[obm-l] Geometria plana- tri ângulo retângulo

2010-11-18 Por tôpico Lucas Hagemaister

No triângulo retângulo ABC, sendo med(B)=50º, o ângulo formado pela altura e 
pela mediana traçadas a partir do vértice do ângulo reto A mede quanto? 
 

[obm-l] Re: [obm-l] RE: [obm-l] Re: [obm-l] RE: [obm-l] Re: [obm-l] RE: [obm-l] Limite de série

2010-11-18 Por tôpico Lucas Prado Melo
2010/11/16 Luís Lopes qed_te...@hotmail.com

  Sauda,c~oes, oi Lucas,

 Entendido. Aguardo os comentários do seu professor.


Eu falei com ele e parece que encontrar a soma da série pode envolver
conhecimentos de análise funcional (se não me engano) que estão acima da
alçada de um estudante de cálculo C. Então (acho) não poderei dar mais
detalhes sobre a solução, infelizmente. =/
(isso sugere que essa série não devia estar na lista de exercícios...)

-- 
[]'s
Lucas


[obm-l] Re: [obm-l] RES: Sequência

2010-11-18 Por tôpico Rodrigo Renji
Olá :)
Tem um resultado de onde sai com facilidade essa propriedade da média
de Cesáro , a seguinte( cuja demonstração não é complicada )

(Stolz-Cesàro)
Seja (y_n) uma sequência crescente e ilimitada ( logo lim y_n= infinito)

(Vou denotar D x(n)= x(n+1) -x(n))

Se vale lim (D x(n) ) / ( D y(n)) =L então vale lim  x(n)/y(n) = L

Demonstração, para n grande vale (nn_0)

 L-eD x_n /Dy_n  L+e

com D y(n) 0 pois y(n) é crescente e y(n)0 pois y(n) tende  infinito

logo podemos multiplicar por D y(n)

(L-e)Dy_n D x_n  (L+e) Dy_n somamos de n_0+1 até n de cada lado ( as
somas são telescópicas), de onde segue

(L-e)(y(n+1)- y(n_0+1 ))  x_(n+1) -x(n_0+1)  (L+e) (y(n+1) - y(n_0 +1))

podemos dividir por y(n+1)0

(L-e)(1- y(n_0+1 )/y(n+1)) +x(n_0+1) /y(n+1) x_(n+1)/y(n+1)  (L+e)
(1- y(n_0 +1)/y(n+1)) +x(n_0+1) /y(n+1)


para n grande ( como lim yn = infinito ) segue dessa desigualdade que

(L-e) x_(n+1)/y(n+1)  (L+e)
logo lim x(n)/ y(n) =L .

Agora como corolário

Olá :)
Tem um resultado de onde sai com facilidade essa propriedade da média
de Cesáro , a seguinte( cuja demonstração não é complicada )


(Stolz-Cesàro)
Seja (y_n) uma sequência crescente e ilimitada ( logo lim y_n= infinito)

(Vou denotar D x(n)= x(n+1) -x(n))

Se vale lim (D x(n) ) / ( D y(n)) =L então vale lim  x(n)/y(n) = L

Demonstração, para n grande vale (nn_0)
 L-eD x_n /Dy_n  L+e
com D y(n) 0 pois y(n) é crescente e y(n)0 pois y(n) tende  infinito

logo podemos multiplicar por D y(n)

(L-e)Dy_n D x_n  (L+e) Dy_n somamos de n_0+1 até n de cada lado ( as
somas são telescópicas), de onde segue

(L-e)(y(n+1)- y(n_0+1 ))  x_(n+1) -x(n_0+1)  (L+e) (y(n+1) - y(n_0 +1))

podemos dividir por y(n+1)0

(L-e)(1- y(n_0+1 )/y(n+1)) +x(n_0+1) /y(n+1) x_(n+1)/y(n+1)  (L+e)
(1- y(n_0 +1)/y(n+1)) +x(n_0+1) /y(n+1)


para n grande ( como lim yn = infinito ) segue dessa desigualdade que


(L-e) x_(n+1)/y(n+1)  (L+e)

logo lim x(n)/ y(n) =L .


Agora como corolário
(média de cesàro)
Se lim x_n= a então lim ( x_1 ++x_n)/ n= a

tomando s_n= x_1 ++x_n e b_n=n tem-se Ds_n= x(n+1) e D b_n=1

logo pela hipótese lim D s_n /D b_n = lim x(n+1) =a
como, b_n=n é crescente e ilimitada então vale Stolz-Cesáro

logo
lim s_n/ n=  lim  ( x_1 ++x_n)/ n =a .


