Re: [obm-l] dertivada como limite de uma seq. de funcoes continuas

2005-09-04 Por tôpico Artur Costa Steiner
Eh isso aih, Bernardo!
Depois me ocorreu uma outra solucao, que acho que
tambem funciona. Se definirmos t_n - (b-x)/(n+1), acho
que dah certo.
Abracos.
Artur

--- Bernardo Freitas Paulo da Costa
[EMAIL PROTECTED] wrote:

 Com risco de chegar dobrado, vou tentar mandar de
 novo (deu um erro
 aqui, mas sei la)
 
 Bom, vou tentar dar uma soluç~ao para este problema.
 Se você tem (a,
 +oo) ou (-oo, a), está bom, certo? Agora, você quer
 algo que seja
 suficiente em (a, b). Se você realmente se permite
 (a, b) aberto, com
 a e b finitos, eu acho que você faz assim:
 
 Estou supondo b-a  2, mas tudo pode ser escalado
 suficientemente
 (p.ex., começando mais longe no n)
 
 Primeiro, pra cada n, trunque f nos pontos a+1/n e
 b-1/n, e
 prolongue linearmente até a e b, seguindo a
 inclinaç~ao que você
 quiser, gerando f_n.
 Daí, defina g_n(x) = 3n( f_n(x+1/3n) - f(x) ) (o
 limite fundamental
 com 1/3n). Repare que g_n( (a+1/3n)+ ) está
 definido, como limite de
 constantes, assim como para g_n( (b-2/3n)- ).
 Finalmente, prolongue
 constantemente a funç~ao no resto do intervalo (a,
 a+1/3n) e (b-2/3n,
 b). Repare que g_n é contínua, e que, para todo x
 pertencente a (a, b)
 temos que, em algum momento (= para n
 suficientemente grande), n~ao
 teremos truncado em volta da bola de raio 1/3n em
 volta de x, o que
 diz que, a partir daí, SE A DERIVADA EM x EXISTIR,
 g_n(x) - f'(x).
 (na verdade, basta lateral à direita, que é o que
 estamos calculando)
 
 Acho que é isso.
 -- 
 Bernardo Freitas Paulo da Costa
 
 
 On 9/2/05, Artur Costa Steiner
 [EMAIL PROTECTED] wrote:
  Eu estou tentando demonstrar a seguinte afirmacao,
 mas encontrei dificuldade
  em alguns casos particulares.
  Se f eh dervavel em um intervalo aberto I, entao
 f' eh dada pelo limite de
  uma sequencia de funcoes continuas em I.
  Inicialmente, suponhamos que I seja da forma (a,
 oo), com a real or -inf.
  Uma abordagem eh definir uma sequencia t_n que
 convirja para 0 e satisfaca a
  t_n  0 para todo n. Definindo-se agora g_n(x) =
 (f(x + t_n) - f(x))/(t_n),
  verificamos que cada g_n eh continua e que g_n =
 f'. Para intervalos do
  tipo (-oo, a) a abordagem eh similar.
  Um caso um pouco mais sutil sao os intervalos da
 forma (a,b), com a e b
  reais. Admitindo-se que f tenha limite L em b-,
 podemos supor que t_n esta
  em (0, b-a)
  para todo e definir g_n(x) = (f(x + t_n) -
 f(x))/(t_n) se a  x  b  - t_n e
  g_n(x) = (L - f(b -t_n))/(t_n) se b-t_n = x  b.
 Cada g_n eh entao continua
  em (a,b) e, como para n suficientemente grande
 temos x  b - t_n para todo x
  de (a,b), segue-se que g_n = f'. De modo similar,
 podemos abordar o caso em
  que f apresenta limite em a+.
  Pode entretanto ocorrer o caso em que a e b sejam
 reais e f nao tenha limite
  nem em a+ e nem em b-. Neste caso, nenhuma das
 duas abordagens apresentadas
  da certo.
  Me ocorreu uma outra, qual seja, definir agora t_n
  1 para todo n com t_n
  = 1 e definir g_n por g_n(x) = (f((t_n)* x) -
 f(x))/((t_n - 1)*x) para todo
  x0 de (a,b). Se 0 nao estiver em (a,b) esta
 abordagem da certo, pois as
  g_n sao continuas e a sequencia (g_n) converge
 para f'. Mas se 0 estiver em
  (a,b) nao funciona para x =0, nem mesmo se
 admitirmos que f' eh continua em
  x =0. Nao dah para definir f(0) de modo a garantir
 que as g_n sejam sempre
  continuas em (a,b). Alem disto, de modo geral
 (g_n(0)) nao converge para
  f'(0).
  Assim, faltou um arremate final, talvez alguem
 possa dar uma sugestao.
  Uma conclusao interessante deste teorema eh que o
 conjunto das
  descontinuidades de f' em I eh magro, segundo a
 classificacao de Baire (eh
  dado por uma uniao enumeravel de conjuntos
 fechados com interior vazio).
  Logo, o conjunto das continuidades eh denso em (a,
 b), o que significa que
  derivadas nunca sao muito descontinuas. Mas isto
 nao siginfica que o
  conjunto das descontinuidades tenha medida nula
  Obrigado
  Artur
  
