24/10/2008 - 10h29 
Sonda vê "terremoto" de alto impacto em estrelas 




EDUARDO GERAQUE
da Folha de S.Paulo 
 
Prever o comportamento de uma pessoa sem conhecê-la por dentro é impossível. 
Portanto, os dados enviados pelo telescópio Corot, que está a uma altura de 897 
quilômetros da Terra, estão sendo comemorado pelos físicos e astrônomos. Pela 
primeira vez, a ciência tem dados das entranhas de estrelas mais quentes e com 
mais massa do que o Sol, e mostra que elas também sofrem "terremotos" internos. 
O termo correto, na verdade é "estelemoto" --a palavra terremoto é aplicável 
apenas a estruturas sólidas e o interior das estrelas estudadas apresenta 
apenas plasma. Em estudo na revista "Science", os cientistas descrevem agora 
esses tremores em três objetos que estão de 100 a 200 anos-luz de distância da 
Terra, e que foram observados por pelo menos 60 dias. 



David Ducaos/CNES



Telescópio Corot, que orbita a Terra a 897 km de altitude, mostra entranhas de 
estrelas mais quentes e com mais massa do que o Sol
 
"Chega a ser absolutamente surpreendente", afirma à Folha o físico José Renan 
de Medeiros, da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte). 
Segundo o pesquisador, um dos brasileiros que participam do Projeto Corot, de 
origem européia, as oscilações (os estelemotos) medidas nas três estrelas são 
1,5 vezes maiores do que as registradas no Sol. 
Os cálculos são feitos a partir da variação de luminosidade provocada pela 
retração e expansão do interior das estrelas e captadas pelo Corot --o 
telescópio lançado no fim de 2006 tem 27 cm de diâmetro. 
"Esses dados mostram que nós temos que ir mesmo ao espaço se quisermos avançar 
na compreensão da emissão solar", diz. 
Segundo Medeiros, o estudo, assim como toda a missão Corot, é uma grande 
oportunidade que existe para desvendar a história evolutiva do Sol, pois 
conhecer as estrelas por dentro ajuda a revelá-las por fora. 
Plasma em borbulhas 
A chamada granulação das estrelas --grosso modo, a quantidade de borbulhas que 
existe no plasma na superfície do corpo celeste-- é outra medida pioneira da 
Corot. "Esse dado é importante porque a granulação reflete o quanto movimentos 
convectivos no interior da estrela [a subida do plasma mais quente] são 
importantes. Isso, ao ser casado com a rotação da estrela, indica sua atividade 
magnética", diz Medeiros. 
Com esse primeiro resultado, um dos objetivos do projeto começa a ser cumprido, 
explica o cientista da UFRN --em Natal há uma central que recebe dados da 
Corot. O estudo ajuda a entender o interior das estrelas e, por tabela, o do 
Sol. Este último, os cientistas já conheciam, mas não sabiam se ele era similar 
ao de outras estrelas. 
A segunda parte da missão, diz Medeiros, também é promissora. "Estamos 
desenvolvendo uma técnica estatística que será uma ferramenta primordial para 
que se encontre centenas ou, porque não, milhares de planetas [fora do Sistema 
Solar] do dia para a noite." 
 
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u459755.shtml




Mauro de Rezende 
GUCIT - Grupo Ufológico Cidade Tiradentes - EXO-X
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