Benjamin 
Redentor<http://scienceblogs.com.br/100nexos/2010/06/benjamin_redentor.php>

[image: cristo-redentor]<http://scienceblogs.com.br/100nexos/cristoredentor.jpg>

“E os soldados, tecendo uma coroa de espinhos, lha puseram sobre a cabeça, e
lhe vestiram roupa de púrpura. E diziam: Salve, Rei dos Judeus”. – João
19:2-3

Com quase 40 metros de altura, o *Cristo Redentor* no Rio também usa uma
coroa de espinhos, mas uma que é raramente vista e não faz exatamente parte
do projeto artístico do monumento religioso, porque é parte do sistema de
pára-raios que o protege contra descargas elétricas. Na fotografia acima, de
*Ricardo Zerrenner* <http://www.zerrenner.fot.br/> (clique para ampliá-la),
pode-se ver a “coroa” e o sistema que se estende também pelos braços da
estátua.

A proteção dos pára-raios é muito necessária, uma vez que como o periódico *O
Dia* não deixou de
notar<http://odia.terra.com.br/rio/htm/raio_mutila_dedo_do_cristo_229472.asp>,
“proteção divina não foi suficiente para preservar uma das Sete Novas
Maravilhas do mundo”. Parte do dedo da mão direita e pedaços da testa foram
danificados em 2007, e autoridades eclesiásticas alertaram que a proteção
tecnológica dos pára-raios estava danificada e inefetiva.

[image: 7558428.cristo_1gente___fotos_185_278]

Reformas recentes restauraram também o sistema de proteção redentora,
pára-raios inventados por *Benjamin Franklin* em 1749.

O curioso aqui, além da ironia do monumento religioso portar uma coroa de
espinhos derivada da ciência da eletricidade, é que o famoso experimento de
Franklin ao empinar uma pipa em meio a uma tempestade é em si mesmo uma
anedota científica. Embora a imagem icônica do cientista americano de óculos
(bifocais, que ele também inventou) empinando uma pipa em meio a relâmpagos
seja bem conhecida, fato é que Ben Franklin apenas propôs o experimento e há
sérias dúvidas de que alguma vez o tenha realmente conduzido.

Outros cientistas sim levaram o experimento a cabo, mas alguns deles
encontraram como consequência um triste fim. Empinar pipas em meio a uma
tempestade é um grande risco, como o próprio Franklin sabia muito bem. Como
boas histórias acabam logo se tornando “História”, a exemplo de anedotas
religiosas, a do cientista com peruca branca empinando pipas na tempestade
continua sendo recontada. Se a ciência salva o Cristo Redentor, o faz
através de conhecimento que também se conta por anedotas. Em dois mil anos é
provável que se Franklin ainda for lembrado, o seja por um experimento que
nunca realizou.

Por que falar subitamente do Cristo Redentor e pára-raios? Os nexos foram
motivados por uma notícia recente indicada pelo professor *José
Ildefonso*<http://entrononentro.haaan.com/>.
Uma outra estátua com quase vinte metros de altura de Jesus em Ohio, EUA, foi
atingida por um raio nesta
segunda-feira<http://www.npr.org/templates/story/story.php?storyId=127853137>
.

[image: 5_Lightning_Strikes_Jesus_Statue.sff]

Ao contrário de nosso Cristo Redentor, devidamente protegido por um
pára-raios, a obra construída por uma vertente cristã local era feita de
plástico, fibra de vidro e uma estrutura de aço… sem pára-raios. Era um
convite ao desastre, ou talvez fé demais em uma proteção divina. Erguida em
2004, é mesmo notável que tenha durado tanto – embora dificilmente seja um
milagre. Após o raio que cedo ou tarde cairia, pouco restou do monumento
religioso:

[image: 1_Lightning_Strikes_Jesus_Statue.sff]

A religião precisa se curvar à ciência? Todo Jesus precisa de uma coroa de
espinhos de Ben Franklin? A imagem das labaredas acima lembra um anjo com
asas abertas? Deixamos as interpretações e lições de moral destes contos sem
fadas, mas com Messias, aos leitores, e encerramos com mais um nexo curioso.

[image: 6a00d8341c790e53ef0120a5cc463d970b-500wi]

As estátuas monolíticas da ilha de Páscoa seriam resultado da mitologia dos
nativos, e de certa forma, podem ser monumentos religiosos mais sofisticados
que o de Ohio, e mesmo o Cristo Redentor com sua coroa de pára-raios. É a
fabulosa teoria defendida pelo professor *Francisco Soares*, da Universidade
Federal do Maranhão, segundo a qual os Moai seriam em si mesmos grandes
pára-raios<http://www.historiadomundo.com.br/rapa-nui/os-gigantes-da-ilha-de-pascoa.htm>
.

Distribuídas ao redor da Ilha, as estátuas com até dez metros ofereceriam
proteção a áreas habitadas ao atrair descargas em tempestades. Os chapéus de
rocha vermelha porosa que ostentavam seriam capazes de dissipar as descargas
elétricas, e os olhos de rocha branca chegariam a brilhar quando atingidos.
Deveria ser uma visão magnífica. Os raios não seriam um inconveniente
natural ao qual seria necessário uma coroa de espinhos de metal, e sim um
fenômeno controlado e apreciado em si mesmo através de grandes monumentos
combinando superstição e tecnologia.

Uma história fantástica, com o pequeno detalhe que talvez não seja
verdadeira. Não pude encontrar referência a avaliações independentes à
teoria de Soares, e a crítica mais elementar que se pode fazer é por que as
estátuas não parecem funcionar mais como pára-raios, o que se presume que
deveriam continuar agindo como se ainda estão de pé. O microclima na ilha de
Páscoa já foi bem diferente, principalmente no ápice da cultura *Rapa
Nui*que erigiu os Moai, e talvez a ilha fosse palco para constantes
tempestades
elétricas, e talvez os Moais desempenhassem a função proposta. Mas a
arqueologia *mainstream* não parece dar muita atenção à ideia.

Seja qual for a resposta, esta viagem pelos muitos nexos entre religião,
superstição, raios, história e tecnologia já está de bom tamanho. Que um
raio caia na minha cabeça se estiver mentindo.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



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