Re: [PSL-Brasil] OT: A Vale... quanto vale??

2007-08-14 Por tôpico Ricardo L. A. Banffy
Nem coerência nem sanidade não são atributos frequentemente associados 
aos filiados ao PRONA


Hudson Lacerda wrote:
Estou no aguardo de um texto de Adriano Benayon (que não é 
``exatamente'' um esquerdista: ele era filiado ao PRONA), sobre o caso 
CVRD. Isso é o que ele me promete:


___
PSL-Brasil mailing list
PSL-Brasil@listas.softwarelivre.org
http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil
Regras da lista: 
http://twiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil


Re: [PSL-Brasil] OT: A Vale... quanto vale??

2007-08-13 Por tôpico Ricardo L. A. Banffy

Hudson Lacerda wrote:
Minha opinião é a de que ao menos existe a _possibilidade_ de que uma 
estatal possa ser usada em favor do povo. (Para isso é necessário haver 
pressão da sociedade, fiscalização, etc. Esse é outro problema.)


Explique como uma empresa privada não beneficia o povo de um país. Onde 
você trabalha?


A re-estatização é um passo (necessário mas não suficiente) para a 
nacionalização. A privatização é um passo para trás.


Eu fui dono de um pouco da Vale (que, aliás, era de capital misto, não 
uma estatal pura). Vendi minha parte há pouco para comprar ações de 
outras empresas igualmente privadas e mais interessantes por hora. Eu 
sou menos dono das empresas do que seria se elas fossem um apêndice do 
governo?


Acho que não.

Mas que ela é melhor gerenciada, isso ela é, sem sombra de dúvida. E é 
assim porque não há espaço na iniciativa privada para o grau de 
parasitismo que você vê em qualquer estatal em qualquer parte do mundo. 
Governos são acionistas muito descuidados e complacentes, coisa que 
investidores profissionais não são nem um pouco.


Os detendores da ``iniciativa privada'' mamam sim. 


Não sei se você sabe, mas na iniciativa privada se trabalha, e bastante.

 Não saberia dizer
sobre a Vale, mas na área da telefonia, o enorme aumento da exploração 
sobre trabalhadores e clientes (sem falar na falta de respeito) é um 
exemplo de como as telefônicas sugam nossas tetas.


O setor de telefonia é um exemplo do que acontece quando:

1- poucas empresas competem
2- é difícil deixar os serviços de uma para contratar os da outra

Re-estatizar a telefonia é solução? De novo, não. A solução é aumentar a 
competição e remover (com muito cuidado) regulações que a atrapalhem. 
Pode ser que o governo tenha que por a mão investindo em infra-estrutura 
para alguns locais onde as empresas não conseguiriam se manter, mas, no 
geral, o caminho de permitir que a iniciativa privada faça o trabalho 
oferece mais benefícios ao povo por real gasto pelo governo.


Eu não quero nem imaginar quanto o link ADSL que eu tenho custaria se eu 
tivesse que comprá-lo da TELESP. Lembra da época em que uma linha 
telefônica custava tanto quanto um carro e que, mesmo que você tivesse o 
dinheiro, estaria dependendo da disponibilidade das linhas para a sua 
região? Você lembra do mercado de aluguel de linhas de telefone? Você 
lembra que muitos que alugavam linhas telefonicas eram funcionários da 
TELESP que arrematavam as linhas disponíveis antes que outros cidadãos 
pudessem comprá-las?


Isso sim é um exemplo típico de eficiência estatal.


Isso seria justo?


A privataria das empresas estatais por FHC foi justa?


Pense bem: Um comprador diz quanto vai pagar por algo que não é dele. Se 
o vendedor não quiser, o comprador pode usar de violência e tomar o bem 
que ele quer, alegando que ele tem um direito natural de fazê-lo.


Isso é justo?

Pelo menos em princípio, há a possibilidade de utilizar uma estatal em 
favor do povo, de nacionalizá-la e democratizá-la.


