Re: [Logica-l] Caso de vira-latismo e misoginia no CNPq- será o primeiro????

2024-01-07 Por tôpico Joao Marcos
> Sou amplamente a favor de cotas (em especial as raciais) de 
> representatividade e de diversidade, o que implica que por exemplo, em um 
> comitê assessor com 10 pessoas, tem que haver ao menos uma pessoa que se 
> identifique como mulher, não importa a % de representação da área -- vide o 
> que acontece no momento com o CA da Matemática...
[...]
>> a menos que eu esteja olhando no lugar errado, entre titulares e
>> suplentes do comitê de "Matemática e Estatística"
>> (https://www.gov.br/cnpq/pt-br/composicao/comites-de-assessoramento/membros/membros-dos-comites-assessores-da-dcti#matem-tica-e-estat-stica---ma)
>> há, aparentemente, 6 homens e 4 mulheres.

Agradeço à Elaine por gentilmente me apontar que a falta de
representatividade feminina neste comitê foi corrigida a partir da
metade de 2022, quando a comunidade relevante se movimentou para
exigir uma mudança.  Parece que mudanças têm ocorrido, de fato: a
julgar somente pelos nomes das pessoas que constam do link acima,
neste momento 45% dos membros de comitês são do sexo feminino, e 25
dos 49 comitês de assessoramento possuem pelo menos metade de seus
membros do sexo feminino.  Vale notar, não obstante, que 9 dos 49
comitês possuem atualmente apenas 1 membro do sexo feminino e outros 5
possuem apenas 1 membro do sexo masculino; curiosamente, o comitê com
maior desequilíbrio de gênero, neste momento, é o de *Psicologia e
Serviço Social* (dos 9 membros, 8 são do sexo feminino).

Esclareço que não tenho informações, infelizmente, sobre identidade de
gênero, raça/cor, ou ---importante para a presente discussão--- sobre
maternidade (ou paternidade?).

Esperemos que o futuro traga ainda mais progressos na gestão pública
brasileira --- e estejamos atentos para isto!
JM

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Re: [Logica-l] Caso de vira-latismo e misoginia no CNPq- será o primeiro????

2024-01-07 Por tôpico Joao Marcos
>> Está de parabéns o CNPq pela justa e expedita reação! (mesmo que ainda
>> não tenha ficado inteiramente claro, do que está escrito na nota do
>> CNPq, quem seriam os beneficiados pelo "parto ou adoção", e como isto
>> seria computado na prática)
>
> Diferente de alguns países onde o próprio arcabouço legal, especialmente o 
> trabalhista, permitem uma participação mais equitativa no cuidado da prole 
> (na Alemanha, a duração da licença pode mesmo aumentar caso haja participação 
> do pai), no Brasil as coisas infelizmente ainda funcionam sob o pressuposto 
> de que o cuidado das crianças é responsabilidade da mãe.
>
> No caso da Alemanha, que conheço mais de perto, as semanas de licença para 
> cuidado da criança retiradas pelo pai possuem o mesmo peso daquelas retiradas 
> pela mãe frente a agências de fomento, como a DFG.
>
> Dado o contexto brasileiro, as medidas anunciadas pelo CNPq provavelmente 
> afetarão apenas as mães (ou talvez também pais com guarda exclusiva).

Sua previsão é provavelmente acurada, Hermógenes.  A nota recente do
CNPq não é inteiramente clara a este respeito, mas nos critérios de
julgamento com vigência de 2021 a 2023 publicizados pelo CNPq
(https://www.gov.br/cnpq/pt-br/composicao/comites-de-assessoramento/copy2_of_AnexoICriterios_Retificacao.pdf),
particularmente na parte do texto que diz respeito ao COSAE | CS
(comitê das áreas de *Antropologia, Arqueologia, Ciência Política,
Direito, Relações Internacionais e Sociologia*), consta explicitamente
que:
"Como medida de promoção da equidade, no âmbito do CS o período de
avaliação da produção intelectual das pesquisadoras será ampliado em
dois anos para cada gestação ou adoção ocorrida no período da
avaliação, buscando compensar o impacto da maternidade em sua
produtividade. As pesquisadoras devem obrigatoriamente informar as
datas de nascimento ou adoção dos filhos em sua proposta para que a
medida seja adotada."
Vale notar que, entre titulares e suplentes, o CGCHS \ COSAE é
atualmente constituído por 10 mulheres e 5 homens.
https://www.gov.br/cnpq/pt-br/composicao/comites-de-assessoramento/membros/membros-dos-comites-assessores-da-dcti#antropologia--arqueologia--ci-ncia-pol-tica--direito--rela--es-internacionais-e-sociologia---cs

No documento acima, podemos ver que há outros comitês assessores (por
exemplo, os das áreas de *Filosofia e Teologia*, de *Física e
Astronomia*, de *Agronomia* e de *Engenharia Civil*) que possuem
"critérios especiais" semelhantes para a pesquisadora que tenha
passado por licença-maternidade.  Tenho a impressão, contudo, de que
ainda não havia, no período citado, tais critérios vigentes na área de
*Ciência da Computação* ou na área de *Matemática e Estatística*?  Os
colegas destas áreas saberão certamente confirmar.

