Re: [PSL-Brasil] Prêmio AREDE 2014 para DiasporaBR

2015-01-28 Por tôpico anahuac
Obrigado Cleiton, 

Não se preocupe com a demora. Vindo de você vale cada sílaba! 
Para ser honesto eu acho que a vitória não chegou. O prêmio tem sim sua 
importância e é válido, afinal de contas a construção é feita de cada grão 
agregado. 
Mas a vitória não chegou, nem para mim, nem para o Software Livre pois a 
adesão dos Ativistas Convertidos é pífia. 

Mas a luta continua e publiquei mais um artigo nestes dias para ver se há 
alguma reação positiva. 

A contrabalança contra a contrarrevolução em http://www.anahuac.eu 

Quem sabe um dia poderemos falar em vitórias. Hoje eu estou falando em 
reconstrução da implosão feita pela contrarrevolução da OSI. 

Saudações Livres! 

- Mensagem original -

 De: Cleiton Galvão Santana cleitongal...@uesb.edu.br
 Para: PSL-Brasil psl-brasil@listas.softwarelivre.org
 Enviadas: Quarta-feira, 28 de janeiro de 2015 13:53:46
 Assunto: Re: [PSL-Brasil] Prêmio AREDE 2014 para DiasporaBR

 Parabéns Anahuac,

 Já era para ter respondido antes, só Vi agora nos meus rascunhos q comecei a
 digitar e parei. Mas é bom que lembra... Meus parabéns, essa é uma vitória
 também do Software Livre.
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Re: [PSL-Brasil] Prêmio AREDE 2014 para DiasporaBR

2015-01-28 Por tôpico Claudia Archer
Muito bom! Parabéns!

Em 20 de novembro de 2014 01:07, anah...@anahuac.eu escreveu:


 Em dezembro de 2013 nasceu o DiasporaBR: o primeiro POD da famosa rede
 social federada em território nacional. O projeto mundial nasceu em 2010
 nos USA e tem por objetivo ser uma alternativa viável, segura, livre e
 autônoma ao Facebook. E com um objetivo simples assim, baseando-se no fato
 de que o bem prevalecerá, independente do tamanho do desafio, teremos que
 estar prontos para cuidar de bilhões.

 Mas tudo começa com o primeiro passo. No DiasporaBR esse passo foi
 garantido pela RGV Tecnologia que patrocina o servidor, link e suporte
 primário de rede. O segundo passo só foi possível pela colaboração honesta
 e desinteressada de pessoas como Albino Neto e Fábio Barboza. O terceiro
 passo é o incondicional suporte familiar provido por minha companheira de
 vida Roberta e nossos lindos filhos Arthur e Amanda que sempre estão
 dispostos a esperar mais alguns minutos para que eu possa me dedicar a
 cuidar deste pequeno pedaço da rede mundial.

 O conjunto de atores e partes é que tem estimulado de forma contínua o uso
 da Diáspora como um todo e no Brasil nos servidores disponíveis. Sim, no
 plural mesmo, pois já somos dois no Brasil e outros dois servidores
 brasileiros hospedados fora do país, ou seja, estamos em franca expansão. E
 não só no Brasil, mas no Mundo: ontem mesmo foi disponibilizado o primeiro
 POD Diáspora da Argentina.

 O Prêmio AREDE é a demonstração clara de que a tecnologia está muito além
 das redes e aplicativos “main stream”, mas que deve ser pensada como
 ferramenta de transformação social. E isso só é possível com autonomia e
 independência tecnológica, onde estas só se concretizam pelo uso do
 Software Livre.

 Este é um caminho sem volta, pois a sede de comunicação só é menor do que
 a sede de justiça e igualdade que quando se apresenta coletivamente é
 irrefreável, incontrolável e será sempre atingida. Os números são, per si,
 a melhor demonstração de que uma revolução está acontecendo: em menos de um
 ano a rede mundial Diaspora mais que dobrou.