Arrã. Mostre um caso.

Em contraste, uma grande empresa privada (parafraseando Chomsky) é uma 
tirania e ponto final.


A ausência do estado e a interferência da grande iniciativa privada na 
formação e operação deste pode levar à ditadura, mas duvido que Chomsky 
concorde com sua generalização.


Morales deu um ``Basta!'' aos contratos e leis que formalizavam o saque 
dos recursos naturais da Bolívia. Há porém aqueles que se conformam com 
a eterna rapinagem dos recursos nacionais, apenas porque governantes 
corruptos/irresponsáveis (atuais nas suas gestões) assinaram tais 
contratos/leis. Bonito, né?


Morales violou contratos que seus antecessores tão legítimos quanto ele 
haviam assinado (a menos que você encare presidentes eleitos como 
legítimos ou ilegítimos dependendo de concordarem ou não com seus 
pontos-de-vista). Os contratos previam ajustes e arbitragem caso um dos 
lados não achasse o preço justo. Evo Morales quis fazer um show depois 
de eleito e conseguiu um picadeiro apropriado nas instalações da Petrobrás.


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Re: [PSL-Brasil] OT: A Vale... quanto vale??

2007-08-13 Por tôpico Hudson Lacerda

Ricardo L. A. Banffy escreveu:

Hudson Lacerda wrote:

Minha opinião é a de que ao menos existe a _possibilidade_ de que uma 
estatal possa ser usada em favor do povo. (Para isso é necessário 
haver pressão da sociedade, fiscalização, etc. Esse é outro problema.)



Explique como uma empresa privada não beneficia o povo de um país.


Utilizando recursos naturais do país como se fossem propriedade legítima 
da empresa.


Há setores fundamentais -- saúde, educação e previdência -- em que a 
``iniciativa privada'' atrapalha muito, com influência para que os 
serviços públicos não funcionem.


Mas há muitos setores em que não é necessário nem desejável haver 
participação estatal.



Onde você trabalha?


Trabalho numa escola estadual (pública) e numa fundação (particular), 
além de estar trabalhar em projetos ``avulsos'' e dar aulas particulares.




A re-estatização é um passo (necessário mas não suficiente) para a 
nacionalização. A privatização é um passo para trás.



Eu fui dono de um pouco da Vale (que, aliás, era de capital misto, não 
uma estatal pura). Vendi minha parte há pouco para comprar ações de 
outras empresas igualmente privadas e mais interessantes por hora. Eu 
sou menos dono das empresas do que seria se elas fossem um apêndice do 
governo?


Acho que não.

Mas que ela é melhor gerenciada, isso ela é, sem sombra de dúvida. E é 
assim porque não há espaço na iniciativa privada para o grau de 
parasitismo que você vê em qualquer estatal em qualquer parte do mundo. 
Governos são acionistas muito descuidados e complacentes, coisa que 
investidores profissionais não são nem um pouco.


Os detendores da ``iniciativa privada'' mamam sim. 



Não sei se você sabe, mas na iniciativa privada se trabalha, e bastante.


Sim, funcionários trabalham duro para sobreviver enquanto enchem os 
bolsos dos donos, gerentes e acionistas.


Qual era seu trabalho na CVRD quando você era acionista dela? O que você 
produzia lá? Quantas horas de trabalho você dedica por semana às 
empresas das quais você é acionista? O que você efetivamente produz nelas?




  Não saberia dizer

sobre a Vale, mas na área da telefonia, o enorme aumento da exploração 
sobre trabalhadores e clientes (sem falar na falta de respeito) é um 
exemplo de como as telefônicas sugam nossas tetas.



O setor de telefonia é um exemplo do que acontece quando:

1- poucas empresas competem
2- é difícil deixar os serviços de uma para contratar os da outra

Re-estatizar a telefonia é solução? De novo, não. A solução é aumentar a 
competição e remover (com muito cuidado) regulações que a atrapalhem. 


