[VotoEletronico] Re: PL 1503/03 - Urna eletronica - ALARME

2003-09-27 Por tôpico B Azevedo
Amilcar Brunazo Filho wrote:

Olá,

Aí vão algumas explicações sobre o conteúdo dos fac-símile dos 
documentos que eu e a Cida juntamos esta semana em Brasília.

A imagem www.votoseguro.com/doc/ccj/image01.gif contém o ofício 
CCTIC-p?270/03 do Dep Corauci Sobrinho, presidente da Comissão de 
Ciência e Tecnologia CCTIC, pedindo "revisão do despacho" que remeteu 
o PL 1503/03 apenas para a CCJR, para que a CCTIC fosse ouvida no 
mérito do projeto. Este ofício foi protocolado na Mesa Diretora da 
Câmara no dia 16/9.

A imagem 02, é o ofício do Presidente da Câmara, Dep. João Paulo 
Cunha, deferindo o pedido (01) de revisão de despacho no dia 17/09, 
esplicitando que a CCTIC seja ouvida ANTES da CCJR... 


Amilcar, demais listeiros & arapongas de plantao,

Estas manobras sao um escandalo, com todos os seus passos muito bem 
registrados.
Tem que estar muito interessado em ter um sistema nao auditavel para 
fazer um jogo sujo deste.
Quem pode denunciar este esquema? Cade a OAB? Ministerio Publico?

Benjamin

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O texto acima e' de inteira e exclusiva responsabilidade de seu
autor, conforme identificado no campo "remetente", e nao
representa necessariamente o ponto de vista do Forum do Voto-E
O Forum do Voto-E visa debater a confibilidade dos sistemas
eleitorais informatizados, em especial o brasileiro, e dos
sistemas de assinatura digital e infraestrutura de chaves publicas.
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Pagina, Jornal e Forum do Voto Eletronico
   http://www.votoseguro.org
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[VotoEletronico] PL 1503/03 - Urna eletronica - ALARME

2003-09-27 Por tôpico Amilcar Brunazo Filho
Olá,

Aí vão algumas explicações sobre o conteúdo dos fac-símile dos documentos 
que eu e a Cida juntamos esta semana em Brasília.

A imagem www.votoseguro.com/doc/ccj/image01.gif contém o ofício 
CCTIC-p?270/03 do Dep Corauci Sobrinho, presidente da Comissão de Ciência e 
Tecnologia CCTIC, pedindo "revisão do despacho" que remeteu o PL 1503/03 
apenas para a CCJR, para que a CCTIC fosse ouvida no mérito do projeto. 
Este ofício foi protocolado na Mesa Diretora da Câmara no dia 16/9.

A imagem 02, é o ofício do Presidente da Câmara, Dep. João Paulo Cunha, 
deferindo o pedido (01) de revisão de despacho no dia 17/09, esplicitando 
que a CCTIC seja ouvida ANTES da CCJR.

A imagem 03 é o memorando da Cordenação das Comissões Permanentes (CCP) 
solicitando à CCJR a devolução do via de tramitação do PL 1503 para 
encaminhar a CCTIC.

A imagem 04 é cópia impressa do email de 24/09, que eu recebo do Sistema de 
Acompanhamento de Proposições do eCâmara (SAP-eC), constando que em 23/09 o 
PL chegou à CCTIC.Este é o último email que recebi. Todos os lançamentos 
posteriores (que denunciam a manipulação dos registros) não foram 
divulgados pelo sistema até agora.

As imagens seguintes são impressões diretas das páginas do Sistema de 
Consulta de Proposições do eCâmara (SCP-eC) sobre o PL 1503/03 em diversas 
datas. Esta última versão da página está disponível em:
http://www.camara.gov.br/sileg/Prop_Detalhe.asp?id=124899

As imagens 05 e 06 foram impressas no dia 23/09.
Contém como último lançamento em 18/09 dado incluido pelo o Núcleo de 
Assessoramento Jurídico (NAJUR) da Secretaria Geral da Mesa reproduzindo os 
termos do oficio 02 para INCLUIR a CCTIC como competente para se pronunciar 
quanto ao mérito.