 A comunicação digital é uma realidade. Acreditamos na força das interações
 on-line, em especial as instantâneas, mas feitas de forma responsável,
 respeitando o anonimato, a individualidade, o direito autoral e
 especialmente a privacidade. O poder de decidir qual conteúdo chegará a
 qual destinatário deve pertencer ao indivíduo conectado e não às clausulas
 de permissividade dos termos de uso das ferramentas privativas. Quando um
 conteúdo for apagado, ele deve ser realmente apagado. Resumindo, as ações
 de cada usuário devem refletir seu desejo, sem interferência ou limitações
 impostas pela lógica mercantilista.

 Fica aqui o agradecimento à Revista AREDE pelo reconhecimento, e à
 comissão julgadora que selecionou o DiasporaBR para receber o prêmio. A
 todos que colaboraram e colaboram com a rede social federada e em especial
 a cada um dos usuários do nosso POD e de todos os POD’s do mundo, pois é a
 convicção libertária de cada um que asfalta esse caminho.

 Vida longa à liberdade, vida longa ao Diáspora.

 Vamos mudar a Internet? Vem logo, correr, entra!

 http://www.diasporabr.com.br

 --

 Aos companheiros de luta, a glória.
 Aos admiradores, a certeza.
 Aos usuários, o agradecimento.
 Aos incrédulos, a confirmação.
 Aos críticos, a carapuça!



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Patriotismo é a presunção de que esse país é melhor que todos os outros
porque você nasceu nele.
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Re: [PSL-Brasil] A contrabalança contra a contrarrevolução

2015-01-28 Por tôpico Rodrigo Robles
Brilhante texto Anahuac.

Depois disto fico até com vergonha de responder do meu gmail.

Muitas pessoas fogem da discussão ideológica do Software Livre, com medo de
serem taxadas de radicais. O fato do Software Livre propor idéias tão
diferentes da cultura vigente choca tanto quanto qualquer mudança cultural
do passado.

O que é cultura vigente hoje, no amanhã será considerado idéias obsoletas e
inadmissíveis. Isto é um fato. Basta voltarmos um pouco na história. Há
pouco tempo atrás, a legislação determinava que se uma mulher traísse o
homem no casamento, não teria direito à partilha dos bens no divórcio. Se
voltar mais no tempo a lei determinava que a mulher não podia votar. Se
voltar mais no tempo a lei determinava que um homem podia matar a mulher
que o traísse. Se voltar ainda mais a lei determinava que um homem branco
podia escravizar um homem negro. E por aí vai...

Por isso não devemos nos envergonhar de questionar a cultura e a legislação
do presente. Porquê amanhã, com certeza, ela será alterada e considerada
obsoleta.

Quando propomos os conceitos de Software Livre e suas quatro liberdades,
soa incoerente e radical para as pessoas presas à cultura de hoje. Mas são
apenas idéias avançadas que serão consideradas naturais num futuro próximo.

Ainda mais importante que usar Software Livre, é disseminar as idéias,
razões e conhecimento do porquê usamos Software Livre.



Em 28 de janeiro de 2015 15:01, anah...@anahuac.eu escreveu:


 A contrabalança contra a contrarrevolução

 O tempo cura todas as feridas, mas deixa marcas. As cicatrizes são
 recordatórios irremovíveis das duras experiências e das lambadas levadas no
 árduo caminho da militância contra o status quo. Depois de quase duas
 décadas carrego as minhas com certo orgulho, afinal de contas quem não tem
 cicatrizes não lutou e portanto não tem inimigos. Li em algum lugar que “a
 pessoa pode ser medida pelo tamanho de seus inimigos”. Acho que faz sentido.

 Mas não podemos ignorar as lições aprendidas em cada batalha. O que mais
 tenho percebido é que o sistema mercantilista e o individualismo são
 implacáveis. Se supunha que o Movimento Software Livre fosse um polo de
 resistência ao modelo tradicional de exploração do homem pelo homem,
 afinal, contribuir, compartilhar, somar, agregar, distribuir são todos
 adjetivos usados para descrever o bem coletivo. Mas fomos minados,
 distorcidos, vendidos, canibalizados, enganados e persuadidos a acreditar
 que esses adjetivos deveriam servir ao bom e velho modelo onde um irmão
 explora o outro. A ideologia virou modelo de negócio. Essa é a contribuição
 irreversível da OSI para o Software Livre.

