[VotoEletronico] RES: [VotoEletronico] Robert Fisk criticado e a dialética

2001-12-22 Por tôpico Gil Carlos Vieira de Rezende



 Tà limpo! (apudALF, o 
ETeimoso).

Abraços, GIL.

  -Mensagem original-De: 
  [EMAIL PROTECTED] 
  [mailto:[EMAIL PROTECTED]]Em nome de Heitor 
  ReisEnviada em: sábado, 22 de dezembro de 2001 
  14:45Para: Lista Voto EletrônicoAssunto: 
  [VotoEletronico] Robert Fisk criticado e a dialética 
  Caro Gil e todos,
  
  

O 
povo nem sabe o que é isso. 
Ninguém vive de dialética. 
Ninguém "come" dialética. 
Viver em função disso é desperdício de tempo.

  
  E eu não estava me 
  dirigindo ao povo, mas sim a uma elite social e intelectual que participa 
  desta e de doutras listas. No sentido de que a classe média também é uma elite 
  em relação ao povão, o qual não tem, normalmente, acesso a este 
  privilégio.
  
  O povo também não tem 
  conhecimento dos fatos aqui discutidos sobre a urna eletrônica. No entanto, 
  dedicar-sea este assunto, da forma intensa, como é feito nesta 
  lista,não pode, jamais, ser considerado "desperdício de 
  tempo".
  
  O desconhecimento dos 
  componentes químicos existentes na alimentação do povo (e da elite) não o 
  impede de se nutrir como pode, ingerindo inocente e ignorantemente as 
  proteínas, carboidratos, vitaminas, átomos, elétrons, nêutrons, neutrinos, 
  positrons e outras partículas/antipartículas (teses/antíteses materiais?) 
  ainda menores, bem como a energia que o mantém vivo.
  http://www.neutrinos.if.usp.br/gefan/teses/mestrado/walter/Tese/node7.html
  
  Quer o povo (e as 
  classes superiores) saiba ou não, os fenômenos descritos pela dialética e as 
  possibilidades da urna eletrônica existem e fazem parte de nosso processo 
  existencial e político.
  
  Quando se trata de um debate, do 
  conflito de pontos de vista diferentes (coisa que ocorre nesta lista e durante 
  toda nossa vida, realmente), podemos usar ou abdicar do uso da dialética. Tal 
  comopodemos fazer em relação aos confortos da vida moderna. 
  
  
  Também podemos utilizar o computador, 
  sem tomarmos conhecimento explícito e específico de como ele funciona, em seus 
  bit-bytes. Mas é inegável a vantagem de quem conhece o sentido 
  dahistória e a manutenção de hardware sobre os que não tem esta 
  condição.
  
  
  

 Racionalize menos e reflita mais, 
Heitor. 

  Para 
  mim, o conceito de "racionalizar"é muito próximo ou sinônimo do de 
  "refletir", coisa que o Aurélioconfirma. Parece-me que, para você, são, 
  de alguma forma, um tanto divergentes.
  

Reagir é preciso, viver de dialética pura não é preciso. 


  Concordo plenamente.
  E acrescento que, 
  "viver de dialética pura", abdicando de qualquer reação,é, além de 
  desnecessário,algo impossível.
  Teria eu me 
  expressado de alguma forma 
  quepermitisse umainterpretação diferente 
  desta?
  
  Seja como for, 
  estejamos racionalizando ou refletindo, conscientes ou não de sua existência, 
  como o ar, a dialéticaé integrante deum processo histórico global, 
  nacional e individual, dentro do qual todos respiramos.
  
  A própria "ação" 
  ea "reação", sejam elas quais forem, bem como a omissão, fazem parte do 
  processo dialético da humanidade. Tese, antítese e síntese... Mas poucos tem 
  consciência deste fato. 
  
  Reconhecendo o valor 
  de tal informação, esforço-me por divulgá-la, tanto quanto de aplicá-la onde 
  conveniente, tanto em minha vida particular, quanto nos debates públicos como 
  este e em toda a minha percepção da história. 
  