> Acho que parte da tarefa de tornar o ambiente trabalhista brasileiro (não só 
> o acadêmico) um pouco mais adequado para pessoas com filhos passa por uma 
> reorientação das políticas públicas ao contexto familiar atual, onde pais 
> participam ou desejam participar de maneira equitativa no cuidado dos filhos 
> e famílias nas quais o cuidado das crianças é exercido por casais 
> homossexuais, para citar apenas alguns exemplos.
>
> No caso da DFG, a agência pode contar com o contexto alemão para averiguar, 
> digamos, que o pai está efetivamente com o cuidado da criança, uma vez que 
> este está de licença enquanto a mãe trabalha, digamos.

Faz sentido, né?

> O contexto brasileiro é bem distinto. Afinal, a situação de um novo pai com 
> uma rede de suporte local, uma esposa, uma babá e um escritório com 
> isolamento acústico dentro de casa é muitíssimo diferente daquela de uma mãe 
> solteira sem família num raio de mil quilômetros e que more num cafofo de 50 
> m². Sabemos que temos colegas na universidade em ambos estes extremos, bem 
> como em diversos outros pontos no espectro.

Durante os anos em que cuidei sozinho da minha filha pequena nunca
tive babá ou qualquer família vivendo num raio de mil quilômetros de
mim.  Confirmo que é duríssimo.  Ainda sofro os efeitos da parte mais
pesada deste período.  Felizmente eu não estava em início de carreira,
nem morando num cafofo.  Sem poder contar sequer com a colaboração de
colegas, a solução óbvia para dar conta do recado ---dormir menos---
acaba cobrando um preço altíssimo na saúde da pessoa.

> Sou amplamente a favor de cotas (em especial as raciais) de 
> representatividade e de diversidade, o que implica que por exemplo, em um 
> comitê assessor com 10 pessoas, tem que haver ao menos uma pessoa que se 
> identifique como mulher, não importa a % de representação da área -- vide o 
> que acontece no momento com o CA da Matemática...

Infelizmente, Elaine, do que eu encontro mais facilmente online, não
consigo extrair informação suficiente para dizer quem se identifica
como mulher (nem muito menos quem se identifica com membro das
categorias "menos visíveis" de não-brancos, PCD, ou outras), mas a
menos que eu esteja olhando no 

Re: [Logica-l] Caso de vira-latismo e misoginia no CNPq- será o primeiro????

2024-01-07 Por tôpico Elaine Pimentel
Oi, Hermógenes!

 no Brasil as coisas infelizmente ainda funcionam sob o pressuposto de que
> o cuidado das crianças é responsabilidade da mãe.
>

E, na maioria dos casos, é mesmo!


> No caso da Alemanha, que conheço mais de perto, as semanas de licença para
> cuidado da criança retiradas pelo pai possuem o mesmo peso daquelas
> retiradas pela mãe frente a agências de fomento, como a DFG.
>

Nos casos que conheço de colegas alemães, os pais tomam, de fato, a licença
a sério e se recusam a fazer qualquer atividade formal (além de dar aulas é
claro, mas também escrever artigos, participar de congressos, submeter
projetos, fazer revisões de artigos e projetos...). No Brasil conheço
muitos poucos casos assim. Na verdade, conheço só um.

Tenho um colega italiano, esposa também italiana, que disse que o melhor
momento produtivo dele foi quando a mulher teve filhos, porque ele pode
trabalhar mais. Ela nunca conseguiu uma posição na academia. Ele sim.

Que tal a reflexão: quantas mulheres a gente conhece que tiveram filhos
antes de conseguir um emprego na academia? Quantas mulheres conseguiram
seguir com sua pesquisa após terem filhos?

Acho que o simples fato de essa pergunta fazer sentido (como posta), e
pouco ou nenhum se trocarmos para "homens" diz muito sobre o problema. Que
é complexo, então não há análise simples.


> Dado o contexto brasileiro, as medidas anunciadas pelo CNPq provavelmente
> afetarão apenas as mães (ou talvez também pais com guarda exclusiva).
>

É um começo! Importante, porque atinge a maioria dos casos.