 

=
  Instruções para entrar na lista, sair da lista e
 usar a lista em
 
 http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
 

=
 
 

=
 Instruções para entrar na lista, sair da lista e
 usar a lista em
 http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html

=
 





__
Click here to donate to the Hurricane Katrina relief effort.
http://store.yahoo.com/redcross-donate3/
=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=


[obm-l] dertivada como limite de uma seq. de funcoes continuas

2005-09-02 Por tôpico Artur Costa Steiner
Eu estou tentando demonstrar a seguinte afirmacao, mas encontrei dificuldade
em alguns casos particulares.
Se f eh dervavel em um intervalo aberto I, entao f' eh dada pelo limite de
uma sequencia de funcoes continuas em I.
Inicialmente, suponhamos que I seja da forma (a, oo), com a real or -inf.
Uma abordagem eh definir uma sequencia t_n que convirja para 0 e satisfaca a
t_n  0 para todo n. Definindo-se agora g_n(x) = (f(x + t_n) - f(x))/(t_n),
verificamos que cada g_n eh continua e que g_n = f'. Para intervalos do
tipo (-oo, a) a abordagem eh similar. 
Um caso um pouco mais sutil sao os intervalos da forma (a,b), com a e b
reais. Admitindo-se que f tenha limite L em b-, podemos supor que t_n esta
em (0, b-a) 
para todo e definir g_n(x) = (f(x + t_n) - f(x))/(t_n) se a  x  b  - t_n e
g_n(x) = (L - f(b -t_n))/(t_n) se b-t_n = x  b. Cada g_n eh entao continua
em (a,b) e, como para n suficientemente grande temos x  b - t_n para todo x
de (a,b), segue-se que g_n = f'. De modo similar, podemos abordar o caso em
que f apresenta limite em a+.
Pode entretanto ocorrer o caso em que a e b sejam reais e f nao tenha limite
nem em a+ e nem em b-. Neste caso, nenhuma das duas abordagens apresentadas
da certo.   
Me ocorreu uma outra, qual seja, definir agora t_n  1 para todo n com t_n
= 1 e definir g_n por g_n(x) = (f((t_n)* x) - f(x))/((t_n - 1)*x) para todo
x0 de (a,b). Se 0 nao estiver em (a,b) esta abordagem da certo, pois as
g_n sao continuas e a sequencia (g_n) converge para f'. Mas se 0 estiver em
(a,b) nao funciona para x =0, nem mesmo se admitirmos que f' eh continua em
x =0. Nao dah para definir f(0) de modo a garantir que as g_n sejam sempre
continuas em (a,b). Alem disto, de modo geral (g_n(0)) nao converge para
f'(0).
Assim, faltou um arremate final, talvez alguem possa dar uma sugestao.
Uma conclusao interessante deste teorema eh que o conjunto das
descontinuidades de f' em I eh magro, segundo a classificacao de Baire (eh
dado por uma uniao enumeravel de conjuntos fechados com interior vazio).
Logo, o conjunto das continuidades eh denso em (a, b), o que significa que
derivadas nunca sao muito descontinuas. Mas isto nao siginfica que o
conjunto das descontinuidades tenha medida nula
Obrigado
Artur

=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=


Re: [obm-l] dertivada como limite de uma seq. de funcoes continuas

2005-09-02 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Bom, vou tentar dar uma soluç~ao para este problema. Se você tem (a,
+oo) ou (-oo, a), está bom, certo? Agora, você quer algo que seja
suficiente em (a, b). Se você realmente se permite (a, b) aberto, com
a e b finitos, eu acho que você faz assim:

Estou supondo b-a  2, mas tudo pode ser escalado suficientemente
(p.ex., começando mais longe no n)

Primeiro, pra cada n, trunque f nos pontos a+1/n e b-1/n, e
prolongue linearmente até a e b, seguindo a inclinaç~ao que você
quiser, gerando f_n.
Daí, defina g_n(x) = 3n( f_n(x+1/3n) - f(x) ) (o limite fundamental
com 1/3n). Repare que g_n( (a+1/3n)+ ) está definido, como limite de
constantes, assim como para g_n( (b-2/3n)- ). Finalmente, prolongue
constantemente a funç~ao no resto do intervalo (a, a+1/3n) e (b-2/3n,
b). Repare que g_n é contínua, e que, para todo x pertencente a (a, b)
temos que, em algum momento (= para n suficientemente grande), n~ao
teremos truncado em volta da bola de raio 1/3n em volta de x, o que
diz que, a partir daí, SE A DERIVADA EM x EXISTIR, g_n(x) - f'(x).
(na verdade, basta lateral à direita, que é o que estamos calculando)

Acho que é isso.
-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa


On 9/2/05, Artur Costa Steiner [EMAIL PROTECTED] wrote:
 Eu estou tentando demonstrar a seguinte afirmacao, mas encontrei dificuldade
 em alguns casos particulares.
 Se f eh dervavel em um intervalo aberto I, entao f' eh dada pelo limite de
 uma sequencia de funcoes continuas em I.
 Inicialmente, suponhamos que I seja da forma (a, oo), com a real or -inf.
 Uma abordagem eh definir uma sequencia t_n que convirja para 0 e satisfaca a
 t_n  0 para todo n. Definindo-se agora g_n(x) = (f(x + t_n) - f(x))/(t_n),
 verificamos que cada g_n eh continua e que g_n = f'. Para intervalos do
 tipo (-oo, a) a abordagem eh similar.
 Um caso um pouco mais sutil sao os intervalos da forma (a,b), com a e b
 reais. Admitindo-se que f tenha limite L em b-, podemos supor que t_n esta
 em (0, b-a)
 para todo e definir g_n(x) = (f(x + t_n) - f(x))/(t_n) se a  x  b  - t_n e
 g_n(x) = (L - f(b -t_n))/(t_n) se b-t_n = x  b. Cada g_n eh entao continua
 em (a,b) e, como para n suficientemente grande temos x  b - t_n para todo x
 de (a,b), segue-se que g_n = f'. De modo similar, podemos abordar o caso em
 que f apresenta limite em a+.
 Pode entretanto ocorrer o caso em que a e b sejam reais e f nao tenha limite
 nem em a+ e nem em b-. Neste caso, nenhuma das duas abordagens apresentadas
 da certo.
 Me ocorreu uma outra, qual seja, definir agora t_n  1 para todo n com t_n
 = 1 e definir g_n por g_n(x) = (f((t_n)* x) - f(x))/((t_n - 1)*x) para todo
 x0 de (a,b). Se 0 nao estiver em (a,b) esta abordagem da certo, pois as
 g_n sao continuas e a sequencia (g_n) converge para f'. Mas se 0 estiver em
 (a,b) nao funciona para x =0, nem mesmo se admitirmos que f' eh continua em
 x =0. Nao dah para definir f(0) de modo a garantir que as g_n sejam sempre
 continuas em (a,b). Alem disto, de modo geral (g_n(0)) nao converge para
 f'(0).
 Assim, faltou um arremate final, talvez alguem possa dar uma sugestao.
 Uma conclusao interessante deste teorema eh que o conjunto das
 descontinuidades de f' em I eh magro, segundo a classificacao de Baire (eh
 dado por uma uniao enumeravel de conjuntos fechados com interior vazio).
 Logo, o conjunto das continuidades eh denso em (a, b), o que significa que
 derivadas nunca sao muito descontinuas. Mas isto nao siginfica que o
 conjunto das descontinuidades tenha medida nula
 Obrigado
 Artur
 
 =
 Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
 http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
 =


=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=


Re: [obm-l] dertivada como limite de uma seq. de funcoes continuas

2005-09-02 Por tôpico Bernardo Freitas Paulo da Costa
Com risco de chegar dobrado, vou tentar mandar de novo (deu um erro
aqui, mas sei la)