 Termos como FOSS ou Linux que servem para suprimir os termos Free Software
 e GNU, palestras sobre como fazer dinheiro com Software Livre, exposição ao
 ridículo dos defensores ideológicos, mercantilização das marcas mais
 conhecidas, recrutamento dos melhores desenvolvedores e ativistas, são
 algumas das técnicas usadas para levar a cabo a contrarrevolução da OSI
 para descaracterizar o movimento social e político do Software Livre,
 mudando seu contexto e importância ideológica para tornar os adjetivos
 acima em meios de produção, modelo de negócio e agradar ao deus mercado.

 Software Livre não é um modelo de negócio e, portanto, tem princípios
 éticos e ideológicos que se sobrepõem a qualquer tentativa de conciliação
 com ações que se coloquem de encontro a esses princípios. Já a OSI é
 volúvel, condescendente, ardilosa, esperta, simbiótica e letal. Transformar
 o Open Source em sinônimo de Free Software é a artimanha mais nefasta de
 todas, levada a cabo e praticamente consumada no imaginário coletivo.

 O argumento de que é necessário popularizar o acesso ao Software Livre é
 irresistível. Todos caíram nele. Mas como esse nunca foi o verdadeiro
 ponto, foram feitos alguns ajustes no método: demonizar o Stallman, remover
 o GNU da jogada, fortalecer o termo Código Aberto – Open Source, e
 especialmente justificar a presença de código não livre, não aberto, nos
 principais programas a serem usados, em especial o kernel Linux. Assim
 abriram-se as portas para a invasão de drivers proprietários que aliviaram
 a pressão sobre os fabricantes de hardware. Não por coincidência esses são
 os maiores financiadores da OSI e da própria Linux Foundation. Até mesmo a
 demonizada Microsoft financia os principais projetos OSI do mundo. A cereja
 do bolo foi o impulso dado a uma distribuição que coadunasse com essas
 ideias e da mesma falta de comprometimento com o Software Livre e que
 estivesse disposta a assumir a relevância como distribuição padrão para as
 pessoas comuns, pois seria fácil de usar, compatível com todos os
 equipamentos, apoiadora dos grupos de usuários, focada no desktop e prova
 cabal de que um modelo de negócios baseado nos princípios do Software Livre
 era possível e viável: Ubuntu.

 Mas talvez a maior de todas as armadilhas da contrarrevolução da OSI tenha
 sido a criação da complacência 

Re: [PSL-Brasil] A contrabalança contra a contrarrevolução

2015-01-28 Por tôpico Sergio Durigan Junior
On Wednesday, January 28 2015, anah...@anahuac.eu wrote:

 A contrabalança contra a contrarrevolução

E aí, rapaz?

Sem entrar no mérito do texto em si, gostaria de fazer alguns
comentários objetivos.

* Não compre mais computadores, celulares ou tablets que não possam usar 
 GNU ou versões modificadas de Andoid (CyanogenMOD, OMNI ou Raptor);

Apesar de concordar que essas distribuições são melhores do que usar a
versão que vem instalada no seu celulare, CyanogenMOD, OMNI ou Raptor
contêm blobs binários também.  Infelizmente, nessa parte de mobile nós
estamos perdendo feio :-/.

* Migre seu e-mail para um provedor pago ou organize uma quota para alugar 
 um servidor e instale seu próprio Mail Server;

Dependendo do servidor pago escolhido, isso não vai resolver o
problema (e talvez até agrave).  Acho que seria legal indicar alguns
servidores que respeitem minimamente o cliente.