Sou a favor de um controle social severo sobre o setor de telefonia 
(entre outros). Essas ``agências'' não passam de cartéis fantasiados.


Pode ser que o governo tenha que por a mão investindo em infra-estrutura 
para alguns locais onde as empresas não conseguiriam se manter, mas, no 
geral, o caminho de permitir que a iniciativa privada faça o trabalho 
oferece mais benefícios ao povo por real gasto pelo governo.


Eu não quero nem imaginar quanto o link ADSL que eu tenho custaria se eu 
tivesse que comprá-lo da TELESP. Lembra da época em que uma linha 
telefônica custava tanto quanto um carro e que, mesmo que você tivesse o 
dinheiro, estaria dependendo da disponibilidade das linhas para a sua 
região? Você lembra do mercado de aluguel de linhas de telefone? Você 
lembra que muitos que alugavam linhas telefonicas eram funcionários da 
TELESP que arrematavam as linhas disponíveis antes que outros cidadãos 
pudessem comprá-las?


Isso sim é um exemplo típico de eficiência estatal.


Isso seria justo?



A privataria das empresas estatais por FHC foi justa?



Pense bem: Um comprador diz quanto vai pagar por algo que não é dele. Se 
o vendedor não quiser, o comprador pode usar de violência e tomar o bem 
que ele quer, alegando que ele tem um direito natural de fazê-lo.


Isso é justo?


Pra ser justo mesmo, deveríamos passar a conta pro FHC pagar. :-)



Pelo menos em princípio, há a possibilidade de utilizar uma estatal em 
favor do povo, de nacionalizá-la e democratizá-la.



Arrã. Mostre um caso.


Reconheço não saber de um caso (o fascismo ainda reina...). Mas creio 
ser menos difícil democratizar uma empresa estatal do que democratizar 
uma grande empresa privada.




Em contraste, uma grande empresa privada (parafraseando Chomsky) é uma 
tirania e ponto final.



A ausência do estado e a interferência da grande iniciativa privada na 
formação e operação deste pode levar à ditadura, mas duvido que Chomsky 
concorde com sua generalização.


Dentro das empresas, todas as políticas emanam do controle vindo de 
cima. Qualquer tentativa de mudança sofrerá a reação dos de cima, 
totalitários que se consideram ``donos legítimos'' da empresa.


Chomsky se referia, em uma entrevista, a uma empresa específica: a 
General Electric. No entanto, creio que ele citou a GE como _apenas um 
exemplo_ de tirania empresarial.


O trecho é interessante:


Re: [PSL-Brasil] OT: A Vale... quanto vale??

2007-08-13 Por tôpico Ricardo L. A. Banffy

Hudson Lacerda wrote:

Ricardo L. A. Banffy escreveu:

Hudson Lacerda wrote:

Minha opinião é a de que ao menos existe a _possibilidade_ de que uma 
estatal possa ser usada em favor do povo. (Para isso é necessário 
haver pressão da sociedade, fiscalização, etc. Esse é outro problema.)



Explique como uma empresa privada não beneficia o povo de um país.


Utilizando recursos naturais do país como se fossem propriedade legítima 
da empresa.


Há setores fundamentais -- saúde, educação e previdência -- em que a 
``iniciativa privada'' atrapalha muito, com influência para que os 
serviços públicos não funcionem.


Mas há muitos setores em que não é necessário nem desejável haver 
participação estatal.



Onde você trabalha?


Trabalho numa escola estadual (pública) e numa fundação (particular), 
além de estar trabalhar em projetos ``avulsos'' e dar aulas particulares.




A re-estatização é um passo (necessário mas não suficiente) para a 
nacionalização. A privatização é um passo para trás.



Eu fui dono de um pouco da Vale (que, aliás, era de capital misto, não 
uma estatal pura). Vendi minha parte há pouco para comprar ações de 
outras empresas igualmente privadas e mais interessantes por hora. Eu 
sou menos dono das empresas do que seria se elas fossem um apêndice do 
governo?


