Re: [otorri.] BUCHINHA DO NORTE

2000-10-15 Por tôpico Jorge Escamilla


--- mario <[EMAIL PROTECTED]> wrote:
>  Com muita frequência, temos caso no consultório
> de epistaxe após uso de buchinha do norte,
> entretanto os relatos são de que após a congestão há
> uma imensa drenagem de secreção com um grande alívio
> do quadro. Eu, não uso, mas respeito. Existe aqui na
> UFMA(Universidade Federal do Maranhão), na área de
> Farmácia/Bioquíma, um estudo sobre as plantas
> medicinais, em que o pessoal desenvolve trabalhos
> neste setor com grandes resultados, inclusive a
> população tem um grande acesso a este serviço;
> inclusive já foi tema no Fantástico há algum tempo. 
>  Um abraço,
> 
>  Kátia Lobão (São
> Luís-Ma.)
>  otorrinolaringologista 
> 
> 


__
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Re: [otorri.] BUCHINHA DO NORTE

2000-10-10 Por tôpico Jorge Henrique Arrais de Alencar Pierre



Caro Prof. Richard L Voegels 
 
    
Obrigado pela análise dos resumos. A experiência que tenho com a Luffa 
operculata, bastante usada aqui na região, é no tratamento das 
irritações nasais e epistaxes que a mesma provoca, embora muitos pacientes 
relatem melhora e até cura dos sintomas. Como você, achei interessante os 
artigos encontrados na literatura, pois achava que somente aqui no Brasil esta 
substância era usada. Fico imaginando quantas plantas das nossas florestas são 
investigadas no exterior e que, se mostrarem princípios ativos efetivos, serão 
mandadas de volta na forma de caríssimos medicamentos
 
Um abraço, 
 
Jorge Pierre. 

  - Original Message - 
  From: 
  Richard L 
  Voegels 
  To: [EMAIL PROTECTED] 
  Sent: Tuesday, October 10, 2000 3:18 
  AM
  Subject: Re: [otorri.] BUCHINHA DO 
  NORTE
  Prezado Jorge, 
      Muito interessante a sua mensagem a respeito da Luffa 
  operculata. Eu não sabia que haviam artigos a respeito.     
  Contudo se você observar a primeira referência que enviou, da Universidade de 
  Ulm na Alemanha, os autores concluem, após a realização de um estudo duplo 
  cego com quatro diferente grupos (um placebo), que não houve diferença 
  significante entre os quatro grupos.     No segundo artigo, 
  realizado em Mannheim, os autores comparam dois grupos de pacientes, o 
  primeiro utilizou um spray composto por Luffa operculata associado com outras 
  drogas (histamina, sulfa e Galphimia glauca) 
  e o segundo grupo utilizou spray composto por cromogilcato de 
  sódio.  Não houve grupo placebo. Os autores 
  concluem que os dois sprays equivalem-se (estatisticamente). Estes dados não 
  permitem concluir que a Luffa operculata apresentou efeito terapêutico pois: 
  1. haviam outra drogas associadas a Luffa operculata 2. não houve um grupo 
  controle para comparação.     De qualquer forma foi 
  bastante interessante ler os resumos destes artigos 
  Um abraço 
  Richard L Voegels FMUSP     
  Jorge Henrique Arrais de Alencar Pierre wrote: 
  

    Caros 
colegas, A Luffa operculata 
é usada em preparados homeopáticos para tratamento 
da rinite alérgica e rinite sazonal nos EUA e na Alemanha !! Existe até um 
spray nasal que tem entre seus componentes, a nossa Buchinha do 
Norte:  
ZICAM™ Allergy 
Relief FAQ 
Luffa Operculata, 
Galphimia Glauca, Histaminum Hydrochloricum, and 
Sulphur. 