As imagens 07, 08 e 09 são de 24/09.
O lançamento de 18/09 do NAJUR agora aparece como sendo na própria Mesa 
Diretora, mas mantém o conteúdo, deferindo o ofício 270/03 (imagem 01) e 
INCLUINDO a CCTIC.
Aparece o lançamento do dia 23/9, feito pela CCP, declarando que o PL 
1503/03 foi encaminhado à CCTIC, em consonância com o conteúdo do email da 
imagem 04. A secretária da CCTIC, Sra. Miriam, confirmou ter recebido a 
pasta "via de tramitação" do PL 1503/03.

A partir deste momento, por volta do final da tarde do dia 24/09, quando 
toda a Câmara e toda a imprensa estavam com as atenções voltadas para a 
votação da reforma tributária, começou o que podemos denomimar por 
"manobras" para que o PL 1503/03 fosse enviado diretamente para o plenário 
sem passar pelas comissões CCTIC (análise do mérito) e CCJR (análise da 
juridicidade) e, assim, ser aprovado sem modificações antes de 02 de outubro.

A via de tramitação do PL 1503 foi retirada de volta da CCTIC por 
funcionários da CCP, mas não existia ofício formal do pres. da Câmara neste 
sentido. No lugar de soltar novo ofício anunciando uma nova "revisão da 
revisão de despacho" para que o CCTIC fosse excluida do tramite do PL 
1503/03, incluindo novos lançamentos no sistema SCP-eC, optou-se por 
retirar a via de tramitação da CCTIC, apagando todos os registros no SCP-eC 
que fizessem referência ao seu envio à CCTIC.

Eu e a adv. Maria Aparecida Cortiz só detectamos esta manobra na manhã do 
dia 25/09 quando imprimimos a nova página de consulta (imagens 10, 11 e 12) 
e vimos que surgiu um lançamento de 25/09 , emitido pela Mesa Diretora, 
remetendo o ofício para a CCP para publicação, mas constava também que a 
CCP já tinha encaminhado o mesmo ofício para publicação no dia 23/9.

Havia, também, outras irregularidades, o lançamento de 23/09, feito pela 
CCP, sobre o encaminhamento do PL 1503 para a CCTIC foi apagado e o 
lançamento de 18/9, da mesa diretora, que falava da INCLUSÃO da CCTIC no 
processo, foi substituido por outro de data de 19/09 onde se fala de "novo 
despacho, deferindo o oficio 270/03 (imagem 01) para EXCLUIR as comissões" !
Obs.: não existe oficio formal neste sentido.

Fomos à CCP para obter esclarecimentos sobre os lançamentos contraditórios 
e fomos informados que o Sr. Mozart Vianna de Paiva, Secretário Geral da 
Mesa, havia pedido o retorno do PL 1503/03 para a CCP para esperar uma 
conversa que o Dep, Greenhalgh (presidente da CCJR) iria ter com o Dep. 
João Paulo Cunha, presidente da Câmara. Informaram-nos, ainda que o sistema 
Sileg (que roda o SCP-eC) era novo e estava com "problemas que seriam 
corrigidos".

Meia hora depois, por volta das 13 h do dia 25/09, surgiu uma nova versão 
que está nas imagens 13, 14 e 15. Como estas imagens estão com contraste 
fraco (mas dá para ler direito no papel) também tiramos nova impressão no 
dia 26/09 e que estão nas imagens 16. 17 e 18. Os lançamentos nestas duas 
impressões são idênticos.

Nelas, o lançamento do mesa diretora dia 25/09 agora aparece como se 
tivesse sido feito no dia 19/09 . Todos os lançamentos feitos pela CCP e 
pela Mesa Diretora depois de 19/09, que apareciam nas páginas anteriores do 
SCP-eC e nos emails do SAP-eC, e que falavam da inclusão da CCTIC, 
desapareceram.