Acho que não.

Mas que ela é melhor gerenciada, isso ela é, sem sombra de dúvida. E é 
assim porque não há espaço na iniciativa privada para o grau de 
parasitismo que você vê em qualquer estatal em qualquer parte do 
mundo. Governos são acionistas muito descuidados e complacentes, coisa 
que investidores profissionais não são nem um pouco.


Os detendores da ``iniciativa privada'' mamam sim. 



Não sei se você sabe, mas na iniciativa privada se trabalha, e bastante.


Sim, funcionários trabalham duro para sobreviver enquanto enchem os 
bolsos dos donos, gerentes e acionistas.


Não sei o que você conhece e experimenta, mas os donos e gerentes 
normalmente trabalham bastante. Os acionistas trabalham um pouco menos 
diretamente na empresa, mas emprestam seus recursos para que ela 
funcione e possa investir mais.


Qual era seu trabalho na CVRD quando você era acionista dela? O que você 
produzia lá? Quantas horas de trabalho você dedica por semana às 
empresas das quais você é acionista? O que você efetivamente produz nelas?


Nenhuma. Em compensação, não uso o dinheiro investido nelas pra trocar 
meus móveis, jantar fora ou fazer outras coisas que seriam divertidas. 
Para fazer essas mesmas coisas sem usar esse dinheiro, eu tenho que 
trabalhar um pouco mais. É aí que meu trabalho se converte em benefício 
pra, por exemplo, a Vale.


E não pense que eu sou um grande acionista. Eu costumo brincar que sou 
acionista infinitesimal, o que é uma descrição correta.


Pense bem: Um comprador diz quanto vai pagar por algo que não é dele. 
Se o vendedor não quiser, o comprador pode usar de violência e tomar o 
bem que ele quer, alegando que ele tem um direito natural de fazê-lo.


Isso é justo?


Pra ser justo mesmo, deveríamos passar a conta pro FHC pagar. :-)


Não se desvie da pergunta. É justo quando é o governo que usa de sua 
força (e do seu monopólio sobre o uso da violência) para atingir seus 
objetivos?



Arrã. Mostre um caso.


Reconheço não saber de um caso (o fascismo ainda reina...). Mas creio 
ser menos difícil democratizar uma empresa estatal do que democratizar 
uma grande empresa privada.


Compre ações, filie-se a associações de acionistas. Se você fica de fora 
por escolha, não reclame por estar de fora.


A ausência do estado e a interferência da grande iniciativa privada na 
formação e operação deste pode levar à ditadura, mas duvido que 
Chomsky concorde com sua generalização.


Dentro das empresas, todas as políticas emanam do controle vindo de 
cima. Qualquer tentativa de mudança sofrerá a reação dos de cima, 
totalitários que se consideram ``donos legítimos'' da empresa.


Não. Em empresas bem estruturadas existem pesos e contrapesos que 
impedem que os seus presidentes se tornem senhores absolutistas. É 
normal que os acionistas possam votar a destituição de qualquer um a 
qualquer tempo.


Chomsky se referia, em uma entrevista, a uma empresa específica: a 
General Electric. No entanto, creio que ele citou a GE como _apenas um 
exemplo_ de tirania empresarial.


O trecho é interessante:


Veja bem que, no caso, ele fala da influência da GE corrompendo o 
governo e influindo na aplicação seletiva de leis, não na iniciativa 
privada em si.


Note também que uma empresa desse porte, principalmente nesses tempos de 
SOX, tem muitos mecanismos de auto-regulação (me dói a cabeça só de 
pensar neles). O presidente da empresa não é um imperador imbuido do 
direito divino de gerenciar, mas responde ao conselho e, em última 
instância, aos acionistas que, se não estiverem satisfeitos com a 
atuação dele (ou do conselho), podem removê-los em assembléia.


Em Cochabamba, na Bolívia, chegaram a privatizar todos os 

Re: [PSL-Brasil] OT: A Vale... quanto vale??

