Caro Dimitri e todos,

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É absurdo exigir-se hoje
uma "democracia sem adjetivos"!
... se fosse possível o povo governar,
ele faria tantas asneiras que até você
talvez se arrependesse de
defender essa democracia sem adjetivos.
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Meu discurso se desenvove em dois níveis:

1. Dar o nome correto aos bois, ou seja,
    democracia é democracia,
    plutocracia é plutocracia,
    cleptocracia é cleptocracia,
    oligarquia é oligarquia,
    aristocracia é aristocracia,
    ditadura é ditadura
    e totalitarismo é totalitarismo.
    O uso do dicionário pode ajudar
    abundantemente para ressustar
    conceitos fundamentais...

2. A partir do momento em que temos conhecimento
    deste vocabulário, de forma precisa,
    reconhecemos a realidade exterior
    e a nossa realidade interior.
    Isto é, a forma de governo que temos,
    a que queremos e a que podemos ter.

Quando você afirma
que o povo faria muitas besteiras,
e, justamente por este motivo
não deve ascender ao poder,
estimo que esteja afirmando
que FHC está fazendo
menos asneiras que o Lula
faria na Presidência.
Ou que outro candidato
oriundo de partido popular,
legitimamente de esquerda,
como o PSTU ou PCO.

Eu já defendo que todos cometerão seus erros.
No entanto, prefiro um Zé Mané qualquer
a qualquer legítimo representante da elite
nacional e internacional exercitando esta prática.

Não há democracia adjetivada.
Ou é verdadeira ou é falsa.
Ou se está gravida ou não.
Não há meio termo,
a não ser que o conceituemos
de ditadura, plutocracia, aristocracia,
cleptocracia, oligarquia, totalitarismo, etc.

Deduzo que você defende a hipocrisia
de uma democracia que não é democracia.
Ou seja, enganar o povo,
como está ocorrendo há algumas décadas
em nosso país.

Saímos de uma ditadura militar
e entramos numa civil,
regida pelo poder econômico.
Por que não assumir explicitamente
que se deve manter a ditadura da elite
sobre o povo?
Ou uma ditadura da classe média,
sobre o povo e sobre a elite?
Por que nos enganarmos a nós mesmos?


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Mas, no entanto, ao mesmo tempo
devemos reconhecer que essa plutocracia
apresenta diversas vantagens
profundas sobre certas formas
autoritárias de governo: dê-se ao
exercício de comparar FHC com
Garrastazu Médici... e você terá
percebido o que quero dizer.
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Felizmente, você assume esta
posição com clareza.
Isto já é um grande passo!

Mas a única coisa que conta mesmo
é se o povo governa ou não.
Em ambos os casos,
quem governa é uma elite,
uma classe privilegiada,
que furta as demais.
Em ambos os casos fomos/somos
profundamente prejudicados como nação
e como indivíduos.
Difícil é mensurar o que é pior...

Contudo, a democracia sempre será melhor.
Os erros serão os do povo e não os da elite.
O aprendizado também será o do povo.
E, nesta dialética materialista, histórica,
humanista e espiritualista,
estaremos caminhando mais rápido
em direção à grande síntese.

Mas é preciso coragem
para pagar este preço.
Objetividade.
Prioridade.
Seletividade.
Serenidade.
Humildade.
Convicção.


Dial Eticamente,

Heitor Reis
BH/MG

"Ser perfeito é jamais esquecer-se
do quanto se é incompetente."
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