Prezados O evento da Abramulti foi um sucesso não somente pela quantidade de pessoas presentes, como também pela qualidade dos conteúdos, da forma como foram apresentados e principalmente pela integração e participação de todos. Segundo o Manoel esse mesmo clima existiu em Belo Horizonte e São Paulo. Isso me motiva mais ainda em colocar na lista a questão da FENAINFO (Federação Nacional das Empresas de Informática) da qual sou diretor. Em nosso sistema, o imposto sindical, que toda empresa recolhe obrigatoriamente, (não me refiro ao imposto sindical dos funcionários, mas sim o patronal) uma parcela de 40% vai para o Ministério do Trabalho, 20% vai para os Sindicatos, 15% para as Federações e 5% para as Confederações. Todos nós, com freqüência vemos na mídia, posições defendidas pela Confederação e Federações da Indústria, vide CNI, Fiesp, Firjan e outras, igualmente sobre a Confederação e Federações do Comércio, CNC, Fecomércio e outros. Ouvimos falar muito porque com esse imposto sindical, essas entidades recebem muito dinheiro que viabilizam a construção de sedes, a contratação de recursos materiais, de recursos humanos e possibilita oferecerem serviços para seus associados. Mas além disso, possibilita o mais importante, exercerem uma ação política financiando a eleição de deputados e senadores, remunerando lobistas para defenderem seus interesses junto a interlocutores do executivo, legislativo e demais instâncias do poder. Falamos da Indústria e do Comércio. E o Serviço, onde nossa atividade está inserida? Infelizmente na maioria dos estados brasileiros as empresas de informática, em especial as de provimento de acesso a Internet, acabam financiando as entidades do Comércio ou da Indústria. Acontece que na maioria das vezes os interesses do Comércio e da Indústria não são os mesmos do setor de Serviços, em especial da Informática. Por que isso acontece? Basicamente por dois motivos: Primeiro, os contadores das empresas de informática, na maioria das vezes, por desconhecimento ou comodidade emitem a guia de recolhimento do Imposto Sindical para o Sindicato do Comércio. O segundo, por não existirem Sindicatos de Empresas de Informática em todos os estados brasileiros. O primeiro motivo é mais fácil de ser resolvido, basta interagirmos com nossos contadores e exigirmos nossa vinculação ao Sindicato das Empresas de Informática do Estado ou da Região. Não havendo sindicato, é só pedir ao contador para emitir a guia direto para a Federação FENAINFO. O segundo caso, depende de uma ação política de todos nós, ou seja, nos estados onde não há empresas de informática, temos que montar um. A FENAINFO tem como dar suporte a iniciativas nos estados para que empresários com essa disposição, possam montar um sindicato. Tem seu diretor executivo, o Leonardo, permanentemente em Brasília, que pode dar andamento na papelada necessária. Em fim, tem condições de dar um suporte para a instalação de uma infra-estrutura mínima para o funcionamento de uma entidade sindical nos estados em que ainda não há. O trabalho da Abramulti é maravilhoso, mas temos idéia do quanto isso deve estar custando à vida pessoal, familiar e empresarial do Manoel. Esse belíssimo trabalho poderia estar sendo suportado financeiramente, como as Federações do Comércio e da Indústria fazem, mas para isso há necessidade de recursos. Temos que parar de financiar a defesa política de outros setores e financiar o nosso, para isso, basta que o Imposto Sindical seja pago para o Sindicato de nossa atividade econômica. Sei que este assunto não se esgota com este longo e-mail, muitas dúvidas certamente existem. Fico a disposição para ajudar tanto reservadamente como na própria lista, pois também tenho um provedor na cidade de Niterói e vivo desde 1995 quando fundei a NITNET um verdadeiro massacre, ora por parte do governo, ora por parte das teles, ora por conta de um mercado em constante mutação, mas como todos desta lista, não desistimos e estaremos sempre na luta.
================================================ Um abraço, José Carlos