Sra. Leia Taniz
Chefe de Produção do Fantástico.

A segurança da Urna Eletrônica
é um fator fundamental para
assegurarmos a realização da vontade
do eleitor nos poderes constituídos
da República.

No entanto, este assunto ainda é muito polêmico,
motivo pelo qual, o Fantástico poderia
propiciar a ampliação deste debate,
até que todos os ângulos em questão
sejam totalmente esclarecidos.

Vide abaixo uma das mensagens
que circularam recentemente no
Fórum do Voto Eletrônico,
http://www.votoseguro.org

Maiores detalhes com o engenheiro
especialista no assunto,
Amilcar Brunazo Filho
<[EMAIL PROTECTED]>


Respeitosamente,

Heitor Souza dos Reis
Rua Bolívar, 467 União
Belo Horizonte, MG
31.170-670
Fone (31) 3486 9337


++++++++++++++++++++++


-----Mensagem original-----
De: Gil Carlos Vieira de Rezende
[mailto:[EMAIL PROTECTED]]
Enviada em: domingo, 30 de setembro de 2001 23:12



Hoje, em O GLOBO!

SEGURANÇA ELEITORAL:

Algumas ocorrências da eleição municipal de 2000 semearam insegurança com a
urna eletrônica e produziram até movimentos organizados na internet, como o
votoseguro.org. Maior preocupação é a impossibilidade de uma recontagem em
caso de um fiasco como a da eleição da Flórida, nos EUA. Na quinta-feira, o
Senado aprovou o projeto do senador Roberto Requião que introduz a impressão
do voto para a reserva de segurança em caso de fraude.

Correndo contra o tempo constitucional, que não admite mudança nas regras
eleitorais depois do dia 5 de outubro, o presidente da Câmara, Aécio Neves,
promete um esforço extraordinário para votar a matéria ainda na semana que
vem. Depois será tarde, no que toca a 2002.

-Na terça-feira submeterei aos líderes a necessidade de darmos prioridade
total e absoluta a esta matéria, que é do interesse de todos os partidos.

Difícil mas não impossível se houver acordo. Alguns pontos aprovados pelo
Senado não agradaram aos desconfiados da urna eletrônica, entre eles a
implantação gradual do voto impresso. Nem todas as urnas terão impressora.
Mas ainda assim, a existência de uma amostra impressa apontará possíveis
desvios na apuração.

Outra de autoria também de Tereza Cruvinel, ontem:

COMO SEMPRE:

Nesta semana que antecede o fim do prazo de f.iliação partidária, no dia 5,
a troca de siglas será intensa entre os políticos. A volubilidade,
entretanto, não está nas pessoas, mas num sistema eleitoral e partidário que
vem minando a legitimidade dos partidos e fortalecendo outras formas de
representação, o que, por sua vez, enfraquece a própria democracia
representativa.

Lamentando não ter feito a reforma política -"é muito difícil reformar um
sistema com aqueles que o querem conservar" -dizia o presidente Fernando
Henrique ter até dúvidas sobre a possibilidade de ainda termos um sistema
partidário clássico como o europeu, marcado pela nitidez ideológica, a
coesão e a disciplina internas e laços muito vivos com a base social. Talvez
seja tarde, pois cada vez mais a sociedade entrega suas demandas a outras
formas de associação, ainda que a solução acabe sendo no Congresso, diz FH.
Prova disso, as tantas bancadas que representam interesses setoriais.

Mas mesmo na Europa, diz o político e pensador português Almeida Santos, os
partidos sofrem a competição dos organismos da sociedade. E com a internet e
as novas formas de comunicação, a democracia representativa corre o risco de
ser gradati- vamente substituída por outras formas de consulta (ao indivíduo
plugado em seu computador), numa estranha democracia direta que dispensa a
mediação de partidos e políticos.

Aqui, além da distância entre representantes e representados, o quadro
partidário que temos favorece as práticas mais daninhas e atrasadas, como o
fisiologismo. Se os partidos não controlam suas bancadas, os governos acabam
recorrendo à barganha para garantir apoio político.

Em geral, muda de partido quem está mal acomodado e sem espaço numa sigla,
para garantir a candidatura no pleito seguinte. O sistema eleitoral, baseado
no voto proporcional, e não em listas, abertas ou fechadas, de candidatos
votados pelo partido, favorece o caciquismo, o controle das convenções pelos
líderes regionais. Exemplo atual, o do senador Sérgio Machado, que apesar do
DNA tucano, foi para o PMDB porque se atritou com o governador Tasso
Jereissati.

Outra causa da inconstância, a extrema facilidade para criar partidos no
Brasil, possibilitada por uma lei que exagerou no contraponto às restrições
da ditadura. A grande oferta de siglas não só leva aventureiros à política
como estimula a solução dos problemas partidários pela troca de partido. Não
é criando barreiras para os partidos bem implantados, ainda que pequenos,
que se resolverá o problema, mas com o aumento de exigências para a criação
de siglas.

A flacidez dos programas e da disciplina dão o passaporte para a migração
constante. Um dos projetos da reforma política que acabou não sendo votada
aumentaria, de um para três anos, o prazo de filiação. Ou seja, as mudanças
de agora teriam que ter ocorrido em 1999. Quem mudasse depois não poderia
ser candidato. Mais eficaz, porém, talvez fosse a regra de que o mandato
pertence ao partido, e não ao titular, que, deixando a sigla, legaria a
cadeira ao suplente.

Agora é tarde, mas de tanto deixar para depois é que os políticos não
reformam a política.


E NOVAMENTE TEREZA CRUVINEL, NA SEXTA (28/09/2001):

NA UNDÉCIMA HORA, e no meio de suas confusões, o Senado resolve garantir
mais segurança para a urna eletrônica. Mais tarde será tarde, se já não for.
Mudança de regra eleitoral, só até o dia 5.



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eleitorais informatizados, em especial o brasileiro, e dos
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