[VotoEletronico] Re: Brizola

2001-02-09 Por tôpico Roger Chadel

A respeito de [VotoEletronico] Re: Brizola,
em 09/02/2001, 00:29, Alexandre escreveu:

A Creio que o Brizola falou certo.
A Eliminando sistemas que no permitem recontagens, j se estar corrigindo 
A uma grande falha.

  o que eu disse, Alexandre, ele falou certo. Mas com muito
pouco  tato,  como  tem  sido  a  tnica  dele estes ltimos
tempos,  o  que   estranho para um poltico calejado. Todos
ns queremos a eliminao, mas preg-la desta forma no leva
a nada, salvo mais animosidade contra ele.

-- 
Grande abrao,

Roger Chadel



Qual  a garantia que o TSE d  lisura da eleio? "La garantia soy yo".

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  X   ASCII ribbon campaign - against html mail
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[VotoEletronico] Re: Brizola

2001-02-09 Por tôpico Osvaldo Maneschy

Chadel, o tempo das inseres na TV  de 30 segundos, se tanto. O que 
mais importante: denunciar aa opinio publica  que a urna no permite
recontagem - ponto que est na ordem do dia  por conta das eleies
norte-americanas to badaladas pela nossa mdia tupiniquim que ignora as
o que dizemos no forum www.votoseguro.org - ou a denncia de que a urna,
do jeito que , tem falhas?! Cabe a discusso. No vi a insero ainda -
mas levantar esta lebre para o Brasil inteiro, acho,  importantssimo.
Que a polmica sirva para aclarar melhor o que est em discusso - esse
 o caminho correto, na minha suspeita opinio.


Roger Chadel wrote:

 Hoje  fomos  massacrados  pela propaganda poltica do PDT. O
 Brizola,  como sempre nestes ltimos anos, diz a coisa certa
 de forma errada. Num de seus mini-discursos ele fala da urna
 eletrnica,  denunciando  os problemas que tanto levantamos.
 Mas  termina  com  radicalismo  dizendo "Precisamos eliminar
 esses  sistemas  que  no  permitem  recontagem".  Em vez de
 partir para um tom positivo, do tipo "Precisamos corrigir as
 falhas...".  Receio  que  este  tipo  de propaganda no seja
 muito bom para nossa causa.

 --
 Grande abrao,

 Roger Chadel
 Chadel Quality Software
 http://www.chadel.com.br

 

 Extraido de minha coleo de taglines:
 Orgasmo no  objetivo,  conseqncia (Caetano Veloso)

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[VotoEletronico] RES: Brizola

2001-02-09 Por tôpico Caia Fitti
Title: RES: [VotoEletronico] Re: Brizola





Amigos listeiros,


Roger Chadel [Chadel Quality Software, http://www.chadel.com.br] escreveu, da fala do Brizola:


"Mas termina com radicalismo dizendo Precisamos eliminar esses sistemas que não permitem recontagem. Em vez de partir para um tom positivo, do tipo Precisamos corrigir as

falhas Receio que este tipo de propaganda não seja muito bom para nossa causa."


Acho que temos de começar todas as reflexões a partir da idéia de que o que está errado tem de ser DITO. 
O Brizola sempre incomoda porque é o único político brasileiro vivo que DIZ as coisas sem, antes, fazer 'as contas' pra tentar dizer do jeito que a Rede Globo quer que elas sejam ditas e ouvidas.

Nós - quase todos os brasileiros - estamos tão pervertidos pelo discurso da mídia que já 'acreditamos' piamente que o jeito 'certo' é aquele jeito de dizer nas frases e desdizer no contexto que é típico da mídia brasileira. 

O discurso de 'corrigir as falhas' é reformista: não é revolucionário. 
Ser 'radical' não é crime nem pecado: é obrigação dos intelectuais sérios. 
Um importante filósofo alemão, bastante conhecido, já ensinou, há anos, que "ser radical é tomar as coisas pela raiz". É, portanto, prática recomendável a todos e atitude moral que se deve adotar sempre.

Quem deu à palavra 'radical' este traço de coisa a ser evitada a todo custo foram, no Brasil, a Globo, o Estadão, a Folha de São Paulo, a Veja...

