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Filantropia de resultados A Fundação Bill e Melinda Gates é a maior organização filantrópica do mundo. Com US$ 65,95 bilhões em caixa, a ONG criada pelo fundador da Microsoft tem um orçamento maior do que o Produto Interno Bruto de 70% das nações do mundo. Equivale a todo o PIB da África subsaariana (com exceção da África do Sul e da Nigéria). Basicamente funciona do seguinte jeito: 5% dessa bolada vai para os programas assistenciais, os 95% restantes são investidos para fazer o dinheiro render e, dessa forma, manter a capacidade de subsidiar as operações de caridade no futuro. E aí que está o problema, denunciado por uma série de reportagens do "Los Angeles Times" (aqui<http://www.latimes.com/news/nationworld/nation/la-na-gatesx07jan07,0,4205044,full.story?coll=la-home-headlines>e aqui<http://www.latimes.com/news/nationworld/nation/la-na-gates8jan08,0,1773314,full.story>). A Fundação Gates lucra imensamente com os investimentos feitos nas empresas cujo modo de operação vai de encontro ao seu objetivo de melhorar o mundo, especialmente a vida dos mais necessitados. São empresas acusadas de não terem responsabilidade social por cometerem crimes ambientais, discriminação, desrespeito a direitos trabalhistas e práticas antiéticas. Dito assim fica meio vago. O Times exemplifica. A Fundação Gates investe em algumas empresas consideradas entre as maiores poluidoras dos EUA e Canadá, incluindo a Dow Chemical, principal produtora de plásticos e produtos químicos do planeta cuja ficha corrida vai do terrível acidente em Bopal, na Índia (ela comprou a Union Carbide e se recusa a indenizar as vítimas e limpar a área do acidente), ao fornecimento de agente laranja e napalm usado pelos EUA no Vietnã, sem falar nos implantes de silicone que plastificam os seios de mulheres no mundo todo. Mas o portfólio é eclético. Ela coloca dinheiro em companhias acusadas pelo governo dos EUA de uso de trabalho escravo infantil. E em uma firma de seguros de saúde que fez um acordo de US$ 1,5 bilhão para encerrar processos por erros médicos (como cirurgias desnecessárias) e fraudes. Não só. Ela tem pelo menos US$ 224 milhões em cassinos de Las Vegas e em outras empresas ligadas a jogo e apostas. Também financia fabricantes de bebidas alcoólicas. Só para ficar em apenas três ícones da birita, o uísque Johnny Walker, a vodka Smirnoff e a cerveja Guiness tem dinheiro da Fundação Gates. A única restrição de investimentos é com relação à indústria de tabaco. Fora isso, o resto vale, como cantava Tim Maia. Mesmo assim, esse limite não é tão rígido. A Fundação Gates investe em empresas que lucram com a indústria de tabaco, como a Alcan, uma das maiores fabricantes de embalagens de cigarro. Ou seja, como cantava Tim Maia no final de "Vale tudo"… "liberou geral". *Publicado por Luiz Antonio Ryff <[EMAIL PROTECTED]> - 14/01/07 12:01 AM* -- -=|| Felipe Machado|| =- -=|| Cultura Digital | MINC ||=- -=|| Recife | PE - 81 9208-8488 ||=- -=|| >> http://machado.estudiolivre.org/ << ||=- -= www.estudiolivre.org =-
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