Sábado,
28 de julho de 2001 XVI Semana Comum, cor litúrgica
verde "O Filho do
Homem julga conforme o sacrifício verdadeiro." |
Leitura: Ex 24,
3-8 |
Cântico: 50/49, 1-2.5-6.14-15 |
Evangelho: Mt
13, 24-30 |
Hoje: Dia do Agricultor |
Santos do dia: Inocêncio I (papa), Sansão (monge no Pais de Gales), Eustádio,
Décio; Nasário e Celso (mártires em Milão), Melquior Garcia, Vítor
I. |
Leitura Ex 24,
3-8 ESTE É O SANGUE DA
ALIANÇA, QUE O SENHOR FEZ CONVOSCO
Naqueles
dias, 3Moisés veio e transmitiu ao povo todas as palavras do
Senhor e todos os decretos. O povo respondeu em coro: "Faremos tudo o que
o Senhor nos disse". 4Então Moisés escreveu todas as palavras
do Senhor. Levantando-se na manhã seguinte, ergueu ao pé da montanha um
altar e doze marcos de pedra pelas doze tribos de Israel. 5Em
seguida, mandou alguns jovens israelitas oferecer holocaustos e imolar
novilhos como sacrifícios pacíficos ao Senhor. 6Moisés tomou
metade do sangue e o pôs em vasilhas, e derramou a outra metade sobre o
altar. 7Tomou depois o livro da aliança e o leu em voz alta ao
povo, que respondeu: "Faremos tudo o que o Senhor disse e lhe
obedeceremos". 8Moisés, então, com o sangue separado, aspergiu
o povo, dizendo: "Este é o sangue da aliança, que o Senhor fez convosco,
segundo todas estas palavras".
Salmo 50/49, 1-2.5-6.14-15 Imola
a Deus um sacrifício de louvor
Falou o Senhor Deus,
chamou a terra, do sol nascente ao sol poente a convocou. De Sião, beleza
plena, Deus refulge.
"Reuni à minha frente
os meus eleitos, que selaram a aliança em sacrifícios!" Testemunha o
próprio céu seu julgamento, porque Deus mesmo é juiz e vai julgar.
"Imola
a Deus um sacrifício de louvor e cumpre os votos que fizeste ao altíssimo.
Invoca-me no dia da angústia, e então te livrarei e hás de
louvar-me".
Evangelho Mt
13, 24-30 DEIXAI CRESCER UM E
OUTRO ATÉ A COLHEITA!
Naquele
tempo, 24Jesus contou outra parábola à multidão: "O reino dos
céus é como um homem que semeou boa semente no seu campo.
25Enquanto todos dormiam, veio seu inimigo, semeou joio no meio
do trigo, e foi embora. 26Quando o trigo cresceu e as espigas
começaram a se formar, apareceu também o joio. 27Os
empregados
foram procurar o dono e lhe disseram: 'Senhor, não semeaste boa semente no
teu campo? Donde veio então o joio?'
28O dono respondeu: 'Foi
algum inimigo que fez isso'. Os empregados lhe perguntaram: 'Queres que
vamos arrancar o joio?' 29O dono respondeu: 'Não! Pode
acontecer que, arrancando joio, arranqueis também o trigo.
30Deixai crescer um e outro até a colheita! E, no tempo da
colheita, direi aos que cortam o trigo: arrancai primeiro o joio e o
amarrai em feixes para ser queimado! Recolhei, porém, o trigo no meu
celeiro"'. |
Outras Passagens
Relacionadas Sl 127,2; 1Jo
2, 19; Is 27,11
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Comentando o
Evangelho(1) SUPORTANDO
A CONTRADIÇÃO
A parábola do joio e
do trigo mostra como devemos, na vida, suportar a coexistência do bem e do
mal. E impossível realizar uma clara separação entre eles. A ação
concomitante do senhor do campo, semeando a boa semente, e a do seu
inimigo, semeando a erva daninha, é inevitável. E preciso contar com esta
eventualidade!
Os discípulos foram
alertados quanto à tentação de querer arrancar a erva daninha, deixando
crescer somente o trigo. Seria arriscado, pois juntamente com a erva má,
arrancar-se-ia também a boa. O prejuízo desaconselha uma tal
providência.
Diante desta situação,
a atitude correta consiste em ter paciência, misericórdia e esperança.
Paciência, porque, no final das contas, ficará patente a identidade
do bem e do mal, embora, num determinado momento, parecessem semelhantes.
Além disso, fica sempre aberta a possibilidade de conversão do pecado para
a graça, pois a ação de Deus, no coração humano, supera o nosso
entendimento. Misericórdia, porque o discípulo do Reino é chamado a
acolher os pecadores, com a mesma benevolência do Pai, sem pretender
exclui-los dos benefícios do Reino. Trata-se de uma luta constante para
libertá-los da escravidão à qual foram reduzidos pelo pecado. Sem
misericórdia, este processo de aproximação será inviável. Esperança,
porque o mal está fadado a ser derrotado. Pela força de Deus, o bem
terá a última palavra na história humana.
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(1) Jaldemir Vitório
é sacerdote jesuíta, professor das Sagrada Escritura no Centro de
Estudos Superiores, em Belo Horizonte, MG. Este comentário foi
extraído do livro O EVANGELHO NOSSO DE CADA DIA, Ano
C, ©Paulinas, 1997 |
"A paciência, sem
querer nos incomodar, é uma virtude que precisamos conquistar. No
nosso mundo tão imediatista, tudo se tornou descartável. Precisamos
perceber imediatamente que os homens não são descartáveis nem
produtos de consumo." (LITURGIA DIÁRIA Nº 115,
©PAULUS)
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