> Acho que parte da tarefa de tornar o ambiente trabalhista brasileiro (não
> só o acadêmico) um pouco mais adequado para pessoas com filhos passa por
> uma reorientação das políticas públicas ao contexto familiar atual, onde
> pais participam ou desejam participar de maneira equitativa no cuidado dos
> filhos e famílias nas quais o cuidado das crianças é exercido por casais
> homossexuais, para citar apenas alguns exemplos.
>

Concordo. Isso vai levar uma vida. Como a gente tem que começar de algum
lugar, que tal do mais óbvio? :)


> O contexto brasileiro é bem distinto. Afinal, a situação de um novo pai
> com uma rede de suporte local, uma esposa, uma babá e um escritório com
> isolamento acústico dentro de casa é muitíssimo diferente daquela de uma
> mãe solteira sem família num raio de mil quilômetros e que more num cafofo
> de 50 m². Sabemos que temos colegas na universidade em ambos estes
> extremos, bem como em diversos outros pontos no espectro.
>

Pra qual lado você acha que a balança pende mais? Eu diria que raramente
pra babá e escritório com isolamento acústico, ao menos no nosso ambiente
brasileiro.

Enfim, acho que há muita gente muito mais gabaritada para discutir o
assunto. Aconselho muito seguir todas as iniciativas e discussões do
Parents in Science. É muito bacana mesmo esse projeto :)

Abraços,


> --
> Hermógenes Oliveira
>
> --
> LOGICA-L
> Lista acadêmica brasileira dos profissionais e estudantes da área de
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> Você recebeu essa mensagem porque está inscrito no grupo "LOGICA-L" dos
> Grupos do Google.
> Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, envie
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> Para acessar essa discussão na Web, acesse
> https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/d0ecd389-907f-4705-aa47-38bf78f7b630n%40dimap.ufrn.br
> 
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Associate Professor in Programming Principles, Logic, and Verification
Department of Computer Science
University College London
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Re: [Logica-l] Caso de vira-latismo e misoginia no CNPq- será o primeiro????

2024-01-07 Por tôpico Hermógenes Oliveira
Olá, pessoal.

Em sábado, 6 de janeiro de 2024 às 21:12:12 UTC-3, Joao Marcos escreveu:

Está de parabéns o CNPq pela justa e expedita reação! (mesmo que ainda 
não tenha ficado inteiramente claro, do que está escrito na nota do 
CNPq, quem seriam os beneficiados pelo "parto ou adoção", e como isto 
seria computado na prática) 


Diferente de alguns países onde o próprio arcabouço legal, especialmente o 
trabalhista, permitem uma participação mais equitativa no cuidado da prole 
(na Alemanha, a duração da licença pode mesmo aumentar caso haja 
participação do pai), no Brasil as coisas infelizmente ainda funcionam sob 
o pressuposto de que o cuidado das crianças é responsabilidade da mãe.

No caso da Alemanha, que conheço mais de perto, as semanas de licença para 
cuidado da criança retiradas pelo pai possuem o mesmo peso daquelas 
retiradas pela mãe frente a agências de fomento, como a DFG.

Dado o contexto brasileiro, as medidas anunciadas pelo CNPq provavelmente 
afetarão apenas as mães (ou talvez também pais com guarda exclusiva).

Acho que parte da tarefa de tornar o ambiente trabalhista brasileiro (não 
só o acadêmico) um pouco mais adequado para pessoas com filhos passa por 
uma reorientação das políticas públicas ao contexto familiar atual, onde 
pais participam ou desejam participar de maneira equitativa no cuidado dos 
filhos e famílias nas quais o cuidado das crianças é exercido por casais 
homossexuais, para citar apenas alguns exemplos.

No caso da DFG, a agência pode contar com o contexto alemão para averiguar, 
digamos, que o pai está efetivamente com o cuidado da criança, uma vez que 
este está de licença enquanto a mãe trabalha, digamos.

O contexto brasileiro é bem distinto. Afinal, a situação de um novo pai com 
uma rede de suporte local, uma esposa, uma babá e um escritório com 
isolamento acústico dentro de casa é muitíssimo diferente daquela de uma 
mãe solteira sem família num raio de mil quilômetros e que more num cafofo 
de 50 m². Sabemos que temos colegas na universidade em ambos estes 
extremos, bem como em diversos outros pontos no espectro.

