Re: [PSL-BA] como o PT enterrou o regime público nas Comunicações

2011-07-12 Por tôpico P. J.
maldita inclusão digital

Em 10 de julho de 2011 14:36, Rafael Gomes
rafaelgo...@techfree.com.brescreveu:

 Alguém poderia moderar essa thread?

 2011/7/8 Cris Alves cristinaalve...@hotmail.com


 --
 Date: Fri, 8 Jul 2011 18:30:05 -0700
 From: jonic...@yahoo.com.br
 Subject: Enc: [intercomradio] como o PT enterrou o regime público nas
 Comunicações
 To: palmeir...@bol.com.br; cristinaalve...@hotmail.com; b...@ufba.br;
 valdiviopi...@oi.com.br; bala...@ufba.br


 - Mensagem encaminhada -
 *De:* Antonio Francisco Magnoni afmagn...@faac.unesp.br
 *Para:* leco...@yahoogrupos.com.br; fnpj f...@yahoogrupos.com.br;
 intercomra...@yahoogrupos.com.br
 *Enviadas:* Sexta-feira, 8 de Julho de 2011 15:54
 *Assunto:* [intercomradio] como o PT enterrou o regime público nas
 Comunicações


   Marcos Dantas: Qual é mesmo a diferença entre PT e PSDB?
 8 de Julho de 2011 – 13h41
 *Dantas: como o PT enterrou o regime público nas Comunicações*
  Nos últimos 15 anos, o campo político-econômico das Comunicações passou
 por profundas mudanças em todo o mundo, como parte mesmo das transformações
 operadas no próprio sistema capitalista mundial. Não foram meras reformas
 “neoliberais”, respostas superestruturais às transformações em curso. Foram
 mudanças de natureza econômica e política, por um lado impulsionadas pelo,
 e, por um lado, impulsionadoras do reordenamento geral de todo o sistema.
  *Por Marcos Dantas, no Instituto Telecom, reproduzido no 
 Vermelhohttp://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=6id_noticia=158318
 *
  A esquerda nunca entendeu muito bem esse processo, resistiu por um bom
 tempo até mesmo a admiti-lo, jamais conseguiu formular-lhe um projeto
 político alternativo.
 O resultado, como tem dito o filósofo István Meszáros, é termos hoje, ao
 menos nas democracias liberais ocidentais, dois partidos de direita, aquele
 que se diz Conservador (ou denominações similares) e faz políticas conforme;
 e aquele que se diz “Social-Democrata” ou “Socialista” e faz política
 conforme… a dos conservadores.
  O PT, no Brasil, não escapou à sina dos partidos socialistas europeus, na
 última década. Na Europa, através dos “indignados” – que nada podem fazer
 além de manifestar indignação – estamos vendo onde chegou esse impasse. O
 Brasil que aguarde a sua vez.
  Salvo no êxito de seus programas focados e compensatórios, programas
 estes teorizados e formulados pelos neoliberais aos quais faltava, porém,
 disposição política e substrato social para implementá-los, o PT, no governo
 Lula e, agora, neste início de governo Dilma, apenas deu continuidade, em
 alguns casos aprofundou, as políticas herdadas do governo FHC. Foi assim na
 macroeconomia, foi assim nas políticas industrial-tecnológicas, energéticas,
 educacionais, agrícolas… foi assim nas Comunicações.
  Durante 60 ou 70 anos, até os anos 1980, ao longo do padrão capitalista
 então dominante, alcunhado “fordista”, as políticas de Comunicações, em todo
 o mundo, eram pautadas por um princípio básico: serviço público. Mesmo nos
 Estados Unidos, onde o setor era oligopolisticamente controlado por grandes
 corporações empresariais (ATT, NBC, ABC, CBS), prevalecia a ideia de que
 esta era uma área que deveria estar submetida ao interesse público,
 existindo uma agência de governo encarregado de zelar por isso: a FCC
 (Federal Communications Comission). Nos demais países, em geral, o setor
 era, todo ele, diretamente estatizado. No Brasil, as telecomunicações eram
 estatais, e a radiodifusão dependia de concessões públicas.
  Nos países capitalistas avançados, o regime público atingiu um dos seus
 principais objetivos: a universalização dos serviços. Estatísticas dos anos
 1970 mostravam que em todos os países europeus ocidentais, nos Estados
 Unidos, no Japão, praticamente 100% das residências possuíam tanto
 receptores de televisão quanto linhas telefônicas, sem falar, claro, do
 atendimento às indústrias, estabelecimentos comerciais, bancos e, também,
 escolas e demais serviços públicos. Não era o caso do Brasil. Só então
 começávamos a expandir a nossa planta telefônica e o acesso à televisão. Na
 década 1990, menos de 20% das nossas residências tinham linhas telefônicas e
 menos de 80%, televisão (uma desigualdade que, vis-à-vis os países centrais,
 fala por si).
  Então o capitalismo mudou, logo mudaram as Comunicações. Reestruturam-se
 as corporações multinacionais, nisto as redes de comunicação ganham novas e
 estratégicas funções nos circuitos de acumulação. Emergem, em menos de duas
 décadas, grandes conglomerados mediáticos globais, incorporando
 telecomunicações e produção/programação de conteúdos em um mesmo modelo de
 negócios que, logo, aspira também, para o seu interior, a nascente internet.
  O antigo telefone de voz começa a ser substituído por novos meios
 tecnológicos e práticas sociais de intercâmbio e interação que essas
 corporações comandam. A antiga televisão aberta começa a desaparecer,
 substituída por 