* Convide os colegas do seu grupo de usuários para migrarem suas listas de 
 discussão para um servidor livre ou instale o mailman e gerencie você mesmo;
* Não compre ou use equipamentos com o sistema operacional privativo: 
 MacOS, Windows ou outro qualquer;

Acho difícil colocar o Windows nessa lista porque a grande maioria dos
notebooks vem com ele instalado.  Mas certamente vale a pena mencionar a
possibilidade de reembolso do valor do sistema operacional, o que é
também uma forma de protesto.

* Diga sempre sistema operacional GNU. Isso lhe forçará a ter que explicar 
 e então ganhamos a chance de fazer as pessoas entenderem o que é Software 
 Livre;

Exceto quando estiver falando do Android, ou de algum outro sistema que
não é GNU :-).

* Elimine o nome Linux. Esse não é mais um projeto de Software Livre. 
 Fizeram um fork livre que se chama Linux-libre;
* Convide seus amigos e família para usarem redes sociais livre e 
 federadas como Friendica, Diáspora, RedMatrix, Pumpio ou Twistter;
* Faça eventos de Software Livre sem usar termos como OpenSource, Código 
 Aberto, OSI ou FOSS;
* Não ative sua conta do Gmail no Android! Use o aptoide.com como loja 
 para instalação de aplicativos e seja livre! (do Google);

Vale muito a pena mencionar o f-droid também.

* Instale o Telegram e mostre para as pessoas que usam o WhatsApp
 que o azul é muito mais legal que o verde. Seja porque pode ser usado
 no desktop, no navegador ou no celular, seja porque é encriptado, seja
 porque tem autodestruir mensagens, seja porque seu cliente é livre;

De acordo com a Wikipedia
(https://en.wikipedia.org/wiki/Telegram_%28software%29), o servidor do
Telegram não é livre.  Pra mim, só isso já acaba com qualquer outra
qualidade que ele possa possuir.

* Não seja desagradável: se confrontado sob o porque de dizer GNU em vez 
 de Linux, responda que se são a mesma coisa, então você prefere dizer GNU;
* Instale a última versão do Firefox e use a extensão Ghostery para
 barrar todos os javascripts maliciosos que monitoram sua
 navegação. Faça o mesmo para toda a família e transforme a ação de
 barrar cada monitor em concurso divertido em família ou entre os
 amigos do trabalho;

Não!!  O Ghostery é software proprietário!!

Se quiser uma alternativa livre, instale o RequestPolicyContinued:

  https://requestpolicycontinued.github.io/

Dá um pouquinho mais de trabalho, mas é GPLv3 e vale a pena.

* Teste e distribua para todos o Popcorntime e você verá  acara de espanto 
 e alegria das pessoas por poderem ter um “netflix” gratuito à disposição;
* Mostre para as pessoas a tabela de opções e alternativas livres às 
 ferramentas proprietárias: http://prism-break.org/pt/;
* Não use Google como buscador primário. Tente o duckduckgo.com e se 
 surpreenda.

Essa parte de buscador também é um problema...  Até onde vi, o DDG não
havia liberado todo o código do backend, e eles também fazem uso massivo
do Bing.  Tem também o StartPage, mas esse não é livre...

De resto, parabéns pelo texto.

Falou!

-- 
Sergio
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Re: [PSL-Brasil] A contrabalança contra a contrarrevolução

2015-01-28 Por tôpico Thiago Zoroastro
Opa,

Não é à toa que Richard Stallman e Euclides Mance publicaram uma carta
em 15 de Dezembro de 2012 em Curitiba:
https://stallman.org/solidarity-economy.html

 Software livre como um produto que não pede absolutamente nada ao
usuário, nenhuma forma de exploração, apenas pela solidariedade. Após o
episódio do dash no Ubuntu Unity, o GNU foi imediatamente identificado
com os valores da Economia Solidária.

Existe software livre como uma ideologia, em economia solidária.
E existem linguagens de software livre que se juntam a fragmentos de
software não-livre para agradar as leis do deus mercado. Não demonizo
esses têrmos tipo FOSS e OSI, mas Software 100% Livre é possível e ótimo
de usar! Pena que não serve aos que não seguem a ideia do software
livre, tornando-o um produto longe de ser aderido por gente que não
conseguirá assistir seu vídeo no Facebook.