O Brizola está, sem dúvida, numa posição difícil: está muito sozinho. Como chefe de partido e líder político, ele precisaria contar com bons quadros ativos que, estes sim, fizessem o trabalho de 'diluição' do que ele dissesse, pra tornar as coisas mais palatáveis pra mídia. 

Destruir o partido e isolar o Brizola é parte da tática da Globo. Não sou conspiracionista paranóica mas não tenho dúvidas de que o Brizola é o único político brasileiro que tira o sono, de verdade, do Roberto Marinho. Só isto bastaria para dar a dimensão da importância política do Brizola para o Brasil. 

São tempos difíceis.
Abraço.
Caia
_
Pensamento do dia:
Num mundo em que a barbárie tornou-se quotidiana, é preciso reconhecer a responsabilidade dos intelectuais que resitem. Depende da ação deles saber se o protesto se esgotará em denúncia sem perspectiva, ou ao contrário, levará à formação de novos atores sociais e, indiretamente, a novas políticas econômicas e sociais" [Subcomandante Marcos, EZLN, em Fórum Social Mundial, Porto Alegre, 2001, Biblioteca das Alternativas].




[VotoEletronico] Re: Brizola

2001-02-09 Por tôpico Roger Chadel

A respeito de [VotoEletronico] Re: Brizola,
em 09/02/2001, 10:30, Osvaldo Maneschy escreveu:

OM Chadel, o tempo das inseres na TV  de 30 segundos, se tanto. O que 
OM mais importante: denunciar aa opinio publica  que a urna no permite
OM recontagem - ponto que est na ordem do dia  por conta das eleies
OM norte-americanas to badaladas pela nossa mdia tupiniquim que ignora as
OM o que dizemos no forum www.votoseguro.org - ou a denncia de que a urna,
OM do jeito que , tem falhas?! Cabe a discusso. No vi a insero ainda -
OM mas levantar esta lebre para o Brasil inteiro, acho,  importantssimo.
OM Que a polmica sirva para aclarar melhor o que est em discusso - esse
OM  o caminho correto, na minha suspeita opinio.

No  tenho  dvida  nenhuma,  o que o Brizola est fazendo 
importantssimo,  e, principalmente, nico. O problema  que
ele  jum  sujeito  marcado pelo radicalismo, e por uma
histria de fraude contra ele. Dito da forma como ele o faz,
d a impresso que  papo de derrotado nas eleies, queren-
do  pura  e  simplesmente  eliminar o sistema. Sei que em 30
segundos  no  d  para dizer muita coisa, mas a agncia que
est  por  trs disso poderia dar um pouco mais de apoio. Se
bem que duvido que o Brizola aceite de uma agncia de propa-
ganda qualquer imposio...

-- 
Grande abrao,

Roger Chadel



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[VotoEletronico] 2002 eh amanha.

2001-02-09 Por tôpico Evandro Oliveira

Companheiros,

Se me permitem gostaria de passar um texto de outro lutador 
contra as mazelas a que estamos submetidos, e pediria aos
signatarios da lista que fizessem um pequeno exercicio para
associar o que relata o autor do texto e a conjuntura que
estamos e ESTAREMOS submetidos nesta nossa luta pela melhoria
da maquina de votar.

Proporia um sub-titulo como:

E A URNA PARA 2002, COMO VAI?   VAI BEM OBRIGADO!

Mas vamos ao texto...

-
"EXTORSO, ACHAQUE, VIOLNCIA... NEO LIBERALISMO  ISSO E MUITO MAIS


por Laerte Braga (Juiz de Fora - MG)

Imagine um bandido como Srgio Naya sendo proprietrio de algo em torno de
2 mil apartamentos. Vai dizer, como no se cansa de dizer, que trabalhou
duro, que saiu do nada e venceu. Roubou, trapaceou, cometeu toda a sorte de
crimes possveis, inclusive lavar dinheiro do trfico de drogas e est
livre, tranqilo, auferindo os lucros de ter compreendido a essncia do
capitalismo. 

Naya  algo a ser estudado, num outro aspecto. Estudou com sacrifcio, era
realmente menino pobre, foi quase sempre o primeiro da turma, inclusive na
Faculdade de Engenharia em Juiz de Fora e deu no que deu. Lembra-me um
professor de matemtica, daquela mesma Faculdade e que costumava dizer o
seguinte: "Deus me livre dos primeiros alunos. Tm uma deformao sria no
carter". 