Trabalhos encontrados na 
literatura: 
Wiesenauer M; Gaus W; Bohnacker U; 
Haussler S Endereço: Zentrale Einrichtung Klinische Dokumentation des 
Klinikums, Universitat Ulm Título: Wirksamkeitsprufung von 
homoopathischen Kombinationspraparaten bei Sinusitis. Ergebnisse einer 
randomisierten Doppelblindstudie under Praxisbedingungen. / Efficiency of 
homeopathic preparation combinations in sinusitis. Results of a randomized 
double blind study with general practitioners. Fonte: 
Arzneimittelforschung; 39(5):620-5, 1989 May. ISSN: 0004-4172 País 
de publicação: GERMANY Idioma: Ger Resumo: In a controlled 
randomized double-blind trial carried out by 47 physicians in private 
practice with totally 152 patients with sinusitis the therapeutic success of 
the following homeopathic drug preparations was investigated: Group A: 
combination of luffa operculata D4, kalium bicromicum D4 and cinnabaris D3. 
Group B: combination of kalium bicromicum D4 and cinnabaris D3. Group C: 
luffa operculata D4. Group D: placebo. Criteria for the therapeutic result 
were headache, blocked nasal breathing, trigeminal tenderness, reddening and 
swelling of nasal mucosa and postnasal secretion. There was no remarkable 
difference in the therapeutic success among the investigated homeopathic 
drug combinations nor between the active drugs and placebo. Averaged over 
all four groups 81% of the patients with acute sinusitis and 67% of the 
patients with chronic sinusitis recovered. In the literature comparable 
therapeutic results are reported for antibiotic therapy, decongestant nose 
drops and for the drainage of nasal cavities (Au) 
WEISER and colleagues, Institut fur 
Antihomotoxische Medizin und Grundregulationsforschung, Baden-Baden, 
Mannhein, Germany compared the efficacy and tolerance of a homoeopathic 
nasal spray for hay fever (seasonal allergic rhinitis) with conventional 
intranasal cromolyn sodium therapy. Methods: 146 
patients with hay fever symptoms were recruited into the randomised, 
double-blind trial of 42 days. The homoeopathic remedy (Luffa comp. –Heel 
trade mark Nasal Spray), 0.14 ml per application, 4 times per day consisted 
of a fixed combination comprised of Luffa operculata, Galphimia 
glauca, histamine and sulfur. Quality of life, as measured using the 
Rhinoconjunctivitis quality of Life Questionnaire (RQLQ) was the principal 
outcome measure. The trial

Re: [otorri.] BUCHINHA DO NORTE

2000-10-09 Por tôpico Richard L Voegels



Prezado Jorge,
    Muito interessante a sua mensagem a respeito da Luffa
operculata. Eu não sabia que haviam artigos a respeito.
    Contudo se você observar a primeira referência
que enviou, da Universidade de Ulm na Alemanha, os autores concluem, após
a realização de um estudo duplo cego com quatro diferente
grupos (um placebo), que não houve diferença significante
entre os quatro grupos.
    No segundo artigo, realizado em Mannheim, os autores
comparam dois grupos de pacientes, o primeiro utilizou um spray composto
por Luffa operculata associado com outras drogas (histamina, sulfa e Galphimia
glauca) e o segundo grupo utilizou spray composto por cromogilcato
de sódio.  Não houve grupo
placebo. Os autores concluem que os dois sprays equivalem-se (estatisticamente).
Estes dados não permitem concluir que a Luffa operculata apresentou
efeito terapêutico pois: 1. haviam outra drogas associadas a Luffa
operculata 2. não houve um grupo controle para comparação.
    De qualquer forma foi bastante interessante ler
os resumos destes artigos
Um abraço
Richard L Voegels
FMUSP
 
 
Jorge Henrique Arrais de Alencar Pierre wrote:

   
Caros colegas,
A Luffa operculata é
usada em preparados homeopáticos para tratamento da rinite alérgica
e rinite sazonal nos EUA e na Alemanha !! Existe até um spray nasal
que tem entre seus componentes, a nossa Buchinha do Norte: 
ZICAM™
Allergy Relief FAQ
Luffa Operculata,
Galphimia Glauca, Histaminum Hydrochloricum, and Sulphur.


