Domingo, 29 de julho de 2001
XVII Semana Comum, cor litúrgica verde
"Do Senhor vêm aos humildes o socorro e a salvação"

Leitura:
Gn 18, 20-32
Cântico:
138/137, 1-2a.2bc-3.6-7ab.7c-8
II Leitura:
Cl 2, 12-14
Evangelho:
Lc 11, 1-13
Santos do dia:
Marta, Maria e Lázaro (amigos do Senhor); Olavo, Beatriz de Roma, N.Srª da Ajuda, Simplício e Faustino (mártires em Roma), Lobo (monge em Lérins e bispo de Troyes), Olavo II (rei e patrono da Noruega), Guilherme (bispo de Saint-Brieuc), Luis Martin.


Leitura
Gn 18, 20-32
QUE O MEU SENHOR NÃO SE IRRITE, SE EU FALAR

Naqueles dias, 20O Senhor disse a Abraão: "O clamor contra Sodoma e Gomorra cresceu e agravou-se muito o seu pecado. 21Vou descer para verificar se as suas obras correspondem ou não ao clamor que chegou até mim". 22Partindo dali, os homens dirigiram-se a Sodoma, enquanto Abraão ficou na presença do Senhor. 23Então, aproximando-se, disse Abraão: 'Vais realmente exterminar o justo com o ímpio? 24Se houvesse cinqüenta justos na cidade, acaso iríeis exterminá-los? Não pouparias o lugar por causa dos cinqüenta justos que ali vivem? 25Longe de ti agir assim, fazendo morrer o justo com o ímpio, como se o justo fosse igual ao ímpio. Longe de ti! O juiz de toda a terra não faria justiça?" 26O Senhor respondeu: "Se eu encontrasse em Sodoma cinqüenta justos, pouparia por causa deles a cidade inteira".

27Abraão prosseguiu dizendo: "Estou sendo atrevido em falar a meu Senhor, eu que sou pó e cinza. 28Se dos cinqüenta justos faltassem cinco, destruirias por causa dos cinco a cidade inteira?" O Senhor respondeu: "Não destruiria, se achasse ali quarenta e cinco justos". 29Insistiu ainda Abraão e disse: "E se houvesse quarenta?" Ele respondeu: "Por causa dos quarenta, não o faria". 30Abraão tornou a insistir: "Não se irrite o meu Senhor, se ainda falo. E se houvesse apenas trinta justos?". Ele respondeu: "Também não o faria, se encontrasse trinta". 31Tornou Abraão a insistir: "Já que me atrevi a falar a meu Senhor, e se houver vinte justos?" Ele respondeu: "Não a iria destruir por causa dos vinte". 32Abraão disse: "Que o meu Senhor não se irrite, se eu falar só mais uma vez: e se houvesse apenas dez?" Ele respondeu: "Por causa dos dez, não a destruiria".

   

Salmo
138/137, 1-2a.2bc-3.6-7ab.7c-8
Naquele dia em que gritei, vós me escutastes, ó Senhor!

Ó Senhor, de coração eu vos dou graças, porque ouvistes as palavras dos meus lábios! Perante os vossos anjos vou cantar-vos e ante o vosso templo vou prostrar-me.

Eu agradeço vosso amor, vossa verdade, porque fizestes muito mais que prometestes; naquele dia em que gritei, vós me escutastes e aumentastes o vigor da minha alma.

Altíssimo é o Senhor, mas olha os pobres, e de longe reconhece os orgulhosos. Se no meio da desgraça eu caminhar, vós me fazeis tornar à vida novamente; quando os meus perseguidores me atacarem e com ira investirem contra mim, estendereis vosso braço em meu auxilio, e me salvareis com vossa destra.

Completai em mim a obra começada; ó Senhor, vossa bondade é para sempre! Eu peço: não deixeis inacabada a obra que iniciastes.

 

II Leitura
Cl 2, 12-14
DEUS VOS TROUXE PARA A VIDA, JUNTO COM CRISTO,
 E A TODOS NÓS PERDOOU OS PECADOS

Irmãos, 12com Cristo fostes sepultados no batismo; com ele também fostes ressuscitados por meio da fé no poder de Deus, que ressuscitou a Cristo dentre os mortos. 13Ora, vós estáveis mortos por causa dos vossos pecados, e vossos corpos não tinham recebido a circuncisão, até que Deus vos trouxe para a vida, junto com Cristo, e a todos nós perdoou os pecados. 14Existia contra nós uma conta a ser paga, mas ele a cancelou, apesar das obrigações legais, e a eliminou, pregando-a na cruz.