O ministro Nelson Jobim, um sem vergonha que ocupa uma cadeira no Supremo
Tribunal Federal, auto intitulou-se "lder do governo nesta Corte", quer
dizer, o cara no tem um pingo de respeito nem por ele mesmo, elaborou,
intra muros, um projeto prorrogando os mandatos dos presidentes de
tribunais superiores, para evitar que assuma a presidncia do STF um
ministro adversrio de FHC. E no  nenhum santo no. Pelo contrrio,  o
primo de Collor, aquele que votou pela absolvio do fazendeiro que
"praticou intercurso sexual com a pretensa vtima por vontade livre dela,
ainda que remunerada". A vtima tinha doze anos.

Jobim quer que o banana do Veloso continue e assim o governo possa
continuar livre, ao arrepio da lei, escorado em medidas provisrias, tudo
conforme o receiturio do consrcio de empresas e bancos que pagam FHC e as
vrias quadrilhas que formam seu "governo". Vem a 2002 e no querem
surpresas. Alm do que, nessas horas o por fora aumenta e como aumenta. Ou
como diz Millr Fernandes: "tudo bem que a corrupo  universal, mas aqui
pagamos os 10% mais caros do mundo". 

Naya recebeu "incentivos", digamos assim, do Banco do Brasil para suas
empresas, em troca do voto na reeleio. Jobim ganhou a cadeira no STF por
ter sido servil e chutado a Constituio tantas quantas vezes pediram
(continua chutando), quando ministro da Justia de FHC. Veloso  um bobo
que acha que preside alguma coisa, que acredita que o Poder Judicirio tem
que ficar de quatro e compreender os tempos contemporneos.

Robert Kennedy, na ltima entrevista que concedeu antes de ser assassinado
(tanto que quando foi exibida o senador j estava morto), perguntado sobre
o por qu ou da vaidade, ou do deslumbramento de certos homens pblicos,
respondeu assim: " que convivemos num meio em que todos recebem aplausos,
mesmo que sejam hipcritas. Que sejam formais, mas so aplausos". Para
Veloso bastam os aplausos. Acha que aparecer no "Jornal Nacional" com pose
de srio  o bastante. Fica para o lbum.

O jornalista Alberto Dines, um dos pilares na luta contra a ditadura
militar na imprensa (responsvel por uma revoluo no jornalismo brasileiro
quando foi editor do "Jornal do Brasil"), acima de tudo um sujeito decente,
viu-se na contingncia de cancelar uma entrevista com o autor de um livro
sobre ACM e sua trajetria de cangaceiro bem sucedido, para no prejudicar
todo um conjunto de pessoas na rede de tevs educativas.  Definiu ACM de
maneira precisa e magistral ao cham-lo de medocre e outras coisas.

O Congresso Nacional d o pior exemplo possvel nessa luta pela presidncia
das duas casas, Cmara e Senado (felizmente o PT lanou candidato prprio).
Vale tudo. Quem abaixa para apanhar o sabonete leva ferro, literalmente.
No encontro paralelo nem em brigas de lupanares – vamos l, esta  palavra
 fogo, mas em todo caso – onde o respeito campeia, ou  logo imposto
quando se faz necessrio.  

O que acontece no Equador, na Colmbia, no Mxico, em todos os pases
latino americanos, os africanos, em muitos pases da sia, no mundo no
desenvolvido, que seja assim,  apenas a imensa rede do capital que
agrilhoa tudo e a  todos.  a extorso, o achaque, a violncia do
capitalismo que, nesta quadra, ganhou o nome de neo liberalismo. S isso.
Ou por outra: muito mais que isso.

FHC, como Pastrana, como De La Ruas, como Banzer, como foi Fujimori, no
diferem em nada entre eles e os outros, so figuras desprezveis,
destitudas de qualquer sentimento, amorais lato senso, eternamente de
quatro, bandidos menores no grande saque que o capital vem promovendo
historicamente contra a classe trabalhadora.

No h que se falar em reforma. Em convivncia. Em fraternidade com essa
gente.  uma luta sem trguas, de sobrevivncia, de resistncia, do
contrrio