  Att.

On 28-01-2015 21:39, Sergio Durigan Junior wrote:
 On Wednesday, January 28 2015, anah...@anahuac.eu wrote:

 A contrabalança contra a contrarrevolução
 E aí, rapaz?

 Sem entrar no mérito do texto em si, gostaria de fazer alguns
 comentários objetivos.

* Não compre mais computadores, celulares ou tablets que não possam usar 
 GNU ou versões modificadas de Andoid (CyanogenMOD, OMNI ou Raptor);
 Apesar de concordar que essas distribuições são melhores do que usar a
 versão que vem instalada no seu celulare, CyanogenMOD, OMNI ou Raptor
 contêm blobs binários também.  Infelizmente, nessa parte de mobile nós
 estamos perdendo feio :-/.

* Migre seu e-mail para um provedor pago ou organize uma quota para 
 alugar um servidor e instale seu próprio Mail Server;
 Dependendo do servidor pago escolhido, isso não vai resolver o
 problema (e talvez até agrave).  Acho que seria legal indicar alguns
 servidores que respeitem minimamente o cliente.

* Convide os colegas do seu grupo de usuários para migrarem suas listas 
 de discussão para um servidor livre ou instale o mailman e gerencie você 
 mesmo;
* Não compre ou use equipamentos com o sistema operacional privativo: 
 MacOS, Windows ou outro qualquer;
 Acho difícil colocar o Windows nessa lista porque a grande maioria dos
 notebooks vem com ele instalado.  Mas certamente vale a pena mencionar a
 possibilidade de reembolso do valor do sistema operacional, o que é
 também uma forma de protesto.

* Diga sempre sistema operacional GNU. Isso lhe forçará a ter que 
 explicar e então ganhamos a chance de fazer as pessoas entenderem o que é 
 Software Livre;
 Exceto quando estiver falando do Android, ou de algum outro sistema que
 não é GNU :-).

* Elimine o nome Linux. Esse não é mais um projeto de Software Livre. 
 Fizeram um fork livre que se chama Linux-libre;
* Convide seus amigos e família para usarem redes sociais livre e 
 federadas como Friendica, Diáspora, RedMatrix, Pumpio ou Twistter;
* Faça eventos de Software Livre sem usar termos como OpenSource, Código 
 Aberto, OSI ou FOSS;
* Não ative sua conta do Gmail no Android! Use o aptoide.com como loja 
 para instalação de aplicativos e seja livre! (do Google);
 Vale muito a pena mencionar o f-droid também.

* Instale o Telegram e mostre para as pessoas que usam o WhatsApp
 que o azul é muito mais legal que o verde. Seja porque pode ser usado
 no desktop, no navegador ou no celular, seja porque é encriptado, seja
 porque tem autodestruir mensagens, seja porque seu cliente é livre;
 De acordo com a Wikipedia
 (https://en.wikipedia.org/wiki/Telegram_%28software%29), o servidor do
 Telegram não é livre.  Pra mim, só isso já acaba com qualquer outra
 qualidade que ele possa possuir.

* Não seja desagradável: se confrontado sob o porque de dizer GNU em vez 
 de Linux, responda que se são a mesma coisa, então você prefere dizer GNU;
* Instale a última versão do Firefox e use a extensão Ghostery para
 barrar todos os javascripts maliciosos que monitoram sua
 navegação. Faça o mesmo para toda a família e transforme a ação de
 barrar cada monitor em concurso divertido em família ou entre os
 amigos do trabalho;
 Não!!  O Ghostery é software proprietário!!

 Se quiser uma alternativa livre, instale o RequestPolicyContinued:

   https://requestpolicycontinued.github.io/

 Dá um pouquinho mais de trabalho, mas é GPLv3 e vale a pena.

