E agora, José? A festa acabou, a Dilma ganhou o Índio sumiu, a Globo mudou.. e agora, José? e agora, você?
você que é sem graça, que zomba da massa, você que fez plágio que amou o pedágio e agora, José? Está sem “migué” está sem discurso, está sem caminho.. não pode beber, não pode fumar, cuspir não se pode, nem mesmo blogar? a noite esfriou, o farol apagou o voto não veio, o pobre não veio, o rico não veio.. não veio a utopia não veio o João tão pouco a Maria e tudo acabou o Diogo fugiu o Bornhausen mofou, e agora, José E agora, José ? Sua outra palavra, seu instante de Lula: careca de barba! sua gula e jejum, sua favela dourada sua “São-Paulo de ouro” seu telhado de vidro, sua incoerência, seu ódio – e agora ? com a chave na mão quer abrir qualquer porta, não existe porta; o navio afundou quer morrer no mar, mas o mar secou; quer ir para Minas, Minas não há mais. nem Rio, Bahia, Sergipe, Goiás.. José, e agora ? Se você gritasse, se você gemesse, se você tocasse a valsa da despedida e a Miriam tirasse… se você dormisse, se você cansasse, como o leitor do Noblat se você “morresse” Mas você não morre, você é vaso “duro”, José ! E sozinho no escuro qual bicho-do-mato, sem teogonia, sem megalomania Sem Folha, O Globo, Estadão, o Dia.. sem Cantanhede para se encostar, sem o cheiro da massa pra você respirar.. e sem cavalo grego que fuja a galope, sem o Ali Babá pra lhe arranjar algum golpe, você marcha, José ! José, pra onde? pra sempre? E agora, José? Se quando a festa acabou, o povo falou que sem você, podia muito mais.. Então, nesse caso: Até nunca mais, José!