Amigos listeiros,

Hoje (12/10/2001) no jornal do Brasil saiu interessante materia, que so 
demostra aquilo que todos nos ja sabemos " QUE A VOTAÇÃO ELETRONICA É UMA 
MENTIRA, E ESTA DESMORALIZADA!!!"

VISITE: http://www.jb.com.br


(Painel do Senado violado duas vezes )




FÁBIO HENRIQUE ALVES
UMUARAMA - PR





Painel do Senado violado duas vezes

Auditoria da PF mostra que dois dias depois da cassação de Estevão, a lista 
de votação foi mais uma vez modificada

ALEXANDRE BOTÃO E FABIANO LANA


J. França

ACM (foto) e José Roberto Arruda obtiveram lista de votação que acabou 
resultando em suas renúncias


BRASÍLIA - No caso da violação do painel do Senado, sabe-se que a 
curiosidade abreviou os mandatos dos senadores Antonio Carlos Magalhães e 
José Roberto Arruda. O laudo da Polícia Federal, obtido com exclusividade 
pelo JB, mostra que a mesma curiosidade produziu mais um personagem e, muito 
provavelmente, outra lista.
O laudo da Polícia Federal nos computadores do sistema de votação do Senado 
Federal, obtido pelo Jornal do Brasil , mostra que às 15h50 de 30 de junho 
do ano passado, dois dias depois da sessão que cassou o mandato do então 
senador Luiz Estevão (DF), a relação de votos daquela sessão foi aberta em 
um dos terminais do sistema. O usuário passou os olhos na lista, modificou o 
formato dos dados na visualização - possivelmente para imprimi-los em 
seguida - e, depois, fechou tudo, apagando, inclusive, essas informações do 
disco rígido do computador. Esta provável lista não é a mesma que Arruda 
empunhava quando entrou na sala de ACM e disse: ''Está sentado?''

A Polícia Federal trabalhou durante três meses e meio em sete discos 
originais do Sistema de Votação do Senado tentando recuperar o conteúdo de 
todos eles. Essa ''mancha'' em um dos computadores só foi descoberta por que 
o usuário, ao modificar a visualização dos dados, deixou um rastro virtual - 
na verdade, um arquivo denominado ''votos.tv'', que é criado por uma 
ferramenta específica chamada ''Database Desktop'' todas as vezes que o 
layout é modificado.

De acordo com um dos técnicos da PF que trabalhou na recuperação dos discos 
rígidos, esse usuário anônimo provavelmente fez uma cópia da lista, em papel 
ou disquete. Segundo esse técnico, a formatação dos dados implica na 
intenção de encaixá-los em algum padrão visual. ''Nesse dia 30 de junho é 
quase certo que saiu uma lista dos computadores do Senado. Só não dá para 
saber se ela foi adulterada ou não'', diz um dos técnicos, respaldado pela 
garantia do anonimato.

O trabalho da Polícia Federal bate com o que foi realizado pela Universidade 
de Campinas (Unicamp) em abril último e que resultou em um relatório de 263 
páginas. A diferença é que, pela primeira vez, técnicos que analisaram o 
maquinário original falam na provável existência de uma nova lista.

Isso porque, segundo confessaram os participantes do esquema, apenas uma 
relação foi copiada na ocasião. Tanto Regina Borges quanto o funcionário do 
Prodasen Ivar Ferreira garantiram, em depoimento ao Conselho de Ética do 
Senado, que só fizeram uma cópia da lista. Repetiram a tese na comissão de 
inquérito que investigou o caso.

Segundo outros dois integrantes da Polícia Federal, essa movimentação no dia 
30 de junho é, no mínimo, estranha. Um deles, em conversa com o JB, diz que 
não há sentido em voltar ao sistema dois dias depois de efetuada a violação 
do painel para visualizar novamente a tal lista. Que dirá modificar seu 
formato visual. Ele explica que toda a operação montada por Regina Borges 
poderia ter começo e fim no dia 28 de junho, dia da sessão. Por volta das 8h 
da manhã, como a própria Regina fez questão de descrever ao Conselho, os 
programas que possibilitariam a ''revelação'' dos votos foram instalados e 
testados no sistema. Na tarde do mesmo dia, por volta das 18h, foi criado o 
arquivo ''PRS66-00.txt'' com a relação votante/qualidade do voto. Era o 
suficiente para entregar a ''encomenda'' (ou ''consulta'') ao senador José 
Roberto Arruda.

Embora longa e detalhada, a perícia da Polícia Federal, solicitada pelo 
Conselho de Ética do Senado à época, não eliminou o principal ponto de 
interrogação do episódio. Os votos na sessão que acabou cassando o mandato 
de Luiz Estevão foram adulterados ou ''apenas'' violados? A exemplo do que 
diz o relatório da Unicamp, as conclusões do texto da Polícia Federal também 
são imprecisas nesse aspecto. O laudo da PF não descarta a possibilidade de 
alteração da qualidade dos votos durante a votação do dia 28 de junho de 
2000, mas diz ser impossível detectar qualquer tipo de fraude com base na 
análise dos discos rígidos.



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