O único 

[VotoEletronico] 2A. FEIRA

2003-09-27 Por tôpico Maneschy


Amigos listeiros, acabo de reenviar o texto do professor Stolfi para todos
os emails que tenho arquivados em meu computador. Com o título de
"2a. Feira". Aconselho a todos a fazerem o mesmo. Antes, fiz uma introduçao
pessoal e assinei. Aconselho que façam algo parecido e mandem brasa.
A luta continua. Abaixo, como fiz:
---
Meus amigos, Jorge Stolfi é professor titular da Unicamp da área
de
informática. E um dos signatários do Manifesto dos Professores
e
Cientistas pela Segurança do Processo Eleitoral Brasileiro que
está
circulando na internet desde semana passada.
Nesta segunda-feira em Brasília, dia 29/9, o PL 1503/03 que acaba
com a
impressão do voto eletrônico poderá ser aprovado
na Camara dos Deputados
sem discussão graças a manobra do presidente da Mesa
da Câmara, Deputado
João Paulo (PT), que chamou a si o projeto que começava
a ser debatido
na Comissão de Ciencia e Tecnologia da Câmara, para "aprová-lo"
por um
'grupo de trabalho' organizado pela Mesa. Ou seja, sem debate público.
Exatamente como aconteceu no Senado em maio passado quando esse projeto
foi apresentado pelo  Senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) e 
aprovado de
forma terminativa no final de junho apenas pela comissão de
Constituiçao
e Justiça. Nem chegou a ir a plenário, graças
a manobra do senador José
Sarney, presidente do Senado. Os senadores mal tomaram conhecimento
do
assunto que afeta aos 115 milhões de eleitores brasileiros.
Pelo jeito,
vai acontecer o mesmo com os deputados.
Este mesmo projeto foi incluído na convocaçao extraordinária
do Congresso
em julho último por decisão do presidente Lula, junto
com as reformas da
Previdência e Tributária, para atender ao Tribunal Superior
Eleitoral
(TSE) - o interessado em acabar com a impressão do voto eletronico
no
Brasil - embora a existëncia da contra-prova em papel seja a única
forma
de permitir que os resultados produzidos pelas urnas eletronicas, em
caso de dúvida, sejam recontados.
Sem a contra-prova em papel é absolutamente inauditável
o sistema
eleitoral brasileiro.
O TSE quer que nas eleiçoes municipais do ano que vem não
exista mais
voto impresso. E o prazo para que o PL 1503/03 seja aprovado no
Congresso a tempo de permitir esta mudança nas regras eleitorais
estoura
semana que vem, dia 2 de outubro de 2003. Se até o dia 2 
o PL 1503/03
nao estiver aprovado e sancionado por Lula, o TSE nao pode acabar com
o
voto impresso nas eleiçoes municipais do ano que vem..
Mas por que o TSE quer acabar com voto impresso? É sobre isto
que o
professor Jorge Stolfi, na Unicamp, especialista em computadores,
escreve e dá a sua opinião. Se voce é um brasileiro
consciente dos seus
direitos ganhará muito lendo este alerta do professor Stolfi. 
É
fundamental que cada brasileiro consciente   tome conhecimento
deste
texto. E deste assunto que a grande mídia, com honrosas exceçoes, 
não
dá atenção.
Por ignorancia, por desinformação e o que é o pior
de tudo, por
cumplicidade.
 
Osvaldo Maneschy
Jornalista
Reg. Prof. 12.704 MT DRT/rj
 
*
 
   Subject: [VotoEletronico] Alerta urgente
   Date: Sat, 27 Sep 2003 06:37:55 GMT
   From: "Walter Del Picchia" <[EMAIL PROTECTED]>
   To: [EMAIL PROTECTED]
 
Em 27/09/2003, Jorge Stolfi escreveu:
 
Caros,
Como vocês talvez tenham lido nos jornais e na rede, há
um projeto de
lei em andamento na Câmara (PL 1503/03), que visa revogar a
obrigatoriedade de impressão do voto nas urnas eletrônicas
(medida
essa que tinha sido aprovada anteriormente pelo Senado). O projeto
tambem elimina boa parte dos poucos meios atuais de fiscalização
independente do software e hardware da urna, e introduz mudanças
no
sistema que aumentam ainda mais o risco de violação de
sigilo de voto:
 http://www.votoseguro.com/alertaprofessores/bottom.html
 http://www.votoseguro.com/alertaprofessores/adesao.html
 http://www.ic.unicamp.br/~stolfi/urna/Alerta-DelPicchia-2003-09-18.msg
O TSE tem exercido intensa pressão sobre o Senado no sentido
de
acelerar o trâmite dessa proposta, impedir que ela seja submetida
a
uma análise técnica independente, e convencer o Senado
a aprová-la
"por default" sem votação explícita no plenário.
Se as notícias que
recebi há pouco forem verdadeiras (e não tenho nenhum
motivo para
duvidar que sejam), os meios que estão sendo usados para isso
são até
mais preocupantes do que a insegurança da urna em si:
 http://www.ic.unicamp.br/~stolfi/urna/Alerta-Brunazzo-2003-09-25.msg
A insegurança da nossa urna eletrônica não é
uma opinião, nem um
parecer técnico: é um fato elementar, facilmente reconhecido
por
qualquer pessoa que tome conhecimento dos dados básicos do sistema,
confirmado por todas as publicações técnicas sobre
o assunto --- e até
formalizado em teoremas.
 http://www.spectrum.ieee.org/WEBONLY/publicfeature/oct02/evot.html
 http://www.ic.unicamp.br/~stolfi/urna/Report-CaltechMITresumo.pdf
Não é preciso ser um especialista em astronáutica
para saber que não
dá para ir à Lua com uma espaçonave a hélice.
Pois bem, as falhas de
segurança da nossa urna 