  Certamente, como 
  antes da ação vem a emoção ou a razão (ou ambas), tal enfoque da existência 
  fundamentará e terá repercussão em todas as formas de expressão de meu ser, em 
  função de minha capacidade atual de praticá-lo.
  

Kant demais faz mal ao brasileirismo.

  Qualquer coisa demais 
  ou de menos não é muito saudável, universalmente. 
  Mas, como sabermos o 
  limite correto?
  Quem teria autoridade 
  para definí-lo?
  Há alguma norma ISO, 
  ABNT ou SAE que possa nos orientar sobre o que não seria demais ou de menos, 
  ou até mesmo o que nos seria mais adequado, em termos de intensidade no uso 
  desta teoria?
  Por que você julga 
  que eu esteja me utilizando demais de Kant?
  
  
  Dial 
  Eticamente,
  
  Heitor 
  Reis


[VotoEletronico] RES: [VotoEletronico] Robert Fisk criticado e a dialética ter 18/12/01 19:56

2001-12-21 Por tôpico Gil Carlos Vieira de Rezende



 O povo nem sabe o que é isso. Ninguém vive de 
dialética. Ninguém "come" dialética. Viver em função disso é desperdício de 
tempo.

 Racionalize menos e reflita mais, Heitor. Reagir é preciso, 
viver de dialética pura não é preciso. Kant demais faz mal ao 
brasileirismo.

 Abraços, GIL.

  -Mensagem original-De: 
  [EMAIL PROTECTED] 
  [mailto:[EMAIL PROTECTED]]Em nome de Heitor 
  ReisEnviada em: terça-feira, 18 de dezembro de 2001 
  19:56Para: Lista Voto EletrônicoCc: HELIO S 
  REISAssunto: [VotoEletronico] Robert Fisk criticado e a dialética 
  ter 18/12/01 19:56
  CarosWalter, Amílcar e todos,
  
  
  Eu acredito na dialética, nos termos do dicionário do 
  Aurélio, da Enciclopédia da Folha de São Paulo e de qualquer outra fonte de 
  referência neutra que encontrarmos. (Ver citaçõesabaixo.)
  
  Ou seja, do conflito entre teses e antíteses (entendendo-as 
  como formas bem elaboradas de raciocínio e lógica) defendidas por umou 
  maisarticuladores, somos catapultados a um patamarsuperior de 
  consciência sobre o tema em debate, chamado de síntese, aproximando-nos da 
  percepção perfeita da realidade.
  
  No entanto, quando um ou ambosinterlocutores buscam 
  enfoque mais emocional que racional, atacando deliberada ou inconscientemente 
  a pessoa do outro, tal processo é prejudicado.
  
  Desta forma,é lamentável que nossa análise sobre o 
  Roberto Fisk, bem como sobre a crítica feitaà ele,tenha chegado a 
  este ponto.
  
  Para ser mais específico, não creio que afirmaçõescomo 
  "idiota"contribuam de alguma forma para o prosseguimento do debate, 
  sobre o que gostaria de saber a opinião do responsável por manter a ordem na 
  lista.
  
  Também émaisrazoável provarmosa existência 
  de umsofisma em determinada argumentação, que apenas acusarmos alguém de 
  praticá-lo, bem como enumerarmos sistematicamente cada um dos enfoques 
  existentes e sobre eles ponderarmos, visando provar sua deficiência ou 
  eficiência individual, propondo, mais tarde uma conclusão, abordando o extrato 
  de todos eles.
  
  A gentileza, cortesia, ponderação, simpatiae empatia 
  certamente são mais produtivas que a desqualificação de quem quer que 
  seja.
  
  Há uma grande diferença entredeterminarmos valores 
  paraidéias em foco e para as pessoas que as expõem ou que as 
  lêem.
  
  Os resultados também são bastante divergentes.
  
  Devemos partir do princípio de que todas as pessoas possuam 
  uma dignidade mínima, a qual nos é compulsório respeitar, caso queiramos nos 
  relacionar de forma civilizada e construtiva.
  