Bom, vou tentar dar uma soluç~ao para este problema. Se você tem (a,
+oo) ou (-oo, a), está bom, certo? Agora, você quer algo que seja
suficiente em (a, b). Se você realmente se permite (a, b) aberto, com
a e b finitos, eu acho que você faz assim:

Estou supondo b-a  2, mas tudo pode ser escalado suficientemente
(p.ex., começando mais longe no n)

Primeiro, pra cada n, trunque f nos pontos a+1/n e b-1/n, e
prolongue linearmente até a e b, seguindo a inclinaç~ao que você
quiser, gerando f_n.
Daí, defina g_n(x) = 3n( f_n(x+1/3n) - f(x) ) (o limite fundamental
com 1/3n). Repare que g_n( (a+1/3n)+ ) está definido, como limite de
constantes, assim como para g_n( (b-2/3n)- ). Finalmente, prolongue
constantemente a funç~ao no resto do intervalo (a, a+1/3n) e (b-2/3n,
b). Repare que g_n é contínua, e que, para todo x pertencente a (a, b)
temos que, em algum momento (= para n suficientemente grande), n~ao
teremos truncado em volta da bola de raio 1/3n em volta de x, o que
diz que, a partir daí, SE A DERIVADA EM x EXISTIR, g_n(x) - f'(x).
(na verdade, basta lateral à direita, que é o que estamos calculando)

Acho que é isso.
-- 
Bernardo Freitas Paulo da Costa


On 9/2/05, Artur Costa Steiner [EMAIL PROTECTED] wrote:
 Eu estou tentando demonstrar a seguinte afirmacao, mas encontrei dificuldade
 em alguns casos particulares.
 Se f eh dervavel em um intervalo aberto I, entao f' eh dada pelo limite de
 uma sequencia de funcoes continuas em I.
 Inicialmente, suponhamos que I seja da forma (a, oo), com a real or -inf.
 Uma abordagem eh definir uma sequencia t_n que convirja para 0 e satisfaca a
 t_n  0 para todo n. Definindo-se agora g_n(x) = (f(x + t_n) - f(x))/(t_n),
 verificamos que cada g_n eh continua e que g_n = f'. Para intervalos do
 tipo (-oo, a) a abordagem eh similar.
 Um caso um pouco mais sutil sao os intervalos da forma (a,b), com a e b
 reais. Admitindo-se que f tenha limite L em b-, podemos supor que t_n esta
 em (0, b-a)
 para todo e definir g_n(x) = (f(x + t_n) - f(x))/(t_n) se a  x  b  - t_n e
 g_n(x) = (L - f(b -t_n))/(t_n) se b-t_n = x  b. Cada g_n eh entao continua
 em (a,b) e, como para n suficientemente grande temos x  b - t_n para todo x
 de (a,b), segue-se que g_n = f'. De modo similar, podemos abordar o caso em
 que f apresenta limite em a+.
 Pode entretanto ocorrer o caso em que a e b sejam reais e f nao tenha limite
 nem em a+ e nem em b-. Neste caso, nenhuma das duas abordagens apresentadas
 da certo.
 Me ocorreu uma outra, qual seja, definir agora t_n  1 para todo n com t_n
 = 1 e definir g_n por g_n(x) = (f((t_n)* x) - f(x))/((t_n - 1)*x) para todo
 x0 de (a,b). Se 0 nao estiver em (a,b) esta abordagem da certo, pois as
 g_n sao continuas e a sequencia (g_n) converge para f'. Mas se 0 estiver em
 (a,b) nao funciona para x =0, nem mesmo se admitirmos que f' eh continua em
 x =0. Nao dah para definir f(0) de modo a garantir que as g_n sejam sempre
 continuas em (a,b). Alem disto, de modo geral (g_n(0)) nao converge para
 f'(0).
 Assim, faltou um arremate final, talvez alguem possa dar uma sugestao.
 Uma conclusao interessante deste teorema eh que o conjunto das
 descontinuidades de f' em I eh magro, segundo a classificacao de Baire (eh
 dado por uma uniao enumeravel de conjuntos fechados com interior vazio).
 Logo, o conjunto das continuidades eh denso em (a, b), o que significa que
 derivadas nunca sao muito descontinuas. Mas isto nao siginfica que o
 conjunto das descontinuidades tenha medida nula
 Obrigado
 Artur
 
 =
 Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
 http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
 =


=
Instruções para entrar na lista, sair da lista e usar a lista em
http://www.mat.puc-rio.br/~nicolau/olimp/obm-l.html
=