[VotoEletronico] Por que recusamo-nos a votar (Bélgica)

2003-09-27 Por tôpico Roger D. Chadel
Amigos da lista,

Este texto é que acompanha a carta aberta que citei anteriormente.
Note-se o apelo banal ao direito inalienável do cidadão poder
controlar pessoalmente o desenrolar das eleições. A grande diferença
na Bélgica é que lá, mesmo ainda não tendo obtido o que desejam, eles
têm a quem recorrer: existe uma corte independente, e fazem parte da
União Européia, aumentando portando as instâncias.



Na Bélgica escolhemos viver numa democracia representativa. Isto
significa que a grande maioria dos cidadãos deste país não participa
diretamente das decisões políticas porque, detentores da "soberania
popular", eles delegam seu poder, pelo sistema de eleições, a
representantes que eles escolhem por quatro, cinco ou seis anos. O
único momento onde os cidadãos detêm verdadeiramente o poder político
é portanto o dia das eleições, instante crucial durante o qual eles
escolhem as pessoas que julgam que melhor as representarão e
defenderão seus interesses, individuais ou coletivos. Este momento
deve portanto desenrolar-se sob o controle total dos eleitores. Não
pode haver nada intermediário incontrolável pelos eleitor quando ele
exprime seu voto.

Ora, com o voto eletrônico, os eleitores não estão mais em condições
de fiscalizar as eleições porque o sistema de voto automatizado
introduz este intermediário incontrolável sob diversas formas e em
diversas etapas. Vejamos quais.

Nossa "cédula magnética" é virgem?

Para exprimir nossa escolha, recebemos uma cédula de voto magnética
sob a forma de um objeto semelhante aos cartões bancários. O
presidente de mesa inicializa nosso cartão na nossa frente antes de
entregá-la, o que significa inserir um voto em branco. Ele detém
portanto informações que o cidadão não vê. É a única informação que
está gravada? Dizem-nos que sim mas não podemos ter certeza  porque
não vemos nada. No caso da cédula em papel podemos verificá-lo sem
dificuldade.

Nosso voto, e apenas ele, é que está no cartão magnético?

Designamos nosso(s) candidato(s) por meio de um lápis ótico e nossa
escolha é mostrada numa tela. Quando "validamos" nossa escolha, temos
certeza que ela é gravada no cartão magnético que podemos introduzir
numa fenda prevista para isto? Como podemos ter certeza já que não
vemos nada? Estamos seguros de que são estas as únicas informações que
foram gravadas? Apenas essas?

Dizem-nos que podemos reintroduzir nosso cartão na máquina, mas será
que ela relê realmente o ela já gravou nossa escolha na memória?
Queremos que o cartão seja lido por outra máquina, mas a lei não nos
autoriza. Quando se trata de uma operação bancária podemos verificar a
posteriori, pela leitura dos lançamentos efetuados em nossa conta. No
caso das eleições , é impossível: o voto é (teoricamente) secreto.

A urna eletrôncia não modifica nosso voto?

Quando pensamos ter votado, pegamos nossa cédula magnética e a
introduzimos na urna eletrônica. Esta máquina possui um software que
deve ler nossa cédula. Podemos ter certeza de que esta máquina lê
nossa cédula e não modifica nada do que (em princípio) está gravado?
Não sabemos. Dizem-nos que sim mas não temos condições de verificá-lo.

Quem fiscaliza a apuração?

Com o voto eletrônico não há mais apuração. São máquinas que
decodificam os disquetes que vêm das urnas eletrônicas. Tudo isso na
mais perfeita opacidade: ninguém vê nada, são máquinas que operam. No
caso da cédula em, papel, elas são contadas, classificadas e apuradas
por cidadãos que estão sob a vigilância de outros cidadãos.