2007-08-13 Por tôpico Hudson Lacerda

Ricardo L. A. Banffy escreveu:

Hudson Lacerda wrote:

[...]
Pense bem: Um comprador diz quanto vai pagar por algo que não é dele. 
Se o vendedor não quiser, o comprador pode usar de violência e tomar 
o bem que ele quer, alegando que ele tem um direito natural de fazê-lo.


Isso é justo?



Pra ser justo mesmo, deveríamos passar a conta pro FHC pagar. :-)



Não se desvie da pergunta. É justo quando é o governo que usa de sua 
força (e do seu monopólio sobre o uso da violência) para atingir seus 
objetivos?

[...]

A CVRD foi saqueada e doada irregularmente. Essa história de ``leilão'' 
é pura farsa, foi uma fraude, e portanto a anulação da ``venda'' é justa 
(ou será que devolver um bem roubado ao legítimo dono é injustiça?).


Estou no aguardo de um texto de Adriano Benayon (que não é 
``exatamente'' um esquerdista: ele era filiado ao PRONA), sobre o caso 
CVRD. Isso é o que ele me promete:


``Desde já, afirmo que a piratização (privatização) da Vale foi a maior 
negociata já praticada em toda a História e em todo o Mundo. Seu valor é 
absolutamente incalculável, e pode-se demonstrar que os adquirentes de 
seu controle não pagaram coisa alguma: nem os três bilhões e pouco de 
reais de que se fala, os quais nada são diante de um valor de vários 
trilhões de reais, se se fosse fazer uma projeção do que poderá render o 
fabuloso patrimônio da empresa. Leilão de cartas marcadas: explicarei 
como é possível fazer um leilão público, sem real concorrência.''


Até mais,
Hudson
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[PSL-Brasil] OT: A Vale... quanto vale??

2007-08-12 Por tôpico Roberto Freitas
Pessoal,

Acho que todos deveriam estar por dentro dessa campanha...
Não esqueçam de ver o vídeo e o site http://www.avaleenossa.org.br/

Abraços,
Roberto Parente

-- Forwarded message --
From: Thiago [EMAIL PROTECTED]
Date: 03/08/2007 00:43
Subject: [MEUFC] A Vale... quanto vale??
To: [EMAIL PROTECTED]

  *Lançado vídeo do Plebiscito Popular *


  Vídeo revela dados como os valores pelos quais a empresa foi vendida, um
preço muito inferior à realidade. Traz também entrevistas com juristas,
pesquisadores, ativistas e anuncia o plabiscito que acontece entre 1º e 7 de
setembro.

Os movimentos sociais e entidades que participam da Campanha A Vale é Nossa
lançaram na última semana o vídeo sobre o Plebiscito Popular pela anulação
do leilão de privatização da Companhia Vale do Rio Doce, realizado em maio
de 1997.

O plebiscito acontece de 1º a 7 setembro e também abordará os temas da
tarifa de energia, da dívida brasileira e da reforma da Previdência. Com o
vídeo, que pode ser assistido na internet no link
http://br.youtube.com/watch?v=LM6oph1muCI, os movimentos pretendem
fortalecer a reta final da campanha. Nos plebiscitos populares anteriores,
da Dívida Externa (2000) e da Alca (2002), a participação foi,
respectivamente, de seis milhões e de dez milhões de eleitores.

O vídeo A Vale é nossa resgata os diversos problemas ocorridos na
privatização da empresa, como a sub-avaliação do patrimônio e do preço de
venda da Vale, assim como a participação irregular de empresas na avaliação
e compra da estatal. A produção pretende lançar luz sobre o fato de que até
hoje, dez anos após o leilão, a Justiça brasileira não se pronunciou sobre
esses problemas, havendo atualmente mais de 100 ações questionando o
processo que aguardam julgamento definitivo.
Em pesquisa realizada em maio deste ano com duas mil pessoas em 17 estados
brasileiros, 50,3% disseram ser a favor da retomada da empresa pelo governo,
ante 28,2% contrárias – 21,5% não souberam responder. A sondagem foi
realizada a pedido do DEM, o antigo PFL.