  Não havendo o devido equilíbrio entre o valor com o qual 
  mensuro meu interlocutor, à mim mesmo e aos demais em questão, fatalmente a 
  harmonia de um bom e salutar debate estará em risco, já que nem 
  todosadquiriram ainda a habilidade de encarar as agressões com 
  naturalidade, reconduzindo o argumento mal formulado para a direção mais 
  edificante.
  
  
  Dial Eticamente,
  
  Heitor Reis
  BH/MG
  
  ++ 
  "Dialética- Em Platão a dialética é o processo pelo qual a alma seeleva, 
  em degraus, da realidade sensível ao mundo das idéias. É uminstrumento de 
  busca da verdade. Em Hegel, é o movimento racional que nos 
  permite superar umacontradição. Assim, na história vemos uma tendência, e 
  a ela volta-seuma oposição, criando uma tensão, que é superada por uma 
  nova tese quetraz a solução. É o movimento tese, contratese e síntese. Não 
  serestringe apenas a história, mas deve ser encarada como parte do 
  real,uma forma de pensar evolutiva." http://www.fortunecity.com/silverstone/bertone/182/dialetica.html
  +++
  
  Dialética no Aurélio XXI[Do gr. dialektiké (téchne), 
  pelo lat. dialectica.]
  1. Filos. Arte do diálogo ou da discussão, quer 
  num sentido laudativo, como força de argumentação, quer num sentido 
  pejorativo, como excessivo emprego de sutilezas. 2. Filos. 
  Desenvolvimento de processos gerados por oposições que provisoriamente se 
  resolvem em unidades. 3. Hist. Filos. Conforme Hegel (v. 
  hegelianismo), a natureza verdadeira e única da razão e do ser que são 
  identificados um ao outro e se definem segundo o processo racional que procede 
  pela união incessante de contrários -- tese e antítese -- numa categoria 
  superior, a síntese. 4. Hist. Filos. Segundo Marx (v. marxismo), o 
  processo de descrição exata do real. 
  
  
  
  
  
  http://www.priberam.pt/dlpo/dlpo.htmDicionário 
  Universal de Lingua Portuguesadialécticado Lat. dialectica  
  Gr. dialektiké, (techné), a arte de discutirs. f., arte de 
  raciocinar;lógica;arte de argumentar ou 
  discutir;argumentação dialogada;argumentação 
  engenhosa;método de ascensão do sensível para o inteligível e método 
  de deduçãoracional das Formas (Platão);uma forma não demonstrativa 
  de conhecimento (Aristóteles);lógica formal (Idade 
  Média);lógica da aparência (Kant);lei do

[VotoEletronico] Robert Fisk criticado e a dialética

2001-12-18 Por tôpico Heitor Reis



CarosWalter, Amílcar e todos,


Eu acredito na dialética, nos termos do dicionário do Aurélio, 
da Enciclopédia da Folha de São Paulo e de qualquer outra fonte de referência 
neutra que encontrarmos. (Ver citaçõesabaixo.)

Ou seja, do conflito entre teses e antíteses (entendendo-as 
como formas bem elaboradas de raciocínio e lógica) defendidas por umou 
maisarticuladores, somos catapultados a um patamarsuperior de 
consciência sobre o tema em debate, chamado de síntese, aproximando-nos da 
percepção perfeita da realidade.

No entanto, quando um ou ambosinterlocutores buscam 
enfoque mais emocional que racional, atacando deliberada ou inconscientemente a 
pessoa do outro, tal processo é prejudicado.

Desta forma,é lamentável que nossa análise sobre o 
Roberto Fisk, bem como sobre a crítica feitaà ele,tenha chegado a 
este ponto.

Para ser mais específico, não creio que afirmaçõescomo 
"idiota"contribuam de alguma forma para o prosseguimento do debate, sobre 
o que gostaria de saber a opinião do responsável por manter a ordem na 
lista.

Também émaisrazoável provarmosa existência 
de umsofisma em determinada argumentação, que apenas acusarmos alguém de 
praticá-lo, bem como enumerarmos sistematicamente cada um dos enfoques 
existentes e sobre eles ponderarmos, visando provar sua deficiência ou 
eficiência individual, propondo, mais tarde uma conclusão, abordando o extrato 
de todos eles.