Esse resultado de Stolz-Cesàro, pode ser visto como análogo a regra de
L hospital para sequências . O operador D ( que normalmente se escreve
como um Delta ), pode ser pensado como o análogo de derivada para
sequências ( tem varias analogias entre esses operadores)

=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
=


[obm-l] Re: [obm-l] RES: Sequência

2010-11-18 Por tôpico Rodrigo Renji
Fiz um pequena besteira no email anterior =/ ( colei de novo a mesma
mensagem, pois tinha tirado a formatação ), então estou enviando de
novo com alguns comentários adicionais

Olá :)
Tem um resultado de onde sai com facilidade essa propriedade da média
de Cesáro , a seguinte( cuja demonstração não é complicada )


(Stolz-Cesàro)
Seja (y_n) uma sequência crescente e ilimitada ( logo lim y_n= infinito)

(Vou denotar D x(n)= x(n+1) -x(n))

Se vale lim (D x(n) ) / ( D y(n)) =L então vale lim  x(n)/y(n) = L

Demonstração, para n grande vale (nn_0)
 L-eD x_n /Dy_n  L+e
com D y(n) 0 pois y(n) é crescente e y(n)0 pois y(n) tende  infinito

logo podemos multiplicar por D y(n)

(L-e)Dy_n D x_n  (L+e) Dy_n somamos de n_0+1 até n de cada lado ( as
somas são telescópicas), de onde segue

(L-e)(y(n+1)- y(n_0+1 ))  x_(n+1) -x(n_0+1)  (L+e) (y(n+1) - y(n_0 +1))

podemos dividir por y(n+1)0

(L-e)(1- y(n_0+1 )/y(n+1)) +x(n_0+1) /y(n+1) x_(n+1)/y(n+1)  (L+e)
(1- y(n_0 +1)/y(n+1)) +x(n_0+1) /y(n+1)


para n grande ( como lim yn = infinito ) segue dessa desigualdade que


(L-e) x_(n+1)/y(n+1)  (L+e)

logo lim x(n)/ y(n) =L .


Agora como corolário
(média de cesàro)
Se lim x_n= a então lim ( x_1 ++x_n)/ n= a

tomando s_n= x_1 ++x_n e b_n=n tem-se Ds_n= x(n+1) e D b_n=1

logo pela hipótese lim D s_n /D b_n = lim x(n+1) =a
como, b_n=n é crescente e ilimitada então vale Stolz-Cesáro

logo
lim s_n/ n=  lim  ( x_1 ++x_n)/ n =a .


Esse resultado de Stolz-Cesàro, pode ser visto como análogo a regra de
L hospital para sequências . O operador D ( que normalmente se escreve
como um Delta ), pode ser pensado como o análogo de derivada para
sequências ( tem varias analogias entre esses operadores.

Ah, esse resultado tem no livro do elon de análise, como exercício .


Pra limite infinito também vale a mesma propriedade

 (Stolz-Cesáro  para limite infinito)
Se b_n é crescente e ilimitada e vale
lim D a_n /Db_n = infinito
então lim a_n /b_n = infinito

demonstração no mesmo esquema
para nn_0 vale e qualquer A0 vale
  D a_n /Db_n A daí podemos multiplicar por D b_n pois Db_n0 ( b_n é
crescente)
D a_n  A .D b_n
somamos de n_0+1 até n com o indice variando e usando a propriedade telescópica

a(n+1)-a(n_0 +1)  A (b(n+1) - b(n_0+1))

a(n+1)  A (b(n+1) - b(n_0+1)) +a(n_0 +1)

dividimos por b_(n+1)0
a(n+1) /b(n+1)  A (1 - b(n_0+1) /b(n+1)) +a(n_0 +1)/b(n+1)

como lim b(n+1) = infinito, para n grande vale

a(n+1) /b(n+1)   A

logo lim a(n) /b(n)= infinito

daí de novo o resultado que gerou esse email sai como corolário .

Se lim a_n= infinito então lim (a1 +...+an) /n= infinito

tomamos s_n=a1+...+an, vale D s_n= a(n+1) e b_n=n, b_n é crescente e ilimitada
e vale
lim D s_n / D b_n = lim a(n+1) /1= infinito
logo lim s_n /n = lim (a1 +...+an) /n = infinito

abraço

=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html
=


[obm-l] Números binomiais: i gualdade

2010-11-18 Por tôpico Pedro Chaves

Poderia algum colega provar a propriedade seguinte?

Sendo p diferente de q, se os números binomiais n sobre p e n sobre q são 
iguais, então p + q = n.


Desde já, muito obrigado.


Pedro Chaves  

[obm-l] RE: [obm-l] Re: [obm -l] RE: [obm-l] Re: [obm-l] RE: [obm-l] Re: [obm-l] RE: [obm -l] Limite de série

2010-11-18 Por tôpico Luís Lopes

Sauda,c~oes, oi Lucas, 

Gostaria de voltar ao assunto. 

Não me importarei se não entender a solução. Mas realmente 
gostaria de vê-la. Ou se não for possível (será mesmo que podemos 
calcular a soma da série??) gostaria de ter pelo menos a resposta. 

Se vc preferir, favor pedir pro seu professor me escrever diretamente. 