* Teste e distribua para todos o Popcorntime e você verá  acara de 
 espanto e alegria das pessoas por poderem ter um “netflix” gratuito à 
 disposição;
* Mostre para as pessoas a tabela de opções e alternativas livres às 
 ferramentas proprietárias: http://prism-break.org/pt/;
* Não use Google como buscador primário. Tente o duckduckgo.com e se 
 surpreenda.
 Essa parte de buscador também é um problema...  Até onde vi, o DDG não
 havia liberado todo o código do backend, e eles também fazem uso massivo
 do Bing.  Tem também o StartPage, mas esse não é livre...

 De resto, parabéns pelo texto.

 Falou!



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[PSL-Brasil] Movimento FLOSS/FOSS/FSF/OSI Brasil

2015-01-28 Por tôpico Thiago Zoroastro
Temos produtos em diversos tipos de atividades econômicas diferentes.
 
Dinheiro atrai mais pessoas para o movimento, mas pode atrair também os males. Logo, se fôssemos seguir as diretrizes da Economia Solidária, formaríamos uma Associação.
 
Pois bem, o PSL é tudo isso junto funcionando com as perspectivas de todos os têrmos, através da ASL (Associação Software Livre.Org), e precisamos fortalecer as PSL-estaduais, ou começar a fazer eventos regionais em vez de estaduais.
 
Estamos fundados sob as diretrizes da Economia Solidária, ao qual Richard Stallman firmou com Euclides Mance, em 15 de Dezembro de 2012, que ambos setores tem muito em comum, e podem colaborar bastante. Mas sabemos que o caminho é árduo, principalmente se não tem dinheiro correndo.
 
Por isso, com produtos tão fáceis, é que devemos investir na difusão do Software Livre nas mais variadas formas. Porque isto garante a nossa expansão e garantia de maiores possibilidades de que sejamos bem sucedidos. Vamos incentivar as pessoas a usarem um produto mais fácil, mais rápido e, até então, mais seguro também, que o convencional, e proporcionar a luxuoridade de programas e aplicativos livres aos usuários. 
 
 
 
Thiago Zoroastro
 http://ww.participa.br/thiagozoroastro
http://blogoosfero.cc/thiagozoroastro___
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Re: [PSL-Brasil] A contrabalança contra a contrarrevolução

2015-01-28 Por tôpico Alexandre Oliva
On Jan 28, 2015, Sergio Durigan Junior sergi...@sergiodj.net wrote:

 On Wednesday, January 28 2015, anah...@anahuac.eu wrote:

 * Não compre mais computadores, celulares ou tablets que não
 possam usar GNU ou versões modificadas de Andoid (CyanogenMOD, OMNI
 ou Raptor);
 * Não compre ou use equipamentos com o sistema operacional
 privativo: MacOS, Windows ou outro qualquer;

Vou adicionar um outro requisito: nos quais não se possa instalar uma
BIOS Livre, como o libreboot.  Recentemente comprei e alforriei um
Lenovo X60 usado, e assim pude trocar sua placa de Wifi para uma
compatível com minha liberdade.  Ia fazer a mesma coisa com um Lenovo
X200, mas já veio com Wifi Livre, e pra instalar a BIOS ainda preciso
adquirir o equipamento para reprogramar as algemas da EPROM dele (ao
contrário do X60, não dá pra fazer só com software).

Estou pensando em palestrar sobre como fazer essas coisas no FISL.  Quem
tem interesse numa palestra assim, misturando filosofia e prática?

 * Diga sempre sistema operacional GNU. Isso lhe forçará a ter que
 explicar e então ganhamos a chance de fazer as pessoas entenderem o
 que é Software Livre;

 Exceto quando estiver falando do Android, ou de algum outro sistema que
 não é GNU :-).

Sempre dá pra dizer que o Android é um sistema GNU+Linux-GNU ;-D

O -GNU já deixa clara sua desvantagem, pelo menos entre nós ;-)

 Vale muito a pena mencionar o f-droid também.