Re: [PSL-BA] como o PT enterrou o regime público nas Comunicações

2011-07-11 Por tôpico Rafael Gomes
Alguém poderia moderar essa thread?

2011/7/8 Cris Alves cristinaalve...@hotmail.com


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 Date: Fri, 8 Jul 2011 18:30:05 -0700
 From: jonic...@yahoo.com.br
 Subject: Enc: [intercomradio] como o PT enterrou o regime público nas
 Comunicações
 To: palmeir...@bol.com.br; cristinaalve...@hotmail.com; b...@ufba.br;
 valdiviopi...@oi.com.br; bala...@ufba.br


 - Mensagem encaminhada -
 *De:* Antonio Francisco Magnoni afmagn...@faac.unesp.br
 *Para:* leco...@yahoogrupos.com.br; fnpj f...@yahoogrupos.com.br;
 intercomra...@yahoogrupos.com.br
 *Enviadas:* Sexta-feira, 8 de Julho de 2011 15:54
 *Assunto:* [intercomradio] como o PT enterrou o regime público nas
 Comunicações


   Marcos Dantas: Qual é mesmo a diferença entre PT e PSDB?
 8 de Julho de 2011 – 13h41
 *Dantas: como o PT enterrou o regime público nas Comunicações*
  Nos últimos 15 anos, o campo político-econômico das Comunicações passou
 por profundas mudanças em todo o mundo, como parte mesmo das transformações
 operadas no próprio sistema capitalista mundial. Não foram meras reformas
 “neoliberais”, respostas superestruturais às transformações em curso. Foram
 mudanças de natureza econômica e política, por um lado impulsionadas pelo,
 e, por um lado, impulsionadoras do reordenamento geral de todo o sistema.
  *Por Marcos Dantas, no Instituto Telecom, reproduzido no 
 Vermelhohttp://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=6id_noticia=158318
 *
  A esquerda nunca entendeu muito bem esse processo, resistiu por um bom
 tempo até mesmo a admiti-lo, jamais conseguiu formular-lhe um projeto
 político alternativo.
 O resultado, como tem dito o filósofo István Meszáros, é termos hoje, ao
 menos nas democracias liberais ocidentais, dois partidos de direita, aquele
 que se diz Conservador (ou denominações similares) e faz políticas conforme;
 e aquele que se diz “Social-Democrata” ou “Socialista” e faz política
 conforme… a dos conservadores.
  O PT, no Brasil, não escapou à sina dos partidos socialistas europeus, na
 última década. Na Europa, através dos “indignados” – que nada podem fazer
 além de manifestar indignação – estamos vendo onde chegou esse impasse. O
 Brasil que aguarde a sua vez.
  Salvo no êxito de seus programas focados e compensatórios, programas estes
 teorizados e formulados pelos neoliberais aos quais faltava, porém,
 disposição política e substrato social para implementá-los, o PT, no governo
 Lula e, agora, neste início de governo Dilma, apenas deu continuidade, em
 alguns casos aprofundou, as políticas herdadas do governo FHC. Foi assim na
 macroeconomia, foi assim nas políticas industrial-tecnológicas, energéticas,
 educacionais, agrícolas… foi assim nas Comunicações.
  Durante 60 ou 70 anos, até os anos 1980, ao longo do padrão capitalista
 então dominante, alcunhado “fordista”, as políticas de Comunicações, em todo
 o mundo, eram pautadas por um princípio básico: serviço público. Mesmo nos
 Estados Unidos, onde o setor era oligopolisticamente controlado por grandes
 corporações empresariais (ATT, NBC, ABC, CBS), prevalecia a ideia de que