Trabalhos encontrados na literatura:
Wiesenauer M; Gaus W; Bohnacker U;
Haussler S Endereço: Zentrale Einrichtung Klinische Dokumentation
des Klinikums, Universitat Ulm Título: Wirksamkeitsprufung
von homoopathischen Kombinationspraparaten bei Sinusitis. Ergebnisse einer
randomisierten Doppelblindstudie under Praxisbedingungen. / Efficiency
of homeopathic preparation combinations in sinusitis. Results of a randomized
double blind study with general practitioners. Fonte: Arzneimittelforschung;
39(5):620-5, 1989 May. ISSN: 0004-4172 País de publicação:
GERMANY Idioma: Ger Resumo: In a controlled randomized double-blind
trial carried out by 47 physicians in private practice with totally 152
patients with sinusitis the therapeutic success of the following homeopathic
drug preparations was investigated: Group A: combination of luffa operculata
D4, kalium bicromicum D4 and cinnabaris D3. Group B: combination of kalium
bicromicum D4 and cinnabaris D3. Group C: luffa operculata D4. Group D:
placebo. Criteria for the therapeutic result were headache, blocked nasal
breathing, trigeminal tenderness, reddening and swelling of nasal mucosa
and postnasal secretion. There was no remarkable difference in the therapeutic
success among the investigated homeopathic drug combinations nor between
the active drugs and placebo. Averaged over all four groups 81% of the
patients with acute sinusitis and 67% of the patients with chronic sinusitis
recovered. In the literature comparable therapeutic results are reported
for antibiotic therapy, decongestant nose drops and for the drainage of
nasal cavities (Au)
WEISER and colleagues, Institut
fur Antihomotoxische Medizin und Grundregulationsforschung, Baden-Baden,
Mannhein, Germany compared the efficacy and tolerance of a homoeopathic
nasal spray for hay fever (seasonal allergic rhinitis) with conventional
intranasal cromolyn sodium therapy.
Methods:
146 patients with hay fever symptoms were recruited into the randomised,
double-blind trial of 42 days. The homoeopathic remedy (Luffa comp. –Heel
trade mark Nasal Spray), 0.14 ml per application, 4 times per day consisted
of a fixed combination comprised of Luffa operculata, Galphimia
glauca, histamine and sulfur. Quality of life, as measured using the
Rhinoconjunctivitis quality of Life Questionnaire (RQLQ) was the principal
outcome measure. The trial medication tolerance was measured using global
assessment, rhinoscopy, recording of adverse events and the use of vital
and laboratory parameters.
Results:
The treatment showed quick and lasting effects. This effect was
independent from the medication applied and produced an almost complete
remission of hay fever symptoms. RQLQ global scores changed significantly
during the course of the treatment, demonstrating therapeutic equivalence
between the 2 forms of treatment. There were no adverse systemic effects,
although local adverse events appeared in 3 patients.
Conclusions:
The homoeopathic nasal spray is as efficient and well tolerated as conventional
therapy with cromolyn sodium for the treatment of hay fever.
Weiser M et al. A randomized equivalence
trial comparing the efficacy and safety of Luffa comp .-Heel nasal spray
with cromolyn sodium spray in the treatment of seasonal allergic rhinitis.
Forschende Komplementaermedizin 6(3): 142-8 Jun 1999. 

Saudações,
Jorge Pierre, Crato-CE
 
 
 





Re: [otorri.] BUCHINHA DO NORTE

2000-10-09 Por tôpico Marcos Sarvat



Dá-lhe, Pierre!
Como bom homem do Crato, foste bem na 
bucha!
E mais uma vez a Europa se curva ao Brasil, 
e seu imenso potencial inexplorado (ou até muito 
bem explorado)...
Agora, para provocar: Homeopatia funciona? 

Sobre a receita alopática da sogra, não uso há 
anos, duvidaria se não tivesse visto (em mim mesmo). Não é descongestionante, 
isso é fato (até causa uma congestão), mas parece que quando passa o edema, 
teria um efeito rebote ao inverso, e "vem com tudo". E é claro, todo 
efeito depende de dose, e fica difícil medir daquele jeito, 1/4 de 
bucha em 1 litro, etc, e por isso e temer complicações, não 
prescrevo a buchinha. Pode parecer só imaginação, mas respeito, pois algo de certo deve ter, como possível tratamento de 
algum tipo de sinusite crônica. Será?
E a turma do Maranhão, apurou algo?
Abraços
Marcos Sarvat