--
Hermógenes Oliveira

-- 
LOGICA-L
Lista acadêmica brasileira dos profissionais e estudantes da área de Lógica 

--- 
Você está recebendo esta mensagem porque se inscreveu no grupo "LOGICA-L" dos 
Grupos do Google.
Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, envie um 
e-mail para logica-l+unsubscr...@dimap.ufrn.br.
Para acessar esta discussão na web, acesse 
https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/d0ecd389-907f-4705-aa47-38bf78f7b630n%40dimap.ufrn.br.


Re: [Logica-l] Caso de vira-latismo e misoginia no CNPq- será o primeiro????

2024-01-07 Por tôpico Elaine Pimentel
Oi, Julio,

Tenho certeza que uso equidade do jeito correto, em especial em inglês :)

E tenho certeza que a gente concorda que discorda! Sou amplamente a favor
de cotas (em especial as raciais) de representatividade e de diversidade, o
que implica que por exemplo, em um comitê assessor com 10 pessoas, tem que
haver ao menos uma pessoa que se identifique como mulher, não importa a %
de representação da área -- vide o que acontece no momento com o CA da
Matemática...

Também implica que revisores ad hoc não deveriam ser escolhidos baseado em
pura e simples "meritocracia". A gente sabe que isso não existe, em
especial no Brasil, e muito menos na academia. Por fim, ainda bem que o
CNPq decidiu lançar uma cartilha, ajuda muito a entender os diferentes
aspectos que devem ser levados em consideração quando da formulação de
pareceres.

E antes que alguém diga que não, decisões nas agências de fomento tendem a
ser puramente baseadas em "meritocracia". Foi o que vi quando fiz parte de
comitês ad hoc do CNPq, é o que escuto da maioria das pessoas que fazem
parte desses comitês.

Esse é um assunto de interesse, mas off topic. Então vou parar por aqui.

Abraços,

On Sun, Jan 7, 2024 at 12:06 PM Julio Stern  wrote:

>
> > Acho que há uma pequena confusão... O que pedimos (sempre) é *equidade*,
> que não significa nem igualdade nem "equidade de participação". Equidade
> significa fornecer condições para que pessoas diferentes possam concorrer
> (a editais, concursos, promoções) partindo de um mesmo nível ou patamar --
> a partir daí, depende de cada uma delas!
>
> Cara Elaine:
>
> Realmente, ha uma confusao ai.
>
> >   Equidade significa fornecer condições para que pessoas diferentes
> possam concorrer (a editais, concursos, promoções) partindo de um mesmo
> nível ou patamar -- a partir daí, depende de cada uma delas!
>
> O que voce chama de "equidade" eu chamo de Promover Igualdade de
> Oportunidades.
>
> Eu chamo de Equidade a ideia de forcar resultados numericos de
> participacao segundo categorias populacionais nao academicas definidas ad
> hoc.
> Por exemplo, Politicas de Cota que impliquem em consequencias do tipo
> Numerus Clausus, ou seja, a Exclusao de Individuos por sua classificacao
> nas referidas categorias.
>
> Acho que minha nomenclatura eh compativel com o uso corrente dos termos
> Equity and Equality em lingua Inglesa, no contexto desta discussao.
>
> A proposito:
>
> Creio que dois Individuos sao sempre Diferentes. Caso contrario nao seriam
> Individuos mas, dentro do mesmo grupo definido pelo sistema de categorias,
> objetos indistinguiveis (tipo fermions em fisica estatistica).
>
> Acho ser impossivel capturar Diferencas essenciais concernente a
> participacao de Individuos na academia atraves de Categorizacoes
> Populacionais definidas ad hoc, por mais exaustivas que sejam.
> Pelo contrario, quanto mais exaustivas estas categorizacoes ad hoc se
> tornam, mais se dilue a essencia da individualidade.
> Esta diluicao eh um efeito colateral inevitavel do aumento exponencial do
> numero de celulas na tabela de contingencia correspondente em funcao do
> numero de dimensoes do sistema de categorias.
>
> Quanto a utilizar Informacao referente as referidas categorias para
> Excluir individuos, isto eh Discriminacao, um tipo de violencia
> absolutamente abominavel!
> Mas este eh justamente o ponto fulcral de minha argumentacao!!
>
> Tudo de bom, ---Julio Stern
>
>
> --
> *From:* Elaine Pimentel 
> *Sent:* Sunday, January 7, 2024 11:20 AM
> *To:* Julio Stern 
> *Cc:* Itala Maria Loffredo D'Ottaviano ; Walter
> Carnielli ; Joao Marcos ; Lista
> acadêmica brasileira dos profissionais e estudantes da área de LOGICA <
> logica-l@dimap.ufrn.br>
> *Subject:* Re: [Logica-l] Caso de vira-latismo e misoginia no CNPq- será
> o primeiro
>
> Hola, Julio,
>
> Acho que há uma pequena confusão... O que pedimos (sempre) é *equidade*,
> que não significa nem igualdade nem "equidade de participação". Equidade
> significa fornecer condições para que pessoas diferentes possam concorrer
> (a editais, concursos, promoções) partindo de um mesmo nível ou patamar --
> a partir daí, depende de cada uma delas! A famosa figura dos banquinhos,
> tenho certeza que você já viu.
>
> Todo mundo sabe como e quanto a maternidade afeta a produção científica,
> ponto. A ideia de adicionar esse período no Lattes era exatamente para
> fornecer um banquinho para pessoas que gestaram. A minha indignação é que
> isso foi usado *contra elas*. Isso tem nome: chama-se violência de gênero.
>
> Abraços,
>
> On Sun, Jan 7, 2024 at 11:04 AM Julio Stern  wrote:
>
> Car(a/o)s redistas:
>
> Bom dia.  Meus dois centavos:
>
> > Fala-se pouco nisso, mas "mulheres" e "mulheres-com-filhos-para-cuidar"
> são duas categorias quase que completamente distintas na Academia...
>
> Crio ser importante discutir aqui eh a Relacao Logica entre os conceitos
> de
> ---  Igualdade (Equality)  e  Equidade (Equity)
>
> Assim como as categorias 