O vídeo traz entrevistas com os professores Fabio Konder Comparato (USP),
Aluizio Leal (UFPA) e Helder Gomes (UFES) e de representantes dos movimentos
sociais e entidades participantes da campanha, como João Pedro Stédile
(MST), Paulo Maldos (Cimi), José Antonio Moroni (Inesc e Abong), Maria Lucia
Fatorelli (Unafisco) e Luiz Fernando (Intersindical). Os ex-deputados
federais Dra. Clair e Sérgio Miranda, o bispo de Jales (SP), Dom Demétrio
Valentin, o advogado Eloá Cruz, o jornalista Lúcio Flávio Pinto e o
procurador do MPF-PA Ubiratan Cazzeta também integram o grupo de
entrevistados. Depoimentos de seis moradores de Parauapebas (PA), onde se
localiza o complexo mineral de Carajás, completam a relação de entrevistas,
realizadas em dez cidades.

Contando com a colaboração de cerca de 40 pessoas, a realização do vídeo A
Vale é nossa teve o apoio de entidades como a Aepet, Comissão Pastoral da
Terra de Belém (PA), Intervozes, MST, SindUTE-Floresta, Sitraemg e Telesur
Brasil.

Além de resgatar os desvios e abusos da privatização da Vale, apontando para
a possibilidade de anulação da venda pela Justiça, o vídeo coloca em xeque o
antigo modelo de estatais existentes no país. Nesse sentido, a produção
apresenta uma série de propostas sobre a Vale que queremos, que vão do
respeito ao meio ambiente à gestão com participação social, passando pelos
direitos dos trabalhadores e dos povos atingidos pelas atividades da
empresa, especialmente os indígenas.

Mais informações sobre a campanha e o vídeo podem ser obtidas no site
www.avaleenossa.org.br.

Ficha do vídeo A Vale é Nossa:
Duração: 21min
Organização: Plebiscito Popular A Vale é Nossa
Apoio: Aepet, Cepepo, Cimi, Comissão Pastoral da Terra Belém/Pará,
Intervozes, MST, mandato do deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP),
Sindipetro-RJ, SindUTE-Floresta, Sitraemg e Telesur Brasil.
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Re: [PSL-Brasil] OT: A Vale... quanto vale??

2007-08-12 Por tôpico Rafael Luís Vasel
A Vale valia quanto o mercado avaliou que ela valia. Foi um leilão !
E quanto ela vale hoje, depois que profissionalizou sua gestão e retirou
todos os que lá mamavam sem trabalhar ? Infinitamente mais.
Esses grupos de esquerda que defendem tão absurda idéia nao querem entender
o óbvio.
Numa curiosidade mórbida, adoraria saber como que se concretizaria tal
idéia. Será que algum desses grupos pensou nisso ?
O pobre do aposentado que comprou açoes dessa empresa através do seu fundo
de pensão teria de uma hora para outra roubado de sua custódia essas ações ?
Ou seria feita uma oferta publica de compra no mercado e o governo assim
torraria bilhoes para recuperar o controle da empresa ?

Em 12/08/07, Roberto Freitas [EMAIL PROTECTED] escreveu:

 Pessoal,

 Acho que todos deveriam estar por dentro dessa campanha...
 Não esqueçam de ver o vídeo e o site http://www.avaleenossa.org.br/

 Abraços,
 Roberto Parente

 -- Forwarded message --
 From: Thiago  [EMAIL PROTECTED]
 Date: 03/08/2007 00:43
 Subject: [MEUFC] A Vale... quanto vale??
 To: [EMAIL PROTECTED]

* Lançado vídeo do Plebiscito Popular *



  Vídeo revela dados como os valores pelos quais a empresa foi vendida, um
 preço muito inferior à realidade. Traz também entrevistas com juristas,
 pesquisadores, ativistas e anuncia o plabiscito que acontece entre 1º e 7 de
 setembro.

