[VotoEletronico] Re: Totalmente dentro do nosso contexto (só para variar)!

2003-02-17 Por tôpico Mauricio Martins
Obrigado por mais essas explicações. Com certeza, elas constarão na matéria.
Aliás, já que você falou em Microsoft, aproveito para perguntar, para quem 
puder responder: quais são os programas usados na urna e os seus 
respectivos fabricantes?

Obrigado a todos pela ajuda

Maurício Martins
Editor-Assistente
Revista Geek


At 23:52 15/5/2000 -0300, you wrote:

Antes de qualquer coisa, meus parabéns ao Chadel pelas 
respostas cristalinas ao repórter da Geek.

Apenas uma sugestão: espero que o repórter explique mais detalhadamente, 
ou melhor, contextualize melhor qualquer informação não acessível ao nosso 
público-alvo: o cidadão-eleitor comum.

Sobretudo, deveria explicar o porquê de chamarmos a Lei 10.408 (da 
impressão dos votos) de Lei Jobim. Se não fizermos isso, fica até 
parecendo radicalismo barato, quando sabemos que é a pura expressão da 
verdade (que a autoria das emendas ao PLS-194/99 i.e., 100% das emendas 
apresentadas - é mesmo do próprio Jobim).

O que houve na sessão de votação daquela Lei no Senado foi uma FLAGRANTE 
intromissão (quiçá até uma CRIMINOSA E ÍMPROBA INTERFERÊNCIA NA RELAÇÃO 
INSTITUCIONAL) de uma autoridade interessada na matéria junto a um outro 
Poder Republicano Soberano, o que fere de morte os princípios 
constitucionais de harmonia e independência entre os Três Poderes.

Naquele caso, Jobim, um ex-líder do PMDB e ex-Ministro da Justiça de FHC, 
se empossou então como o líder incontestável da bancada legislativa 
governista, ainda que exercesse, naquela época, um imparcialíssimopapel de 
Ministro e ex-líder do Governo FHC no STF e no TSE...

Aliás, Jobim não só ligou intermitentemente para os Senadores da base 
governista DURANTE os trabalhos legislativos daquela sessão, como também 
contou com a providencial colaboração do seu CompadreMiro Teixeira 
(compadre mesmo, desde que Jobim se casou com a 
ex-toda-poderosa-Presidente da COAF, Adrienne Senna).

Miro, a mando de Jobim, se prestou a (pasmem) iludir a própria orientação 
de Brizola e do PDT no encaminhamento do voto de liderança do Bloco de 
Oposição PT-PDT-PCdoB naquela votação! Ele entrou no plenário do Senado 
(ele é Deputado Federal!) e foi falar diretamente com o líder do Bloco de 
Oposição no Senado, o Senador Sebastião Araújo (PDT-PA). Disse ao líder 
que estava ali autorizado por um fictício acordo, entre Brizola e o 
Ministro Jobim. Deu ao Senador os textos de emenda (escritos por Jobim), 
para que ele as apresentasse como sendo propostas da oposição ao texto 
original!

Tal ardil, no qual o Senador Sebastião Araújo caiu na hora e sem 
questionar nada, parece até ser muito comum naqueles dois 
plenários-serpentários de Brasília-DF...

O fato irrefutável é que as tais oito emendas, na verdade, haviam sido 
escritas pelo CompadreJobim sem qualquer anuência ou acordo com ninguém, 
muito menos com Brizola! Tais emendas desfiguravam e inviabilizavam quase 
que totalmente a essência daquele projeto. Basicamente, elas não só 
acabavam com a funcionalidade da impressão e da recontagem aleatória de 3% 
das urnas eletrônicas (que antes seriam sorteadas após a coleta dos seus 
votos), mas também alteravam o sorteio das urnas para antes da votação. 
Ora, tal absurdo, por si só, já entregava as outras urnas (97% delas) à 
total possibilidade de fraude OFICIAL, corroborada por uma falsa testagem 
OFICIAL!