Re: [Logica-l] Caso de vira-latismo e misoginia no CNPq- será o primeiro????

2024-01-07 Por tôpico Julio Stern

> Acho que há uma pequena confusão... O que pedimos (sempre) é *equidade*, que 
> não significa nem igualdade nem "equidade de participação". Equidade 
> significa fornecer condições para que pessoas diferentes possam concorrer (a 
> editais, concursos, promoções) partindo de um mesmo nível ou patamar -- a 
> partir daí, depende de cada uma delas!

Cara Elaine:

Realmente, ha uma confusao ai.

>   Equidade significa fornecer condições para que pessoas diferentes possam 
> concorrer (a editais, concursos, promoções) partindo de um mesmo nível ou 
> patamar -- a partir daí, depende de cada uma delas!

O que voce chama de "equidade" eu chamo de Promover Igualdade de Oportunidades.

Eu chamo de Equidade a ideia de forcar resultados numericos de participacao 
segundo categorias populacionais nao academicas definidas ad hoc.
Por exemplo, Politicas de Cota que impliquem em consequencias do tipo Numerus 
Clausus, ou seja, a Exclusao de Individuos por sua classificacao nas referidas 
categorias.

Acho que minha nomenclatura eh compativel com o uso corrente dos termos Equity 
and Equality em lingua Inglesa, no contexto desta discussao.

A proposito:

Creio que dois Individuos sao sempre Diferentes. Caso contrario nao seriam 
Individuos mas, dentro do mesmo grupo definido pelo sistema de categorias, 
objetos indistinguiveis (tipo fermions em fisica estatistica).

Acho ser impossivel capturar Diferencas essenciais concernente a participacao 
de Individuos na academia atraves de Categorizacoes Populacionais definidas ad 
hoc, por mais exaustivas que sejam.
Pelo contrario, quanto mais exaustivas estas categorizacoes ad hoc se tornam, 
mais se dilue a essencia da individualidade.
Esta diluicao eh um efeito colateral inevitavel do aumento exponencial do 
numero de celulas na tabela de contingencia correspondente em funcao do numero 
de dimensoes do sistema de categorias.

Quanto a utilizar Informacao referente as referidas categorias para Excluir 
individuos, isto eh Discriminacao, um tipo de violencia absolutamente 
abominavel!
Mas este eh justamente o ponto fulcral de minha argumentacao!!

Tudo de bom, ---Julio Stern



From: Elaine Pimentel 
Sent: Sunday, January 7, 2024 11:20 AM
To: Julio Stern 
Cc: Itala Maria Loffredo D'Ottaviano ; Walter Carnielli 
; Joao Marcos ; Lista acadêmica 
brasileira dos profissionais e estudantes da área de LOGICA 

Subject: Re: [Logica-l] Caso de vira-latismo e misoginia no CNPq- será o 
primeiro

Hola, Julio,

Acho que há uma pequena confusão... O que pedimos (sempre) é *equidade*, que 
não significa nem igualdade nem "equidade de participação". Equidade significa 
fornecer condições para que pessoas diferentes possam concorrer (a editais, 
concursos, promoções) partindo de um mesmo nível ou patamar -- a partir daí, 
depende de cada uma delas! A famosa figura dos banquinhos, tenho certeza que 
você já viu.