+1

 * Instale o Telegram e mostre para as pessoas que usam o WhatsApp
 que o azul é muito mais legal que o verde. Seja porque pode ser usado
 no desktop, no navegador ou no celular, seja porque é encriptado, seja
 porque tem autodestruir mensagens, seja porque seu cliente é livre;

 De acordo com a Wikipedia
 (https://en.wikipedia.org/wiki/Telegram_%28software%29), o servidor do
 Telegram não é livre.  Pra mim, só isso já acaba com qualquer outra
 qualidade que ele possa possuir.

Então dá no mesmo que usar WhatsApp com cliente Livre, né?  (Ouvi falar
de uma implementação livre de cliente WhatsApp em Python outro dia, mas
não fui atrás porque, tipo, pra que o intermediário, né?)

 * Instale a última versão do Firefox e use a extensão Ghostery para
 barrar todos os javascripts maliciosos que monitoram sua
 navegação. Faça o mesmo para toda a família e transforme a ação de
 barrar cada monitor em concurso divertido em família ou entre os
 amigos do trabalho;

 Não!!  O Ghostery é software proprietário!!

LibreJS faz isso e mais, e ainda facilita enviar pedidos aos
mantenedores dos sites com javascript privativo para que tomem
providências a respeito.

Pra evitar Javascript privativo no navegador, tem também o NoScript, que
funciona até em versões bem mais antigas do
Iceweasel/Icecat/Firefox/etc, ao contrário do LibreJS.

 * Não use Google como buscador primário. Tente o duckduckgo.com e se 
 surpreenda.

 Essa parte de buscador também é um problema...  Até onde vi, o DDG não
 havia liberado todo o código do backend, e eles também fazem uso massivo
 do Bing.  Tem também o StartPage, mas esse não é livre...

Pra evitar prestadores de serviço de busca que usem backends ou
terceiros privativos, tem o buscador P2P Yacy.  Claro que sempre corre o
risco de algum peer estar usando um sistema operacional ou driver ou
blob ou aplicativo ou roteador privativo, mas será que isso faz
diferença na prestação do serviço?

 De resto, parabéns pelo texto.

+1

-- 
Alexandre Oliva, freedom fighterhttp://FSFLA.org/~lxoliva/
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Be Free! -- http://FSFLA.org/   FSF Latin America board member
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Re: [PSL-Brasil] Prêmio AREDE 2014 para DiasporaBR

2015-01-28 Por tôpico Cleiton Galvão Santana
Parabéns Anahuac,

Já era para ter respondido antes, só Vi agora nos meus rascunhos q comecei
a digitar e parei. Mas é bom que lembra... Meus parabéns, essa é uma
vitória também do Software Livre.
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SAIR DA LISTA ou trocar a senha:
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[PSL-Brasil] A contrabalança contra a contrarrevolução

2015-01-28 Por tôpico anahuac

A contrabalança contra a contrarrevolução

O tempo cura todas as feridas, mas deixa marcas. As cicatrizes são 
recordatórios irremovíveis das duras experiências e das lambadas levadas no 
árduo caminho da militância contra o status quo. Depois de quase duas décadas 
carrego as minhas com certo orgulho, afinal de contas quem não tem cicatrizes 
não lutou e portanto não tem inimigos. Li em algum lugar que “a pessoa pode ser 
medida pelo tamanho de seus inimigos”. Acho que faz sentido.

Mas não podemos ignorar as lições aprendidas em cada batalha. O que mais tenho 
percebido é que o sistema mercantilista e o individualismo são implacáveis. Se 
supunha que o Movimento Software Livre fosse um polo de resistência ao modelo 
tradicional de exploração do homem pelo homem, afinal, contribuir, 
compartilhar, somar, agregar, distribuir são todos adjetivos usados para 
descrever o bem coletivo. Mas fomos minados, distorcidos, vendidos, 
canibalizados, enganados e persuadidos a acreditar que esses adjetivos deveriam 
servir ao bom e velho modelo onde um irmão explora o outro. A ideologia virou 
modelo de negócio. Essa é a contribuição irreversível da OSI para o Software 
Livre.