Mas voltemos à votação da lei de impressão de votos. Ao ler rapidamente as 
oito emendas dos compadres Jobim e Miro, nosso moderador e então assessor 
do Senador Requião na matéria, o Engenheiro Amílcar Brunazo Filho, 
detectou a tempo a manobra e telefonou aos políticos que ali votavam e 
atuavam conosco, para alertá-los do ardil.

Além dos Senadores Sebastião Araújo do PDT-PA (líder do bloco de oposição 
PT-PDT-PCdoB no Senado) e do próprio Roberto Requião (do PMDB-PR, autor do 
texto original do PL-194, que deu origem ao Substitutivo do relator), 
podemos citar, entre nossos aliados, o Senador Romeu Tuma do PFL-SP (autor 
do substitutivo ao PLS-194, relator do texto em votação) e o ex-Senador 
José Dutra do PT-SE (um aliado inesperado que, APÓS SE VER 
INVOLUNTARIAMENTE ENVOLVIDO NA VIOLAÇÃO DO PAINEL DO SENADO, passou a 
externar grande preocupação com a vulnerabilidade dos sistemas eletrônicos 
de votação), entre outros...

Ao detectar a manobra, o líder Sebastião Araújo solicitou revisão de seu 
destaque às emendas apresentadas.

Astutamente, Jobim preparara oito emendas ao texto original. Para garantir 
a apresentação destes destaques pelo próprio bloco de oposição (e com isso 
dissimular sua autoria), incumbiu Miro de preparar o já referido ardil. 
Mas, prevenindo-se de um possível revés, deu os mesmos textos com as 
mesmas oito emendas anteriores (porém numeradas de nove a dezesseis), para 
o líder do PFL, o Senador Hugo Napoleão (PFL-PI), colocá-las na mão do 
Senador Belo Parga (PFL-MA).

Detectada a manobra para imputar a autoria das emendas ao PDT 
e à oposição, Sebastião Araújo 

[VotoEletronico] Re: Totalmente dentro do nosso contexto ( só para variar)!

2003-02-17 Por tôpico Evandro Oliveira
Companheiros(as),

So corroborando o episodio da implantacao do voto impresso como teste
nas eleicoes de 2002, entendemos que foi uma estrategia para dar uma
impressao de que o TSE nao era contra nada disso, de que o TSE acatava
as legislacoes votadas e que de tamanha boa vontade iria implantar
nas eleicoes de 2002 (mesmo nao sendo obrigado por lei)...isso na
visao dos implementadores de tecnologia do TSE serviria para mostrar
que a opcao de impressao do voto era inutil e causadora de problemas.

O juizes eleitorais foram precariamente orientados quanto aah fiscalizacao
paralela e apuracao de urnas com voto impresso. Acompanhamos a
votacao/apuracao das cidades Noval Lima, Raposos e Rio Acima aqui
perto de Belo Horizonte e ate sugestoes que nos mesmos demos foram
acatadas pelo juiz eleitoral em momentos de duvida quanto ao procedimento
a ser adotado... Uma delas: O juiz entendia que so deveria transmitir
os dados das secoes eleitorais (as que nao apresentaram nenhuma
ocorrencia e a demais) DEPOIS de tudo fechado... isso ocasionava um
atraso no envio e divulgacao dos votos pelos TREs fazendo com que
a midia fosse infuenciada pelos TREs para acreditar que o atraso se
devia ao processo de apuracao de uma eleicao com voto impresso e
a rapidez e o que mais a midia queria... convencemos o juiz a enviar
todas as secoes que tinha terminado sem esperar pelas urnas/secoes
pendentes... ai os resultados das tres cidades deixaram de configurar
na relacao das cidades mais atrasadas na apuracao.

Uma coisa ainda me intriga...

A QUEM INTERESSA ESTA VONTADE LOUCA DE ACABAR
RAPIDAMENTE UMA APURACAO?
Devemos ter uma eleicao confiavel ou uma eleicao rapida?
EH possivel ter uma eleicao rapida e confiavel com o processo
atual que nao permite auditoria?