 esta era uma área que deveria estar submetida ao interesse público,
 existindo uma agência de governo encarregado de zelar por isso: a FCC
 (Federal Communications Comission). Nos demais países, em geral, o setor
 era, todo ele, diretamente estatizado. No Brasil, as telecomunicações eram
 estatais, e a radiodifusão dependia de concessões públicas.
  Nos países capitalistas avançados, o regime público atingiu um dos seus
 principais objetivos: a universalização dos serviços. Estatísticas dos anos
 1970 mostravam que em todos os países europeus ocidentais, nos Estados
 Unidos, no Japão, praticamente 100% das residências possuíam tanto
 receptores de televisão quanto linhas telefônicas, sem falar, claro, do
 atendimento às indústrias, estabelecimentos comerciais, bancos e, também,
 escolas e demais serviços públicos. Não era o caso do Brasil. Só então
 começávamos a expandir a nossa planta telefônica e o acesso à televisão. Na
 década 1990, menos de 20% das nossas residências tinham linhas telefônicas e
 menos de 80%, televisão (uma desigualdade que, vis-à-vis os países centrais,
 fala por si).
  Então o capitalismo mudou, logo mudaram as Comunicações. Reestruturam-se
 as corporações multinacionais, nisto as redes de comunicação ganham novas e
 estratégicas funções nos circuitos de acumulação. Emergem, em menos de duas
 décadas, grandes conglomerados mediáticos globais, incorporando
 telecomunicações e produção/programação de conteúdos em um mesmo modelo de
 negócios que, logo, aspira também, para o seu interior, a nascente internet.
  O antigo telefone de voz começa a ser substituído por novos meios
 tecnológicos e práticas sociais de intercâmbio e interação que essas
 corporações comandam. A antiga televisão aberta começa a desaparecer,
 substituída por centenas de canais pagos de acesso fixo ou móvel, e pela
 internet. Em alguns países, a exemplo da Holanda, ela 

[PSL-BA] como o PT enterrou o regime público nas Comunicações

2011-07-08 Por tôpico Cris Alves


Date: Fri, 8 Jul 2011 18:30:05 -0700
From: jonic...@yahoo.com.br
Subject: Enc: [intercomradio] como o PT enterrou o regime público nas 
Comunicações
To: palmeir...@bol.com.br; cristinaalve...@hotmail.com; b...@ufba.br; 
valdiviopi...@oi.com.br; bala...@ufba.br


- Mensagem encaminhada -
De: Antonio Francisco Magnoni afmagn...@faac.unesp.br
Para: leco...@yahoogrupos.com.br; fnpj f...@yahoogrupos.com.br; 
intercomra...@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Sexta-feira, 8 de Julho de 2011 15:54
Assunto: [intercomradio] como o PT enterrou o regime público nas Comunicações















 
 



  



  
  
  

Marcos Dantas: Qual é mesmo a diferença entre PT e PSDB?



8 de Julho de 2011 – 13h41

Dantas: como o PT enterrou o regime público nas Comunicações



Nos últimos 15 anos, o campo político-econômico das Comunicações passou por 
profundas mudanças em todo o mundo, como parte mesmo das transformações 
operadas no próprio sistema capitalista mundial. Não foram meras reformas 
“neoliberais”, respostas superestruturais às transformações em curso. Foram 
mudanças de natureza econômica e política, por um lado impulsionadas pelo, e, 
por um lado, impulsionadoras do reordenamento geral de todo o sistema.