Todo mundo sabe como e quanto a maternidade afeta a produção científica, ponto. 
A ideia de adicionar esse período no Lattes era exatamente para fornecer um 
banquinho para pessoas que gestaram. A minha indignação é que isso foi usado 
*contra elas*. Isso tem nome: chama-se violência de gênero.

Abraços,

On Sun, Jan 7, 2024 at 11:04 AM Julio Stern 
mailto:jmst...@hotmail.com>> wrote:
Car(a/o)s redistas:

Bom dia.  Meus dois centavos:

> Fala-se pouco nisso, mas "mulheres" e "mulheres-com-filhos-para-cuidar" são 
> duas categorias quase que completamente distintas na Academia...

Crio ser importante discutir aqui eh a Relacao Logica entre os conceitos de
---  Igualdade (Equality)  e  Equidade (Equity)

Assim como as categorias Kantianas de
--- Sintetico vs. Analitico   E   a priori vs. a posteriori
o emaranhamento (entanglement) entre estas categorias eh complexo.

Concretamente, concernente ao problema eh tela, creio ser

--- Benefico e necessario implementar medidas que garantam Igualdade de 
Oportunidades, incluindo regras que mitiguem eventos como gestacao e 
maternidade. Por exemplo, correcoes aas formulas de produtividade por termos de 
desconto ou fatores de ponderacao devidos aa gestacao e maternidade.

--- Malefico e desnecessario implementar medidas que tem como objetivo final 
garantir  genericamente a Equidade de Participacao, segundo categorias nao 
academicas ad hoc (ex: raca, genero, ideologia, etc.).

Creio que a relacao logica entre as categorias de Igualdade e Equidade nao eh 
nem a relacao  de Identidade nem a relacao de Contradicao Classica.

Creio que esta relacao eh complexa, sua dicussao eh delicada, suas 
consequencias politicas profundas, e tambem uma otima oportunidade para 
aplicacaco de metodos sofisticados de inferencia racional.

Fico por aqui neste domingo de manha...
Tudo de bom,  ---Julio Stern


From: logica-l@dimap.ufrn.br 
mailto:logica-l@dimap.ufrn.br>> on behalf of Itala 
Maria Loffredo D'Ottaviano mailto:it...@unicamp.br>>
Sent: Sunday, January 7, 

Re: [Logica-l] Caso de vira-latismo e misoginia no CNPq- será o primeiro????

2024-01-07 Por tôpico Elaine Pimentel
Hola, Julio,

Acho que há uma pequena confusão... O que pedimos (sempre) é *equidade*,
que não significa nem igualdade nem "equidade de participação". Equidade
significa fornecer condições para que pessoas diferentes possam concorrer
(a editais, concursos, promoções) partindo de um mesmo nível ou patamar --
a partir daí, depende de cada uma delas! A famosa figura dos banquinhos,
tenho certeza que você já viu.

Todo mundo sabe como e quanto a maternidade afeta a produção científica,
ponto. A ideia de adicionar esse período no Lattes era exatamente para
fornecer um banquinho para pessoas que gestaram. A minha indignação é que
isso foi usado *contra elas*. Isso tem nome: chama-se violência de gênero.

Abraços,

On Sun, Jan 7, 2024 at 11:04 AM Julio Stern  wrote:

> Car(a/o)s redistas:
>
> Bom dia.  Meus dois centavos:
>
> > Fala-se pouco nisso, mas "mulheres" e "mulheres-com-filhos-para-cuidar"
> são duas categorias quase que completamente distintas na Academia...
>
> Crio ser importante discutir aqui eh a Relacao Logica entre os conceitos
> de
> ---  Igualdade (Equality)  e  Equidade (Equity)
>
> Assim como as categorias Kantianas de
> --- Sintetico vs. Analitico   E   a priori vs. a posteriori
> o emaranhamento (entanglement) entre estas categorias eh complexo.
>
> Concretamente, concernente ao problema eh tela, creio ser
>
> --- Benefico e necessario implementar medidas que garantam Igualdade de
> Oportunidades, incluindo regras que mitiguem eventos como gestacao e
> maternidade. Por exemplo, correcoes aas formulas de produtividade por
> termos de desconto ou fatores de ponderacao devidos aa gestacao e
> maternidade.
>
> --- Malefico e desnecessario implementar medidas que tem como objetivo
> final garantir  genericamente a Equidade de Participacao, segundo
> categorias nao academicas ad hoc (ex: raca, genero, ideologia, etc.).
>
> Creio que a relacao logica entre as categorias de Igualdade e Equidade nao
> eh nem a relacao  de Identidade nem a relacao de Contradicao Classica.
>
> Creio que esta relacao eh complexa, sua dicussao eh delicada, suas
> consequencias politicas profundas, e tambem uma otima oportunidade para
> aplicacaco de metodos sofisticados de inferencia racional.
>
> Fico por aqui neste domingo de manha...
> Tudo de bom,  ---Julio Stern
>
> --
> *From:* logica-l@dimap.ufrn.br  on behalf of
> Itala Maria Loffredo D'Ottaviano 
> *Sent:* Sunday, January 7, 2024 4:27 AM
> *To:* Walter Carnielli 
> *Cc:* Joao Marcos ; Lista acadêmica brasileira dos
> profissionais e estudantes da área de LOGICA 
> *Subject:* Re: [Logica-l] Caso de vira-latismo e misoginia no CNPq- será
> o primeiro
>
> Caras e Caros:
> Em setembro passado, na reunião que tivemos com o Presidente do CNPq, em
> Brasília, ele já anunciou os estudos para a revisão das normas relativas às
> distribuições de bolsas para as distintas áreas.
> Creio que as coordenações serão chamadas, em breve, para reunião em
> Brasília.
> Com a Gisele, acordamos de chamar os colegas que se manifestaram sobre o
> problema , aqui na lista, para uma reunião .
> Itala
>
>
> Prof. Dr. Itala M. Loffredo D'Ottaviano
> Full Professor in Logic and the Foundations of Science
> Member and Researcher of the *Centre for Logic, Epistemology and the* *
> History of Science* at the University of Campinas
> Research Fellow of the *Brazilian National Council for Scientific and
> Technological Development*
> Titular Member, *Brazilian Academy of Philosophy* (Rio de Janeiro)
> Emeritus Member, *Académie Internationale de Philosophie de Sciences *
> (Bruxelles)
> Titular Member, *Institut International de Philosophie *(Paris-Nancy)
> Editor of *Coleção CLE, *by the *Centre for Logic, Epistemology and the* 
> *History
> of Science.*
>
>
> Em sáb., 6 de jan. de 2024 às 22:55, Walter Carnielli 
> escreveu:
>
> Finalmente o CNPq parece estar despertando de seu sono dogmático!
>
>  Bela iniciativa, deveria ser extensiva a outros casos de desatenção.
>
>
> W.
>
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> Em sáb., 6 de jan. de 2024 21:12, Joao Marcos 
> escreveu:
>
> > Sem querer estender muito mais este assunto OFF, parece-me essencial
> > enfatizar o conteúdo deste tweet da professora Carlotto:
> >
> https://twitter.com/maria___maria/status/1740070734318502251?t=jWvYDt6r6Zggo2PX-YZyeg=08
> > Fala-se pouco nisso, mas "mulheres" e
> > "mulheres-com-filhos-para-cuidar" são duas categorias *quase que
> > completamente distintas*, na Academia (mesmo aqui neste fórum, temos
> > aparentemente bem menos representantes desta última categoria do que
> > da primeira), e entendo que há que se fazer uma forcinha para elaborar
> > políticas públicas efetivas que levem isto seriamente em consideração.
>
> Pronto:
>
> https://www.gov.br/cnpq/pt-br/assuntos/noticias/cnpq-em-acao/nota-informativa
> "Considerando que os critérios de julgamento adotados pelos CAs devem
> ser revistos a cada três anos e a próxima revisão será feita a partir
> de março deste ano, a Diretoria Executiva determinou tornar
> 

Re: [Logica-l] Caso de vira-latismo e misoginia no CNPq- será o primeiro????

2024-01-07 Por tôpico Julio Stern
Car(a/o)s redistas:

Bom dia.  Meus dois centavos:

> Fala-se pouco nisso, mas "mulheres" e "mulheres-com-filhos-para-cuidar" são 
> duas categorias quase que completamente distintas na Academia...

Crio ser importante discutir aqui eh a Relacao Logica entre os conceitos de
---  Igualdade (Equality)  e  Equidade (Equity)

Assim como as categorias Kantianas de
--- Sintetico vs. Analitico   E   a priori vs. a posteriori
o emaranhamento (entanglement) entre estas categorias eh complexo.

Concretamente, concernente ao problema eh tela, creio ser

--- Benefico e necessario implementar medidas que garantam Igualdade de 
Oportunidades, incluindo regras que mitiguem eventos como gestacao e 
maternidade. Por exemplo, correcoes aas formulas de produtividade por termos de 
desconto ou fatores de ponderacao devidos aa gestacao e maternidade.

--- Malefico e desnecessario implementar medidas que tem como objetivo final 
garantir  genericamente a Equidade de Participacao, segundo categorias nao 
academicas ad hoc (ex: raca, genero, ideologia, etc.).