Saudacoes PeTistas,

Evandro Oliveira
Beaga - MG


At 13:12 17/2/2003 -0300, you wrote:
Obrigado por mais essas explicações. Com certeza, elas constarão na matéria.
Aliás, já que você falou em Microsoft, aproveito para perguntar, para quem puder 
responder: quais são os programas usados na urna e os seus respectivos fabricantes?

Obrigado a todos pela ajuda

Maurício Martins
Editor-Assistente
Revista Geek


At 23:52 15/5/2000 -0300, you wrote:
...
 Assim, adiaram-se tais novidades para serem implantadas apenas em 2004, segundo o 
texto aprovado da Lei 10.408.

Na verdade, o que Jobim dissimulava era o seu real interesse de apenas ganhar tempo. 
O que ele queria mesmo, antes e sempre, era sabotaro mecanismo de impressão de votos 
e inviabilizá-lo no futuro.

Ou seja, era um meio óbvio de preparar na mídia a sua insuspeita e difamantecampanha 
oficial contra a implantação deste mecanismo de impressão dos votos, já durante as 
próprias eleições de 2002. Tudo para derrubá-lo antes mesmo que fosse sequer 
implantado integralmente em 2004!

Um exemplo disto foi que colocaram visores pouco transparentes e impressoras pouco 
nítidas nestas novas urnas com impressão de votos, utilizadas experimentalmenteem 
2002. Tal disparate técnico já configuraria, a meu ver, uma real desobediência, 
mediante POSSÍVEL sabotagem, técnica e consciente, dos próceres do TSE aos ditames da 
Lei 10.408.

Tal fato já não seria uma conduta típica no mínimo culposa, seja contra a Ordem 
Democrática, seja contra a própria segurança jurídica do Estado e de suas 
Instituições? Afinal, como poderia um eleitor comum conferir um voto impresso que nem 
mesmo os mais jovens conseguiam ler?

Pois isto não é Teoria Conspiratória. É fato. Foi, inclusive, relatado por eleitores 
de Brasília que fazem parte de nosso Fórum, entre eles alguns ex-militares e 
servidores públicos acima de qualquer suspeita!

Os exemplos destes discursos jobinianosna mídia falam por si mesmos. A opinião de 
Jobim contra a transparência nos programas das urnas, dizendo apenas que elas são 
100% seguras, mas sem permitir qualquer comprovação disto (apenas pedindo que se 
confiena sua própria e insuspeita palavra de honra) desmascara esta sua obsessão em 
derrubar as indesejadas (para ele) impressão e recontagem de votos. Por conseguinte, 
tal DISCURSO JOBINIANO REFORÇA, no inconsciente da opinião pública, QUE HÁ PERIGO 
REAL E IMEDIATO, OU PELO MENOS, HÁ POSSIBILIDADE REAL DE EXISTIREM FRAUDES 
SISTEMÁTICAS DENTRO DO PRÓPRIO AMBIENTE DO TSE, TAL COMO OCORREU NO PRODASEN E NO 
PAINEL DE VOTAÇÃO DO SENADO. E o que é pior, no mínimo com a HIPOTÉTICA negligência 
ou a conivência de suas autoridades máximas. Mas por que será que o TSE e Jobim agem 
assim?

Resposta: basta lembrarmos do escândalo da Proconsult. Já naquela época (1982), o 
medo de se eleger Brizola fez com que agentes do SNI, junto com insuspeitas matérias 
jornalísticas da grande imprensa do RJ (juntas ou separadamente, até hoje não se sabe 
bem ao certo) corroborassem com uma fraude gigantesca. Aliás, este tipo de 
FRAUDE-CONSPIRATÓRIA só ocorreu porque foi acobertada pelos então moribundos porões 
do Regime Militar.

E como se TAL OBSCURANTISMO NOS PROGRAMAS DAS URNAS ELETRÔNICAS