Bernardo, Concordo "in totum"!
Essa mania de aferir conceitos através de enunciados capciosos só evidencia a ignorância (latu sensu) dos examinadores. I.e., essa merda enche o saco! Albert Bouskela bousk...@gmail.com -----Mensagem original----- De: owner-ob...@mat.puc-rio.br [mailto:owner-ob...@mat.puc-rio.br] Em nome de Bernardo Freitas Paulo da Costa Enviada em: terça-feira, 1 de maio de 2012 08:23 Para: obm-l@mat.puc-rio.br Assunto: [obm-l] Re: [obm-l] dúvida em uma afirmação de um vestibular da UEM 2012/5/1 Vanderlei * <vanderma...@gmail.com>: > Pessoal, a afirmação a seguir é verdadeira ou falsa? Penso que seja > verdadeira, porém o gabarito do vestibular diz ser falsa! Preciso de ajuda! > > Em um plano, existem duas figuras F1 e F2, cujas bases estão sobre > uma reta r do plano, com a seguinte propriedade: > "toda reta paralela à reta r que intersecta F1 e F2 determina > segmentos em F1 e em F2 de mesma medida ". > Então, a área de F1 é igual à área de F2. Talvez seja uma sutileza do enunciado. O que é verdade é "Se toda reta r determina segmentos de comprimentos iguais em F1 e F2, então F1 e F2 têm a mesma área" O que poderia acontecer no caso do enunciado (levando *muito* ao pé da letra, e francamente o tipo de questão que me deixa desgostoso com o modo como as pessoas encaram a matemática) seria um triângulo equilátero para F1 e dois triângulos equiláteros (em forma de ampulheta) para F2, tocando-se por um vértice. Assim, toda reta que encontra F1 *E* F2, determina segmentos iguais, mas algumas retas encontram só F2 (e outras poderiam encontrar só F1... ninguém falou que as figuras eram conexas...) e a diferença de áreas vem daí. Esse tipo de questão, numa "múltipla escolha", me parece pouco apropriado. A mesma questão, com um enunciado totalmente claro (e não com tantas ambigüidades possíveis) e que pedisse uma demonstração ou um contra-exemplo (e não apenas "Verdadeiro ou Falso"), talvez fosse melhor. Mas continuo achando que usar isso para determinar a qualidade dos candidatos é uma deformação do real propósito da matemática. Não se está medido a compreensão de um assunto, mas a pura "atenção ao mínimo detalhe". Faz sentido usar isso em sala de aula: ainda mais para explicar a necessidade de dar um enunciado *sempre* completo na "hora da verdade" (porque é a exigência deontológica da disciplina), mas também para dizer "olha, a gente quer que tal coisa seja verdade, mais ou menos assim", e a partir daí construir o tal do enunciado completo, que não cai do céu. Abraços, -- Bernardo Freitas Paulo da Costa ========================================================================= Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html ========================================================================= ========================================================================= Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html =========================================================================