Creio que a relacao logica entre as categorias de Igualdade e Equidade nao eh 
nem a relacao  de Identidade nem a relacao de Contradicao Classica.

Creio que esta relacao eh complexa, sua dicussao eh delicada, suas 
consequencias politicas profundas, e tambem uma otima oportunidade para 
aplicacaco de metodos sofisticados de inferencia racional.

Fico por aqui neste domingo de manha...
Tudo de bom,  ---Julio Stern


From: logica-l@dimap.ufrn.br  on behalf of Itala Maria 
Loffredo D'Ottaviano 
Sent: Sunday, January 7, 2024 4:27 AM
To: Walter Carnielli 
Cc: Joao Marcos ; Lista acadêmica brasileira dos 
profissionais e estudantes da área de LOGICA 
Subject: Re: [Logica-l] Caso de vira-latismo e misoginia no CNPq- será o 
primeiro

Caras e Caros:
Em setembro passado, na reunião que tivemos com o Presidente do CNPq, em 
Brasília, ele já anunciou os estudos para a revisão das normas relativas às 
distribuições de bolsas para as distintas áreas.
Creio que as coordenações serão chamadas, em breve, para reunião em Brasília.
Com a Gisele, acordamos de chamar os colegas que se manifestaram sobre o 
problema , aqui na lista, para uma reunião .
Itala


Prof. Dr. Itala M. Loffredo D'Ottaviano
Full Professor in Logic and the Foundations of Science
Member and Researcher of the Centre for Logic, Epistemology and the History of 
Science at the University of Campinas
Research Fellow of the Brazilian National Council for Scientific and 
Technological Development
Titular Member, Brazilian Academy of Philosophy (Rio de Janeiro)
Emeritus Member, Académie Internationale de Philosophie de Sciences (Bruxelles)
Titular Member, Institut International de Philosophie (Paris-Nancy)
Editor of Coleção CLE, by the Centre for Logic, Epistemology and the History of 
Science.


Em sáb., 6 de jan. de 2024 às 22:55, Walter Carnielli 
mailto:walte...@unicamp.br>> escreveu:
Finalmente o CNPq parece estar despertando de seu sono dogmático!

 Bela iniciativa, deveria ser extensiva a outros casos de desatenção.


W.


Em sáb., 6 de jan. de 2024 21:12, Joao Marcos 
mailto:botoc...@gmail.com>> escreveu:
> Sem querer estender muito mais este assunto OFF, parece-me essencial
> enfatizar o conteúdo deste tweet da professora Carlotto:
> https://twitter.com/maria___maria/status/1740070734318502251?t=jWvYDt6r6Zggo2PX-YZyeg=08
> Fala-se pouco nisso, mas "mulheres" e
> "mulheres-com-filhos-para-cuidar" são duas categorias *quase que
> completamente distintas*, na Academia (mesmo aqui neste fórum, temos
> aparentemente bem menos representantes desta última categoria do que
> da primeira), e entendo que há que se fazer uma forcinha para elaborar
> políticas públicas efetivas que levem isto seriamente em consideração.

Pronto:
https://www.gov.br/cnpq/pt-br/assuntos/noticias/cnpq-em-acao/nota-informativa
"Considerando que os critérios de julgamento adotados pelos CAs devem
ser revistos a cada três anos e a próxima revisão será feita a partir
de março deste ano, a Diretoria Executiva determinou tornar
obrigatório incluir o critério de que o período de avaliação da
produtividade científica da(o)s proponentes seja estendido por dois
anos, para cada parto ou adoção que ocorrer dentro do prazo estipulado
na chamada."

Uma das múltiplas repercussões disto na imprensa, hoje:

CNPq torna obrigatória extensão de 2 anos por gestação em editais de
bolsas de produtividade no país
- Avaliação anterior penalizava pesquisadoras que são mães; parecer
preconceituoso de professora suscitou debate sobre igualdade de gênero
na ciência
https://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2024/01/cnpq-torna-obrigatoria-extensao-de-2-anos-por-gestacao-em-editais-de-bolsas-de-produtividade-no-pais.shtml

Está de parabéns o CNPq pela justa e expedita reação! (mesmo que ainda
não tenha ficado inteiramente claro, do que está escrito na nota do
CNPq, quem seriam os beneficiados pelo "parto ou adoção", e como isto
seria computado na 

[Logica-l] Nicholas Rescher (1928-2024)

2024-01-07 Por tôpico Joao Marcos
https://dailynous.com/2024/01/05/nicholas-rescher-1928-2024/


JM

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