[VotoEletronico] FC - Terra perdida e gente perdida

2002-08-14 Por tôpico Cordioli



Haroldo P. Barboza escreveu:

Mas se desejarmos que a 
evolução seja menos traumática, temos de pensar nos grupos de 
jovens.
Criar para eles as situações 
de convivência pacífica, solidária e humana. 
Acostuma-los a conversarem 
sobre as melhores condições para seus futuros. 
Agrupa-los em torno de 
interesses comuns enquanto jovens. 
Formando cidadãos conscientes 
que ao seguirem novos rumos carreguem uma mesma forma de 
comportamento.
Não resta dúvida que a 
Cultura é o único caminho para dar início a esta limpeza.

Sinto muito, Prof. Haroldo, discordo de sua 
pacifíssima tese.
A nossa capacidade de reação civilizada e de 
indignação morreu.
Não há como acreditar mais em salvação do nosso 
País, via cultural ou educacional.
Tal qual na física, tempo 
evelocidadecom que se andasão diretamente 
proporcionaisao resultado colhido.
Tanto no rumo das melhorias, como no rumo do 
abismo...
Sensíveledramática, todavia, éa 
diferença de velocidades entre os que constroem e os que destroem.

Construir uma geração leva 25 anos, destruí-la leva 
um décimo disso...
Então, com toda certeza física e 
matemática,nesses 25 anos, a turma da destruição anda uma enormidade 
inalcançável no rumo errado.
Issoobrigará várias "gerações do rumo certo" 
a serem perdidas, parasimplesmente retornarem ao ponto 
inicial...
Isso sabido, torna-se 
inaceitável.

Pois não foi assim, exatamente, o que ocorreu 
conosco de 80 para cá ?
E em particular, nos últimos8 anos de 
destruição desse desgoverno, em escalada geométrica?
Quantosanos, agora, para voltarmos ao ponto 
em que estávamos em 95, que dizer em 80?

Basta ler o resumo abaixo, que consta como extraído 
de um artigo de Carta Capital, para termos a certeza de que, muito embora 
correta e desejável, a hipótese de mudança nesse País por meios educacionais e 
culturais é esmagada pela realidade dos Gersons que se aboletaram no poder 
eque lhes tiram, aos jovense aos não tão jovens assim, toda 
capacidade de crescimento, toda esperançae todo o futuro.

E simplesmente pela carga de pagamentos que lhes 
deixa de herança.
Como cumprir tudo isso e ainda crescer ? E melhorar 
? 
Pela educação ?...
Será que esse peso financeiro queestá sendo 
atirado aos ombros das futuras gerações, vai-lhes facilitar atarefa ? 

Ou será que, de tão pesado, vai-lhes obrigar a uma 
escravidão financeira permanente?
Vão viver só para trabalhar e pagar a dívida 
contraída, ou estou errado ?
Servidão financeira, escravos 
modernos...
É chocante e repulsivo !

Só vejoum jeito de tirá-los (os Gersons) de 
lá e o sr. também.
E não é educando primeiro...
Nem tampouco pelo nosso silencioso voto 
eletrônico...
É, lamentavelmente,a sua alternativa 
colocada.

Concluo com um comentário silente sobre a última 
frase do artigo abaixo: 
50 MILHÕES DE BRASILEIROS JÁ SÃO 
INDIGENTES, POR ENQUANTO...

Comentário: 
...

Abraços
Cordioli

Prá variar, um PS -Confirmando meu ponto de 
vista, sobre tempos e velocidades de construir e destruir, já lá se foram 10 
dias desde o início da "fiscalização" dos programas e a "nossa turma" da 
construção ainda não nos deuuma, uma única 
e solitária notícia específica...
Talvez em 25 anos,prazo 
construtivista,ela chegue (a notícia)...
===
11/8/2002 - De: [EMAIL PROTECTED] (Fernando 
Tollendal)
APÓS 
OITO 
ANOS DE 
FHC...
Carta 
Capital
Vejam 
os números divulgados por agências e institutos oficiais: 
1 - 
O gás de 
cozinha 
subiu, nos 
últimos 8 
anos, 
472 % 2 - A 
energia 
elétrica: 
368 % 3 - 
Telefones 
fixos: 
3.700 % 4 - 
Água e 
esgoto: 
420 % 5 - 
Transporte 
urbano: 
300 % 6 - O dolar de R$ 
0,80, na edição do 
Plano 
Real, 
hoje é 
de R$ 3,00 7 - A 
dívida 
pública, 
de US$ 68 bilhóes 
em 1995, hoje 
está em 
US$ 
720bilhões, 
12 vezes 
maior. Durante 
esse 
período, 
de 1995 para 
cá, 
a inflação cresceu 80% (?). A 
conquista 
seria inatacável 
não 
fosse a disparidade 
com as 
cifras 
docusto de 
vida 
acima 
referidas. Aí 
não 
estão as absurdas taxas de 
aumento do 
vestuário, 
aluguéis residenciais, alimentação, 
juros 
bancários 
(estes, 
de 18% possuem apenas 
o nariz do 
Pinóquio. Basta 
entrar no 
cheque 
especial 
para 
pagar 
mais de 
200% ao ano). O 
escadaloso nisso tudo é 
que o 
salário 
mínimo, 
mesmo 
reajustado acimada 
média 
dos demais 
salários, 
afasta-se cada 
vez 
mais 
dos míseros 
US$100 uma vez 
prometidos. Só 
nós e 
a Guatemala pagamos tão 
pouco 
nocontinente, 
superados que 
estamos pela 
Nicarágua, o Haití, o Paraguai edemais 
vizinhos. 
SÃO 12 
MILHÕES DE 
PESSOAS 
DESEMPREGADAS, 53 MILHÕES NA 
INDIGÊNCIA. NESTE 
ANO, 
ESTAREMOS ENVIANDO PARA O 
EXTERIOR 
US$ 101 BILHÕES, 
COMO 
PAGAMENTO 
DOS JUROS DA 
DÍVIDA 
EXTERNA, 
MULTIPLICADA A CADA 
12 MESES. OS 
BANCOS 
OBTIVERAM LUCROS DE 
BILHÕES NO 
PRIMEIRO 
SEMESTRE. 
AS EMPRESAS 
PÚBLICAS PRIVATIZADAS TÊM SUAS 
TARIFAS 
AUMENTADAS MUITO 
ACIMA DA 
INFLAÇÃO, 
VÁRIAS VEZES 
POR 
ANO, E 
O GOVERNO 
ACABOU RE RESSARCI-LAS DAQUILO QUE 
NÃO 
FATURARAM COM 
O RACIONAMENTO. EM 
OUTRAS 

