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To:                     "Vitor Wagner Neto de Oliveira" <[EMAIL PROTECTED]>, 
"geolista" <[EMAIL PROTECTED]>, "Pazera" <[EMAIL PROTECTED]>
From:                   "Rosemeire Aparecida de Almeida" <[EMAIL PROTECTED]>
Date sent:              Sun, 3 Sep 2000 21:49:18 -0300
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Subject:                [listageografia] A terra que querias ver dividida...

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Caros listeiros,
É emprestando as palavras do poeta migrante " Eu venho de uma terra
onde o sol abrasa a carne e o latifúndio mata a vida", que buscamos
lucidez para denunciar o " poder do atraso" . Acontecimentos recentes
na história da luta pela terra em Mato Grosso do Sul, especificamente
em Rio Brilhante, como o assassinato de dois integrantes do MST
(Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), nos levam a refletir a
forma como os movimentos sociais no campo vem sendo tratados em nosso
estado e no percurso de toda a nossa história. O braço armado do
latifúndio apresenta-se, atualmente, não mais como os capangas dos
coronéis, mas como os "seguranças" da propriedade. Há até mesmo firmas
para a contratação e realização deste "trabalho". Assim, quando
recorremos à historia e nos deparamos com massacres no campo, como: de
nove trabalhadores, em Corumbiara, Rondônia, julho de 1995; dezenove
sem terra,  no município de Eldorado de Carajás, Pará, em março de
1996;  um trabalhador, no Paraná, no confronto com os policiais, em
maio deste ano; vem  à tona a violência sempre constante e  presente
no campo brasileiro. Casos de política? De polícia? De milícia? De
justiça? Ficam as indagações... Mesmo face a este quadro, homens e
mulheres sem terra insistem em caminhar, independente dos percalços
que encontrarão adiante: se policiais, comandando a chacina, como em
Corumbiara e Eldorado dos Carajás; se contendo violentamente o seu
direito do "ir e vir", como no caso do Paraná;  se políticas
governamentais, vislumbrando inibir as suas ações, ao proporem que
terras ocupadas não serão vistoriadas pelo prazo de dois anos; se a
sociedade acatando o discurso oficial da "baderna". Temas que remetem
a incógnita, ao apresentarem para o cenário nacional a permanência das
mazelas de uma estrutura social, econômica, política, cultural,
mental, que remonta ao conservadorismo do latifúndio  e a impunidade
jurídica de nossa história. Por um outro lado, para não cair no
discurso do vencido, a caminhada dos movimentos sociais demonstra
ainda as lutas dos sujeitos por uma vida mais digna, mesmo, como nos
exemplos citados de início, pagando, muitas vezes, o preço com sua
própria vida. Relembrando o lema do Plebiscito, lançado pela CNBB
(Conselho Nacional dos Bispos do Brasil):  "a vida acima da dívida",
salientamos, fundamentalmente, a necessidade da "vida acima do
latifúndio".  Observamos ainda que: "debulhar o trigo, recolher cada
bago do trigo, forjar do trigo o milagre do pão", não é mais possível
para os trabalhadores de Corumbiara, Eldorado dos Carajás, Paraná, Rio
Brilhante. Nos acampamentos onde semeavam a esperança de conquistar o
tão sonhado chão... fica o vazio. Vazio de suas presenças.... vazio de
justiça...  mas,  com certeza,  permanece a crença de que estas vidas
não foram em vão. Infelizmente, para estes trabalhadores, "afagar a
terra...conhecer os segredos da terra...." , somente a de suas covas.
 (Em memória de Silvio e Romildo - membros do MST - torturados e
 fuzilados
nesta quinta-feira última na área rural de Rio Brilhante/MS)

Profª Maria Selma Borges-CEUL/UFMS
Profª Rosemeire A. de Almeida-CEUL/UFMS
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