A gentileza, cortesia, ponderação, simpatiae empatia 
certamente são mais produtivas que a desqualificação de quem quer que 
seja.

Há uma grande diferença entredeterminarmos valores 
paraidéias em foco e para as pessoas que as expõem ou que as 
lêem.

Os resultados também são bastante divergentes.

Devemos partir do princípio de que todas as pessoas possuam 
uma dignidade mínima, a qual nos é compulsório respeitar, caso queiramos nos 
relacionar de forma civilizada e construtiva.

Não havendo o devido equilíbrio entre o valor com o qual 
mensuro meu interlocutor, à mim mesmo e aos demais em questão, fatalmente a 
harmonia de um bom e salutar debate estará em risco, já que nem 
todosadquiriram ainda a habilidade de encarar as agressões com 
naturalidade, reconduzindo o argumento mal formulado para a direção mais 
edificante.


Dial Eticamente,

Heitor Reis
BH/MG

++ 
"Dialética- Em Platão a dialética é o processo pelo qual a alma seeleva, em 
degraus, da realidade sensível ao mundo das idéias. É uminstrumento de busca 
da verdade. Em Hegel, é o movimento racional que nos permite 
superar umacontradição. Assim, na história vemos uma tendência, e a ela 
volta-seuma oposição, criando uma tensão, que é superada por uma nova tese 
quetraz a solução. É o movimento tese, contratese e síntese. Não 
serestringe apenas a história, mas deve ser encarada como parte do 
real,uma forma de pensar evolutiva." http://www.fortunecity.com/silverstone/bertone/182/dialetica.html
+++

Dialética no Aurélio XXI[Do gr. dialektiké (téchne), pelo 
lat. dialectica.]
1. Filos. Arte do diálogo ou da discussão, quer num 
sentido laudativo, como força de argumentação, quer num sentido pejorativo, como 
excessivo emprego de sutilezas. 2. Filos. Desenvolvimento de processos 
gerados por oposições que provisoriamente se resolvem em unidades. 3. 
Hist. Filos. Conforme Hegel (v. hegelianismo), a natureza verdadeira e única da 
razão e do ser que são identificados um ao outro e se definem segundo o processo 
racional que procede pela união incessante de contrários -- tese e antítese -- 
numa categoria superior, a síntese. 4. Hist. Filos. Segundo Marx (v. 
marxismo), o processo de descrição exata do real. 





http://www.priberam.pt/dlpo/dlpo.htmDicionário 
Universal de Lingua Portuguesadialécticado Lat. dialectica  Gr. 
dialektiké, (techné), a arte de discutirs. f., arte de 
raciocinar;lógica;arte de argumentar ou 
discutir;argumentação dialogada;argumentação 
engenhosa;método de ascensão do sensível para o inteligível e método de 
deduçãoracional das Formas (Platão);uma forma não demonstrativa de 
conhecimento (Aristóteles);lógica formal (Idade Média);lógica da 
aparência (Kant);lei do pensamento (da Ideia) e do real, que se 
desenvolve através de trêsestádios, tese, antítese e síntese 
(Hegel);método de compreensão da realidade, seja ela histórica e 
social(materialismo histórico), seja ela natural (materialismo dialéctico) 
(Marx eEngels);todo o pensamento que tem em conta o dinamismo dos 
fenómenos ou da históriae que se mostra sensível às contradições que estes 
apresentam (séc. XX)+

http://www.uol.com.br/bibliot/enciclop/http://cf3.uol.com.br:8000/enciclop/texto.cfm?palavra=dial%E9ticabusca=dial%E9ticatipocoxa=1DIALÉTICA 
(Enciclopedia do Jornal Folha de São Paulo)Forma de raciocínio ou 
argumentação.No sentido mais informal do termo,dialética é 
simplesmente uma discussão ou diálogoem que se progride em direção à 
verdadepelo exame crítico daquilo