  - Original Message - 
  From: 
  Jorge 
  Henrique Arrais de Alencar Pierre 
  To: [EMAIL PROTECTED] 
  Sent: Monday, October 09, 2000 8:14 
  PM
  Subject: [otorri.] BUCHINHA DO 
NORTE
  
  Caros colegas, 
      
   
      A Luffa 
  operculata é usada em preparados homeopáticos para tratamento da 
  rinite alérgica e rinite sazonal nos EUA e na Alemanha !! Existe até um spray 
  nasal que tem entre seus componentes, a nossa Buchinha do Norte:
   
    
  ZICAM™ 
  Allergy Relief 
  FAQ
  Luffa Operculata, Galphimia Glauca, Histaminum Hydrochloricum, 
  and Sulphur.
  
  
  Trabalhos encontrados na literatura: 
  
  Wiesenauer M; Gaus W; Bohnacker U; Haussler S 
  Endereço: 
  Zentrale Einrichtung Klinische Dokumentation 
  des Klinikums, Universitat Ulm Título: Wirksamkeitsprufung von homoopathischen Kombinationspraparaten bei 
  Sinusitis. Ergebnisse einer randomisierten Doppelblindstudie under 
  Praxisbedingungen. / Efficiency of homeopathic preparation combinations in 
  sinusitis. Results of a randomized double blind study with general 
  practitioners. Fonte: Arzneimittelforschung; 39(5):620-5, 1989 May. 
  ISSN: 0004-4172 País de publicação: GERMANY Idioma: Ger Resumo: In a 
  controlled randomized double-blind trial carried out by 47 physicians in 
  private practice with totally 152 patients with sinusitis the therapeutic 
  success of the following homeopathic drug preparations was investigated: Group 
  A: combination of luffa operculata D4, kalium bicromicum D4 and cinnabaris D3. 
  Group B: combination of kalium bicromicum D4 and cinnabaris D3. Group C: luffa 
  operculata D4. Group D: placebo. Criteria for the therapeutic result were 
  headache, blocked nasal breathing, trigeminal tenderness, reddening and 
  swelling of nasal mucosa and postnasal secretion. There was no remarkable 
  difference in the therapeutic success among the investigated homeopathic drug 
  combinations nor between the active drugs and placebo. Averaged over all four 
  groups 81% of the patients with acute sinusitis and 67% of the patients with 
  chronic sinusitis recovered. In the literature comparable therapeutic results 
  are reported for antibiotic therapy, decongestant nose drops and for the 
  drainage of nasal cavities (Au)
  WEISER and colleagues, Institut fur Antihomotoxische Medizin und 
  Grundregulationsforschung, Baden-Baden, Mannhein, Germany compared the 
  efficacy and tolerance of a homoeopathic nasal spray for hay fever 
  (seasonal allergic rhinitis) with conventional intranasal cromolyn sodium 
  therapy.Methods: 146 patients with hay fever symptoms were recruited into the 
  randomised, double-blind trial of 42 days. The homoeopathic remedy (Luffa 
  comp. –Heel trade mark Nasal Spray), 0.14 ml per application, 4 times per day 
  consisted of a fixed combination comprised of Luffa operculata, 
  Galphimia glauca, histamine and sulfur. Quality of life, as measured 
  using the Rhinoconjunctivitis quality of Life Questionnaire (RQLQ) was the 
  principal outcome measure. The trial medication tolerance was measured using 
  global assessment, rhinoscopy, recording of adverse events and the use of 
  vital and laboratory parameters.Results: The treatment showed quick and 
  lasting effects. This effect was independent from the medication applied 
  and produced an almost complete remission of hay fever symptoms. RQLQ global 
  scores changed significantly during the course of the treatment, demonstrating 
  therapeutic equivalence between the 2 forms of treatment. There were no 
  adverse systemic effects, although local adverse events appeared in 3 
  patients.Conclusions: The homoeopathic nasal spray is as efficient and well tolerated as 
  conventional therapy with cromolyn sodium for the treatment of hay 
  fever.Weiser M et al. A randomized equivalence trial comparing the 
  efficacy and safety of Luffa comp .-Heel nasal spray with cromolyn sodium 
  spray in the treatment of seasonal allergic rhinitis. Forschende 
  Komplementaermedizin 6(3): 142-8 Jun 1999. 
  