Quem garante o bom funcionamento destes sistemas?

O legislador entregou a pesada tarefa de verificar o bom funcionamento
das eleições aos presidentes das juntas eleitorais, aos assessores e
aos fiscais dos partidos. Depois da introdução do voto eletrônico,
nenhuma destas pessoas está em condições de afirmar que tudo correu
normalmente porque são máquinas que operam. Se uma máquina dá um
problema, o presidente da junta chama um técnico de uma empresa
privada contratada para este fim. Quem pode afirmar que nenhum voto
tenha sido modificado durante esta intervenção?

O legislador decidiu que nove especialistas no máximo, designados
pelas assembléias parlamentares do país, fiscalizariam o conjunto das
operações eletrônicas antes e durante as eleições. Nove pessoas para o
país inteiro! No seu relatório referente às eleições de junho de 1999,
estes especialistas constataram que, na prática, apenas os técnicos
das firmas privadas que haviam instalado os sistemas estavam em
condições de controlá-las eficazmente [i], constatação que reiteraram
no seu relatório referente às eleições comunais de outubro de
2000[ii].

Pouco importa! O ponto chave do legislador não é mais controlar nem
fiscalizar as eleições mas tranqüilizar o eleitor. "Pode votar,
eleitor, nós cuidamos de tudo".

Que confiança podemos ter nas operações eleitorais?

Por ocasião das eleições legislativas e européias de junho de 1999 3e
das eleições comunais e provinciais de outubro de 2000, 44% dos
eleitores (incluind

[VotoEletronico] Re: Carta aberta au juiz eleitoral (Bélgica)

2003-09-27 Por tôpico Roger D. Chadel
A respeito de [VotoEletronico] Re: [VotoEletronico] Carta aberta au juiz eleitoral 
(Bélgica),
em 27/09/2003, 05:59, Marko Ajdaric escreveu:



MA> Precisamos urgentemente que alguém escreva aos camaradinhas. Como creio que
MA> 'aqui' ninguém fala flamengo...
MA> Sugiro que se apresente alguém a este (eta palavrinha modista) voluntariado.

Já estou fazendo isso, Marko. Por sorte esta associação fica do lado
francófono, facilitando bastante as coisas. Mesmo assim, alguns textos
estão em flamengo que, parece-me são traduções dos mais relevantes.

Não perca a mensagem que estou mandando a seguir, uma parca tradução
intitulada "Por que recusamos o voto eletrônico".

-- 
Grande abraço,

Roger Chadel



Delenda est TSE
|---//---|  
|   /|  Quem garante que seu voto vai para seu candidato?
||  www.votoseguro.org



Extraido de minha coleção de taglines:
FUTEBOL: É com quem toda mulher se casa sem saber. (Marilia)

 /"\
 \ /  Campanha da fita ASCII - contra mail html
  X   ASCII ribbon campaign - against html mail
 / \

__
O texto acima e' de inteira e exclusiva responsabilidade de seu
autor, conforme identificado no campo "remetente", e nao
representa necessariamente o ponto de vista do Forum do Voto-E

O Forum do Voto-E visa debater a confibilidade dos sistemas
eleitorais informatizados, em especial o brasileiro, e dos
sistemas de assinatura digital e infraestrutura de chaves publicas.
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Pagina, Jornal e Forum do Voto Eletronico
http://www.votoseguro.org
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[VotoEletronico] Re: [VotoEletronico] Carta aberta au juiz eleitoral (Bélgica)

2003-09-27 Por tôpico Marko Ajdaric


Precisamos urgentemente que alguém escreva aos camaradinhas. Como creio que
'aqui' ninguém fala flamengo...
Sugiro que se apresente alguém a este (eta palavrinha modista) voluntariado.

Abraços a todos
Marko Ajdaric


- Original Message - 
From: "Roger D. Chadel" <[EMAIL PROTECTED]>
To: "Lista do Voto Eletronico" <[EMAIL PROTECTED]>
Sent: Saturday, September 27, 2003 1:31 AM
Subject: [VotoEletronico] Carta aberta au juiz eleitoral (Bélgica)


Amigos da lista,

Encontrei uma página excelente sobre problemas com voto eletrônico.
Trata-se de www.PourEVA.be (Por um Ética do Voto Automatizado), da
Bégica. Lá fica-se sabendo que o processo de eleição totalmente
informatizado foi implantado gradativamente desde 1991, e causa a
mesma polêmica. O processo é um pouco diferente: o eleitor recebe um
cartão magnético que ele coloca numa máquina onde ele faz sua escolha.
Em seguida retira o cartão e o leva até a mesa onde ele é lido numa
urna eletrônicalido e os dados gravados. Na carta aberta abaixo
ver-se-á a semelhança com o obscurantismo tupiniquim.