Termos como FOSS ou Linux que servem para suprimir os termos Free Software e 
GNU, palestras sobre como fazer dinheiro com Software Livre, exposição ao 
ridículo dos defensores ideológicos, mercantilização das marcas mais 
conhecidas, recrutamento dos melhores desenvolvedores e ativistas, são algumas 
das técnicas usadas para levar a cabo a contrarrevolução da OSI para 
descaracterizar o movimento social e político do Software Livre, mudando seu 
contexto e importância ideológica para tornar os adjetivos acima em meios de 
produção, modelo de negócio e agradar ao deus mercado.

Software Livre não é um modelo de negócio e, portanto, tem princípios éticos e 
ideológicos que se sobrepõem a qualquer tentativa de conciliação com ações que 
se coloquem de encontro a esses princípios. Já a OSI é volúvel, condescendente, 
ardilosa, esperta, simbiótica e letal. Transformar o Open Source em sinônimo de 
Free Software é a artimanha mais nefasta de todas, levada a cabo e praticamente 
consumada no imaginário coletivo.

O argumento de que é necessário popularizar o acesso ao Software Livre é 
irresistível. Todos caíram nele. Mas como esse nunca foi o verdadeiro ponto, 
foram feitos alguns ajustes no método: demonizar o Stallman, remover o GNU da 
jogada, fortalecer o termo Código Aberto – Open Source, e especialmente 
justificar a presença de código não livre, não aberto, nos principais programas 
a serem usados, em especial o kernel Linux. Assim abriram-se as portas para a 
invasão de drivers proprietários que aliviaram a pressão sobre os fabricantes 
de hardware. Não por coincidência esses são os maiores financiadores da OSI e 
da própria Linux Foundation. Até mesmo a demonizada Microsoft financia os 
principais projetos OSI do mundo. A cereja do bolo foi o impulso dado a uma 
distribuição que coadunasse com essas ideias e da mesma falta de 
comprometimento com o Software Livre e que estivesse disposta a assumir a 
relevância como distribuição padrão para as pessoas comuns, pois seria fácil de 
usar, compatível com todos os equipamentos, apoiadora dos grupos de usuários, 
focada no desktop e prova cabal de que um modelo de negócios baseado nos 
princípios do Software Livre era possível e viável: Ubuntu.

Mas talvez a maior de todas as armadilhas da contrarrevolução da OSI tenha sido 
a criação da complacência coletiva para justificar o uso de Software 
Proprietário, em nome de algo maior. É o caso dos drivers embutidos no Linux, 
mas é também o uso de ferramentas de comunicação social como o Google, Skype e 
Facebook. Se for para criar e manter uma lista de discussão de grupos ou 
desenvolvedores de FOSS, qual o problema se ela for hospedada e mantida pelo 
Google Groups? E as páginas dos projetos ou dos grupos de usuários podem ser no 
Facebook, qual é o problema? Afinal de contas, apesar de serem ferramentas 
absolutamente proprietárias, cerceantes, que não respeitam a privacidade, elas 
facilitam a vida das pessoas promovendo uma maior disseminação do FOSS. Como já 
expliquei antes, isso é um meio para colocar em prática a contrarrevolução que 
destrói os valores e princípios ideológicos do Software Livre. Porque não pode 
haver nenhuma concessão na liberdade para tentar garanti-la. Não faz sentido 
defender a liberdade do software usando software privativo, da mesma forma que 
não faz sentido defender a privacidade usando redes sociais devassas.

Mas não há nenhuma dúvida que os apelos mercadológicos da OSI prevaleceram. 
Ubuntu é a distribuição mais usada, as redes sociais devassas estão entupidas 
de ativistas, e a  maioria das pessoas não sabe a diferença entre Código Aberto 
e Software Livre. Então, se não reagirmos de alguma forma, vamos sucumbir até o 
último homem. Dentro de mais uma década não haverá mais nenhuma chance de 
reverter o quadro