  
  Saudações,
  Jorge Pierre, Crato-CE
   


Re: [otorri.] BUCHINHA DO NORTE

2000-10-09 Por tôpico Marcos Sarvat



Prezado João Cláudio:
 
Atendendo a seu pedido, aí vai 
(heresia!) uma receita caseira em ORL:
(da sogra de minha sogra - de sogra 
para sogra desde 1900 - deve ser tiro e queda)
 
Preparado especial de buchinha ou cabacinha 
do Norte
Utilizada por Sidone Tenório (Santana do 
Ipanema AL) e Célia D'Andrada (Maceió AL)
 
1. Pôr 1/4 
de buchinha em 1 litro d'água e ferver (borbulhar) por 1 minuto.
2. Deixar esfriar ao ambiente e coar em filtro de 
café.
3. Conservar a solução em geladeira por até 7 
dias.
4. Aquecer (amornar) a porção que for utilizar (1/2 
a 1 xícara ao dia).
5. Inalar na mão em concha (por 2 vezes em cada 
narina), à noite, antes de deitar.
6. Assoar levemente a narina depois de 
usar.
6. Repetir por 15 a 30 dias.
7. Resultado esperado: solta uma placa escura, 
e aí está a cura!
 
Cuidados: 
Se usar sem ter fé no preparado, muito 
concentrado ou se abusar pode ter uma reação forte no nariz e no 
rosto.
E acaso não melhore, moço, procure logo seu 
médico ORL!
 
Bem, essa eu não assino, esperando a faculdade 
testar as faculdades da fórmula da sogra-da-sogra...
E peço que os mais afoitos e crentes retornem 
ao grupo os seus resultados!
 

  - Original Message - 
  From: 
  Joao Claudio Medeiros Bastos 
  To: [EMAIL PROTECTED] 
  Sent: Monday, October 09, 2000 4:40 
  AM
  Subject: RES: [otorri.] BUCHINHA DO 
  NORTE
  
  Caro 
  Marcos Sarvat
  Qual 
  foi a forma que você usou, prescrito por sua avó, e as que deram certo nos 
  seus pacientes, foram as mesmas nos que não deram certos.
  Grato e um abraço.
  João 
  Cláudio - Recife
  
-Mensagem original-De: [EMAIL PROTECTED] 
[mailto:[EMAIL PROTECTED]]Em 
nome de Marcos SarvatEnviada em: Sexta-feira, 6 de Outubro de 
2000 08:00Para: [EMAIL PROTECTED]Assunto: Re: 
    [otorri.] BUCHINHA DO NORTE
Depoimento de ORL e 
paciente:
 
Já soube que o Dr. Roberto Neves Pinto 
(alagoano radicado no RJ) fez um estudo sobre isto há uns 15 anos, e 
não referiu valor terapêutico.
De minha parte, conheço, e eu mesmo já 
usei por receita de minha sogra pernambucana, há uns 17 anos atrás, para uma 
sinusite crônica que desenvolvi (secreção abundante com velamento geral - 
pansinusite), resistente à vários antibióticos.
Evoluí muito bem, parece que "descolou" todo o 
epitélio, saiu uma enorme placa escura e nunca mais tive nada.
Utilizei em alguns pacientes com indicação 
cirúrgica com bons resultados, e em outros nada melhorou. De acordo com a 
"dose", forma de preparo e concentração da solução pode levar à 
epistaxe (tem grande efeito cáustico), mas nunca tive. Concluí que o 
laboratório alagoano da minha sogra feve ter aval do FDA.
 
Bem, falando sério, como ORL e paciente, 
gostaria muito que houvesse mais pesquisa universitária sobre esta e outras 
fitoterapias com razoáveis "evidências populares" de eficiência. E 
que criássemos menos dependência acadêmica e necessidade de patrocínio de 
empresas nacionais e multinacionais ávidas por poder sobre marcas (e mentes 
médicas) e produtoras de medicamentos absurdamente caros. Afinal, 
quantos brasileiros podem pagar 1 salário mínimo por um 
tratamento? E assim, prevendo pagar o medicamento que será prescrito, o 
que sobra para o médico são mesmo os R$ 2 do 
SUS (para os miseráveis) ou os R$ 20 do convênio (para os mais 
abonados)...  
 
