Eleições de 2002 terão cabine indevassável, anuncia Jobim
O
presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Nelson Jobim,
anunciou durante audiência pública na Comissão de Constituição, Justiça e
Cidadania (CCJ), nesta quarta-feira (dia 26), que, nas eleições de 2002,
para dar mais tranqüilidade ao eleitor, as seções terão de volta a cabine
indevassável de votação..
Jobim justificou a medida pelo fato de
que, nas eleições do ano que vem, o eleitor terá de escolher seis
candidatos diferentes (deputado estadual, deputado federal, dois
senadores, governador e presidente). Ao final da votação, disse o
presidente do TSE, a pessoa terá dado 25 toques nas teclas da urna,
gastando em média um minuto e meio para votar.
O ministro acredita
que em uma cabine de votação o eleitor não vai sofrer pressão para
concluir seu voto, evitando a produção de votos brancos e nulos que não
reflitam o desejo do cidadão. Nas eleições de 1998, lembrou o presidente
do TSE, a maioria dos votos nulos e brancos concentrou-se nas votações
para presidente, governador e senador, ou seja, nas últimas escolhas
feitas pelo eleitor.
Jobim anunciou ainda que, nas eleições de
2002, haverá seções específicas para justificação do voto por parte dos
eleitores que não possam comparecer a sua seção de votação. Nas seções em
que houver muitos eleitores, Jobim disse que o tribunal estuda a
possibilidade de que haja dois terminais de votação para que a votação
possa ser finalizada dentro do horário definido (até as 17h).
Na
audiência pública, Jobim também elogiou a solução encontrada para que seja
garantida a segurança da votação eletrônica, no substitutivo do senador
Romeu Tuma (PFL-SP) a projeto do senador Roberto Requião (PMDB-PR)
aprovado pela CCJ na última semana.
Pela proposta, que conta com o
apoio do TSE, o eleitor que não concordar com o resultado do voto
eletrônico terá a opção de votar em separado. Caso o problema persista com
outros eleitores, disse Jobim, a urna eletrônica terá de ser submetida a
teste e, se for necessário, proceder-se-á à substituição da
urna.
Além disso, Jobim disse que o juiz eleitoral deve sortear 3%
das urnas antes da eleição para conferência dos votos impressos, sistema
que foi testado na eleição do presidente do Partido dos Trabalhadores
neste mês. O presidente do TSE também esclareceu que o problema na votação
eletrônica nas eleições do PT não ocorreu por falhas do TSE, mas da
empresa contratada pelo partido para a totalização dos
votos. Quarta
Feira - 26/09/2001 - COMISSÕES
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