 Os movimentos sociais e entidades que participam da Campanha A Vale é
 Nossa lançaram na última semana o vídeo sobre o Plebiscito Popular pela
 anulação do leilão de privatização da Companhia Vale do Rio Doce, realizado
 em maio de 1997.

 O plebiscito acontece de 1º a 7 setembro e também abordará os temas da
 tarifa de energia, da dívida brasileira e da reforma da Previdência. Com o
 vídeo, que pode ser assistido na internet no link
 http://br.youtube.com/watch?v=LM6oph1muCI, os movimentos pretendem
 fortalecer a reta final da campanha. Nos plebiscitos populares anteriores,
 da Dívida Externa (2000) e da Alca (2002), a participação foi,
 respectivamente, de seis milhões e de dez milhões de eleitores.

 O vídeo A Vale é nossa resgata os diversos problemas ocorridos na
 privatização da empresa, como a sub-avaliação do patrimônio e do preço de
 venda da Vale, assim como a participação irregular de empresas na avaliação
 e compra da estatal. A produção pretende lançar luz sobre o fato de que até
 hoje, dez anos após o leilão, a Justiça brasileira não se pronunciou sobre
 esses problemas, havendo atualmente mais de 100 ações questionando o
 processo que aguardam julgamento definitivo.
 Em pesquisa realizada em maio deste ano com duas mil pessoas em 17 estados
 brasileiros, 50,3% disseram ser a favor da retomada da empresa pelo governo,
 ante 28,2% contrárias – 21,5% não souberam responder. A sondagem foi
 realizada a pedido do DEM, o antigo PFL.

 O vídeo traz entrevistas com os professores Fabio Konder Comparato (USP),
 Aluizio Leal (UFPA) e Helder Gomes (UFES) e de representantes dos movimentos
 sociais e entidades participantes da campanha, como João Pedro Stédile
 (MST), Paulo Maldos (Cimi), José Antonio Moroni (Inesc e Abong), Maria Lucia
 Fatorelli (Unafisco) e Luiz Fernando (Intersindical). Os ex-deputados
 federais Dra. Clair e Sérgio Miranda, o bispo de Jales (SP), Dom Demétrio
 Valentin, o advogado Eloá Cruz, o jornalista Lúcio Flávio Pinto e o
 procurador do MPF-PA Ubiratan Cazzeta também integram o grupo de
 entrevistados. Depoimentos de seis moradores de Parauapebas (PA), onde se
 localiza o complexo mineral de Carajás, completam a relação de entrevistas,
 realizadas em dez cidades.

 Contando com a colaboração de cerca de 40 pessoas, a realização do vídeo A
 Vale é nossa teve o apoio de entidades como a Aepet, Comissão Pastoral da
 Terra de Belém (PA), Intervozes, MST, SindUTE-Floresta, Sitraemg e Telesur
 Brasil.

 Além de resgatar os desvios e abusos da privatização da Vale, apontando
 para a possibilidade de anulação da venda pela Justiça, o vídeo coloca em
 xeque o antigo modelo de estatais existentes no país. Nesse sentido, a
 produção apresenta uma série de propostas sobre a Vale que queremos, que
 vão do respeito ao meio ambiente à gestão com participação social, passando
 pelos direitos dos trabalhadores e dos povos atingidos pelas atividades da
 empresa, especialmente os indígenas.

 Mais informações sobre a campanha e o vídeo podem ser obtidas no site
 www.avaleenossa.org.br.

 Ficha do vídeo A Vale é Nossa:
 Duração: 21min
 Organização: Plebiscito Popular A Vale é Nossa
 Apoio: Aepet, Cepepo, Cimi, Comissão Pastoral da Terra Belém/Pará,
 Intervozes, MST, mandato do deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP),
 Sindipetro-RJ, SindUTE-Floresta, Sitraemg e Telesur Brasil.


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