 

Evangelho
Lc 11, 1-13
PEDI E RECEBEREIS

1Jesus estava rezando num certo lugar. Quando terminou, um de seus discípulos pediu-lhe: "Senhor, ensina-nos a rezar, como também João ensinou a seus discípulos". 2Jesus respondeu: "Quando rezardes, dizei: 'Pai, santificado seja o teu nome. Venha o teu reino. 3Dá-nos a cada dia o pão de que precisamos, 4e perdoa-nos os nossos pecados, pois nós também perdoamos a todos os nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação"'.

5E Jesus acrescentou: "Se um de vós tiver um amigo e for procurá-lo à meia-noite e lhe disser: 'Amigo, empresta-me três pães, 6porque um amigo meu chegou de viagem e nada tenho para lhe oferecer', 7e se o outro responder lá de dentro: 'Não me incomodes! Já tranquei a porta, e meus filhos e eu já estamos deitados; não me posso levantar para te dar os pães'; 8eu vos declaro: mesmo que o outro não se levante para dá-los porque é seu amigo, vai levantar-se ao menos por causa da impertinência dele e lhe dará quanto for necessário.

9Portanto, eu vos digo, pedi e recebereis; procurai e encontrareis; batei e vos será aberto. 10Pois quem pede, recebe; quem procura, encontra; e, para quem bate, se abrirá. 11Será que algum de vós que é pai, se o filho pedir um peixe, lhe dará uma cobra? 12Ou ainda, se pedir um ovo, lhe dará um escorpião? 13Ora, se vós que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do céu dará o Espírito Santo aos que o pedirem!"

Outras Leituras Relacionadas
Mt 6, 9-15; 7, 7-11; At 2, 17; Eclo 23, 1; 51,10; Ez 36, 20-23; Eclo 28, 1-7; 

Comentando o Evangelho(1)
MISERICÓRDIA DO PAI CELESTE

O traço mais característico do Pai, transmitido nos Evangelhos, é a misericórdia. Por isso, ao ensinar os discípulos a rezar, Jesus revela-lhes o rosto misericordioso do Pai, e os exorta a contar sempre com ele. Um dado fundamental: é preciso ser perseverante, quando se trata de recorrer ao Pai. Só ele conhece o momento oportuno de atender a quem lhe pede ajuda. Contudo, ninguém perde por esperar.

A argumentação de Jesus funda-se na insuperável misericórdia divina. Se nenhum pai humano, por pior que seja, responderia à súplica de um filho, dando-lhe algo nocivo, quanto mais o Pai celeste. Sua bondade infinita responde generosamente a quem lhe suplica. E ninguém fica decepcionado, pois é garantida a sua intervenção em favor de seus filhos.

A oração do Pai-nosso é o resumo de tudo de que há de bom e que o discípulo pode desejar obter do Pai. Para rezá-lo, o orante deverá despojar-se de suas ambições pessoais e sintonizar-se com a misericórdia divina. Por isso, seu desejo é ver santificado o nome do Pai celeste, e concretizado seu Reino, na história humana. Seus anseios abrem-se para as relações interpessoais e se manifestam na esperança de ver o pão ser partilhado entre todos, os pecados, perdoados, e o ser humano, livre das insídias do Maligno. Só um coração misericordioso, à imitação do Pai, poderá nutrir tais desejos!

 

(1) Jaldemir Vitório é sacerdote jesuíta, professor das Sagrada Escritura no Centro de Estudos Superiores, em Belo Horizonte, MG. Este comentário foi extraído do livro O EVANGELHO NOSSO DE CADA DIA, Ano C, ©Paulinas, 1997

"O Espírito Santo é o grande dom que podemos receber de nosso Deus. Ele nos nutre com seu dons e, fortalecidos com tão grande dádiva, nossa oração deverá iniciar-se sempre com um agradecimento a Deus por sua bondade." (LITURGIA DIÁRIA Nº 115, ©PAULUS)

 

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