[]'s 
Luís 


From: luca...@dcc.ufba.br
Date: Thu, 18 Nov 2010 06:34:24 -0300
Subject: [obm-l] Re: [obm-l] RE: [obm-l] Re: [obm-l] RE: [obm-l] Re: [obm-l] 
RE: [obm-l] Limite de série
To: obm-l@mat.puc-rio.br

2010/11/16 Luís Lopes qed_te...@hotmail.com







Sauda,c~oes, oi Lucas, 

Entendido. Aguardo os comentários do seu professor. 
Eu falei com ele e parece que encontrar a soma da série pode envolver 
conhecimentos de análise funcional (se não me engano) que estão acima da alçada 
de um estudante de cálculo C. Então (acho) não poderei dar mais detalhes sobre 
a solução, infelizmente. =/


(isso sugere que essa série não devia estar na lista de exercícios...)

-- 
[]'s
Lucas
  

[obm-l] Re: [obm-l] RE: [obm-l] Re: [obm-l] RE: [obm-l] Re: [obm-l] RE: [obm-l] Re: [obm-l] RE: [obm-l] Limite de série

2010-11-18 Por tôpico Lucas Prado Melo
2010/11/18 Luís Lopes qed_te...@hotmail.com

  Sauda,c~oes, oi Lucas,

 Gostaria de voltar ao assunto.

 Não me importarei se não entender a solução. Mas realmente
 gostaria de vê-la. Ou se não for possível (será mesmo que podemos
 calcular a soma da série??) gostaria de ter pelo menos a resposta.

 Se vc preferir, favor pedir pro seu professor me escrever diretamente.


Ele me deu a entender que não conhecia a resolução. =/

-- 
[]'s
Lucas


[obm-l] Re: [obm-l] mdc(bbb...b, bbb...b) é bbb...b

2010-11-18 Por tôpico Daniel da Silva Nunes
Olá Paulo,

Considere genericamente uma base q.

Se X = bbb...b e Y = bbb...bbb nessa base, então

X = b*(1 + q + ... + q^(a*d-1)) e Y = b*(1 + q + ... + q^(m*d-1)), onde n =
a*d, k = m*d e o d = mdc(n,k).

Note também que

X = b*[(q^d - 1)/(q - 1)]*[(Q^a - 1)/(Q - 1)] e Y = b*[(q^d - 1)/(q -
1)]*[(Q^m - 1)/(Q - 1)],

onde Q = q^d.

Isso mostra que v = b*[(q^d - 1)/(q - 1)] = b*(1 + q + ... + q^(d-1)) é
divisor comum de X e Y. Resta mostrar que é máximo.

Para tanto, basta verificar que se p é primo e divide W = [(Q^a - 1)/(Q -
1)] e Z = [(Q^m - 1)/(Q - 1)], então p divide 1, absurdo, donde p não existe
e mdc (Z,W) = 1. Em outras palavras, v será o mdc de X e Y.

Suponhamos, sem perda de generalidade, que W  Z, ou seja, a  m.

p | Z = 1 + Q + ... + Q^(a-1)
p | W = 1 + Q + ... + Q^(m-1)

Logo, p | (Z - W) = Q^m*(1 + Q + ... + Q^(a - m - 1)).

É fácil ver que p não pode dividir Q, do contrário, de p | Z teríamos que p
| 1. Assim, p | (1 + Q + ... + Q^(a - m - 1)).

Existe um natural s mínimo tal que m  a - s*m  0. Ao repetir o processo
acima trocando a por a - m, e depois por a - 2*m,
e assim por diante, obteremos indutivamente, para vários r, que p | 1 + Q +
... + Q^(a - (r+1)*m - 1). Esse processo não
pode ser aplicado indefinidamente! Só vale até chegarmos a s-1, gerando
implicações sobre s.

Em particular, p | 1 + Q + ... + Q^(a - s*m - 1), com c_0 = m  a - s*m =
c_1  0.

Repetindo o processo, agora trocando c_0 por c_1, e assim sucessivamente,
obteremos uma seqüência decrescente de naturais c_t
tais que p | 1 + Q + ... + Q^(c_t - 1).

Ora, por sua natureza decrescente, inteira e positiva, em algum momento o
processo termina, com c_t = 1. Isso implica que não
teremos saída, e necessariamente p | 1, absurdo.
Isso demonstra que v = b*[(q^d - 1)/(q - 1)] = b*(1 + q + ... + q^(d-1)) é o
mdc de X e Y.

Abraços,

Daniel


Em 16 de novembro de 2010 22:06, Paulo Argolo pauloarg...@bol.com.brescreveu:

 Caros Colegas,

 Como podemos provar o teorema abaixo:

 O máximo divisor comum dos números naturais bbb...b (n dígitos iguais a b)
 e bbb...n (k dígitos iguais a b) é bbb...b (d dígitos iguais a b), d é o
 máximo divisor comum de n e k.

 Abraços!
 Paulo
 =
 Instru�ões para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
 http://www.mat.puc-rio.br/~obmlistas/obm-l.html=