizem as coisas claramente? 
Perguntava Ricardo para sua mamãe. Com a paciência que só as mães tem, ela sempre lhe 
dizia o mesmo - As pessoas tem medo de serem rejeitadas e por isso insinuam mais do que 
falam, pois falar as coisas exatamente como são, termina por magoar os demais. Ricardo 
sempre fingia entender, mas essa explicação nunca foi satisfatória. Ricardo, então, 
continuava a ser direto e objetivo na sua honestidade, afastando as pessoas, mas 
acreditando cada vez mais que a verdade e o bem sempre prevaleceriam.

Como toda criança Ricardo adorava brincar com seus carrinhos e bonecos, vídeo 
games e bolas, bicicleta e jogar pião. Mas seu favorito sempre foi o Lego. A 
possibilidade de libertar a imaginação ligando os bloquinhos de plástico era 
indescritível! - Olha mamãe, juntei todas as peças que tenho e fiz esse carro 
com 22 rodas, 19 portas, um elevador, todos os bonecos, cavalinhos e até uma 
árvore no topo! Ricardo era o orgulho de seus pais.

Ricardo cresceu um pouco e seu pai lhe presenteou com um outro tipo de 
brinquedo de montar: Unimecafy. Este tinha parafusos, porcas, roldanas, cubos, 
conectores, rodas e placas perfuradas para que tudo isso pudesse ser 
interconectado. - Que irado! Isso sim é algo que pode levar minha imaginação a 
um nível muito mais avançado! Pensou Ricardo. E assim, sem perder, tempo, ele 
começou a bolar as coisas mais estranhas e fantásticas com as novas peças. O 
que mantinha tudo junto eram os parafusos e para apertá-los ele precisava usar 
a chave de fenda que veio no brinquedo. Esta não era uma chave de fenda comum, 
pois ela tinha ranhuras específicas que se encaixavam nos parafusos, que também 
não eram comuns.

Ir à escola, fazer os deveres, estudar, comer, o Lego e todo o resto perderam a 
graça. Havia uma vontade enorme de usar o Unimecafy para criar ferramentas que 
ajudassem em seu dia a dia. Ricardo fez um passador de páginas do seu livro, 
uma escala para aumentar o tamanho de um desenho, um apoio giratório para seu 
Globo e muitas outras coisas superúteis. - Serei um inventor! E poderei ajudar 
as pessoas com minhas fantásticas invenções. Confessou Ricardo ao seu pai.

Um dia Ricardo descobriu que seu amigo Alan também tinha ganho um Unimecafy e o 
convidou para brincarem juntos. Quando Alan chegou com sua caixa de peças, 
ambos pensaram a mesma coisa e falaram juntos: - vamos juntar todas as nossas 
peças! Vamos construir a maior de todas as invenções! Então limparam um canto 
do quarto, despejaram todas as peças juntas e colocaram a mão na massa. Em 
poucos minutos eles já estavam imaginando o tamanho, forma e peças que 
precisariam para fazer o fantástico escorregador de bolas de gude. E começaram 
a separar as partes que precisariam. Ricardo fez a base bem sólida, enquanto 
Alan fez os trilhos por onde as bolas iam passar. Agora só faltava juntar e 
fixar bem as partes.

Ele tentaram juntá-las colocando uma sobre a outra mas as duas partes não 
encaixavam. Ele perceberam que a furação das placas perfuradas eram diferentes! 
E não era só isso os parafusos e as chaves de fenda eram diferentes também. - 
Ricardo, acho que não vamos conseguir encaixar isso. Disse Alan. - Mas temos 
que conseguir, afinal o seu é um Unimecafy e o meu também é! Não pode ser! 
Então com suas caixas de Unimecafy, Ricardo e Alan foram falar com o pai de 
Ricardo para tentar entender o que havia de errado.

- Papai, Alan e eu estamos tentando juntar estas partes de nossos Unimecafys e 
não estamos conseguindo. Você pode nos ajudar? Disse Ricardo
- Deixe-me dar uma olhada nessas partes. Hummm, interessante, isso é um 
escorrego de bolas de gude, certo? Comentou o Pai.
- Sim, estivemos trabalhando nisso por algumas horas, essa parte na sua mão 
esquerda é a base e na direita o trilho. Interveio Alan.
- Olha, deve ter algo errado, veja os buracos das placas da base feita com meu 
Unimecafy não encaixam com os buracos das placas dos trilhos feitos com o 
Unimecafy de Alan! Explicou Ricardo
- Isso não faz muito sentido. Comentou o Pai. - Mas eu tenho uma ideia. Vamos 
ler o manual de instruções.

Na capa do manual, em letras enormes estava escrito: "O Unimecafy foi desenhado para 
lhe prover uma experiência única. Use sua imaginação para criar tudo o que quiser!" 
- Isso é promissor, pensou o Pai. Então ele continuou lendo e procurando por uma 
explicação. Passou pela sessão de descrição das partes, do funcionamento do brinquedo, do 
uso correto da chave de fenda, dos cuidados com o manuseio, da garantia e da assistência 
técnica autorizada. Na última página, ele encontrou o que buscava.

"O Uni