---

Senhora Juiza de Paz Presidente da Junta Eleitoral do Cantão de
Ixelles

Cópia ao Presidente da Junta Eleitoral da Circunscrição de
Bruxelas-Hal-Vilvorde

Carta Registrada

Assunto: Recusa de votar pelo processo de voto automatizado

Prezada Senhora,

Recebi há pouco minha convocação eleitoral. Pela terceira vez fico na
obrigação de exercer meu dever de eleitor por meio do sistema de voto
automatizado.

Este sistema priva o eleitor de qualquer possibilidade de controle das
operações eleitorais: é impossível ler o que está no cartão magnético
que lhe é entregue, nem antes nem depois do voto, e ele não pode saber
o que será gravado depois de sua passagem na urna eletrônica. Não há
mais apuração; são as máquinas que decodificam os disquetes que vêm
das urnas eletrônicas.

O legislador entregou a tarefa de verificar o bom funcionamento das
eleições aos presidentes das juntas eleitorais, aos assessores e
fiscais dos partidos. Desde a introdução do voto eletrônico, nenhuma
destas pessoas está em condições de afirmar que tudo se passou
corretamente, porque são máquinas que operam. Se uma máquina dá um
problema, o presidente da junta chama um técnico de uma empresa
privada contratada para este fim. Quem pode afirmar que nenhum voto
tenha sido modificado durante esta intervenção?

O legislador decidiu que nove especialistas, no máximo, designados
pelas assembléias parlamentares do país, fiscalizariam o conjunto das
operações eletrônicas antes e durante as eleições. No seu relatório
referente às eleições de junho de 1999, estes especialistas
constataram que, na prática, apenas os técnicos das empresas privadas
que haviam instalado os sistemas estavam em condições de controlá-las
eficazmente, constatação que reiteraram no seu relatório referente às
eleições comunais de outubro de 2000.

Durante as eleições federais, regionais e européias de junho de 1999 e
durante as eleições comunais de outubro de 2000, cumpri meu dever
eleitoral como sempre havia feito anteriormente (votando e exercendo
em diversas oportunidades a função de assessor de apuração), sempre
enviando uma carta de protesto ao presidente da minha junta eleitoral.
Outrossim, na qualidade de candidato, contestei perante a justiça, com
outros três candidatos, os resultados das eleições comunais. Depois de
ter esgotado as possibilidades de recursos na Bélgica em matéria de
contestação do resultado das eleições, apresentamos um requerimento em
Strasburgo com base na violação do artigo 13 da Convenção Européia dos
Direitos do Homem e das Liberdades Fundamentais. Esta ação está ainda
em curso.

Informo-lhe, pela presente, que, nas circunstâncias atuais e após
profunda reflexão, tomei, pela primeira vez em minha vida, a grave
decisão de recusar a votar. Protesto assim contra um sistema eleitoral
que não está mais sob o controle dos eleitores. Marco também deste
modo meu apoio a nossa democracia representativa e minha recusa de um
procedimento eleitoral que banalisa o momento da escolha de nossos
representantes políticos desresponsabilisando os cidadãos.

No dia das eleições irei a minha seção eleitoral onde estou inscrito;
manifestarei minha recusa ao Presidente da mesa e lhe entregarei uma
cópia desta pedindo-lhe para anexá-la à ata das operações eleitorais
que ele tem a imcumbência de redigir.

Reservo-me outrossim o direito de tornar público este procedimento de
caráter protestatório.

Com meus respeitos, Senhora Presidente,

Michel Staszewski

P.S.: está em anexo um texto intitulado "Por que recusamos o voto
eletrônico". Este documento contém uma explicação mais circunstanciada
do sentido de nossa recusa. Ele está assinado por seis pessoas,
incluindo eu, que decidiram protestar recusando-se a votar.


-- 
Grande abraço,

Roger Chadel

Delenda est TSE
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