Marcos Sarvat
 
 
- Original Message - 
From: lucianofahel <[EMAIL PROTECTED]>
To: grupo USP <[EMAIL PROTECTED]>
Sent: Thursday, October 05, 2000 11:08 
PM
Subject: [otorri.] BUCHINHA 
PAULISTA
> Caros colegas,> > 
É frequente nos depararmos com pessoas que afirmam terem > obtido 
cura de "sinusite" após o uso de uma infusão > feita com "bucha 
paulista"(também conhecida como "bucha > do norte" ou "cabacinha"). 
Não se sabe muito bem o que > está sendo chamado de sinusite, mas o 
fato é que muitos > dizem ter obtido melhora dos seus "sintomas 
nasais".> > Recentemente, um paciente relatou que na 
Universidade > Federal do Maranhão, alguém estava pesquisando esta 
> planta, tendo havido confirmação do seu suposto poder de > 
cura.> > Alguém sabe algo a respeito?> > Luciano 
Fahel BA> >  > 
__> 
Todo brasileiro tem direito a um e-mail grátis> http://www.bol.com.br> 
 > > 


Re: [otorri.] BUCHINHA DO NORTE

2000-10-06 Por tôpico Marcos Sarvat



Depoimento de ORL e 
paciente:
 
Já soube que o Dr. Roberto Neves Pinto (alagoano 
radicado no RJ) fez um estudo sobre isto há uns 15 anos, e não referiu 
valor terapêutico.
De minha parte, conheço, e eu mesmo já usei 
por receita de minha sogra pernambucana, há uns 17 anos atrás, para uma sinusite 
crônica que desenvolvi (secreção abundante com velamento geral - pansinusite), 
resistente à vários antibióticos.
Evoluí muito bem, parece que "descolou" todo o 
epitélio, saiu uma enorme placa escura e nunca mais tive nada.
Utilizei em alguns pacientes com indicação 
cirúrgica com bons resultados, e em outros nada melhorou. De acordo com a 
"dose", forma de preparo e concentração da solução pode levar à epistaxe 
(tem grande efeito cáustico), mas nunca tive. Concluí que o laboratório 
alagoano da minha sogra feve ter aval do FDA.
 
Bem, falando sério, como ORL e paciente, 
gostaria muito que houvesse mais pesquisa universitária sobre esta e outras 
fitoterapias com razoáveis "evidências populares" de eficiência. E que 
criássemos menos dependência acadêmica e necessidade de patrocínio de empresas 
nacionais e multinacionais ávidas por poder sobre marcas (e mentes médicas) e 
produtoras de medicamentos absurdamente caros. Afinal, quantos 
brasileiros podem pagar 1 salário mínimo por um tratamento? E assim, 
prevendo pagar o medicamento que será prescrito, o que sobra para o 
médico são mesmo os R$ 2 do SUS (para os 
miseráveis) ou os R$ 20 do convênio (para os mais abonados)... 
 
 
Marcos Sarvat
 
 
- Original Message - 
From: lucianofahel <[EMAIL PROTECTED]>
To: grupo USP <[EMAIL PROTECTED]>
Sent: Thursday, October 05, 2000 11:08 
PM
Subject: [otorri.] BUCHINHA 
PAULISTA
> Caros colegas,> > É 
frequente nos depararmos com pessoas que afirmam terem > obtido cura de 
"sinusite" após o uso de uma infusão > feita com "bucha paulista"(também 
conhecida como "bucha > do norte" ou "cabacinha"). Não se sabe muito bem 
o que > está sendo chamado de sinusite, mas o fato é que muitos > 
dizem ter obtido melhora dos seus "sintomas nasais".> > 
Recentemente, um paciente relatou que na Universidade > Federal do 
Maranhão, alguém estava pesquisando esta > planta, tendo havido 
confirmação do seu suposto poder de > cura.> > Alguém sabe 
algo a respeito?> > Luciano Fahel BA> > 
 > 
__> 
Todo brasileiro tem direito a um e-mail grátis> http://www.bol.com.br>  > 
>