Por Marcos Dantas, no Instituto Telecom, reproduzido no Vermelho



A esquerda nunca entendeu muito bem esse processo, resistiu por um bom tempo 
até mesmo a admiti-lo, jamais conseguiu formular-lhe um projeto político 
alternativo.

O resultado, como tem dito o filósofo István Meszáros, é termos hoje, ao menos 
nas democracias liberais ocidentais, dois partidos de direita, aquele que se 
diz Conservador (ou denominações similares) e faz políticas conforme; e aquele 
que se diz “Social-Democrata” ou “Socialista” e faz política conforme… a dos 
conservadores.



O PT, no Brasil, não escapou à sina dos partidos socialistas europeus, na 
última década. Na Europa, através dos “indignados” – que nada podem fazer além 
de manifestar indignação – estamos vendo onde chegou esse impasse. O Brasil que 
aguarde a sua vez.



Salvo no êxito de seus programas focados e compensatórios, programas estes 
teorizados e formulados pelos neoliberais aos quais faltava, porém, disposição 
política e substrato social para implementá-los, o PT, no governo Lula e, 
agora, neste início de governo Dilma, apenas deu continuidade, em alguns casos 
aprofundou, as políticas herdadas do governo FHC. Foi assim na macroeconomia, 
foi assim nas políticas industrial-tecnológicas, energéticas, educacionais, 
agrícolas… foi assim nas Comunicações.



Durante 60 ou 70 anos, até os anos 1980, ao longo do padrão capitalista então 
dominante, alcunhado “fordista”, as políticas de Comunicações, em todo o mundo, 
eram pautadas por um princípio básico: serviço público. Mesmo nos Estados 
Unidos, onde o setor era oligopolisticamente controlado por grandes corporações 
empresariais (ATT, NBC, ABC, CBS), prevalecia a ideia de que esta era uma área 
que deveria estar submetida ao interesse público, existindo uma agência de 
governo encarregado de zelar por isso: a FCC (Federal Communications 
Comission). Nos demais países, em geral, o setor era, todo ele, diretamente 
estatizado. No Brasil, as telecomunicações eram estatais, e a radiodifusão 
dependia de concessões públicas.



Nos países capitalistas avançados, o regime público atingiu um dos seus 
principais objetivos: a universalização dos serviços. Estatísticas dos anos 
1970 mostravam que em todos os países europeus ocidentais, nos Estados Unidos, 
no Japão, praticamente 100% das residências possuíam tanto receptores de 
televisão quanto linhas telefônicas, sem falar, claro, do atendimento às 
indústrias, estabelecimentos comerciais, bancos e, também, escolas e demais 
serviços públicos. Não era o caso do Brasil. Só então começávamos a expandir a 
nossa planta telefônica e o acesso à televisão. Na década 1990, menos de 20% 
das nossas residências tinham linhas telefônicas e menos de 80%, televisão (uma 
desigualdade que, vis-à-vis os países centrais, fala por si).



Então o capitalismo mudou, logo mudaram as Comunicações. Reestruturam-se as 
corporações multinacionais, nisto as redes de comunicação ganham novas e 
estratégicas funções nos circuitos de acumulação. Emergem, em menos de duas 
décadas, grandes conglomerados mediáticos globais, incorporando 
telecomunicações e produção/programação de conteúdos em um mesmo modelo de 
negócios que, logo, aspira também, para o seu interior, a nascente internet.



O antigo telefone de voz começa a ser substituído por novos meios tecnológicos 
e práticas sociais de intercâmbio e interação que essas corporações comandam. A 
antiga televisão aberta começa a desaparecer, substituída por centenas de 
canais pagos de acesso fixo ou móvel, e pela internet. Em alguns países, a 
exemplo da Holanda, ela já sumiu das estatísticas. Em outros está prestes, 
inclusive nos Estados Unidos. O Brasil também vai chegar lá.



Era uma época de hegemonia política