[VotoEletronico] FC - Terra perdida

2002-08-13 Por tôpico hpbflu

Nossa salvação.

   Regularmente temos ouvido uma frase negativa sobre nossa 
pátria: Este país não tem mais jeito.  E muitas vezes nos 
surpreendemos repetindo-a, por mais que sejamos conhecidos como 
otimistas. E motivos não faltam para isto. Os desmandos 
governamentais que se sucedem em cascata não oferecem outra 
alternativa. Uma reportagem mostrando TODOS os Vereadores de São 
Leopoldo (RS) combinando a forma de se apropriar do dinheiro público 
não nos dá esperanças no momento da escolha dos nossos representantes.
   No entanto, esta terra ainda tem salvação. Nossas crianças. 
Filhos, netos e bisnetos. Nós já desaprendemos a escolher bons nomes 
para a administração pública. Nos acomodamos e estamos com preguiça e 
sem ímpeto para combater os ratos que se encastelaram no poder. Em 
muitos casos votamos em amigos na esperança (em função de promessa 
velada dele) de que ele possa arranjar um bom emprego para nossos 
herdeiros. Realmente com este comportamento não mudaremos nada nos 
próximos 10 anos. Já fomos engolidos pela lama que desce do planalto 
e nos habituamos a respirar um pouco somente quando a marola da 
podridão abaixa em função de algum escândalo que se torna público. 
Devido a isto, os roubos são reduzidos por uma semana, até que o 
impacto das denúncias diminue em função das mordaças que controlam a 
mídia pesada.
   No entanto, não podemos pronunciar aquela frase fatal acima na 
frente das nossas crianças. Seria confessar uma dose de egoísmo 
profundo tendo em vista que bem ou mal, usufruímos alguns bons 
momentos em passado recente e que aproveitamos as últimas gotas de 
boa qualidade de vida que ainda restava. Ou então estaremos passando 
um atestado de incompetência para os jovens que estão surgindo, 
declarando que eles não terão gabarito para alterar este cenário 
podre.
   É preciso dar-lhes esperanças. Mas não basta que cuidemos de cada 
um individualmente dentro de nossa casa, ensinando-o a praticar 
o salve sua parte e que se dane o resto. O tal  resto logo se 
transformará num horrendo monstro que os atropelará sem cerimônia. É 
esta a herança que vamos deixar para nossos herdeiros? Então é melhor 
lutar logo pela 4a. guerra mundial para eliminar 75% da humanidade e 
iniciar um novo ciclo de prosperidade que sucede as grandes 
catástrofes.
   Mas se desejarmos que a evolução seja menos traumática, temos de 
pensar nos grupos de jovens. Criar para eles as situações de 
convivência pacífica, solidária e humana. Acostuma-los a conversarem 
sobre as melhores condições para seus futuros. Agrupa-los em torno de 
interesses comuns enquanto jovens. Formando cidadãos conscientes que 
ao seguirem novos rumos carreguem uma mesma forma de comportamento.
   Não resta dúvida que a Cultura é o único caminho para dar início a 
esta limpeza. Seria altamente positivo que cada entidade que hoje 
organiza concursos literários pelo Brasil, promovesse anualmente um 
para jovens entre 10 e 20 anos. As escolas também precisam rever seus 
conceitos de uso do tempo no ensino. Não devem ficar esperando normas 
do Mi(ni)stério da Educação onde os dirigentes estão sonhando com a 
área financeira ou a próxima eleição. Cortem 5 minutos por dia da 
parte gordurosa de cada matéria e usem o tempo acumulado em 
atividades culturais coletivas. Leituras de obras, desenhos, 
pinturas, concursos relâmpagos de trovas (sem muita exigência no 
início). Não estou inventando nenhuma fórmula mágica nem a pólvora. 
Só estou pedindo que nos unamos enquanto a areia movediça da 
imoralidade não nos faça esquecer o que é viver com dignidade e 
felicidade. Nossos herdeiros tem direito a este tesouro.


Se você desejar ler alguns artigos, contos e poesias de minha 
autoria, visite : www.usinadeletras.com.br / autores / H 

Haroldo P. Barboza – Matemático, Analista de computador e Poeta – 
Agosto / 2002
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