Considero aquela licença de software público do Paraná um avanço, dentro
do contexto do "politicamente possível" na época (considerando riscos).
Embora eu a considere _não-livre_ (ou melhor: parcialmente livre),
concordo que as críticas à licença por parte de algumas pessoas nesta
lista foi exagerada, deixando de reconhecer pontos positivos.
Porém não vejo relação desse caso com o do IRPF, pois do que li entendi
que o IRPF não é livre nem semi-livre, é software proprietário que usa
indevidamente código oriundo de software livre, além de depender de
software proprietário para ser executado, que é o maior problema. Não é
um caso em que o governo ou a Receita estejam avançando. Pararam há
muito tempo no conceito de 'multiplataforma', e agora impossibilitam
alternativas como a declaração em papel. É um retrocesso, não um avanço.
Acho perfeitamente válida e justificável a crítica sobre casos em que há
certa intransigência perfeccionista na crítica a atores que desenvolvem,
utilizam, ou tentam promover o software livre. Talvez o tópico sobre o
IRPF não tenha sido um bom exemplo (é o que acho, mas não houve
contra-argumentação para esclarecer o ponto de vista). Espero que Julian
possa oportunamente reapresentar sua visão crítica, num formato mais
desenvolvido. Pelo que entendi da mensagem encaminhada, de fato é uma
reflexão relevante.
Hudson Lacerda
Glauber Machado Rodrigues (Ananda) escreveu:
Repassando o pvt que esclarece os motivos do Julian, com a permissão dele:
2008/5/29 Julian Carlo Fagotti <[EMAIL PROTECTED]>:
Minha crítica, que farei posteriormente na lista sem o caso específico do
IRPF, é que a lista geralmente é pouco não considera algumas coisas no
cenário nacional e internacional.
O Brasil é o país que mais tem ações (bem ou mal sucedidadas) em direção ao
código aberto. O PT, dentro do país é o partido que mais discute software
live, ainda que ainda não seja uma posição partidária. E são alvos de
maiores críticas.
Aqui no Paraná, temos um decreto do governador que estipula que toda a
produção de software do estado é livre (não necessariamente GPL, mas muito
próximo disso), e a gente apanhou muito na lista, porque a nossa licença não
era GPL. HOje o pessoal reconhece a Celepar como grande produtora de
software livre. Mais não foi fácil.
É o complexo de patinho feio de brasileiro que me irrita um tanto. A gente
é décima maior economia do mundo, não é pouca coisa quando a gente tem
parte do nosso governo abrindo código.
Entendeu? É um pouco mais amplo que o IRPF. Por isso não quero continuar
agora.
Em 29/05/2008 às 13:19 horas, "Glauber Machado Rodrigues (Ananda)" <
[EMAIL PROTECTED]> escreveu:
2008/5/29 Julian Carlo Fagotti <[EMAIL PROTECTED]>:
Estou postando só para você fora da lista, porque não quero transformar
isso num problema. Tenho um ótimo senso de humor com também sei usá-lo
politicamente. Sou reconhecidamente irônico. Mas, na boa, foi só um
comentário.
Acho que a sua opinião é importante para a thread que você criou, então
acho que você deva compartilhar com os outros o seu atual pensamento sobre o
tópico.
Acho que as pessoas da lista estão querendo entender a sua opinião, você
pode estar certo em algum ponto que não estamos vendo.
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